Leia os textos.
Texto 1
Fundada em 2008, em São Francisco, nos EUA, a maior plataforma on-line do mundo de compartilhamento de imóveis tem hoje valor estimado de mercado de US$ 31 bilhões.
Seu funcionamento é simples: na qualidade de “anfitrião”, você anuncia o seu imóvel ou uma parte dele na plataforma. A pessoa interessada escolhe as datas de entrada e saída, faz a reserva, efetua o pagamento e a locação está sacramentada. Os prazos mínimo e máximo são definidos pelo proprietário do imóvel.
É um sistema interessante para quem tem um imóvel (ou parte dele) disponível e não deseja uma locação tradicional, com duração superior a 90 dias, mas que tem causado muitas discussões nos condomínios.
De um lado, condôminos e síndicos insatisfeitos com a alta rotatividade de moradores, com o suposto desgaste das áreas comuns do condomínio e com a pretensa falta de segurança aos condôminos.
De outro lado, proprietários que apenas desejam dispor livremente dos seus imóveis por meio de uma atividade lícita, autorizada pelo artigo 48 da Lei do Inquilinato, ou seja, a locação por temporada.
(Antonio Moacir Furlan Filho. www.nexojornal.com.br, 05.01.2020. Adaptado)
Texto 2
Atualmente, o uso de plataformas de economia colaborativa, tais como as de compartilhamento de imóveis, tornaram-se populares, porém pouco se fala sobre as implicações jurídicas e riscos percebidos no mundo real em razão da utilização dessas plataformas em edifícios que foram concebidos, construídos e comercializados para serem residenciais.
É importante lembrar que parte considerável dos imóveis oferecidos nessas plataformas estão dentro de condomínios residenciais, o que coloca em risco a segurança, o patrimônio e o sossego dos condôminos.
Se, por um lado, o proprietário da unidade habitacional é coberto pelo direito de propriedade, exercendo seu direito individual exclusivo sobre a sua unidade habitacional, por outro lado, a partir do momento em que ele adquire uma propriedade dentro de um condomínio, que é uma copropriedade, ele deve zelar pelo bem-estar coletivo, mas é fato que o uso das plataformas de economia colaborativa traz riscos à segurança, ao patrimônio e ao sossego dos condôminos.
O primeiro ponto preocupante é a rotatividade dos hóspedes que locam imóveis por horas ou por diárias, transformando um ambiente residencial e familiar em um lugar inseguro pela presença constante de estranhos sobre os quais os demais condôminos nada sabem, bem como pelo fato de o condomínio residencial não ter estrutura de segurança nem funcionários treinados para lidar com esse tipo de demanda.
A própria estrutura do condomínio residencial não foi concebida para tal finalidade: não há, nos condomínios residenciais, nem mesmo um cadastro completo desses estranhos nem segurança suficiente para garantir que eles observem as regras do condomínio.
(Maria José de Souza Arakaki. https://politica.estadao.com.br, 24.04.2018. Adaptado)
Texto 3
O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é a favor de que a locação de imóveis ou quartos por meio de aplicativos não pode ser proibida por condomínios, desde que não se trate de atividade comercial.
Salomão é relator de recurso especial sobre o tema e, ao ler seu voto na sessão da Quarta Turma do STJ, afirmou que considera “ilícita a prática de privar o condômino do regular exercício do direito de propriedade, em sua vertente de exploração econômica”.
Para chegar à conclusão, Salomão avaliou que, na maioria das vezes, as locações via plataforma on-line não podem ser consideradas atividades comerciais, aí sim passíveis de serem proibidas por condomínios, mas um mero “uso regular” do direito à propriedade, um aluguel por temporada com fins residenciais.
O ministro acrescentou ainda ter ficado demonstrado que o uso de plataformas virtuais de locação não representa em si uma ameaça ao bem-estar ou à segurança dos demais condôminos, o que em tese poderia ensejar algum tipo de intervenção judicial.
“Com efeito, há mesmo uma ideia de que a locação realizada por plataformas virtuais é até mais segura – tanto para o locador como para a coletividade que com o locatário convive –, porquanto fica o registro de toda transação financeira e os dados pessoais deste e de todos os que vão permanecer no imóvel, inclusive com históricos de utilização do sistema”, disse o ministro.
(Felipe Pontes. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 10.10.2019. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Locação de imóveis para hospedagem em plataformas digitais: entre a insegurança nos condomínios e o direito de propriedade
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre locação de imóveis em plataformas digitais, percebe-se que a prática de alugar imóveis por meio de plataformas digitais levanta questões sobre a segurança nos condomínios e o direito de propriedade dos indivíduos. Nesse contexto, defende-se que é necessário equilibrar o direito de propriedade com a segurança e o bem-estar dos condôminos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o direito de propriedade e a exploração econômica de imóveis e os desafios de segurança e convivência em condomínios residenciais.
Preliminarmente, o direito de propriedade permite que os proprietários explorem economicamente seus imóveis, o que é reforçado pela legislação vigente. Conforme com parte da jurisprudência, a locação por meio de plataformas digitais é uma extensão do direito de propriedade, desde que não se configure como atividade comercial. Além disso, essa prática é vista como uma forma de uso regular da propriedade, permitindo que os proprietários obtenham renda extra sem infringir a lei. Por exemplo, a locação por temporada é uma prática comum e aceita, desde que respeite as normas do condomínio e não comprometa o bem-estar coletivo.
Por outro lado, os desafios de segurança e convivência em condomínios residenciais são questões que não podem ser ignoradas. De acordo com especialistas em segurança condominial, a alta rotatividade de hóspedes pode comprometer a segurança e o sossego dos moradores, uma vez que a presença de estranhos é constante. Ademais, os condomínios geralmente não possuem estrutura adequada para lidar com a entrada e saída frequente de visitantes, o que pode aumentar a vulnerabilidade do local. Um exemplo disso é a falta de um cadastro completo e atualizado dos hóspedes, o que dificulta o monitoramento e a aplicação das regras internas.
Desse modo, percebe-se que é crucial encontrar um equilíbrio entre o direito de propriedade e a segurança e tranquilidade dos condôminos. Por isso, é importante que os condomínios estabeleçam regras claras para a locação de imóveis por meio de plataformas digitais, garantindo que os direitos dos proprietários sejam respeitados, mas também assegurando a segurança e o bem-estar de todos os moradores.
Leia os textos.
Texto 1
Fundada em 2008, em São Francisco, nos EUA, a maior plataforma on-line do mundo de compartilhamento de imóveis tem hoje valor estimado de mercado de US$ 31 bilhões.
Seu funcionamento é simples: na qualidade de “anfitrião”, você anuncia o seu imóvel ou uma parte dele na plataforma. A pessoa interessada escolhe as datas de entrada e saída, faz a reserva, efetua o pagamento e a locação está sacramentada. Os prazos mínimo e máximo são definidos pelo proprietário do imóvel.
É um sistema interessante para quem tem um imóvel (ou parte dele) disponível e não deseja uma locação tradicional, com duração superior a 90 dias, mas que tem causado muitas discussões nos condomínios.
De um lado, condôminos e síndicos insatisfeitos com a alta rotatividade de moradores, com o suposto desgaste das áreas comuns do condomínio e com a pretensa falta de segurança aos condôminos.
De outro lado, proprietários que apenas desejam dispor livremente dos seus imóveis por meio de uma atividade lícita, autorizada pelo artigo 48 da Lei do Inquilinato, ou seja, a locação por temporada.
(Antonio Moacir Furlan Filho. www.nexojornal.com.br, 05.01.2020. Adaptado)
Texto 2
Atualmente, o uso de plataformas de economia colaborativa, tais como as de compartilhamento de imóveis, tornaram-se populares, porém pouco se fala sobre as implicações jurídicas e riscos percebidos no mundo real em razão da utilização dessas plataformas em edifícios que foram concebidos, construídos e comercializados para serem residenciais.
É importante lembrar que parte considerável dos imóveis oferecidos nessas plataformas estão dentro de condomínios residenciais, o que coloca em risco a segurança, o patrimônio e o sossego dos condôminos.
Se, por um lado, o proprietário da unidade habitacional é coberto pelo direito de propriedade, exercendo seu direito individual exclusivo sobre a sua unidade habitacional, por outro lado, a partir do momento em que ele adquire uma propriedade dentro de um condomínio, que é uma copropriedade, ele deve zelar pelo bem-estar coletivo, mas é fato que o uso das plataformas de economia colaborativa traz riscos à segurança, ao patrimônio e ao sossego dos condôminos.
O primeiro ponto preocupante é a rotatividade dos hóspedes que locam imóveis por horas ou por diárias, transformando um ambiente residencial e familiar em um lugar inseguro pela presença constante de estranhos sobre os quais os demais condôminos nada sabem, bem como pelo fato de o condomínio residencial não ter estrutura de segurança nem funcionários treinados para lidar com esse tipo de demanda.
A própria estrutura do condomínio residencial não foi concebida para tal finalidade: não há, nos condomínios residenciais, nem mesmo um cadastro completo desses estranhos nem segurança suficiente para garantir que eles observem as regras do condomínio.
(Maria José de Souza Arakaki. https://politica.estadao.com.br, 24.04.2018. Adaptado)
Texto 3
O ministro Luís Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é a favor de que a locação de imóveis ou quartos por meio de aplicativos não pode ser proibida por condomínios, desde que não se trate de atividade comercial.
Salomão é relator de recurso especial sobre o tema e, ao ler seu voto na sessão da Quarta Turma do STJ, afirmou que considera “ilícita a prática de privar o condômino do regular exercício do direito de propriedade, em sua vertente de exploração econômica”.
Para chegar à conclusão, Salomão avaliou que, na maioria das vezes, as locações via plataforma on-line não podem ser consideradas atividades comerciais, aí sim passíveis de serem proibidas por condomínios, mas um mero “uso regular” do direito à propriedade, um aluguel por temporada com fins residenciais.
O ministro acrescentou ainda ter ficado demonstrado que o uso de plataformas virtuais de locação não representa em si uma ameaça ao bem-estar ou à segurança dos demais condôminos, o que em tese poderia ensejar algum tipo de intervenção judicial.
“Com efeito, há mesmo uma ideia de que a locação realizada por plataformas virtuais é até mais segura – tanto para o locador como para a coletividade que com o locatário convive –, porquanto fica o registro de toda transação financeira e os dados pessoais deste e de todos os que vão permanecer no imóvel, inclusive com históricos de utilização do sistema”, disse o ministro.
(Felipe Pontes. http://agenciabrasil.ebc.com.br, 10.10.2019. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Locação de imóveis para hospedagem em plataformas digitais: entre a insegurança nos condomínios e o direito de propriedade
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre locação de imóveis em plataformas digitais, percebe-se que a prática de alugar imóveis por meio de plataformas digitais levanta questões sobre a segurança nos condomínios e o direito de propriedade dos indivíduos. Nesse contexto, defende-se que é necessário equilibrar o direito de propriedade com a segurança e o bem-estar dos condôminos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o direito de propriedade e a exploração econômica de imóveis e os desafios de segurança e convivência em condomínios residenciais.
Preliminarmente, o direito de propriedade permite que os proprietários explorem economicamente seus imóveis, o que é reforçado pela legislação vigente. Conforme o ministro Luís Felipe Salomão do STJ, a locação por meio de plataformas digitais é uma extensão do direito de propriedade, desde que não se configure como atividade comercial. Além disso, essa prática é vista como uma forma de uso regular da propriedade, permitindo que os proprietários obtenham renda extra sem infringir a lei. Por exemplo, a locação por temporada é uma prática comum e aceita, desde que respeite as normas do condomínio e não comprometa o bem-estar coletivo.
Por outro lado, os desafios de segurança e convivência em condomínios residenciais são questões que não podem ser ignoradas. De acordo com especialistas em segurança condominial, a alta rotatividade de hóspedes pode comprometer a segurança e o sossego dos moradores, uma vez que a presença de estranhos é constante. Ademais, os condomínios geralmente não possuem estrutura adequada para lidar com a entrada e saída frequente de visitantes, o que pode aumentar a vulnerabilidade do local. Um exemplo disso, é a falta de um cadastro completo e atualizado dos hóspedes, o que dificulta o monitoramento e a aplicação das regras internas.
Desse modo, percebe-se que é crucial encontrar um equilíbrio entre o direito de propriedade e a segurança e tranquilidade dos condôminos. Por isso, é importante que os condomínios estabeleçam regras claras para a locação de imóveis por meio de plataformas digitais, garantindo que os direitos dos proprietários sejam respeitados, mas também assegurando a segurança e o bem-estar de todos os moradores.
“A luta pelos direitos humanos abrange a luta por um estado de coisas em que todos possam ter acesso aos diferentes níveis da cultura. A distinção entre cultura popular e cultura erudita não deve servir para justificar e manter uma separação injusta, como se do ponto de vista cultural a sociedade fosse dividida em esferas incomunicáveis, dando lugar a dois tipos incomunicáveis de fruidores. Uma sociedade justa pressupõe o respeito dos direitos humanos, e a fruição da arte e da literatura em todas as modalidades e em todos os níveis é um direito.”
Antonio Candido
(Adaptado: Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2011)
Considerando os textos lidos nesta prova e o trecho acima, solicita-se que o(a) candidato(a) redija em, no mínimo, 20 linhas e, no máximo, 30 linhas, um texto dissertativo-argumentativo acerca do seguinte tema:
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre acesso à cultura, percebe-se que a importância da democratização cultural para uma sociedade justa é inegável. Nesse contexto, defende-se que a democratização do acesso à cultura é essencial para garantir a igualdade de direitos e promover a inclusão social. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a relação entre direitos humanos e acesso à cultura e o papel da educação na promoção da cultura para todos.
Preliminarmente, a relação entre direitos humanos e acesso à cultura deve ser destacada como fundamental. Conforme argumenta parte da doutrina, a fruição da arte e da literatura é um direito humano básico, essencial para o desenvolvimento pleno do indivíduo. Além disso, a segregação cultural perpetua desigualdades sociais e limita o potencial criativo e crítico dos cidadãos. Por exemplo, em muitos países, políticas públicas têm sido implementadas para garantir que museus e teatros sejam acessíveis a todas as camadas da população, promovendo assim a inclusão cultural.
Ademais, o papel da educação na promoção da cultura para todos é crucial. Segundo o educador Paulo Freire, a educação deve ser um instrumento de libertação, capacitando os indivíduos a questionar e transformar a realidade ao seu redor. Consequentemente, escolas e universidades têm a responsabilidade de incluir em seus currículos conteúdos que valorizem tanto a cultura popular quanto a erudita. Um exemplo disso é o crescente número de projetos educacionais que buscam integrar manifestações culturais locais ao ensino formal, enriquecendo a experiência educativa dos alunos.
Desse modo, percebe-se que a democratização do acesso à cultura é vital para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Por isso, é importante que governos e instituições invistam em políticas públicas que promovam a acessibilidade cultural e a valorização da diversidade cultural em todos os níveis da sociedade.
Texto 1
A dificuldade de conseguir um carro via aplicativo pode variar de acordo com o local em que o usuário está. Isso está relacionado à dinâmica de oferta e demanda característica do serviço. Mas essa diferença também pode ser acentuada pelas chamadas zonas de risco.
As zonas de risco são determinadas pelas empresas de aplicativo a partir de dados de violência nos bairros de grandes cidades. Em alguns casos, a informação é divulgada exclusivamente para os motoristas. Em outros, a mensagem também é visível para o próprio usuário, alertando que o carro sequer chega ali.
No Brasil, assim como acontece na África do Sul, existe a prática de bloquear regiões consideradas perigosas. Embora essas empresas, sob o argumento de proteção à segurança de motoristas e clientes, não divulguem os bairros em que existem os bloqueios, usuários relatam a falta de acessibilidade do serviço, principalmente nas zonas periféricas.
Para os passageiros, a adoção de zonas de risco expõe a desigualdade de acesso a serviços oferecidos nas grandes cidades, principalmente em zonas periféricas; para os motoristas, a adoção das zonas de risco tenta dar segurança. Representantes da categoria de motoristas de aplicativos reivindicam dados mais precisos sobre o destino da viagem.
(Cainã Marques Lopes e Débora Rodrigues Costa Aleluia. “Por que é mais difícil chamar carro por app em certas áreas”.
www.nexojornal.com.br, 11.01.2020. Adaptado)
Texto 2
“Moça, você mora em uma área de risco? É perigoso eu ir te buscar?” Foi assim que um motorista de aplicativo me contou, em setembro de 2019, que o bairro onde moro na zona sul de São Paulo é considerado zona de risco, segundo indicador interno da empresa de tecnologia. O relato não surpreendeu. Antes mesmo de os carros de aplicativos chegarem ao bairro, muitos taxistas se recusavam a fazer o trajeto de cinco quilômetros entre o metrô e o bairro. É verdade que o roubo de carros frequente e o assassinato de um motorista na região, há muitos anos, ajudou a cristalizar a percepção de insegurança. Essas justificativas não diminuem o transtorno de quem vive ali. Motoristas de aplicativos já me fizeram descer de seus carros de madrugada, no centro da cidade, ao entenderem qual o destino da viagem.
(Regiane Oliveira. “Quando seu bairro é definido como zona de risco por um app de transporte”. https://brasil.elpais.com, 10.01.2020. Adaptado)
Texto 3
A recepcionista Samantha Tavares desinstalou os aplicativos de corrida após observar uma dificuldade cada vez maior de chamar viagens. Moradora da Pavuna, zona norte do Rio, ela frequentemente recebia mensagens através do chat da ferramenta. “Os motoristas perguntavam ‘Vai para onde?’ e, mesmo eu afirmando que não era comunidade, cancelavam a corrida. Entendo o medo, mas não tenho culpa de morar onde moro. Agora, tenho pegado mais mototáxi”, relata Samantha.
Uma empresa de transportes de passageiros por aplicativo afirmou que os seus motoristas são autônomos e têm liberdade para recusar ou aceitar viagens. Outra empresa informou que “os condutores são notificados sobre corridas em zonas de risco e podem aceitá-las ou não, sem qualquer tipo de penalização”.
(Yuri Eiras. “‘Não subo’: Passageiros relatam casos de discriminação em viagens por aplicativo perto de favelas”. https://odia.ig.com.br, 28.10.2021. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Corridas por aplicativo em “zonas de risco”: entre a liberdade de escolha do motorista e o transtorno gerado aos moradores dessas regiões
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre a acessibilidade de serviços de transporte por aplicativo, percebe-se que as corridas em “zonas de risco” geram um conflito entre a liberdade de escolha do motorista e os transtornos enfrentados pelos moradores dessas regiões. Nesse contexto, defende-se que a prática de delimitar zonas de risco por aplicativos de transporte acentua desigualdades sociais, ao mesmo tempo que busca garantir a segurança dos motoristas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto das zonas de risco na acessibilidade dos serviços para moradores de áreas periféricas e o dilema entre a segurança dos motoristas e a discriminação geográfica.
Preliminarmente, o impacto das zonas de risco na acessibilidade dos serviços para moradores de áreas periféricas é significativo. Conforme relatado por especialistas em mobilidade urbana, a delimitação dessas zonas muitas vezes impede que moradores de áreas consideradas perigosas tenham acesso igualitário a serviços essenciais, como transporte, o que pode agravar a exclusão social e econômica dessas comunidades. Além disso, essa prática reforça estigmas associados a determinadas regiões, perpetuando a marginalização de seus habitantes. Por exemplo, a dificuldade enfrentada por moradores da Pavuna, no Rio de Janeiro, em conseguir corridas por aplicativo, ilustra como a percepção de risco pode limitar o acesso a serviços básicos.
Ademais, o dilema entre a segurança dos motoristas e a discriminação geográfica é um desafio complexo. De acordo com estudos de segurança pública, os motoristas de aplicativos enfrentam riscos reais ao adentrar áreas com altos índices de criminalidade, o que justifica, em parte, a existência de zonas de risco. Contudo, a liberdade de escolha dos motoristas para recusar corridas nessas áreas pode resultar em discriminação geográfica, prejudicando moradores que não têm responsabilidade direta sobre a violência local. Um exemplo disso é o relato de motoristas que cancelam corridas ao saberem do destino, mesmo quando o passageiro não reside em uma área de risco específica, mas apenas próxima a ela.
Desse modo, percebe-se que a prática de delimitar zonas de risco por aplicativos de transporte acentua desigualdades sociais, ao mesmo tempo que busca garantir a segurança dos motoristas. Por isso, é importante que as empresas de transporte por aplicativo desenvolvam soluções tecnológicas que ofereçam dados mais precisos sobre segurança, permitindo uma avaliação mais justa das áreas de risco, além de promoverem parcerias com órgãos públicos para melhorar a segurança nas regiões afetadas.
Texto I
A pandemia trouxe o distanciamento social e, com isso, novas possibilidades para o trabalho, justamente pela necessidade do remoto. Afinal, o recomendado é não estar mais no ambiente profissional e, para alguns, é possível dar continuidade em projetos pelo computador pessoal, com auxílio da internet.
Assim como as paredes dos lares se transformaram em escritórios, essa mudanças também trouxe um ponto de virada para o próprio computador que, antes, normalmente, era utilizado apenas para trabalhos pessoais ou lazer.
Considerando que os limites entre profissional e pessoal, antes bem definidos, no pós-pandemia – que está chegando, mesmo que a passos lentos – devem estar mais próximos, pode ser um momento de pensar e se preocupar em como garantir sua segurança e a dos seus dados.
Afinal, com a possibilidade de trabalhar em diversos lugares, usando a conexão de diferentes redes junto a outros computadores, como se proteger de possíveis ataques digitais?
Bárbara Fernandes
(Extraído de: tecmundo.com.br)
Com base na leitura do texto e nos seus conhecimentos sobre o assunto, redija um texto dissertativo-argumentativo com 15 a 25 linhas acerca da seguinte questão:
É possível estabelecer limite entre o pessoal e o profissional no contexto do trabalho remoto?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre trabalho remoto, percebe-se que os limites entre vida pessoal e profissional no trabalho não presencial são frequentemente tênues e difíceis de manter. Nesse contexto, defende-se que é desafiador estabelecer limites claros entre o pessoal e o profissional no trabalho remoto, mas é possível com estratégias adequadas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da disciplina e organização pessoal e o uso de tecnologias e práticas para segurança digital.
Preliminarmente, a disciplina e organização pessoal são fundamentais para manter a separação entre as esferas pessoal e profissional. Segundo especialistas em produtividade, estabelecer horários fixos de trabalho e criar um espaço dedicado em casa para atividades profissionais são práticas recomendadas. Além disso, a utilização de listas de tarefas e o planejamento semanal podem ajudar a manter o foco e evitar que o trabalho invada momentos de lazer. Por exemplo, um estudo realizado por uma universidade americana mostrou que trabalhadores remotos que seguiam uma rotina estruturada relataram menos estresse e maior satisfação profissional.
Ademais, o uso de tecnologias e práticas para segurança digital é crucial para proteger dados sensíveis e manter a integridade das informações. De acordo com especialistas em cibersegurança, a adoção de "softwares" de proteção, como antivírus e "firewalls", e o uso de redes privadas virtuais (VPNs) são medidas essenciais. Além disso, a conscientização sobre práticas seguras, como evitar o uso de redes Wi-Fi públicas para acessar informações corporativas, é igualmente importante. Por exemplo, empresas que investem em treinamentos de segurança digital para seus funcionários têm menor incidência de ataques cibernéticos.
Desse modo, percebe-se que embora seja desafiador, é possível estabelecer limites entre o pessoal e o profissional no trabalho remoto com estratégias adequadas. Por isso, é importante que indivíduos e organizações invistam em práticas de organização pessoal e segurança digital para garantir um ambiente de trabalho remoto saudável e seguro.
Elabore um texto dissertativo-argumentativo com extensão de, no máximo, 30 linhas, de acordo com a seguinte proposta:
No artigo Saiba quais serão os impactos da pandemia no futuro das cidades, publicado no jornal Folha de São Paulo de 24 de abril de 2021, Nabil Bonduki, ex-secretário de Cultura de São Paulo e professor titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, assevera que todas as epidemias pelas quais passou a humanidade promoveram transformações sociais profundas.
Bonduki lembra que a Peste Negra, que dizimou em torno de um terço da população da Europa no século XIV, causou a interrupção do renascimento urbano, comercial e cultural da Baixa Idade Média. Já a terceira pandemia de cólera na Inglaterra motivou a aprovação da primeira Lei Sanitária do país, gerando protestos entre os liberais, críticos severos da interferência do Estado nas atividades econômicas.
Agora, segundo ele, não será diferente: “a longa duração da pandemia tende a consolidar as novas tendências de mudanças de comportamento urbano, positivas ou negativas, afetando todos os aspectos da vida nas cidades — habitação, trabalho, educação, cultura, espaço público, mobilidade e lazer”. Na opinião de Bonduki, é fundamental identificar e estudar essas transformações e “formular novas políticas para enfrentar as novas questões que estão surgindo” no cenário criado pela pandemia de Covid-19.
Você deve redigir um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema.
Questões sociais colocadas pela pandemia de Covid-19 e o papel das políticas públicas e da sociedade civil organizada no seu enfrentamento
Instruções
1. Crie um título para o seu texto e escreva-o na linha apropriada para esse fim.
2. Redija seu texto a caneta, com o máximo de 30 linhas, em letra de tamanho regular.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre impactos sociais da pandemia, percebe-se que eles exigem atenção redobrada das políticas públicas e da sociedade civil organizada. Nesse contexto, defende-se que a pandemia de Covid-19 evidenciou desigualdades sociais e a necessidade de políticas públicas eficazes e atuação da sociedade civil. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as desigualdades sociais exacerbadas pela pandemia e a importância das políticas públicas e da sociedade civil no enfrentamento das questões sociais.
Preliminarmente, é necessário entender como as desigualdades sociais foram exacerbadas pela pandemia, revelando fragilidades estruturais. De acordo com especialistas, a crise sanitária intensificou a pobreza e a desigualdade de acesso a serviços essenciais, como saúde e educação. Além disso, a pandemia destacou a vulnerabilidade de grupos marginalizados, como trabalhadores informais e comunidades periféricas. Por exemplo, o aumento do desemprego e a precarização do trabalho foram evidentes durante esse período.
Ademais, a importância das políticas públicas e da sociedade civil no enfrentamento das questões sociais é inegável. Segundo especialistas em políticas públicas, medidas governamentais, como o auxílio emergencial, foram cruciais para mitigar os efeitos econômicos da pandemia. Além disso, a atuação de organizações não governamentais e movimentos sociais foi fundamental para suprir lacunas deixadas pelo Estado. Por exemplo, ações de solidariedade, como distribuição de cestas básicas, foram essenciais para garantir a sobrevivência de muitas famílias.
Desse modo, percebe-se que a pandemia de Covid-19 evidenciou desigualdades sociais e a necessidade de políticas públicas eficazes e atuação da sociedade civil. Por isso, é importante que governos e sociedade civil trabalhem em conjunto para desenvolver estratégias que promovam a equidade social e garantam o acesso a direitos básicos para todos.
Texto 1
Uberização: termo usado para indicar a transição para o modelo de negócio sob demanda caracterizado pela relação informal de trabalho, que funciona por meio de um aplicativo (plataforma de economia colaborativa), criado e gerenciado por uma empresa de tecnologia que conecta os fornecedores de serviços diretamente aos clientes, a custos baixos e com alta eficiência.
(“Uberização”. Academia Brasileira de Letras (ABL). https://academia.org.br. Adaptado.)
Texto 2
Cerca de 13 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa, aproximadamente, 12,4% da população. Com um cenário pessimista para os empregos formais, as pessoas buscam alternativas de trabalho, seja para garantir alguma forma de sustento ou para complementar a renda.
Com esse contexto, e a necessidade das pessoas de ganharem dinheiro para sobreviver, surgiu o que ficou conhecido como a uberização do trabalho. A advogada trabalhista Deborah Gontijo afirma que a uberização é, na verdade, a modernização das relações de trabalho. “É natural que isso aconteça por conta do cenário econômico, não só do Brasil, mas do mundo. As próprias pessoas querem ter uma nova rotina, com autonomia nas tarefas e a possibilidade de optar por quando querem trabalhar”, explica.
Esse modelo é visto como uma forma mais eficiente de atuação. Segundo o consultor internacional de segurança Leonardo Sant’Anna, que presta serviços e ministra treinamentos nas áreas empresarial e patrimonial, o próximo passo do mercado é que cada pessoa se torne seu próprio empresário e gestor. “É melhor para diversas pessoas. Hoje, o foco mundial está na gestão por resultados, em ter uma fonte de renda adicional, na desburocratização para contratação, na flexibilidade de jornada e horário de trabalho e na melhoria da distribuição de renda. A uberização contribui com tudo isso”, defende.
(“O que é a uberização do trabalho?”. https://guiadoestudante.abril.com.br, 29.07.2021. Adaptado.)
Texto 3
A crise política e econômica que o Brasil enfrenta, atualmente, aumentou a taxa de desemprego, fazendo com que profissionais das mais diversas áreas migrassem para os aplicativos de transporte. Sem direitos trabalhistas, como descanso semanal remunerado, 13o salário e férias, esses trabalhadores têm de arcar com o desgaste do automóvel, gasolina e a própria alimentação. Não podem se dar ao luxo de ficar doentes. Se acontecer um acidente, as empresas não se responsabilizam por nada, embora fiquem, em média, com 25% de cada corrida. A maioria desses trabalhadores sequer recolhe para o INSS. Não há nenhuma proteção, caso necessitem. Essa precarização das relações e condições de trabalho já está sendo chamada de uberização, modelo de distribuição de trabalho usado por diversas empresas de aplicativos que abarcam também outros serviços, como entregas (de carro, motocicletas e bicicletas) e vendas de produtos.
O professor e pesquisador da Universidade de Campinas (Unicamp) José Dari Krein analisa que o discurso sobre a flexibilização dos direitos trabalhistas, que retira proteção social para garantir trabalho, ganhou força nos últimos anos. “Empreender é só um eufemismo para jogar a responsabilidade de sucessos e fracassos em cima do indivíduo”, diz. Para ele, trabalhadores uberizados são assalariados, não microempreendedores. O professor destaca, ainda, que atualmente os trabalhadores estão mais sacrificados do que nos anos de 1960, quando um operário ganhava 30 vezes menos que o diretor da empresa. “Hoje, ele ganha 296 vezes menos”, diz, apontando o acirramento da concentração de renda.
(Marcia Santos. “Aplicativos do século 21 obrigam a trabalhar como no século 19”. https://www.extraclasse.org.br, 17.03.2020. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Trabalho sob demanda por aplicativos:
modernização ou precarização das relações de trabalho
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre relações de trabalho na era digital, defende-se que o trabalho sob demanda por aplicativos representa uma precarização das relações de trabalho, apesar de aparentar modernização. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a falta de direitos trabalhistas e segurança social e a concentração de renda e a falsa ideia de empreendedorismo.
Preliminarmente, a falta de direitos trabalhistas e segurança social é um aspecto crucial. Conforme destaca a doutrina, os trabalhadores sob demanda, muitas vezes, não têm acesso a benefícios básicos como descanso remunerado, 13º salário e férias, o que os torna vulneráveis a condições de trabalho exploratórias. Além disso, a ausência de proteção social, como contribuição ao INSS, deixa esses trabalhadores desamparados em casos de doenças ou acidentes. Por exemplo, motoristas de aplicativos são responsáveis por todos os custos operacionais, como manutenção do veículo e combustível, sem qualquer suporte das plataformas.
Ademais, a concentração de renda e a falsa ideia de empreendedorismo são preocupações significativas. De acordo com especialistas, o discurso de que cada trabalhador é seu próprio empresário mascara a realidade de que esses indivíduos são, na verdade, assalariados sem garantias. Consequentemente, a desigualdade de renda se intensifica, com trabalhadores ganhando significativamente menos que os executivos das empresas que gerenciam as plataformas. Um exemplo disso é a crescente disparidade salarial, na qual operários ganham uma fração do que recebem os diretores das empresas de tecnologia.
Desse modo, percebe-se que o trabalho sob demanda por aplicativos, embora traga a aparência de modernização, efetivamente contribui para a precarização das relações de trabalho. Por isso, é importante que políticas públicas sejam desenvolvidas para garantir direitos trabalhistas e segurança social para esses trabalhadores, promovendo uma distribuição de renda mais equitativa e condições de trabalho dignas.
Leia os textos.
Texto I
Os bailes funks, também conhecidos como pancadões ou fluxos, são o programa noturno de milhares de paulistanos todo fim de semana. Os eventos ocupam diversas ruas de comunidades com veículos e pessoas. É comum que jovens de classe média e classe média alta também os frequentem.
O “Baile da Dz7”, realizado há cerca de 10 anos em Paraisópolis, atrai entre 3000 e 5000 pessoas a cada edição, em média. Além de residentes da comunidade, muitos frequentadores vêm de outros bairros. Ao atrair gente de toda a cidade em grande número, os fluxos contribuem para aumentar as vendas de pequenos comércios na região, como bares e cabeleireiros.
“O funk é hoje o cerne da identidade de uma grande parte dos moradores jovens das grandes cidades, principalmente das periferias. É uma marca identitária que está nas roupas, nos bonés, no modo de vida de uma maioria de jovens urbanos de classes médias e classes baixas”, diz Luiz Bolognesi, diretor do documentário Funk.Doc.
(Camilo Rocha. “O que o funk representa para a cultura jovem de São Paulo”. https://www.nexojornal.com.br. 04/12/19. Adaptado)
Texto II
Dada a escassez de equipamentos públicos de cultura e lazer em favelas e periferias da cidade de São Paulo, o baile funk organizado na rua, o chamado fluxo, é a única opção para vastas parcelas da população, fundamentalmente jovem e moradora desses locais. Para além da música dançante, da paquera e da sociabilidade decorrente do encontro, o sucesso desses bailes se deve também ao baixo custo de produção, pois, muitas vezes, para a existência de um fluxo, basta a criação de um evento nas redes sociais e um carro com som alto ligado em uma rua.
A maioria da juventude pobre moradora de periferias e favelas não possui recursos financeiros para pagar a entrada em bares e casas de shows, ou mesmo estádios de futebol, local que outrora era frequentado por esse setor social. À falta de investimento público soma-se a privatização dos espaços. Dessa situação resulta o sucesso dos bailes funks na rua, abertos e públicos.
(Patricia Fachin. “Paraisópolis: expressão visceral das relações de classe no Brasil”. https://www.cartamaior.com.br. 17/12/2019. Adaptado)
Texto III
Quem detesta pancadão tem medo de represálias se reclamar. Relatos falam em som “insuportável” e idosos que “passam quatro noites sem dormir por causa do barulho”. O tráfico de drogas e a prostituição são outros dois fatores citados por aqueles moradores de comunidade que prefeririam que o fluxo não existisse.
“Só quem gosta é quem ganha dinheiro com a bagunça, ou seja, quem vende bebida ou drogas”, fala um morador do Jardim Colombo, na zona oeste paulistana. “Eu acordo muito cedo para ir trabalhar. Minha casa fica em frente a um baile. Eles não respeitam ninguém. Não me deixam dormir e meu portão fica totalmente bloqueado”, contou outro residente do bairro.
Para um morador de Paraisópolis, além do barulho, a impossibilidade de as ambulâncias do Samu circularem durante o fluxo e a sujeira que fica nas vielas depois das festas são os fatores que mais incomodam a comunidade. “São problemas que qualquer pessoa teria em qualquer bairro da cidade. Morador de comunidade também quer sossego”, disse.
(Gilberto Amendola. “Baile funk vira ‘fluxo’ na rua, movimenta economia periférica e toca até sertanejo”. https://sao-paulo.estadao.com.br. 08/12/19. Adaptado)
Com base nas informações dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Baile funk na rua: entre a oferta de lazer e a perturbação do sossego
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre bailes funks em São Paulo, defende-se que esses bailes de rua representam tanto uma importante oferta de lazer e identidade cultural para jovens das periferias quanto um desafio para a convivência comunitária devido à perturbação do sossego. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância cultural e social dos bailes funks para a juventude periférica e os problemas de convivência e impactos negativos dos bailes funks nas comunidades.
Preliminarmente, a importância cultural e social dos bailes funks para a juventude periférica é inegável e significativa. Conforme especialistas, o funk é o cerne da identidade de muitos jovens urbanos, especialmente nas periferias, sendo uma expressão cultural que transcende a música e se manifesta no modo de vida, vestuário e linguagem. Além disso, os bailes funks oferecem uma alternativa de lazer acessível em regiões carentes de equipamentos culturais, promovendo a socialização e a economia local através do aumento das vendas em pequenos comércios. Por exemplo, o "Baile da Dz7" em Paraisópolis atrai milhares de pessoas, movimentando a economia e oferecendo um espaço de expressão cultural.
Por outro lado, os problemas de convivência e impactos negativos dos bailes funks nas comunidades são preocupantes e demandam atenção. Conforme relatado nos principais meios de comunicação, o barulho excessivo, a obstrução de vias e a presença de atividades ilícitas, como tráfico de drogas, são algumas das queixas que afetam a qualidade de vida dos residentes locais. Além disso, a falta de infraestrutura adequada para lidar com grandes aglomerações pode prejudicar serviços essenciais, como o acesso de ambulâncias em casos de emergência. Um exemplo disso é a dificuldade enfrentada por moradores de Paraisópolis em relação à circulação de veículos de emergência durante os eventos.
Desse modo, percebe-se que os bailes funks de rua são uma manifestação cultural relevante, mas que requerem soluções para mitigar seus impactos negativos na convivência comunitária. Por isso, é importante que políticas públicas sejam implementadas para regularizar e apoiar esses eventos, garantindo segurança e infraestrutura adequadas, além de promover o diálogo entre organizadores e comunidades para uma convivência harmônica.
Texto 1
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) publicado em agosto de 2021 mostrou que o papel da influência humana no aquecimento do planeta é inequívoco e inquestionável.
A meta do IPCC é limitar a alta da temperatura a 1,5ºC: atualmente, esse número já subiu cerca de 1ºC e eventos extremos do clima já afetam todo o globo. Embora governos e empresas tenham papéis fundamentais na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, especialistas ouvidos pelo G1 apontam que a soma de ações individuais também pode efetivamente ajudar a diminuir o impacto do aquecimento global.
Isso porque todo ser humano está envolvido em atividades que emitem, direta ou indiretamente, gases de efeito estufa no seu dia a dia. Os pesquisadores deram para isso o nome de pegada de carbono: medida de cálculo equivalente à emissão na atmosfera por pessoa ou entidade.
Países mais ricos têm uma média maior de emissão: nos EUA, uma pessoa emite 16 toneladas de gases de efeito estufa, enquanto a média global é de cerca de quatro toneladas. Para evitar um aumento de 2ºC na temperatura, os cientistas dizem que é preciso diminuir essa média para duas toneladas, de acordo com a organização Nature Conservancy.
Com a ressalva de que não é possível sugerir as mesmas posturas para pessoas de diferentes classes de renda, especialistas alertam que a maioria das oportunidades para diminuir nossa pegada de carbono estão, por exemplo, nas boas escolhas no uso dos meios de transporte (evitar o uso do automóvel e de viagens de avião) e na mudança da alimentação (diminuir o consumo de carne).
(“Aquecimento global: o que as pessoas podem fazer na prática para reduzir o impacto no clima”. https://g1.globo.com. 10.08.2021. Adaptado)
Texto 2
A tensão superficial a respeito dos impactos ambientais domina mesmo quando afirmamos estar lidando com a destruição dos nossos sistemas de suporte de vida causada pela mudança climática. Concentramo-nos naquilo que é denominado de micro-bolhas consumistas (MCB): pequenas questões como colherinhas de plástico e copos de café, em vez das enormes forças estruturais que nos conduzem à catástrofe. Somos obcecados por sacos de plástico. Acreditamos que estamos fazendo um favor ao mundo ao rejeitar sacolas plásticas, embora, em uma estimativa, o impacto ambiental de produzir uma sacola de algodão orgânico seja equivalente ao de 20.000 sacolas plásticas.
O foco corporativo no lixo, ampliado pela mídia, distorce nossa visão sobre todas as questões ambientais. Por exemplo, um recente levantamento das crenças públicas sobre a poluição dos rios descobriu que “lixo e plástico” são de longe a maior causa nomeada pelas pessoas. Na realidade, a maior fonte de poluição de água é a agricultura, seguida pelo esgoto. O lixo está muito abaixo da lista. Não é que o plástico não seja importante. O problema é que é quase a única história que nos chega.
Em 2004, uma empresa de publicidade que trabalha para uma gigante petrolífera levou a mudança de culpa um passo à frente ao inventar a pegada pessoal de carbono. Foi uma inovação útil, mas também teve o efeito de desviar a pressão política dos produtores de combustíveis fósseis para os consumidores. As grandes corporações petrolíferas não param por aí. O exemplo mais extremo já visto foi um discurso do chefe executivo de outra grande companhia petrolífera, em 2019. Ele nos instruiu para “comer sazonalmente e reciclar mais”, e repreendeu publicamente seu motorista por comprar uma cestinha de morangos em janeiro.
A grande transição política dos últimos 50 anos, impulsionada pelo marketing corporativo, foi uma mudança da abordagem coletiva dos nossos problemas para a abordagem individual. Em outras palavras, ela nos transformou de cidadãos em consumidores. Não é difícil ver por que temos sido levados por esse caminho. Como cidadãos, unidos para exigir mudanças políticas na condução da crise climática, somos poderosos. Como consumidores, por sua vez, somos quase impotentes.
(George Monbiot. “Monbiot: não acredite em poupar canudinhos”. https://outraspalavras.net. 08.11.2021. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Combate às mudanças climáticas: responsabilidade dos indivíduos ou das grandes corporações?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre meio ambiente, defende-se que a responsabilidade pelo combate às mudanças climáticas deve ser compartilhada entre indivíduos e grandes corporações, com ênfase na ação coletiva e política. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância das ações individuais na redução da pegada de carbono e o papel crucial das grandes corporações e políticas públicas na mitigação das mudanças climáticas.
Preliminarmente, a importância das ações individuais na redução da pegada de carbono é significativa. Segundo especialistas, as escolhas diárias dos indivíduos, como a redução do uso de automóveis e o consumo consciente de alimentos, podem diminuir significativamente a emissão de gases de efeito estufa. Além disso, a conscientização sobre a pegada de carbono pessoal pode levar a mudanças comportamentais que, somadas, têm um impacto positivo no meio ambiente. Por exemplo, a adoção de dietas com menor consumo de carne tem sido promovida como uma forma eficaz de reduzir a pegada de carbono individual.
Ademais, o papel crucial das grandes corporações e políticas públicas na mitigação das mudanças climáticas não pode ser subestimado. De acordo com estudos, as grandes corporações são responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais de gases de efeito estufa, e suas práticas precisam ser reguladas por políticas públicas eficazes. Portanto, a implementação de políticas governamentais que incentivem a transição para energias renováveis e penalizem práticas poluentes é essencial. Um exemplo disso é a adoção de metas de redução de emissões por parte de governos e a promoção de investimentos em tecnologias limpas pelas corporações.
Desse modo, percebe-se que a responsabilidade pelo combate às mudanças climáticas deve ser compartilhada entre indivíduos e grandes corporações, com ênfase na ação coletiva e política. Por isso, é importante promover uma conscientização global que una esforços individuais e coletivos, além de exigir políticas públicas que responsabilizem as corporações por suas emissões.
Texto I
O turismo sustentável é caracterizado por atender às necessidades dos turistas sem causar prejuízos ao meio ambiente, minimizando impactos ambientais e promovendo benefícios econômicos para as comunidades locais e destinos. Uma vez que a natureza é um dos principais atrativos turísticos de uma região, a sustentabilidade é essencial para o crescimento do turismo e para a preservação ambiental e cultural de uma região.
A sustentabilidade no turismo, portanto, concilia a preservação com o crescimento turístico, satisfazendo as necessidades econômicas, ambientais e turísticas. Para alcançar esses objetivos, as ações de turismo sustentável se baseiam especialmente em adaptar a infraestrutura, para que o impacto causado pelo fluxo de turistas seja o menor possível.
Um exemplo de sustentabilidade no turismo é um lugar que utiliza um rio como ponto de visitaç'áo: ele pode ser explorado de maneira responsável, com atividades que visem diversão e convivência responsável com esse recurso natural, sem causar qualquer tipo de dano a ele ou seu entorno.
Para isso, torna-se necessária a criação de regras para a visitação, de modo a evitar que os turistas adotem ações prejudiciais ao ambiente. Por meio dessas normas de preservação, protege-se a vida ao mesmo tempo em que a economia se mantém ativa, unindo responsabilidade e desenvolvimento.
As ações de turismo sustentável também são muito eficientes para desenvolver a consciência socioambiental do turista, ensinando-o a importância de preservar a região e como suas ações podem impactar o meio ambiente e prejudicar as futuras gerações.
abildaadd-uissmmo aq.com.briblogiimportancia-sustentabilidade-turismo/
Texto II
A potencialidade maranhense das cadeias produtivas é enorme, como exemplos temos o manejo da juçara, a produção de polpas, doces e geleias de frutas regionais como cupuaçu e bacuri que movimentam a bioeconomia estadual e ainda são a principal alternativa de renda e segurança alimentar para muitas comunidades tradicionais do estado. Pensando nisso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) separou importantes informações sobre essas riquezas do Maranhão.
O turismo ecológico ou de base comunitária é parte dos serviços ecossistêmicos não materiais que a natureza nos oferece. É caracterizado pelo contato com os ecossistemas, bem como a realização de atividades que promovam a vivência social, o conhecimento científico sobre o ambiente visitado e curiosidades sobre os aspectos da cultura local, realizando, assim, maior integração entre visitantes e moradores locais.
A atividade, que atualmente é o ramo da indústria turística que mais cresce, visa também a proteção das áreas em que o ecoturismo acontece, além de ser uma ótima oportunidade para promover a educação ambiental e desenvolvimento sustentável.
marannh hen e-dascaaeias- prodduivvas- u ui smmoeecc ologconooestado-das-cadeias-produtivas-turismo-ecológico-no-estado - adaptado - 9/02/2022
Texto III
ttps://quasenomade.com/o-que-e-turismo-sustentavel/
Proposta de Redação
A partir dos textos motivadores e dos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, elabore um texto dissertativo-argumentativo, com limite mínimo de 20 (vinte) e máximo de 30 (trinta) linhas, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, no qual discuta a seguinte questão:
"A importância do turismo sustentável"
Em seu texto, você deve selecionar, organizar e relacionar, de forma consistente, coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre turismo sustentável, defende-se que ele é essencial para a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico das comunidades locais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os benefícios ambientais do turismo sustentável e os impactos econômicos positivos para as comunidades locais.
Preliminarmente, os benefícios ambientais do turismo sustentável são significativos e devem ser destacados. Conforme especialistas em sustentabilidade, o turismo sustentável promove a conservação dos ecossistemas naturais ao incentivar práticas de visitação que minimizam os impactos ambientais. Além disso, essas práticas incluem a implementação de regras para visitação e a educação ambiental dos turistas, que são fundamentais para proteger a biodiversidade local. Por exemplo, em áreas de ecoturismo, como parques nacionais, são adotadas medidas para limitar o número de visitantes e garantir que as atividades turísticas não prejudiquem o meio ambiente.
Ademais, os impactos econômicos positivos para as comunidades locais são igualmente relevantes. De acordo com estudos econômicos, o turismo sustentável pode gerar empregos e aumentar a renda das comunidades ao promover o comércio local e a valorização dos produtos regionais. Consequentemente, isso contribui para a redução da pobreza e para o fortalecimento da economia local. Um exemplo disso é a produção de artesanato e alimentos típicos, que são comercializados para os turistas, gerando renda para as famílias locais e incentivando a preservação das tradições culturais.
Desse modo, percebe-se que o turismo sustentável desempenha um papel crucial na proteção ambiental e no desenvolvimento econômico das comunidades. Por isso, é importante que governos e organizações promovam políticas e práticas que incentivem o turismo sustentável, garantindo que ele seja uma ferramenta eficaz para a conservação e o desenvolvimento.