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Prezado candidato,

A violência contra os ciclistas é uma séria preocupação em diversas regiões ao redor do mundo, manifestando-se em diversas formas, que vão desde agressões físicas diretas até comportamentos negligentes no trânsito que representam ameaças à integridade dos ciclistas. Considerando isso e com base na leitura atenta dos textos fornecidos como inspiração, redija um texto dissertativo-argumentativo em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa, abordando com profundidade o tema “Desafios para o combate da violência contra o ciclista no trânsito”. De forma alguma, faça cópia dos textos-base e lembre-se de defender uma tese por meio de argumentos sólidos.

Texto 1: Os desafios dos ciclistas em um trânsito feito para carros

Segurança no trânsito e mais respeito dos motoristas são as principais bandeiras dos cicloativistas e isso implica em mais ciclovias, ciclofaixas e campanhas de conscientização. “Esse é um dia de luta pelo direito de pedalar com segurança no trânsito sem medo de ser atropelado”, apontou o cicloativista Marcelo Melo, 31 anos.

O uso da bicicleta no trânsito reduz a poluição e os engarrafamentos. Mas não é fácil o motorista entender que uma bicicleta no trânsito significa um carro a menos. “Há uma intolerância e até agressividade dos motoristas, o que deixa o trânsito bastante hostil para o ciclista”, apontou Gaia Lourenço.

A bicicleta como modal de transporte e não apenas de lazer é uma força ainda pouco aproveitada, segundo a Ameciclo, parte disso é resultado das políticas públicas e da falta de hábito da população. Um levantamento feito pela Ameciclo e divulgado em 2018 aponta que parte dos deslocamentos feitos por carro é para percursos de cerca de 10 km. “É um percurso perfeitamente possível de se fazer de bicicleta, mas é preciso que as pessoas tenham segurança e elas ainda não se sentem seguras”, lembrou a coordenadora da Ameciclo.

Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2020/08/os-desafiosdos-ciclistas-em-um-transito-feito-para-carros.html. Acesso em: 01 dez. 2023

Texto 2: Os desafios para quem usa bicicleta como meio de transporte em Brasília

Em 2010, a promessa era entregar 600 km até o fim de 2010. Passada mais de uma década, somente agora a capital se aproxima da meta e os usuários sentem diariamente os problemas da falta de integração das ciclovias

Usar a bicicleta como meio de transporte ou para o lazer no Distrito Federal é uma decisão que pode custar a vida. Um levantamento feito pelo Correio, com base nas estatísticas dos últimos 20 anos do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), revelou que para cada 10 mortos no trânsito da capital, um é ciclista. Fica evidente que Brasília, cidade moderna, porém projetada sob a lógica rodoviarista da década de 1950, ainda negligencia essa parcela de brasilienses que, por opção ou falta dela, circula pelo Distrito Federal de bicicleta.

No cenário atual, o poder público ainda elabora e executa obras de infraestrutura rodoviária sem a previsão de ciclovias ou ciclofaixas. E condutores se apropriam das vias como se fossem propriedade privada, onde tudo pode, inclusive fechar ou “tirar fino” dos ciclistas, numa demonstração de intolerância e desprezo à vida.

Ao longo dos últimos 20 anos, ao menos 807 brasilienses morreram enquanto pedalavam no Distrito Federal, 40 por ano, em média. Promover a circulação de bikes e áreas de segurança para ciclistas é uma obrigação do poder público, prevista no artigo 21 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Também está no CTB uma definição objetiva das normas de circulação: …”Em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.”

Na avaliação do Pastor Willy Gonzales Taco, do Centro Interdisciplinar em Estudos de Transporte da Universidade de Brasília (Ceftru/UnB), as dificuldades enfrentadas pelos ciclistas estão diretamente relacionadas a um sistema viário inseguro; falta de campanhas voltadas à necessidade de respeito ao espaço do ciclista; infraestrutura cicloviária precária e falta de integração entre os modais que incentivem o uso da bicicleta.

(Adaptado) Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/08/4944572-os-desafiospara-quem-usa-bicicleta-como-meio-de-transporte-em-brasilia.html. Acesso em 01 dez. 2023.

Texto 3: Ciclistas se mobilizam contra violência recorde no trânsito de SP

Em 2021, capital paulista teve 41 mortos em bicicletas, maior número desde 2015

A violência do trânsito paulistano tem batido recorde em relação aos ciclistas e levado familiares, amigos e grupos que defendem a bicicleta como meio de transporte e lazer a fazerem protestos em série para sensibilizar o poder público. Desde o dia 18, foram ao menos quatro manifestações nas ruas da cidade.

Números do Infosiga, do governo estadual, mostram que 41 ciclistas foram mortos na capital paulista em 2021, recorde desde o início da série histórica, em 2015, mesmo com a diminuição na circulação de pessoas por causa da queda na atividade econômica, provocada pela pandemia.

O que os números são incapazes de mostrar é o tamanho da dor das famílias e dos amigos. Para eles, qualquer demonstração de apoio é fundamental para tentar reconstruir a vida. Nesse contexto surgem os protestos para cobrar políticas públicas que, ao menos, sirvam para preservar vidas no trânsito.

Os parentes do entregador Claudemir Kauã dos Santos Queiroz, 17, atropelado e morto no último dia 10, na avenida Corifeu de Azevedo (zona oeste), estavam ao lado de dezenas de ciclistas durante um protesto na noite do dia 18. Queiroz tinha acabado de se tornar pai e trabalhava como entregador de aplicativo para pagar o aluguel da casa onde vivia com a mulher. Durante o protesto, foi instalada uma ghost bike, como são chamadas as bicicletas pintadas de branco colocadas onde ciclistas foram mortos por atropelamento.

No local, Kauã foi atingido por um empresário de 39 anos que dirigia um Volvo V40 e, segundo a Polícia Militar, recusouse a fazer o teste do bafômetro. Ainda de acordo com a PM, o atropelador apresentava sinais de embriaguez e tinha carteira de habilitação suspensa desde 15 de junho. Em depoimento, quando foi autuado por homicídio culposo (sem intenção de matar), ele alegou que tinha tomado uma cerveja long neck.

“Perder alguém por causa de um cara bêbado. Creio no Deus que eu sigo que a justiça será feita”, diz Margarete. Para motoristas que abusam da velocidade e consomem bebida alcoólica antes de pegar no volante, a tia da vítima deixa um recado. “Não compre carro. Uma pessoa que faz isso não pode nem tirar carta.”

Como costuma acontecer na última sexta-feira de cada mês, o movimento Massa Crítica também se manifestou dia 25 em relação às mortes, em um protesto que teve início na praça do Ciclista, na avenida Paulista (região central). Integrante da Ciclocidade, (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo), Yuri Vasquez ataca justamente a ausência de políticas de mobilidade que contemplem ciclistas e pedestres. Para Vasquez, a prefeitura tem sido negligente há alguns anos. “Pelo plano de mobilidade urbana, deveríamos ter 1.500 km de ciclovia até 2030, e estamos beirando 600 km, 650 km agora. Doria, depois Covas e agora Ricardo Nunes não implantaram mais que 150 km de ciclovia”, afirma.

(Adaptado) Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2022/03/ciclistas-se-mobilizamcontra-violencia-recorde-no-transito-de-sp.shtml. Acesso em 01 dez. 2023

Rascunho Eficiente

Assunto: Violência no trânsito contra ciclistas
Tema: Desafios para o combate da violência contra ciclistas
Tese: A efetiva proteção dos ciclistas no trânsito requer políticas públicas robustas e uma mudança cultural significativa.
Tópico 1: Infraestrutura inadequada e políticas públicas insuficientes
Tópico 2: Cultura de desrespeito e negligência no trânsito

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre violência no trânsito contra ciclistas, defende-se que a efetiva proteção deles no trânsito requer políticas públicas robustas e uma mudança cultural significativa. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar infraestrutura inadequada e políticas públicas insuficientes e cultura de desrespeito e negligência no trânsito.

Preliminarmente, a infraestrutura inadequada e as políticas públicas insuficientes são fatores críticos que contribuem para a insegurança dos ciclistas. De acordo com especialistas em mobilidade urbana, a ausência de ciclovias bem planejadas e a falta de integração entre diferentes modais de transporte são obstáculos significativos para a segurança dos ciclistas. Além disso, a implementação de ciclovias muitas vezes não acompanha o crescimento urbano, resultando em redes desconectadas e inseguras. Um exemplo claro disso é a situação em Brasília, onde a promessa de 600 km de ciclovias ainda não foi cumprida, evidenciando a negligência do poder público em relação à mobilidade ciclística.

Ademais, a cultura de desrespeito e negligência no trânsito é um problema igualmente preocupante. Conforme relatam ativistas e organizações de ciclistas, há uma tendência de intolerância e agressividade por parte dos motoristas, que muitas vezes não respeitam o espaço dos ciclistas nas vias. Consequentemente, essa atitude resulta em comportamentos perigosos, como "tirar fino" dos ciclistas, aumentando o risco de acidentes. Um exemplo trágico dessa realidade é o caso do jovem ciclista em São Paulo, que foi vítima de um motorista embriagado, destacando a necessidade urgente de conscientização e respeito no trânsito.

Desse modo, percebe-se que a proteção dos ciclistas no trânsito demanda ações concretas tanto do poder público quanto da sociedade civil. Por isso, é importante promover campanhas de conscientização, investir em infraestrutura adequada e implementar políticas rigorosas de fiscalização e punição para garantir a segurança dos ciclistas.


TEXTO I

Mãe de filhos de namorado de Suzane von Richthofen pede guarda dos filhos

Será que pode haver alteração de guarda baseado apenas neste fundamento?

A médica Sílvia Constantino Franco, de 44 anos, mãe de três crianças do atual namorado de Suzane Richthofen, disse no programa Encontro, da TV Globo, nesta quarta-feira (27), que não consegue mais falar com as filhas.

Ela pediu a guarda das meninas na Justiça. Isso porque elas moram com o pai na cidade de Bragança Paulista.

"Não tenho confiança em deixar [minhas filhas] lá em Bragança. [Quero] preservar o anonimato das minhas filhas. Depois da integridade física delas, o anonimato é fundamental", disse.

Fonte: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mae-de-filhos-de-namorado-de-suzane-von-richthofen-pede-guarda-dos-filhos/2129690510

TEXTO II

Caso Nardoni: Mãe de Isabella se diz 'indignada' por vida de Anna Jatobá fora das grades

Anna Carolina Jatobá está há oito meses em liberdade, e conseguiu autorizações de Justiça para participar de eventos noturnos e viajar.

[...]

Indignação. É como descreve Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, ao falar sobre a vida de Anna Carolina Jatobá fora das grades. Condenada a pouco mais de 26 anos pelo homicídio da enteada, ela está há oito meses fora das grades e já pode participar de eventos noturnos e viagens.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/justica/caso-nardoni-mae-de-isabella-se-diz-indignada-por-vida-de-anna-jatoba-fora-dasgrades,c397f38da7d15ba5250611ccdfc3eabc2xmgduop.html?utm_source=clipboard.Acesso em: 25 mar. 2024.

TEXTO III

[...]

“O sentido da palavra ressocialização no Direito Penal é voltado para reeducação social do apenado após o cumprimento da pena e também durante o cumprimento, envolvendo ações que objetivam sua readaptação na sociedade, auxiliando nos aspectos, educacionais, profissionais e psicossociais, visando à inibição de condutas que o façam reincidente.

[...]

Segundo Mirabete (2007), a execução penal é apenas um meio indispensável para reintegração social, mas nem por isso tem um maior alcance no processo de ressocialização, pois a melhor defesa da sociedade é assegurada pela política social do Estado e também pela ajuda pessoal.”

[...]

BEZERRA, Liz Gabrielle de Araújo;VIEIRA, Thalyta Martins. A Ressocialização do Egresso e a (In) Efetivação da Lei de Execução Penal. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/a-ressocializacao-do-egresso-e-a-in-efetivacao-da-lei-de-execucao-penal/2124941406. Acesso em: 25 mar. 2024.

TEXTO IV

Declaração Universal dos Direitos Humanos

Adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas(resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.

[...]

Artigo 7

Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos.Acesso em: 25 mar. 2024.

Construa um texto dissertativo-argumentativo em prosa, expondo seu ponto de vista sobre as condições de reinserção na vida social de egressos do sistema penal, no Brasil.

Rascunho Eficiente

Assunto: sistema penal no Brasil
Tema: condições de reintegração de ex-detentos na sociedade brasileira
Tese: a reinserção social de egressos do sistema penal no Brasil enfrenta desafios significativos devido à falta de políticas eficazes e ao estigma social
Tópico 1: importância de políticas públicas eficazes para a reintegração social
Tópico 2: impacto do estigma social na reinserção de ex-detentos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre sistema penal no Brasil, percebe-se que as condições de reintegração de ex-detentos na sociedade brasileira são desafiadoras e complexas. Nesse contexto, defende-se que a reinserção social de egressos do sistema penal no Brasil enfrenta desafios significativos devido à falta de políticas eficazes e ao estigma social. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de políticas públicas eficazes para a reintegração social e o impacto do estigma social na reinserção de ex-detentos.

Preliminarmente, a importância de políticas públicas eficazes para a reintegração social é fundamental para garantir que ex-detentos possam se reintegrar com sucesso na sociedade. De acordo com especialistas em políticas penais, a implementação de programas de educação, capacitação profissional e apoio psicológico durante e após o cumprimento da pena são essenciais para reduzir a reincidência criminal. Além disso, a falta de políticas públicas abrangentes e bem estruturadas limita as oportunidades de emprego e educação para ex-detentos, dificultando sua reintegração. Por exemplo, países que investem em programas de reabilitação e reintegração, como a Noruega, apresentam taxas de reincidência significativamente menores.

Ademais, o impacto do estigma social na reinserção de ex-detentos é um obstáculo significativo que precisa ser abordado. Segundo estudos sociológicos, o preconceito e a discriminação enfrentados por ex-detentos dificultam sua aceitação no mercado de trabalho e na comunidade, perpetuando um ciclo de exclusão social. Consequentemente, essa marginalização social pode levar à reincidência, uma vez que os ex-detentos se veem sem alternativas viáveis para sustentar suas vidas de forma lícita. Um exemplo disso é a dificuldade enfrentada por muitos ex-detentos em conseguir emprego devido ao preconceito de empregadores, mesmo quando possuem qualificação adequada.

Desse modo, percebe-se que os desafios enfrentados na reinserção social de egressos do sistema penal no Brasil são amplos e complexos, exigindo uma abordagem multifacetada. Por isso, é importante que o governo implemente políticas públicas eficazes e promova campanhas de conscientização para reduzir o estigma social, facilitando a reintegração bem-sucedida de ex-detentos na sociedade.


Instruções

Você deve desenvolver um dos gêneros oferecidos nas propostas de construção textual. O tema é único para os dois gêneros e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema ou cópia da coletânea anula a redação. A leitura da coletânea é obrigatória. Ao utilizá-la, você não deve copiar trechos ou frases. Quando for necessário, a transcrição deve estar a serviço do seu texto.

Independentemente do gênero escolhido, o seu texto NÃO deve ser assinado.

Tema:

IMPACTOS DA DEGRADAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA

Coletânea

Texto 1

Em dezembro de 2023, o SAD detectou 108 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 62% em relação a dezembro de 2022, quando o desmatamento somou 287 quilômetros quadrados. O desmatamento detectado em dezembro de 2023 ocorreu no Pará (30%), Mato Grosso (23%), Roraima (17%), Maranhão (11%), Amazonas (8%), Rondônia (4%), Acre (3%), Tocantins (3%) e Amapá (1%). As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 1.050 quilômetros quadrados em dezembro de 2023, o que representa um aumento de 1.621% em relação a dezembro de 2022, quando a degradação detectada foi de 61 quilômetros quadrados. Em dezembro de 2023 a degradação foi detectada no Pará (89%), Maranhão (5%), Mato Grosso (4%) e Amazonas (2%). Em dezembro de 2023, a maioria (75%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (19%), Unidades de Conservação (5%) e Terras Indígenas (1%).

Disponível em: <https://imazon.org.br/publicacoes/sistema-de-alerta-de-desmatamento-sad-dezembro-de-2023/>. Acesso em: fev.

2024.

Texto 2

Com 320 km² de área destruída em 10 meses, Acre está entre estados com áreas protegidas mais desmatadas Estado foi destaque negativo em outubro em relação à proteção de suas unidades de conservação, segundo Imazon.

Em outubro, três unidades de conservação do Acre ficaram entre as 10 mais devastadas da Amazônia. A líder Resex Chico Mendes, que perdeu o equivalente a cerca de 200 campos de futebol de mata nativa; e as florestas estaduais do Antimary e do Rio Gregório, cada uma com uma perda estimada em 100 campos de futebol de vegetação primária.

Além do desmatamento, quando há a remoção completa da vegetação nativa, o Imazon também monitora a degradação florestal causada pelas queimadas ou pela extração madeireira, que causam danos parciais nas áreas afetadas. Em outubro, foram detectados 8 km² de florestas degradadas no Acre, um recuo de 78% em relação ao mesmo período no ano passado.

Considerando os dados de desmatamento ilegal, queimadas, incêndios florestais e degradação florestal nos últimos anos, o governo do Acre declarou situação de emergência ambiental em dez cidades do estado. O decreto assinado por Gladson Cameli foi publicado no dia 5 de julho no Diário Oficial do Estado (DOE).

Disponível em: <https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2023/11/17/com-320-km-de-area-destruida-em-10-meses-acre-esta-entre-estados-com-areas-protegidas-mais-desmatadas.ghtml>. Acesso em: fev. 2024.

Texto 3

Devido ao desmatamento, Acre tem 17 municípios ameaçados de calor extremo.

Estudo aponta que calor extremo associado à baixa umidade e velocidade do vento são fatores que contribuem para o processo de 'savanização' da Amazônia que deve tornar a vida humana praticamente inviável até 2100. Como consequência do desmatamento, queimadas, poluição e assoreamento dos rios, o Acre tem 17 municípios com risco de enfrentar situação de calor extremo até o final de século. É o que aponta um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O estudo aponta que o calor extremo associado à baixa umidade e velocidade do vento, são fatores que contribuem para o processo de savanização da Amazônia que pode tornar a vida humana praticamente inviável até 2100. Conforme o estudo, pelo menos 12 milhões de pessoas que vivem na Amazônia correm risco de morte por causa do calor. A pesquisadora da Fiocruz Beatriz Oliveira disse que o estudo chegou à conclusão de que pode ter aumento de até 3º C de temperatura. Sendo assim, de 30º C a 34º C é considerado alto risco para a saúde humana e acima disso é considerado de extremo risco.

Disponível em: <https://imazon.org.br/imprensa/exploracao-madeireira-na-amazonia-chegou-a-464-mil-hectares-em-12-meses-aponta-levantamento-inedito/>. Acesso em: fev. 2024.

Propostas de redação

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ A – Artigo de opinião ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

O artigo de opinião é um gênero que assume o caráter argumentativo e tem por finalidade expressar o ponto de vista do autor sobre determinada temática a fim de persuadir seu interlocutor. É comum que esse gênero seja veiculado em mídias de comunicação de massa, como jornais e revistas.

Tendo em vista seu papel de destaque na sociedade, você foi convidado(a) por um jornal de grande circulação para que pudesse escrever uma coluna sobre o seguinte tema: “Os impactos da degradação florestal brasileira”.

Tomando como base a coletânea proposta e o repertório sociocultural adquirido ao longo de sua formação e prática, produza um artigo de opinião para alertar a população sobre esse problema. Não assine o artigo, tampouco adote nomes fictícios e/ou abreviações.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ B – Carta de leitor ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

O gênero carta de leitor manifesta a opinião do emissor sobre assuntos publicados na mídia, como jornais e revistas, dirigindo-se, comumente, ao(à) autor(a) da matéria veiculada, ou ainda ao(à) representante dessa mídia, por exemplo, o(a) editor(a). A carta de leitor possui caráter argumentativo e tom persuasivo na busca de convencer o seu interlocutor sobre o ponto de vista apresentado.

Escreva uma carta do leitor direcionada ao editor da matéria: “Com 320 km² de área destruída em 10 meses, Acre está entre estados com áreas protegidas mais desmatadas”. Na interlocução, discuta pontos importantes da temática proposta. Utilize-se dos textos da coletânea como base para delinear sua premissa e defender seu ponto de vista, além do repertório sociocultural adquirido ao longo de sua formação e prática. Não assine a carta, tampouco adote nomes fictícios e/ou abreviações.

ATENÇÃO

Em qualquer uma das duas propostas que você escolher, o seu texto NÃO deve ser assinado.

Rascunho Eficiente

Assunto: Meio Ambiente
Tema: Degradação florestal brasileira
Tese: A degradação florestal no Brasil gera consequências ambientais e sociais severas, exigindo ações urgentes e eficazes para sua mitigação.
Tópico 1: Consequências ambientais da degradação florestal
Tópico 2: Impactos sociais e econômicos da degradação florestal

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre meio ambiente, defende-se que a degradação florestal no Brasil gera consequências ambientais e sociais severas, exigindo ações urgentes e eficazes para sua mitigação. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as consequências ambientais da degradação florestal e os impactos sociais e econômicos dessa prática.

Preliminarmente, as consequências ambientais da degradação florestal são alarmantes e abrangentes. De acordo com especialistas ambientais, a destruição de florestas contribui significativamente para o aumento das emissões de gases de efeito estufa, agravando o aquecimento global. Além disso, a perda de biodiversidade é uma consequência direta, visto que muitas espécies dependem desses ecossistemas para sobreviver. Por exemplo, a savanização da Amazônia, mencionada em estudos recentes, ilustra como a degradação pode transformar drasticamente o clima e a paisagem, tornando certas regiões inabitáveis.

Ademais, os impactos sociais e econômicos da degradação florestal são igualmente preocupantes. Conforme relatórios de organizações sociais, as comunidades locais, especialmente as indígenas, são diretamente afetadas, perdendo suas terras e meios de subsistência. Consequentemente, há um aumento na vulnerabilidade social e econômica dessas populações, que enfrentam dificuldades para manter suas tradições e modos de vida. Um exemplo claro é a situação no Acre, onde o desmatamento em áreas protegidas tem levado a conflitos e insegurança alimentar.

Desse modo, percebe-se que a degradação florestal no Brasil gera consequências ambientais e sociais severas, exigindo ações urgentes e eficazes para sua mitigação. Por isso, é importante implementar políticas públicas robustas que incentivem a conservação florestal, além de promover a educação ambiental e o desenvolvimento sustentável nas comunidades afetadas.


Instruções

Você deve desenvolver um dos gêneros oferecidos nas propostas de construção textual. O tema é único para os dois gêneros e deve ser desenvolvido segundo a proposta escolhida. O texto deve ser redigido em prosa. A fuga do tema ou cópia da coletânea anula a redação. A leitura da coletânea é obrigatória. Ao utilizá-la, você não deve copiar trechos ou frases. Quando for necessário, a transcrição deve estar a serviço do seu texto.

Independentemente do gênero escolhido, o seu texto NÃO deve ser assinado.

Tema:

O DIREITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Coletânea

Texto 1

Liberdade de expressão e a livre manifestação do pensamento

Constituição Federal

"Art. 5º (...)

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; (...)

IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; (...)

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.”

Disponível em: <https://www.tjdft.jus.br/consultas/jurisprudencia/>. Acesso em: fev. 2024.

Texto 2

Liberdade de expressão não pode ser usada para violar direitos fundamentais

Por Gustavo Zanfer

Os direitos fundamentais dos cidadãos estão determinados na Constituição Federal brasileira de 1988, que não autoriza qualquer tipo de controle prévio no exercício das atividades intelectual, artística, científica e de comunicação. Todo cidadão brasileiro tem direito, portanto, de se expressar sem sofrer qualquer tipo de retaliação. Entretanto, a liberdade de expressão é usada por vezes como escudo para invadir outros direitos consagrados na Constituição, gerando a necessidade de estabelecer limites para a lei e evitar interpretações equivocadas sobre o que pode e o que não pode ser dito.

Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/liberdade-de-expressao-nao-pode-ser-usada-para-violar-direitos-fundamentais/#:~:text=Você%20não%20pode%20usar%20a,não%20seja%20praticada%20de%20forma>. Acesso em: fev. 2024.

Texto 3

Na maioria das situações em que está em causa um direito do homem, ao contrário, ocorre que dois direitos igualmente fundamentais se enfrentem, e não se pode proteger incondicionalmente um deles sem tornar o outro inoperante. Basta pensar, para ficarmos num exemplo, no direito à liberdade de expressão, por um lado, e no direito de não ser enganado, excitado, escandalizado, injuriado, difamado, vilipendiado, por outro. Nesses casos, que são a maioria, deve-se falar de direitos fundamentais não absolutos, mas relativos, no sentido de que a tutela deles encontra, em certo ponto, um limite insuperável na tutela de um direito igualmente fundamental, mas concorrente.

Norberto Bobbio

Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/297730/mod_resource/content/0/norberto-bobbio-a-era-dos-direitos.pdf>. Acesso
em: fev. 2024.

Propostas de redação

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ A – Artigo de opinião ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

O artigo de opinião é um gênero que assume o caráter argumentativo e tem por finalidade expressar o ponto de vista do autor sobre determinada temática a fim de persuadir seu interlocutor. É comum que esse gênero seja veiculado em mídias de comunicação de massa, como jornais e revistas.

Tendo em vista seu papel de destaque em sua região, você foi convidado(a) por um jornal de grande circulação para que pudesse escrever uma coluna sobre Direito Constitucional explicado à população. Tomando como base a coletânea proposta e o repertório sociocultural adquirido ao longo de sua formação e prática, produza um artigo de opinião para esse jornal sobre o tema: “O direito à liberdade de expressão na sociedade brasileira”.

Não assine o artigo, tampouco adote nomes fictícios e/ou abreviações.

▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬ B – Carta de leitor ▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

O gênero carta de leitor manifesta a opinião do emissor sobre assuntos publicados na mídia, como jornais e revistas, dirigindo-se, comumente, ao(à) autor(a) da matéria veiculada, ou ainda ao(à) representante dessa mídia, por exemplo, o(a) editor(a). A carta de leitor possui caráter argumentativo e tom persuasivo na busca de convencer o seu interlocutor sobre o ponto de vista apresentado.

Escreva uma carta do leitor direcionada ao Jornal da USP, comentando a matéria: “Liberdade de expressão não pode ser usada para violar direitos fundamentais”. Na interlocução com o analista, por meio da carta, discuta pontos importantes da temática proposta. Utilize-se dos textos da coletânea como base para delinear sua premissa e defender seu ponto de vista, além do repertório sociocultural adquirido ao longo de sua formação e prática. Não assine a carta, tampouco adote nomes fictícios e/ou abreviações.

ATENÇÃO

Em qualquer uma das duas propostas que você escolher, o seu texto NÃO deve ser assinado.

Rascunho Eficiente

Assunto: Direitos Sociais
Tema: O direito à liberdade de expressão na sociedade brasileira
Tese: A liberdade de expressão deve ser equilibrada com a proteção de outros direitos fundamentais
Tópico 1: Importância da liberdade de expressão na democracia
Tópico 2: Limites necessários para evitar abusos e proteger outros direitos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre direitos sociais, defende-se que a liberdade de expressão deve ser equilibrada com a proteção de outros direitos fundamentais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da liberdade de expressão na democracia e os limites necessários para evitar abusos e proteger outros direitos.

Preliminarmente, a liberdade de expressão é um pilar fundamental da democracia. Conforme a Constituição Federal de 1988, a livre manifestação do pensamento e a expressão intelectual, artística e científica são garantias que promovem o pluralismo de ideias e o debate público. Além disso, a liberdade de expressão permite que os cidadãos participem ativamente da vida política, questionem autoridades e exponham injustiças sociais. Por exemplo, movimentos sociais e protestos que utilizam a liberdade de expressão para promover mudanças significativas na sociedade.

No entanto, é crucial estabelecer limites para a liberdade de expressão a fim de evitar abusos. De acordo com a doutrina, os direitos fundamentais são relativos e, em muitos casos, um direito pode entrar em conflito com outro igualmente importante. Portanto, é necessário garantir que a liberdade de expressão não seja utilizada para difamar, injuriar ou violar a honra e a imagem de indivíduos. Um exemplo disso é a necessidade de combater "fake news" e discursos de ódio, que podem causar danos irreparáveis à sociedade e aos indivíduos.

Desse modo, percebe-se que a liberdade de expressão deve ser equilibrada com a proteção de outros direitos fundamentais. Por isso, é importante que o Estado e a sociedade civil trabalhem juntos para promover a educação sobre o uso responsável da liberdade de expressão, além de implementar políticas eficazes para proteger os direitos fundamentais de todos os cidadãos.


Um jornal espanhol escreveu o seguinte texto sobre o racismo nos campos de futebol:

“Limpar as arquibancadas. Os insultos racistas se converteram em moeda corrente nos estádios de futebol.

Desde as arquibancadas se vaiam os jogadores de cor da equipe contrária com insultos repugnantes ou com imitações aviltantes. São imagens que qualquer torcedor no estádio ou em casa poderá ver, sem dúvida, com muita frequência.” (El País, 02/03/2006)

No nosso país ocorrem frequentemente episódios do mesmo tipo e, apesar das medidas tomadas, o problema continua. O que pode ser feito para reduzir ou acabar com esse problema?

Num texto dissertativo-argumentativo, redigido em linguagem culta você deve dizer o que pensa do problema, quais são as suas causas e possíveis soluções, dando especial atenção aos argumentos utilizados na defesa de suas opiniões.

Rascunho Eficiente

Assunto: Racismo nos estádios de futebol
Tema: Discriminação racial em eventos esportivos
Tese: É essencial implementar medidas mais eficazes e educativas para combater o racismo nos estádios
Tópico 1: Educação e conscientização da sociedade
Tópico 2: Punições severas e regulamentação rigorosa

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre racismo nos estádios de futebol, percebe-se que a discriminação racial em eventos esportivos persiste como um problema significativo. Nesse contexto, defende-se que é essencial implementar medidas mais eficazes e educativas para combater o racismo nos estádios. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar educação e conscientização da sociedade e punições severas e regulamentação rigorosa.

Preliminarmente, a educação e conscientização da sociedade são fundamentais para transformar mentalidades e atitudes. Como afirma o filósofo Immanuel Kant, a educação é a base para o desenvolvimento moral e ético dos indivíduos. Além disso, campanhas educativas podem ser promovidas em escolas e comunidades para sensibilizar sobre a importância do respeito e da igualdade racial. Por exemplo, programas como "Futebol Contra o Racismo" podem ser implementados para envolver jovens e adultos em discussões sobre diversidade e inclusão.

Ademais, punições severas e regulamentação rigorosa são necessárias para desestimular comportamentos racistas. De acordo com o jurista Hans Kelsen, a eficácia das normas jurídicas depende de sua aplicação consistente e justa. Portanto, é crucial que as federações de futebol e os órgãos governamentais estabeleçam penalidades rigorosas para clubes e torcedores que perpetuem atos de racismo. Por exemplo, a suspensão de jogos, multas significativas e a proibição de entrada em estádios para infratores podem servir como medidas dissuasivas eficazes.

Desse modo, percebe-se que a implementação de medidas educativas e punitivas é crucial para erradicar o racismo nos estádios de futebol. Por isso, é importante que governos, instituições esportivas e a sociedade civil trabalhem juntos para promover uma cultura de respeito e igualdade, garantindo que o esporte seja um espaço inclusivo para todos.


Leia os textos a seguir.

Texto I

O Instituto da Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta sexta-feira (10/2), nota sobre o comércio exterior do agronegócio, com dados de janeiro de 2023. A balança comercial do agronegócio iniciou o ano com superávit de US$ 8,69 bilhões, bem acima do superávit de US$ 2,61 bilhões da balança comercial total (que considera produtos de todos os setores). O valor das exportações brasileiras bateu novo recorde: US$ 10,22 bilhões, com alta de 16,4% na comparação com janeiro do ano passado. No mesmo período, o valor das importações cresceu 37,1% alcançando US$ 1,53 bilhão.

BR.GOV. Agronegócio brasileiro começa 2023 com superávit de US$ 8,69 bilhões. 10 Fev 2023. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/categorias/45todas-as-noticias/13523-agronegocio-comeca-2023-com-superavit-de-us-8-69-bilhoes. Acesso em: 04 Set 2023.

Texto II

(...) os avanços obtidos pelo agronegócio vêm produzindo diversos riscos e impactos nos recursos naturais, notadamente no solo, nas águas e no ar, que podem repercutir na biodiversidade, na disponibilidade hídrica, na qualidade do ar e do solo e na saúde humana. Nesse contexto torna-se necessário avançar nas discussões de como o agronegócio vem atuando no Brasil ao longo do tempo, avaliando os impactos negativos associados as suas atividades.

Gomes, C. S. Impactos do agronegócio brasileiro na conservação dos recursos naturais. Caderno Do Leste, 19, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.29327/248949.19.19-4. Acesso em: 04 Set 2023.

Considerando os textos apresentados, e seus conhecimentos prévios, discorra sobre a relação entre o Agronegócio e a Sustentabilidade Socioambiental, apresentando argumentos relevantes ao processo de ocupação do solo, ao gerenciamento econômico e a gestão ambiental no Brasil.

Rascunho Eficiente

Assunto: Agronegócio e sustentabilidade
Tema: Relação entre agronegócio e sustentabilidade socioambiental
Tese: É crucial equilibrar o crescimento do agronegócio com práticas sustentáveis
Tópico 1: Impacto do uso do solo e recursos naturais
Tópico 2: Gestão econômica e ambiental sustentável

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre sustentabilidade, percebe-se que a relação entre ela e o agronegócio é complexa e multifacetada. Nesse contexto, defende-se que é crucial equilibrar o crescimento do agronegócio com práticas sustentáveis. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto do uso do solo e recursos naturais e a gestão econômica e ambiental sustentável.

Preliminarmente, o impacto do uso do solo e dos recursos naturais é significativo. De acordo com especialistas, o agronegócio, ao expandir suas fronteiras, frequentemente resulta em desmatamento e degradação do solo, afetando a biodiversidade e a disponibilidade hídrica. Além disso, a poluição do ar e da água são consequências diretas da utilização intensiva de fertilizantes e pesticidas. Por exemplo, a região amazônica tem sofrido com o desmatamento para dar lugar a pastagens e plantações, o que compromete a conservação ambiental.

Ademais, a gestão econômica e ambiental sustentável é essencial para mitigar esses impactos. Segundo estudos recentes, a implementação de práticas agrícolas sustentáveis, como a rotação de culturas e o uso de tecnologias de precisão, pode aumentar a produtividade enquanto preserva o meio ambiente. Além disso, políticas públicas que incentivem a sustentabilidade, como subsídios para práticas ecológicas, são fundamentais. Um exemplo disso é o programa de agricultura de baixo carbono no Brasil, que busca reduzir as emissões de gases de efeito estufa no setor.

Desse modo, percebe-se que o equilíbrio entre o crescimento do agronegócio e a sustentabilidade é imperativo para o futuro do setor e do meio ambiente. Por isso, é importante promover políticas integradas que aliem desenvolvimento econômico e conservação ambiental, garantindo um futuro sustentável para as próximas gerações.


TEXTO 1

A retomada dos festejos de São João nas cidades nordestinas com força total em 2023 criou atritos que reacenderam um debate antigo: a perda de espaço do forró, ritmo que por décadas dominou a festa, para artistas de outros gêneros, como sertanejo e axé.

Entre a preservação da autenticidade do São João e as preferências do grande público, os interesses comerciais e políticos de patrocinadores e prefeituras, parece não haver consenso: a celebração do São João no Nordeste deve contar predominante ou exclusivamente com artistas de forró?

A discussão sobre quais artistas devem ter espaço garantido na programação do São João também tem relação com o formato dessas festas e seus aspectos econômicos.

A festa de Campina Grande, por exemplo, apelidada de “maior São João do mundo”, completa 40 anos em 2023 e foi criada pelo então prefeito Ronaldo Cunha Lima, o qual construiu o Parque do Povo, onde a celebração acontece até hoje, especialmente para o São João.

Nesse modelo, as festas foram ganhando uma grande estrutura, atrações de fora e patrocinadores privados. Elas cresceram ainda mais nos últimos 20 anos, segundo o professor e sociólogo Elder Alves, da Universidade Federal de Alagoas. “Os prefeitos tentam negociar com o gosto musical popular e privilegia-se o artista em ascensão”, diz o professor.

Esse é um dos fatores que explicam por que o sertanejo, estilo musical mais consumido atualmente na faixa etária de 15 a 29 anos, ganhou espaço no São João. Também há o interesse comercial das marcas que patrocinam as festas e o poder de negociação dos artistas e seus empresários.

Em junho, a Câmara Federal aprovou urgência para o Projeto de Lei (PL) nº 3.083/2023, que determina o repasse de 80% dos recursos públicos destinados às festas juninas para artistas de forró e ligados à cultura regional. Com isso, o PL pode ser votado diretamente em plenário, sem passar pelas comissões.

Para o professor, mesmo se cumprida, a Lei pode gerar uma reação negativa em uma parte do público do São João, que deseja ver artistas mais pop na festa.

(Juliana Domingos de Lima. Pode sertanejo no São João? Entenda debate sobre a perda de espaço do forró na festa. www.estadao.com.br, 28.06.2023. Adaptado)

TEXTO 2

Uma discussão da apresentadora Astrid Fontenelle com a advogada Gabriela Prioli foi parar entre os assuntos mais comentados de uma rede social. A conversa sobre as festas juninas no Brasil terminou com a internet curiosamente desabando em críticas sobre Prioli, por sua defesa do mercado e da “modernização” dos eventos, provocando a sua aculturação.

A apresentadora Astrid Fontenelle dizia-se indignada e frustrada com as festas modernas, onde não se ouve mais forró nem se come amendoim cozido. A advogada Gabriela Prioli retrucou: “Tanto a iniciativa privada quanto a iniciativa pública, quando vão fazer um investimento em uma festa, estão pensando em retorno econômico”.

A frase apresenta logo de cara problemas sérios. O maior deles é que a iniciativa pública, o Estado, não pensa ou não deveria pensar, em retorno, ao menos financeiro. O papel do Poder Público é justamente o contrário, ou seja, o de fomentar a cultura, a identidade de seu povo, tentar manter financeiramente manifestações que a iniciativa privada, por uma série de distorções, abandonou.

O apelo de Astrid é tão simples quanto óbvio. O que restará das nossas festas populares após a invasão da cultura de massa? Um artista como Gusttavo Lima, sem entrar em nenhum juízo de valor, domina o mercado de shows durante o ano todo. Vários outros, mais ligados à tradição, cantores de forró, baião e outros gêneros que sempre compuseram a festa, estão praticamente excluídos dela e devem sucumbir porque o mercado assim o quer?

Vamos, enfim, deixar de ser o Brasil diverso e múltiplo, deixar de ter a música nativista do Rio Grande, a canção caipira de Pena Branca & Xavantinho e Renato Teixeira, a pantaneira de Almir Sater, o rock paulistano dos Titãs e Rita Lee, os experimentos de Arrigo Barnabé, a maravilhosa canção mineira de Milton Nascimento e o Clube da Esquina, a Bossa Nova, nossa maior expressão cultural em todo o planeta, só porque o mercado assim o quer e porque ele investe e precisa de retorno?

(Julinho Bittencourt. Viva Astrid, Viva São João e a Cultura Brasileira! https://revistaforum.com.br, 26.06.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

EM NOME DO LUCRO, FESTAS JUNINAS DEVEM TOCAR ESTILOS MUSICAIS POPULARES?

Rascunho Eficiente

Assunto: a influência do mercado nas festas juninas
Tema: a predominância de estilos musicais populares nas festas juninas em detrimento do forró
Tese: a preservação da autenticidade cultural das festas juninas deve ser priorizada em relação aos interesses comerciais
Tópico 1: a importância cultural das festas juninas e do forró
Tópico 2: os impactos negativos da comercialização excessiva nas tradições locais

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a influência do mercado nas festas juninas, percebe-se que a predominância de estilos musicais populares nas festas juninas em detrimento do forró tem gerado um debate sobre a preservação cultural versus interesses comerciais. Nesse contexto, defende-se que a preservação da autenticidade cultural das festas juninas deve ser priorizada em relação aos interesses comerciais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância cultural das festas juninas e do forró e os impactos negativos da comercialização excessiva nas tradições locais.

Preliminarmente, a importância cultural das festas juninas e do forró é inegável, pois representam a identidade e a história do Nordeste brasileiro. Conforme destaca a Sociologia, essas festas são um espaço de celebração das tradições regionais, fortalecendo o senso de comunidade e pertencimento entre os participantes. Além disso, o forró, como um dos principais ritmos dessas festividades, carrega em suas letras e melodias a essência da cultura nordestina. Por exemplo, as festas de São João em Campina Grande são conhecidas por sua autenticidade e por promoverem artistas locais, o que contribui para a preservação cultural.

Ademais, os impactos negativos da comercialização excessiva nas tradições locais são evidentes e preocupantes. Segundo especialistas em cultura popular, a introdução de estilos musicais populares, como o sertanejo, em detrimento do forró, pode levar à descaracterização das festas juninas, transformando-as em eventos genéricos e desprovidos de identidade cultural. Além disso, a busca por retorno financeiro por parte de patrocinadores e prefeituras pode resultar na exclusão de artistas locais, que são fundamentais para a manutenção das tradições. Um exemplo disso é a reação negativa de parte do público ao Projeto de Lei nº 3.083/2023, que busca garantir maior espaço para artistas de forró, evidenciando a tensão entre tradição e mercado.

Desse modo, percebe-se que a preservação da autenticidade cultural das festas juninas é essencial para manter viva a identidade regional. Por isso, é importante que políticas públicas sejam implementadas para garantir a valorização dos artistas locais e a promoção das tradições culturais, equilibrando interesses econômicos e culturais.


Utilizando a norma-padrão da língua portuguesa disserte sobre a importância da conscientização e da educação a respeito dos direitos e das responsabilidades estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados. Além disso, comente sobre como sua área contribui para o tratamento ético de dados, principalmente públicos, cumprindo os princípios dispostos pela Administração Pública.

Rascunho Eficiente

Assunto: Conscientização e educação sobre a LGPD
Tema: Importância dos direitos e responsabilidades da LGPD
Tese: A educação sobre a LGPD é essencial para o tratamento ético de dados
Tópico 1: Conscientização sobre direitos e responsabilidades
Tópico 2: Contribuição da área para o tratamento ético de dados

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre conscientização e educação sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), percebe-se que a importância dos direitos e responsabilidades da LGPD é fundamental para a proteção de dados pessoais e a promoção de um ambiente digital seguro. Nesse contexto, defende-se que a educação sobre a LGPD é essencial para o tratamento ético de dados. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar conscientização sobre direitos e responsabilidades e contribuição da área para o tratamento ético de dados.

Preliminarmente, a conscientização sobre direitos e responsabilidades estabelecidos pela LGPD é crucial para garantir que indivíduos e organizações compreendam suas obrigações e direitos em relação ao tratamento de dados pessoais. Segundo especialistas em Direito Digital, a falta de conhecimento sobre a LGPD pode levar a violações significativas, afetando tanto a privacidade dos indivíduos quanto a reputação das empresas. Além disso, a educação contínua sobre a LGPD permite que as organizações se adaptem às mudanças regulatórias e tecnológicas. Por exemplo, programas de treinamento e workshops podem ser implementados para capacitar funcionários sobre práticas de proteção de dados.

Ademais, a contribuição da área para o tratamento ético de dados é vital para assegurar que os princípios da Administração Pública sejam cumpridos. De acordo com especialistas em governança de dados, a implementação de políticas de governança de dados e a utilização de tecnologias seguras são fundamentais para proteger informações sensíveis. Assim, a área pode desenvolver protocolos rigorosos de acesso e compartilhamento de dados, garantindo que apenas informações necessárias sejam coletadas e utilizadas. Por exemplo, o uso de "softwares" de criptografia pode aumentar a segurança dos dados armazenados e transmitidos.

Desse modo, percebe-se que a educação sobre a LGPD é fundamental para promover o tratamento ético de dados e garantir a proteção dos direitos dos cidadãos. Por isso, é importante implementar programas educacionais e políticas de governança de dados que promovam a conscientização e o cumprimento das normas da LGPD.


Texto 1

Com a popularidade dos smartphones, a rede social Instagram, outrora de acesso exclusivo por meio do celular e ainda com uma interface pensada para este ambiente, se destaca. Ela é, em 2022, a terceira mais acessada no país, com mais de 120 milhões de usuários, e mostrar a vida ali é tão importante que o que pode ficar bem e valorizar o mural de fotos e vídeos pessoal foi popularmente cunhado na internet e na vida off-line de “instagramável” — termo que no Google teve um aumento de 210% em procura.

Juntamente a “instagramável”, aparecem nas buscas as palavras “bares” e “restaurantes”. Não à toa, a preocupação dos empreendedores desse segmento em apresentarem bebidas, comidas e ambientes divertidos é cada vez maior.

Em um bar carioca, os clientes adoram tirar fotos com a “roda gigante” de oito coxinhas e com o “pé” de brownie, servido em um vasinho de planta, com um regador cheio de calda. “O cardápio e o ambiente instagramáveis tiveram muita influência na minha primeira vinda aqui”, admite a dentista Gabriela Pace, de 23 anos, que costuma publicar no Instagram o que consome no local.

(Ana Clara Veloso. “Instagramável”: busca por termo cresce 210% no Google, e negócios se adaptam à demanda dos internautas. https://extra.globo.com, 03.07.2022. Adaptado)

Texto 2

Tirar uma boa foto e postá-la nas redes sociais virou rotina entre os frequentadores de restaurantes. Desse modo, para além do sabor, o espaço em si é levado em conta quando o assunto é escolher um local para se alimentar. Com isso, buscando atender esse tipo de necessidade, restaurantes, docerias e cafés começaram a investir em cenários feitos sob medida para o consumidor apanhar suas curtidas e viralizar nas redes. Ou seja, a apresentação do local e da comida é uma aposta que deu certo: além de gerar engajamento e visibilidade, serve de publicidade gratuita.

“Essa junção é interessante, porque é como se a pessoa precisasse postar que está ali. Quando o cliente compartilha o registro do momento, isso funciona como uma divulgação. Quando posta uma foto, dizendo o local onde está, outras pessoas vão ver e querer tirar uma foto igual com aquele cenário”, diz Isabelle Almeida, proprietária de uma cafeteria.

“Mesmo o foco sendo a comida, incluir um ambiente agradável, bonito e instagramável é muito bom para quem está usufruindo do serviço. Mas a questão do engajamento é muito importante. As marcas hoje trabalham em favor disso, de fato, tentando fazer com que as pessoas divulguem o negócio”, conta Natália Valença, sócia de uma outra cafeteria.

(André Rochadel. Estabelecimentos de comida apostam em cenários instagramáveis. www.folhape.com.br, 25.06.22. Adaptado)

Texto 3

Há uns meses, fui a um restaurante famoso nas redes sociais. O tipo de lugar que gera dezenas de fotos numa só visita. A consequência foi que os preços no cardápio acompanharam as mudanças. Eu entendo a lógica de pagar mais para não só comer bem, mas também estar num lugar bonito. O problema é que a comida, a razão inicial para ir até lá, era ruim. O dinheiro de quem vai a um lugar assim seria mais bem gasto em qualquer lanchonete comum, mas as fotos tiradas lá não acabariam mais na rede social.

O ambiente bonito garante o “momento Instagram” do restaurante, que pode não ter uma boa experiência gastronômica, mas isso não faz diferença. Muita gente não se importa se a comida é ruim ou se os preços são incompatíveis com o produto – se o lugar rende boas fotos e o prato é fotogênico, então está tudo bem.

Há algum tempo, ouvi a história de uma pessoa que saiu para beber com amigos, em um restaurante onde a comida é reconhecidamente boa, mas passou horas insistindo que o grupo migrasse para outro, em que a comida é mais cara e ruim. Ao receber esse argumento, o rapaz explicou: “é que aqui eu não consigo fazer fotos boas. Lá meu Instagram vai encher de curtidas”.

(Rafael Sette Câmara. Como o Instagram coloriu a sua comida. www.360meridianos.com, 09.01.2018. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Até que ponto a busca pelo instagramável pode prejudicar a experiência gastronômica?

Rascunho Eficiente

Assunto: impacto das redes sociais na gastronomia
Tema: até que ponto a busca pelo instagramável pode prejudicar a experiência gastronômica
Tese: a busca pelo "instagramável" pode comprometer a qualidade da experiência gastronômica ao priorizar a estética em detrimento do sabor e do custo-benefício
Tópico 1: priorização da estética sobre a qualidade da comida
Tópico 2: impacto econômico e social da busca pelo "instagramável"

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre impacto das redes sociais na gastronomia, defende-se que a busca pelo "instagramável" pode comprometer a qualidade da experiência gastronômica ao priorizar a estética em detrimento do sabor e do custo-benefício. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar priorização da estética sobre a qualidade da comida e impacto econômico e social da busca pelo "instagramável"

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Preliminarmente, a priorização da estética sobre a qualidade da comida é um fenômeno crescente nos estabelecimentos gastronômicos, especialmente aqueles voltados para o público jovem e conectado às redes sociais. De acordo com especialistas em "marketing" digital, a apresentação visual dos pratos tornou-se um fator determinante na escolha dos consumidores, muitas vezes superando a importância do sabor e da qualidade dos ingredientes. Além disso, essa tendência leva os restaurantes a investirem mais em decoração e apresentação do que na qualidade culinária propriamente dita. Um exemplo disso é a proliferação de pratos altamente decorativos, mas sem sabor marcante, que são amplamente divulgados nas redes sociais

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Ademais, o impacto econômico e social da busca pelo "instagramável" é significativo, pois altera a dinâmica de consumo e a percepção de valor dos consumidores. Segundo economistas, os preços dos pratos em locais "instagramáveis" tendem a ser mais elevados, não necessariamente refletindo a qualidade do produto, mas sim o investimento em estética e marketing. Consequentemente, isso pode levar a uma elitização do acesso a esses espaços, restringindo a experiência gastronômica a um público mais abastado. Por exemplo, muitos consumidores optam por pagar mais em um ambiente visualmente atraente, mesmo que a qualidade da comida não justifique o preço

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Desse modo, percebe-se que a busca pelo "instagramável" pode comprometer a qualidade da experiência gastronômica ao priorizar a estética em detrimento do sabor e do custo-benefício. Por isso, é importante que consumidores e empreendedores busquem um equilíbrio entre estética e qualidade, promovendo uma experiência gastronômica completa e satisfatória.


Texto 1

Neste Dia do Trabalho, os trabalhadores têm pouco a comemorar e estão bastante insatisfeitos com sua vida profissional. Pelo menos é isso que mostra um estudo realizado pelo portal Empregos.com.br em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que ouviu 257 profissionais de todo o país, e investigou três frentes: salário, horas de trabalho e trabalho remoto.

Quando o assunto é jornada de trabalho, 38,6% discordam que a carga de trabalho é adequada – ou seja, o volume de atividades extrapola as 44 horas semanais. Não à toa, 43% afirmam trabalhar mais horas do que o definido no contrato. 42,6% afirmam que a jornada está dentro do combinado. E o trabalho “extra” também é realidade daqueles que atuam em regime home office. Segundo o levantamento, 49,4% afirmam que trabalham fora do horário comercial para concluir tarefas; 47,5% afirmam que chefes ou colegas entram em contato fora do expediente; e 45,1% afirmam trabalhar mais em casa em comparação ao trabalho presencial. Sobre flexibilidade, apenas 36,7% dizem que têm autonomia sobre suas horas de trabalho.

(Luciana Lima. Dia do Trabalho: brasileiros estão insatisfeitos com salário e jornada profissional. https://exame.com, 01.05.2023. Adaptado)

Texto 2

A semana de trabalho de quatro dias foi testada e aprovada no Reino Unido: 92% das empresas que participaram do projeto-piloto, realizado entre junho e dezembro de 2022, vão manter o formato de trabalho mais curto. O projeto “The 4-Day Week Global” (quatro dias por semana, em tradução livre) testa a modalidade de jornada que envolveu 2 900 funcionários de 61 empresas com atuação no país. Nela, o profissional recebe 100% do salário trabalhando 80% do tempo, em troca de um compromisso de manter 100% de produtividade (modelo que ficou conhecido como 100-80-100).

A média de receita das companhias participantes cresceu até 35% na comparação com os mesmos seis meses de anos anteriores. Além disso, o número de profissionais que deixaram as empresas caiu 57% durante o teste. Entre os funcionários, 90% afirmam que “definitivamente desejam continuar a trabalhar” neste formato de quatro dias por semana. Uma fatia de 15% vai além: afirma que nenhuma quantidade de dinheiro seria suficiente para eles aceitarem um próximo trabalho com cinco dias de expediente. Considerando o bem-estar no trabalho, 71% dos funcionários afirmam que tiveram uma redução nos níveis de burnout (estresse crônico associado ao local de trabalho), 43% observam uma melhora na saúde mental, 39% se sentem menos estressados e 37% registram uma certa melhora física de saúde.

(Giovanna Sutto. Trabalhar 4 dias por semana? Empresas do Reino Unido adotam modelo após 6 meses de testes. https://www.infomoney.com.br. 27.02. 2023.Adaptado)

Texto 3

Não há nada que impeça que uma empresa em funcionamento no Brasil encurte a jornada de trabalho para apenas quatro dias por semana. Contudo, Vinícius Fluminhan, professor de direito trabalhista da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas, ressalta que, no Brasil, essa mudança poderia acarretar um efeito colateral: o aumento do duplo emprego, seja oficial, seja por meio de “bicos”. “É uma característica nossa, da nossa economia, de nosso mercado de trabalho, decorrente do fato de termos remunerações baixas”, explica. “Metade dos trabalhadores hoje ganha um salário mínimo ou pouco mais do que isso. Então uma medida como essa, mesmo que venha com o intuito de trazer maior conforto, maior bem-estar para o trabalhador que teria mais tempo livre para usufruir do ócio, traria um risco de as pessoas procurarem um segundo emprego”, acrescenta.

O efeito provocado com a medida poderia ser o inverso do esperado. Em vez de três dias livres para o lazer, a prática esportiva e as atividades familiares, muitos trabalhadores teriam jornadas duplas “encavaladas”, com o objetivo de melhorar os ganhos. Fluminhan cita como exemplo o que já ocorre em algumas profissões com jornadas de 12 horas de trabalho por 36 horas de descanso — de atividades de segurança à área da saúde: é muito comum que esses profissionais utilizem o tempo dilatado entre uma jornada oficial e outra para um emprego paralelo ou para a prática de “bicos”.

(Edison Veiga. O que emperra a implantação da jornada semanal de 4 dias no Brasil. https://www.bbc.com, 16.08.2021. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

A jornada de trabalho semanal de quatro dias é medida que promove qualidade de vida ou gera mais sobrecarga ao trabalhador brasileiro?

Rascunho Eficiente

Assunto: jornada de trabalho
Tema: impacto da semana de trabalho de quatro dias na vida do trabalhador brasileiro
Tese: a implementação da semana de trabalho de quatro dias pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros, mas também apresenta riscos de sobrecarga devido à busca por complementação de renda
Tópico 1: benefícios da semana de trabalho de quatro dias para a qualidade de vida
Tópico 2: riscos de sobrecarga e duplo emprego no contexto brasileiro

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre jornada de trabalho, percebe-se que o impacto da semana de trabalho de quatro dias na vida do trabalhador brasileiro é um tema complexo e multifacetado. Nesse contexto, defende-se que a implementação da semana de trabalho de quatro dias pode melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros, mas também apresenta riscos de sobrecarga devido à busca por complementação de renda. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar benefícios da semana de trabalho de quatro dias para a qualidade de vida e riscos de sobrecarga e duplo emprego no contexto brasileiro

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Preliminarmente, é crucial destacar os benefícios da semana de trabalho de quatro dias, que podem ser significativos para a qualidade de vida dos trabalhadores. De acordo com especialistas em produtividade, a redução da jornada semanal pode levar a uma diminuição do estresse e do "burnout", além de proporcionar mais tempo para atividades pessoais e familiares. Além disso, a experiência do Reino Unido, onde muitas empresas adotaram esse modelo, mostrou um aumento na satisfação dos funcionários e na produtividade. Por exemplo, o projeto "The 4-Day Week Global" indicou que a maioria dos trabalhadores preferiria manter essa jornada reduzida, mesmo sem incentivos financeiros adicionais.

Por outro lado, é necessário considerar os riscos de sobrecarga e duplo emprego no contexto brasileiro. Conforme apontado por especialistas em Economia do Trabalho, a realidade econômica do Brasil, com baixos salários e alta informalidade, pode levar muitos trabalhadores a buscar empregos adicionais para complementar a renda. Consequentemente, em vez de desfrutar de mais tempo livre, muitos trabalhadores poderiam acabar sobrecarregados, com jornadas duplas que comprometem sua saúde e bem-estar. Um exemplo disso é a prática comum entre profissionais de saúde que, mesmo com escalas de 12x36, buscam "bicos" para aumentar seus rendimentos.

Desse modo, percebe-se que a implementação da semana de trabalho de quatro dias no Brasil é uma medida que pode trazer benefícios significativos, mas também apresenta desafios que precisam ser cuidadosamente geridos. Por isso, é importante que políticas públicas e empresariais sejam desenvolvidas para garantir que essa mudança promova efetivamente a qualidade de vida, sem aumentar a carga de trabalho dos brasileiros.