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Texto 1

O interesse em apontar uma função social da celebridade justifica-se pelo simples fato de essas personalidades, em regra, a ignorarem frente àqueles que lhes concederam esse status. Porém, faz-se necessário delinear a figura da celebridade, antes de passar a abordar os aspectos que implicam a análise da sua função social. Os dicionários descrevem “celebridade” como sendo “pessoa célebre, famosa e de grande notoriedade”. Em verdade, celebridade é a pessoa que se destaca em sua área de atuação, exercendo seu ofício de forma talentosa e notável.

Figurariam como celebridades não só os artistas e atores famosos, mas também os esportistas consagrados, bem como aquelas personalidades que se destacam em suas atividades profissionais. No entanto, há que se verificar se a celebridade possui carisma perante o público, estabelecendo com este um vínculo de confiança.

Outra não é a origem do que chamamos de “função social da celebridade” que a própria Constituição Federal de 1988, em que, desde o preâmbulo, preveem-se valores juridicamente relevantes, como a igualdade, a fraternidade, o bem-estar e principalmente a harmonia social. Em verdade, o sistema jurídico atual está voltado para a sobreposição de valores coletivos e sociais em detrimento de interesses individuais.

(“A função social da celebridade”. /www.jusbrasil.com.br/artigos/a-funcao-social-da-celebridade/121943468. 19.07.2013. Adaptado)

Texto 2

O sérvio Novak Djokovic é um dos maiores tenistas da história. Em 5 de janeiro de 2022, Djokovic pousou em Melbourne para tentar seu décimo título do Aberto da Austrália. Mas, por causa de problemas de visto relacionados a seu status de não vacinado contra a covid-19, foi retido no aeroporto. Além de ser um dos maiores da história do tênis, Djokovic também frequentemente ocupa manchetes por seus comportamentos dentro e fora de quadra e por seu negacionismo científico. A partir de 2020, o número 1 do mundo começou a chamar frequentemente a atenção por fatos negativos relacionados à pandemia de covid-19. Logo no início da crise global de saúde, Djokovic abraçou o negacionismo.

Em abril de 2020 – quando os imunizantes contra a covid-19 ainda estavam em desenvolvimento –, Djokovic disse em uma live com atletas sérvios que é antivacina. “Pessoalmente, sou contra a vacinação, e não gostaria de ser forçado por ninguém a me vacinar para poder viajar”, disse o tenista, antecipando a crise vivida no início de 2022. Um mês depois, reforçou em uma transmissão ao vivo seu viés anticiência. Djokovic disse que acredita que as emoções e o poder da mente são capazes de afetar a qualidade da água. “Conheço algumas pessoas que, através de transformação energética, através do poder da oração, através do poder da gratidão, conseguiram transformar os alimentos mais tóxicos, ou talvez a água mais poluída, na água mais curativa, porque a água reage”, afirmou o sérvio.

O negacionismo de Djokovic apareceu também na organização de um torneio amistoso de tênis nos Bálcãs em junho de 2020. A competição teve arquibancadas lotadas e nenhuma medida de distanciamento social. Além disso, circularam à época imagens de festas fechadas com a presença dos atletas do torneio sem máscara, incluindo Djokovic. A competição não chegou a terminar. A final foi cancelada horas antes de acontecer após diversos diagnósticos da covid-19 entre os participantes. Djokovic esteve entre os que contraíram o coronavírus à época.

(“Djokovic: a estrela do tênis que virou mau exemplo na pandemia”. www.nexojornal.com.br/expresso/2022/01/06/Djokovic-a-estrela-do-tênis-que-virou-mau-exemplo-na-pandemia. 06.01.2022. Adaptado.)

Texto 3

Os órgãos estaduais de transplantes estão reportando ao Ministério da Saúde um aumento no número de notificações e de doações de órgãos. A informação é da coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes, Daniela Salomão. Segundo ela, isso ocorreu após a notícia de que o apresentador Faustão precisa de um novo coração e foi inserido na lista prioritária pelo órgão. “Está sendo um momento importante no sentido de a sociedade discutir e saber o que é, para que serve e como funciona o Sistema Nacional de Transplantes”.

Ainda não há dados oficiais sobre o aumento, já que os números são fechados mensalmente. Mas a coordenadora afirma que espera um bom resultado e um maior debate sobre o tema no país. Temos visto muitas pessoas tirarem dúvidas, fazerem perguntas e se interessando. E os estados já têm nos informado sobre um número maior de notificações e doações. A doença de Faustão pode conscientizar as pessoas. A esperança de quem atua na área é que o caso do apresentador ajude o país a reduzir a alta taxa de recusa de doações pelas famílias.

(“Estados relatam aumento de doadores após Faustão, diz coordenadora nacional”. noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2023/08/26/stados-ja-relatam-alta-de-doadores-apos-faustao-diz-coordenadora-nacional.htm. 26.08.2023. Adaptado.)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

As celebridades precisam se preocupar com a função social que elas exercem?

Rascunho Eficiente

Assunto: Responsabilidade social das celebridades
Tema: A importância da função social das celebridades
Tese: Celebridades devem assumir responsabilidade social devido à sua influência
Tópico 1: Impacto das ações das celebridades na sociedade
Tópico 2: Exemplos de influência positiva e negativa de celebridades

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre responsabilidade social das celebridades, percebe-se que a importância da função social delas é inegável. Nesse contexto, defende-se que celebridades devem assumir responsabilidade social devido à sua influência. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto das ações das celebridades na sociedade e exemplos de influência positiva e negativa de celebridades.

Preliminarmente, o impacto das ações das celebridades na sociedade é significativo e abrangente. Conforme estudiosos de comunicação social, as celebridades moldam comportamentos e opiniões devido à sua visibilidade e alcance midiático. Além disso, essas figuras públicas têm a capacidade de influenciar decisões pessoais e coletivas, desde hábitos de consumo até posicionamentos políticos. Por exemplo, campanhas de conscientização sobre saúde mental ou ambiental ganham força quando apoiadas por celebridades, demonstrando o poder de seu alcance.

Ademais, exemplos de influência positiva e negativa de celebridades são abundantes e ilustrativos. De acordo com especialistas em comportamento social, ações positivas, como as de celebridades que promovem doações e causas sociais, podem inspirar mudanças significativas. Por outro lado, ações negativas, como o negacionismo de figuras públicas em relação à ciência, podem causar danos ao bem-estar coletivo.

Desse modo, percebe-se que celebridades têm a responsabilidade de usar sua influência de forma consciente e benéfica para a sociedade. Por isso, é importante que haja uma conscientização contínua sobre o papel social das celebridades, incentivando-as a adotar posturas que promovam o bem-estar coletivo e a harmonia social.


Texto 1

Os livros “Caçadas de Pedrinho” e “A Menina do Narizinho Arrebitado”, de Monteiro Lobato, criador do Sítio do Picapau Amarelo, são algumas de suas obras que, quando lidas atualmente, chamam a atenção por seus termos pejorativos. Recentemente, tem sido motivo de discussões a proposta de reedição das suas produções literárias, pois ainda são utilizadas em ambientes escolares e em lares e, nessas condições, apresentar tais termos para crianças em um livro infantil pode ser determinante e influenciar na formação desses indivíduos. No aniversário de 100 anos da obra “A Menina do Narizinho Arrebitado”, Cleo Monteiro Lobato, bisneta de Monteiro Lobato, reeditou a obra de modo que retirasse esses termos pejorativos do livro. Em entrevista ao jornal GZH, ela explica que a iniciativa se deu devido ao desconforto dos leitores: “pessoas disseram que não têm nem condições de ler para os netos. Foi aí que começamos a mexer na obra para que a gente possa fazer as contações das histórias” — disse. A atitude teve grande repercussão nas redes sociais e dividiu opiniões. Aqueles que defendem a reedição das obras têm como argumento a reparação histórica (ações pensadas para amenizar injustiças cometidas no passado contra determinadas comunidades ou grupos sociais), ao alegar que a leitura dos livros de Lobato pode ferir e humilhar crianças e potencializar o bullying. Por outro lado, a oposição julga essa iniciativa uma negação ao passado.

(Yngrid Alves. Edição de obras literárias: reparação ou negação? https://labdicasjornalismo.com/noticia/6312/edicao-de-obras-literarias-reparacao-ou-negacao 26.02.2021. Adaptado)

Texto 2

O primeiro-ministro britânico Rishi Sunak criticou a alteração de trechos considerados ofensivos nos livros de Roald Dahl, autor de clássicos da literatura infantil como “Matilda” e “A fantástica fábrica de chocolate”: “é importante que obras literárias e de ficção sejam preservadas e não retocadas ou censuradas. Sempre defendemos o direito à liberdade de expressão”, completou. Segundo a imprensa britânica, as obras de Dahl em breve ganharão novas edições, nas quais trechos considerados ofensivos serão reescritos. Termos pejorativos referentes a peso, saúde mental, violência, gênero e raça serão substituídos. Em “A fantástica fábrica de chocolate”, por exemplo, Augustus Gloop não será mais descrito como “enormemente gordo”, mas apenas como “enorme”. Suzanne Nossel, da PEN America, uma instituição que defende a liberdade de expressão em nome de mais de sete mil escritores, afirmou: “aqueles que comemoram alterações específicas na obra de Dahl deveriam considerar como o poder de reescrever livros pode ser usado nas mãos daqueles que não compartilham seus valores e sensibilidades”.

(Primeiro-ministro britânico critica mudança em trechos da obra de Road Dahl, autor de ‘Matilda’. https://oglobo.globo.com/cultura/livros/noticia/2023/02/primeiro-ministro-britanico-critica-mudanca-m-trechos-da-obra-de-road-dahl-autor-de-matilda.ghtml. 20.02.2023 Adaptado)

Texto 3

Para a especialista em literatura infantil Isabel Lopes Coelho, que é doutora em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Universidade de São Paulo, as mudanças no caso de Roald Dahl, autor de “A fantástica fábrica de chocolate”, são pontuais e não geram ganhos para as crianças, somente danos ao texto: “abrandar o texto e tirar a palavra feia, por exemplo, é tirar as nuances de como a literatura vê o mundo”, disse ao Nexo. Coelho acredita que a crítica às mudanças no caso de Monteiro Lobato é mais complicada: “uma criança que lê o texto fica ofendida. O que fazer? Uma nota de rodapé explicando o texto diminui a violência?”, questiona.

Já a escritora e roteirista Carol Sakura, doutora em Letras pela Universidade Federal do Paraná, afirma que ter contato apenas com textos sem termos negativos, o que ela define como “higienização”, pode trazer prejuízos para a criança, que se vê em conflito com sentimentos ruins, mas não tem contato com eles por meio da arte para projetá-los: “o mau dentro da literatura infantil é algo necessário. A criança precisa das coisas negativas, e o espaço mais seguro para isso é na literatura. Ela tem sentimentos contraditórios: amor, ódio, acha coisas ruins sobre os outros e não sabe lidar. Se ela nunca tiver contato com algo que espelhe isso, vai sentir que ela é o problema”, declara Sakura.

(Isadora Rupp. Qual o efeito para crianças de alterar obras ‘problemáticas’. https://www.nexojornal.com.br/expresso/2023/03/01/Qual-o-efeito-para-crian%C3%A7as-de-alterar-obras-%E2%80%98problem%C3%A1ticas%E2%80%99. 01.03.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

A reedição de obras literárias infantis é uma alteração necessária ou apenas um ato de censura?

Rascunho Eficiente

Assunto: Reedição de obras literárias infantis
Tema: Alteração de obras literárias infantis: necessidade ou censura?
Tese: A reedição de obras literárias infantis é uma prática necessária para a adaptação cultural e social, mas deve ser realizada com cautela para não comprometer a integridade da obra original.
Tópico 1: Importância da adaptação cultural e social das obras literárias infantis
Tópico 2: Riscos de censura e perda da integridade das obras originais

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a reedição de obras literárias infantis, defende-se que a reedição dessas obras é uma prática necessária para a adaptação cultural e social, mas deve ser realizada com cautela para não comprometer a integridade da obra original. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da adaptação cultural e social das obras literárias infantis e os riscos de censura e perda da integridade das obras originais.

Preliminarmente, a adaptação cultural e social das obras literárias infantis é crucial para refletir os valores e sensibilidades contemporâneas. Como argumenta especialistas em literatura infantil,, as mudanças pontuais em obras, como as de Roald Dahl, visam evitar que crianças sejam expostas a termos ofensivos que podem influenciar negativamente seu desenvolvimento. Além disso, a adaptação dessas obras pode contribuir para a reparação histórica, ao corrigir injustiças do passado e promover um ambiente de leitura mais inclusivo e respeitoso. Por exemplo, a reedição de "A Menina do Narizinho Arrebitado" por Cleo Monteiro Lobato, que removeu termos pejorativos, é um passo nesse sentido.

Por outro lado, é essencial considerar os riscos de censura e a perda da integridade das obras originais. De acordo com especialistas , a reescrita de livros pode ser perigosa se utilizada por aqueles que não compartilham dos mesmos valores e sensibilidades, resultando em censura e distorção das obras. Além disso, a escritora Carol Sakura argumenta que a "higienização" dos textos pode privar as crianças de experiências literárias autênticas, essenciais para o desenvolvimento emocional. Um exemplo disso é a crítica de que suavizar trechos de "A fantástica fábrica de chocolate" pode empobrecer a narrativa e a experiência de leitura.

Desse modo, percebe-se que a reedição de obras literárias infantis deve ser equilibrada, respeitando tanto a necessidade de adaptação cultural quanto a preservação da integridade original. Por isso, é importante que editores e autores trabalhem juntos para encontrar um meio-termo que respeite a obra original enquanto a torna acessível e relevante para as novas gerações.


Texto 1

Em julho de 2023, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) - em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e a Universidade de Lisboa - lançou o Perfil ético-racial do Ministério Público brasileiro.

De acordo com a pesquisa, há uma sub-representação de pessoas negras, sobretudo de mulheres negras. Segundo o levantamento, somente 15,8% dos membros do MP brasileiro são pessoas negras, sendo 10,4% homens negros e apenas 5,4% mulheres negras. Em contrapartida, o órgão é formado por 82% de promotoras(es) e procuradores(es) brancas(os), sendo 49,2% homens brancos e 32,8% mulheres brancas. Os dados demonstram que a sub-representação racial no âmbito do MP brasileiro é muito mais grave que a de gênero, visto que mulheres brancas somam mais do que o triplo da quantidade de homens negros na instituição.

(Lívia Sant’anna Vaz. “É preciso democratizar a própria Justiça.” www.folha.com.br, 10.07.2023. Adaptado)

Texto 2

Há um desafio que não apenas o Poder Judiciário, mas todo o Sistema de Justiça possui diante das realidades vividas por mulheres negras em nosso país: o da sua inclusão em todos os espaços e o da melhoria de suas condições de vida.

Romper o ciclo do trabalho doméstico é um dos grandes desafios. Mulheres negras saíram da condição de escravidão, onde trabalhavam nas lavouras, na casa-grande e como ganhadeiras, para recolocarem-se realizando, em sua maioria, serviços domésticos que até os dias de hoje sequer são remunerados, usufruindo de poucos direitos sociais. O emprego doméstico sempre foi exercido notoriamente por mulheres negras, assim entendidas como sujeitos direitos de segunda categoria. Com suas vidas à margem da sociedade, percebe-se que a elas sequer é dado o direito de sonhar e pensar em outras possibilidades existencias.

(Karen Luise. “Mulheres negras: Um duplo desafio para o sistema de Justiça.” https://sintufrj.org.br, 08.03.2021. Adaptado)

Texto 3

Invisibilidade e racismo são algumas palavras que dão forma aos obstáculos enfrentados pelas executivas negras no mercado de trabalho. A pesquisa desenvolvida por Dilma Campos mostra que há ainda muitos empecilhos para aumentar a participação nas posições de topo das organizações.

O estudo apontou que os negros representam 56,1% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas ocupam apenas 4,7% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do país. Houve um avanço nesse setor em se tratando de representatividade e luta pelos direitos das mulheres negras, inclusive no que consta na ascenção profissional e o que isso representa para outra mulheres. Porém, no que tange à construção organizacional de uma empresa, o tema diversidade ainda é um potencial a ser mais bem explorado.

O Brasil é o país com segunda maior população negra do mundo (atrás apenas da Nigéria), e as mulheres negras representam 27,8% da população, segundo o IBGE. Ter representantes desse grupo na liderança ou em conselhos de administração amplia a visão de mercado das marcas, dá visibilidade a um potencial público-alvo ainda não atendido e pode revelar talentos que hoje não são considerados na maioria das empresas.

(“Mulheres negras rumo à liderança: estudo apresenta recomendações para inclusão consciente”. portal.fgv.br, 24.07.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Mulheres negras no Brasil: entre a significativa quantidade populacional e a baixa presença em cargos de liderança

Rascunho Eficiente

Assunto: Representatividade de mulheres negras no Brasil
Tema: Mulheres negras no Brasil: entre a significativa quantidade populacional e a baixa presença em cargos de liderança
Tese: A sub-representação de mulheres negras em cargos de liderança é um reflexo de desigualdades históricas e estruturais, exigindo ações afirmativas e políticas públicas para promover a equidade.
Tópico 1: Desigualdades históricas e estruturais que limitam o acesso de mulheres negras a cargos de liderança
Tópico 2: A importância de ações afirmativas e políticas públicas para promover a inclusão e equidade

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre representatividade no Brasil, defende-se que a sub-representação de mulheres negras em posições de liderança é um reflexo de desigualdades históricas e estruturais, exigindo ações afirmativas e políticas públicas para promover a equidade. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar desigualdades históricas e estruturais que limitam o acesso de mulheres negras a cargos de liderança e a importância de ações afirmativas e políticas públicas para promover a inclusão e equidade.

Preliminarmente, as desigualdades históricas e estruturais que limitam o acesso de mulheres negras a cargos de liderança são evidentes e preocupantes. Conforme argumenta sociológos, a herança colonial e escravocrata do Brasil criou barreiras sociais e econômicas que ainda hoje afetam a população negra, especialmente as mulheres. Além disso, a falta de acesso a educação de qualidade e oportunidades de emprego dignas perpetua um ciclo de exclusão. Por exemplo, a pesquisa do IBGE revela que mulheres negras são maioria em ocupações de baixa remuneração, como o trabalho doméstico, limitando suas possibilidades de ascensão profissional.

Ademais, a importância de ações afirmativas e políticas públicas para promover a inclusão e equidade é inquestionável. De acordo com a doutrina, políticas de cotas e programas de incentivo à diversidade são essenciais para corrigir desigualdades históricas e abrir espaço para mulheres negras em posições de liderança. Além disso, a implementação de programas de mentoria e capacitação pode ajudar a preparar essas mulheres para ocupar cargos de destaque. Um exemplo disso é o sucesso de iniciativas como o "Mulheres Negras Decidem", que visa aumentar a participação política e social desse grupo.

Desse modo, percebe-se que a sub-representação de mulheres negras em cargos de liderança é um reflexo de desigualdades históricas e estruturais que precisam ser enfrentadas. Por isso, é importante implementar políticas públicas e ações afirmativas que promovam a inclusão e equidade, garantindo que mulheres negras tenham acesso a oportunidades de liderança e possam contribuir plenamente para o desenvolvimento do país.


Texto 1

O Estado de São Paulo registrou nos sete primeiros meses do ano aumento de 102,5% nos atendimentos ambulatoriais e internações causadas pela exposição ao calor, na comparação com o mesmo período de 2022. Foram cinco óbitos no período. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde no dia 22 de setembro de 2023.

(Estadão conteúdo. São Paulo registra cinco mortes e aumento de 102% nos atendimentos por efeitos do calor em 2023. www.cnnbrasil.com.br, 23.09.2023. Adaptado)

Texto 2

Um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), publicado em 20 de março de 2023, afirma que, apesar do avanço da mudança do clima, ainda há esperança de um “futuro habitável e sustentável para todos” caso o mundo enfrente a crise.

As ações atuais ainda não são suficientes para atingir a meta de manter o aquecimento global no limite de 1,5 ºC em relação aos níveis pré-industriais, como define o Acordo de Paris. Mas a publicação destaca que há medidas eficazes para evitar o colapso climático e problemas como crises na produção de alimentos, inundações, epidemias e incêndios florestais.

Segundo o IPCC, uma das principais ações que os países podem adotar para combater a mudança climática é transformar o setor energético, que, por ser baseado em combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, hoje é o principal responsável pelas emissões de gases que causam o aquecimento global.

Diversos países têm tomado medidas para substituir esses combustíveis por fontes de energia limpa. Entre eles, estão a China, que construiu o maior parque solar do mundo na província de Qinghai, em 2020, e a Índia, que criou o chamado Integrated Renewable Energy Project (projeto de energia renovável integrada, em tradução livre), iniciativa ainda em construção que combina energia eólica, solar e hidrelétrica.

Iniciativas desse tipo também existem no Brasil. Enquanto, na Amazônia, comunidades até então sem acesso à energia elétrica têm se beneficiado da construção de painéis solares, no semiárido nordestino está em discussão, numa parceria entre governo e organizações da sociedade civil, a integração entre parques eólicos e solares, que operariam em complementaridade com os reservatórios da bacia do São Francisco.

(Mariana Vick. O que é combate à crise climática na prática, em 6 áreas. www.nexojornal.com.br, 23.03.2023. Adaptado)

Texto 3

A preocupação com a sustentabilidade virou assunto popular. “Todo mundo defende desenvolvimento sustentável, quem não defende é louco. Mas comecei a me perguntar: como uma sociedade tão fraturada e desigual, e ao mesmo tempo tão diversa, poderia construir um consenso?”, questiona a pesquisadora Maria das Graças e Silva, professora do departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em sua tese de doutorado, ela investigou a relação entre o capitalismo e a sustentabilidade. E concluiu que não há como conciliar um desenvolvimento de fato sustentável com um modelo econômico baseado na necessidade de exploração de recursos – humanos e ambientais – para expansão infinita.

Assim como Silva, cientistas mundo afora vêm debatendo a questão. “Existem falhas fundamentais no capitalismo e na economia de mercado que precisamos encarar para fazer a sustentabilidade funcionar”, aponta o economista John Ikerd, professor emérito da Universidade de Missouri, nos EUA, e especialista em agricultura e sustentabilidade. “O que temos feito globalmente até agora é priorizar a economia, comprometendo valores sociais e a relação com a natureza para maximizar o crescimento econômico.”.

(Marília Marasciulo. Será possível enfrentar a crise climática com o modelo capitalista?. https://revistagalileu.globo.com, 07.06.2022. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

É possível conciliar a sustentabilidade com o desenvolvimento econômico?

Rascunho Eficiente

Assunto: Sustentabilidade e desenvolvimento econômico
Tema: A possibilidade de conciliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico
Tese: É possível integrar práticas sustentáveis ao crescimento econômico, desde que haja uma reestruturação dos modelos de produção e consumo.
Tópico 1: Transformação do setor energético para fontes renováveis
Tópico 2: Revisão do modelo econômico capitalista para priorizar valores sociais e ambientais

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre sustentabilidade e desenvolvimento econômico, percebe-se que a possibilidade de conciliar sustentabilidade e desenvolvimento econômico é um desafio complexo, mas viável. Nesse contexto, defende-se que é possível integrar práticas sustentáveis ao crescimento econômico, desde que haja uma reestruturação dos modelos de produção e consumo. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a transformação do setor energético para fontes renováveis e a revisão do modelo econômico capitalista para priorizar valores sociais e ambientais.

Preliminarmente, a transformação do setor energético é fundamental para mitigar os impactos ambientais e promover um desenvolvimento sustentável. Conforme o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC), a transição para fontes de energia limpa, como solar e eólica, é uma das principais estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, diversos países já estão investindo em projetos de energia renovável, como a China e a Índia, que têm liderado iniciativas nesse campo. Por exemplo, no Brasil, a integração de parques eólicos e solares no semiárido nordestino representa um avanço significativo na busca por um modelo energético mais sustentável.

Ademais, a revisão do modelo econômico capitalista é crucial para que a sustentabilidade seja efetivamente incorporada ao desenvolvimento econômico. De acordo com especialistas, o atual sistema econômico prioriza o crescimento a qualquer custo, comprometendo valores sociais e ambientais. Portanto, é necessário repensar essa lógica, promovendo um equilíbrio entre progresso econômico e preservação ambiental. Um exemplo disso é a crescente adoção de práticas de economia circular, que buscam minimizar o desperdício e maximizar a reutilização de recursos.

Desse modo, percebe-se que a integração de práticas sustentáveis ao crescimento econômico é viável, desde que os modelos de produção e consumo sejam reestruturados. Por isso, é importante que governos, empresas e sociedade civil colaborem na implementação de políticas que incentivem a transição energética e a revisão dos modelos econômicos, promovendo um desenvolvimento verdadeiramente sustentável.


Texto I

Danielle Shap foi registrar sua filha recém-nascida com o nome de uma personagem de contos de fadas e o cartório pediu para ela repensar sua escolha. O caso aconteceu em Londres.

Ao insistir no registro, ela ainda foi aconselhada de que a filha poderia ser alvo de provocações por conta de seu nome, mas isso não a impediu de nomear a pequena como Cinderela. “Achei que deveria ser uma experiência de conto de fadas, mas na verdade a coisa toda quase virou um grande pesadelo”, desabafa a mãe.

Danielle afirma que a escolha do nome se deu por conta do horário em que a criança nasceu. “Minha filha nasceu à meia -noite em ponto e é a minha princesa. Eu não trocaria seu nome por nenhum outro”, explica.

Ela ainda precisou passar por outras etapas para poder seguir com o nome da filha, mas diante da inexistência de leis que restringem a escolha dos nomes de bebês no Reino Unido, Danielle finalmente conseguiu registrar a pequena Lola Cinderela.

(Julinho Bittencourt. “Cartório tenta evitar que mãe registre a filha com nome de personagem de conto de fadas”. https://revistaforum.com.br, 15.03.2023. Adaptado)

Texto II

Após ter sido impedido de registrar seu filho com o nome de Samba, o cantor Seu Jorge finalmente conseguiu a certidão de nascimento com o nome escolhido por ele e por sua companheira, Karina Barbieri. A informação foi confirmada pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP) por meio de nota oficial. O 28º Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais tinha se recusado a emitir a certidão de nascimento porque se tratava de um nome “incomum”, porém devido à repercussão do caso, eles reavaliaram a decisão.

“Diante das razões apresentadas, que envolvem a preservação de vínculos africanos e de restauração cultural com suas origens, assim como o estudo de caso que mostrou a existência deste nome em outros países, formei meu convencimento pelo registro do nome escolhido, que foi lavrado no dia de hoje”, explicou a registradora Kátia Possar em comunicado divulgado à imprensa.

(Felipe Branco Cruz. “Samba: após polêmica, cartório de São Paulo registra filho de Seu Jorge”. https://veja.abril.com.br, 26.01.2023. Adaptado)

Texto III

Um jornalista panamenho cujo nome coincide com o do líder nazista denuncia os problemas que sofre. “Meu pai queria provar que poderia haver um Hitler bom”, diz Hitler Cigarruista, de 50 anos. Ele não sabe se satisfez as esperanças do pai, mas enfrentou sua decisão com paciência durante toda a vida.

Seu nome o afetou de maneiras bizarras e inimagináveis. Seu pai, diz ele, não se importaria se ele o mudasse: “Algumas vezes pensei nisso, mas em todos os meus diplomas de seminários, cursos, universidades aparece ‘Hitler’. Seria muito caro mudar”.

Um grande problema de Cigarruista são as redes sociais. Seu nome provoca alarmes em todas as plataformas: “Não posso usar meu nome nas redes”. O Facebook, por exemplo, é bastante restritivo. De acordo com suas regras, “palavras ofensivas ou sugestivas de qualquer tipo” não são permitidas no nome. Hitler parece ser uma delas, porque o jornalista não pôde se inscrever: “Infelizmente o Facebook não me permite usar Hitler. Nunca tentei descobrir se deveria fazer algo para resolver isso. Aceitei a circunstância e comecei a usar o nome do meu filho, Carlos”.

Na escola do filho também é chamado de Carlos. No Panamá é comum o primogênito ter o nome do pai, então, acostumado a dar explicações sobre seu nome, ele preferiu não ter de fazer isso na escola.

Cigarruista está acostumado com todas as desvantagens do seu nome. “Com um nome que tem uma carga política, ideológica e humana tão forte, você vê de tudo: gente que te vê como se você o tivesse escolhido, ou pensa que seu pai era fascista”, explica.

(JORDI PÉREZ COLOMÉ. “Chamo-me Hitler e não posso usar meu nome nas redes”. https://brasil.elpais.com, 15.02.2020. Adaptado)

Texto IV

Segundo o presidente da Associação de Registradores de Pessoas Naturais do Rio Grande do Sul (Arpen-RS), Sidnei Hofer Birmann, a lei federal 6.015, de 1973, orienta que os oficiais de cartórios barrem nomes que possam expor as crianças ao ridículo.

“Toda vez que um registrador se deparar com um nome que possa causar constrangimento, diria que é um dever desse oficial não registrar esse nome”, diz Birmann, que tem mais de 20 anos de atuação em cartórios.

Na avaliação dele, a intenção da lei é justamente proteger os pequenos. Caso os pais insistam no nome, é possível que recorram à Justiça. “Se os pais não se conformarem com a recusa do oficial, eles apresentam essa inconformidade e o registrador encaminha para o juiz. Então, é a Justiça que irá decidir”, explica.

Segundo Birmann, é muito comum os pais desejarem registrar os filhos com nomes com letras duplicadas ou com letras como “k” e “y”, o que dificulta a grafia. Mesmo em casos de nomes que não são exatamente exóticos, os registradores pedem que as famílias reconsiderem. “Entendemos que isso não expõe necessariamente ao ridículo, mas, ainda assim, damos orientações aos pais. Nosso objetivo é proteger a criança do bullying”, diz Birmann.

(“Entenda o que não é permitido na hora de registrar o nome dos filhos”. https://gauchazh.clicrbs.com.br, 25.01.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo -argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Em nome da preservação da criança, a escolha de seu nome deve sofrer restrições?

Rascunho Eficiente

Assunto: escolha de nomes para crianças
Tema: restrições na escolha de nomes para preservar a criança
Tese: a escolha de nomes deve ser regulada para evitar constrangimentos futuros
Tópico 1: impacto dos nomes na vida social e emocional das crianças
Tópico 2: papel dos cartórios e da legislação na proteção dos direitos das crianças

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a escolha de nomes para crianças, percebe-se que a imposição de restrições nessas escolhas é essencial para preservar o bem-estar das crianças e evitar futuros constrangimentos. Nesse contexto, defende-se que a escolha de nomes deve ser regulada para evitar constrangimentos futuros. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto dos nomes na vida social e emocional das crianças e o papel dos cartórios e da legislação na proteção dos direitos das crianças.

Preliminarmente, o impacto dos nomes na vida social e emocional das crianças é significativo e deve ser considerado com seriedade. De acordo com especialistas em psicologia infantil, nomes que fogem ao padrão ou que possuem conotações negativas podem levar a experiências de "bullying" e exclusão social, afetando a autoestima e o desenvolvimento emocional da criança. Além disso, a escolha de um nome pode influenciar a forma como a criança é percebida e tratada por seus pares e pela sociedade em geral. Um exemplo disso é o caso de Hitler Cigarruista, que enfrentou dificuldades devido à associação negativa de seu nome com o líder nazista.

Ademais, o papel dos cartórios e da legislação na proteção dos direitos das crianças é crucial e deve ser reforçado. Conforme mencionado por autoridades do setor, a legislação brasileira, por exemplo, orienta que nomes que possam expor a criança ao ridículo devem ser evitados, cabendo aos registradores a responsabilidade de orientar e, se necessário, recusar o registro de nomes inadequados. Além disso, essa regulamentação visa proteger a criança de possíveis constrangimentos e garantir que seu nome não seja um obstáculo em sua vida social e profissional futura. Um exemplo disso é a intervenção dos cartórios em casos como o do cantor Seu Jorge, onde o nome "Samba" foi inicialmente recusado, mas posteriormente aceito após análise de suas conotações culturais e históricas.

Desse modo, percebe-se que a regulação na escolha de nomes é uma medida necessária para proteger as crianças de possíveis constrangimentos e garantir seu bem-estar social e emocional. Por isso, é importante que os cartórios e a legislação continuem a desempenhar um papel ativo na orientação e regulação da escolha de nomes, assegurando que os direitos das crianças sejam sempre priorizados.


Texto 1

“O tipo de violência mais frequente na infância e no início da adolescência é o bullying”, disse Maria Fernanda Tourinho Peres, professora do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Estudos sobre Violência e Saúde (Lieves).

“O bullying é um tipo de violência persistente. Geralmente é aquela situação em que, por exemplo, um aluno fica sistematicamente sendo alvo desse tipo de violência”, ressaltou a professora. Além disso, para ser considerado bullying, precisa haver um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. “O bullying é um tipo de violência que surge, que se estrutura e que se sustenta em torno de desequilíbrio de poder. Então há um polo mais empoderado - ou que simbólica ou socialmente ocupa uma posição de poder mais forte - e um polo que ocupa uma posição de poder mais fragilizado”, explica Maria Fernanda.

(Elaine Patricia Cruz. Agência Brasil explica: o que é bullying?. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 07.04.2023. Adaptado)

Texto 2

Uma solução polêmica para combater o bullying nas escolas, adotada em Mato Grosso do Sul, vem dividindo opiniões. O governo de Mato Grosso do Sul vai oferecer cirurgias plásticas gratuitas para adolescentes que sofrem bullying.

As operações visam reparar orelhas, nariz, mamas, problemas de visão, como estrabismo, e cicatrizes. Inicialmente, poderão ser atendidos os 142 estudantes de escolas públicas e privadas que registraram boletins de ocorrência na Polícia Civil em 2022.

A secretária estadual adjunta de Saúde do estado, Christine Maymone, destaca que não são operações estéticas, mas reparadoras. Segundo Maymone, os procedimentos vão se somar ao apoio psicológico que já é oferecido nas escolas. A ideia, segundo o governo de Mato Grosso do Sul, é que a iniciativa ajude a reverter a evasão escolar devido ao bullying.

(Maira Di Giaimo. Governo do MS oferece cirurgias para jovens que sofrem bullying e gera polêmica. https://www.band.uol.com.br, 12.05.2023. Adaptado)

Texto 3

Na avaliação de Catarina Santos, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), a solução oferecida no Mato Grosso do Sul não resolve o problema e ainda cria novas complicações: “É como se quisessem padronizar as características das pessoas. Combater o bullying requer trabalhar o respeito às diferenças e não a eliminação delas. Entendo o bullying como o resultado de uma sociedade que estabeleceu padrões de corpos. O papel da política pública é trabalhar o respeito à diferença, a lógica da beleza da diferença. Quando se defende o combate ao bullying fazendo com que todos tenham as mesmas características é um horror. Não é trabalho de combate à violência por conta das diferenças, mas de eliminar as diferenças”, pondera.

O bullying é uma preocupação internacional. Finlândia e Canadá têm projetos reconhecidos como eficazes e trabalham mais com orientação das comunidades escolares e o desenvolvimento da cultura de paz.

(Bruno Alfano, Davi Ferreira e Ludmilla de Lima. Solução cirúrgica para bullying em escolas em MS envolve risco de vida, alertam especialistas. https://oglobo.globo.com, 10.05.2022. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Cirurgias reparadoras são uma alternativa viável para o combate ao bullying?

Rascunho Eficiente

Assunto: violência na infância e adolescência
Tema: cirurgias reparadoras como solução para o "bullying"
Tese: cirurgias reparadoras não são uma solução eficaz para o "bullying"
Tópico 1: importância de abordar o "bullying" através da educação e do respeito às diferenças
Tópico 2: necessidade de políticas públicas que promovam a cultura de paz e inclusão

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre violência na infância e adolescência, percebe-se que o uso de cirurgias reparadoras como solução para o "bullying" é uma abordagem controversa e limitada. Nesse contexto, defende-se que cirurgias reparadoras não são uma solução eficaz para o problema. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de abordar o "bullying" através da educação e do respeito às diferenças e a necessidade de políticas públicas que promovam a cultura de paz e inclusão.

Preliminarmente, a abordagem do "bullying" deve focar na educação e no respeito às diferenças, elementos fundamentais para a convivência harmoniosa. Segundo especialistas em educação, o "bullying" é um reflexo de uma sociedade que valoriza padrões estéticos e comportamentais, o que pode ser combatido através de uma educação inclusiva que valorize a diversidade. Além disso, a educação deve promover a empatia e o respeito mútuo entre os estudantes, criando um ambiente escolar acolhedor e seguro. Por exemplo, programas educacionais em países como Finlândia e Canadá têm mostrado sucesso ao enfatizar a importância do respeito às diferenças e da resolução pacífica de conflitos.

Ademais, é crucial implementar políticas públicas que incentivem a cultura de paz e inclusão nas escolas. Conforme especialistas em políticas públicas, ações governamentais devem focar em criar ambientes escolares que promovam a inclusão e a aceitação das diferenças, ao invés de tentar eliminar características individuais através de cirurgias. Dessa forma, é possível reduzir a evasão escolar e melhorar o bem-estar dos estudantes, sem recorrer a medidas drásticas e potencialmente prejudiciais. Um exemplo disso é a implementação de programas de mediação de conflitos e oficinas de sensibilização nas escolas, que têm demonstrado eficácia na redução de casos de "bullying".

Desse modo, percebe-se que cirurgias reparadoras não são uma solução eficaz para o "bullying", pois não abordam as causas subjacentes do problema. Por isso, é importante investir em educação inclusiva e políticas públicas que promovam a cultura de paz e o respeito às diferenças, criando um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos os estudantes.


Texto 1

Na lista de prioridades de cada prefeitura no Brasil, é possível encontrar inúmeros desafios, quase sempre igualmente urgentes. São obras de drenagem, reforma de prédios públicos, construção de habitações populares, manutenção de parques e várias outras demandas do dia a dia da cidade, que exigem altas cifras de recurso público. Diante de tantas necessidades, uma alternativa eficiente para garantir a prestação de serviços com alta qualidade é conceder espaços públicos para a iniciativa privada. Na prática, as concessões, em suas mais variadas modelagens, permitem que o Estado delegue a um ente privado uma série de atribuições relacionadas à gestão de um espaço público. Nesse acordo, o poder público consegue garantir que a população tenha acesso ao serviço que deseja, atraindo investimentos que o setor privado tem condições de fazer e permitindo a exploração econômica desse espaço, para uma sustentabilidade financeira a longo prazo. O custo da boa gestão de parques e praças pesa no orçamento dos municípios e é nesse sentido que as concessões podem ser extremamente úteis. Elas conseguem combinar o melhor de dois mundos: reduzem gastos públicos, aumentam a arrecadação de impostos, ao mesmo tempo que garantem à população o acesso a serviços importantes e com qualidade.

(Marcela Trópia. Como as concessões contribuem com a qualidade de vida da população? Disponível em: https://www.estadao.com.br, 08.08.2022. Adaptado)

Texto 2

O governo de São Paulo assinou o contrato de concessão dos parques Villa-Lobos, Candido Portinari e Água Branca, todos na capital paulista, com a iniciativa privada pelos próximos 30 anos. O consórcio será responsável pela manutenção e modernização das estruturas existentes, ampliação da oferta de serviços como alimentação, lazer e estacionamento, além de assumir os custos operacionais, por exemplo, de limpeza e vigilância patrimonial. Segundo o governo paulista, a previsão é a de que nos primeiros seis anos sejam investidos R$ 46,9 milhões, do total de R$ 61,6 milhões obrigatórios. “As parcerias com a iniciativa privada atraem investimentos para a melhoria da infraestrutura das áreas turísticas e de lazer da população. Paralelamente, essas outorgas permitem que o Estado invista nas áreas verdes localizadas em regiões vulneráveis socialmente”, afirmou o secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, Fernando Chucre. O concessionário não poderá cobrar ingresso para entrada nos parques. Em contrapartida, o contrato permite a exploração comercial do local com a locação de imóveis, eventos, além da arrecadação com os quiosques destinados à alimentação.

(Governo de SP assina concessão dos parques Villa-Lobos, Candido Portinari e Água Branca para a iniciativa privada por 30 anos. Disponível em: https://g1.globo.com, 10.08.2022. Adaptado)

Texto 3

A inauguração de uma área de piquenique dentro do Parque Villa-Lobos, com cobrança de R$ 6,8 mil a R$ 26 mil para a realização de festas e encontros particulares, tem gerado polêmica entre os frequentadores do parque, na Zona Oeste de São Paulo. O serviço chamado “Vila Picnic” começou a ser oferecido em meados de agosto pela empresa Cia do Tomate, que investiu cerca de R$ 1,2 milhão para reformar o espaço dentro do parque - que é público, mas foi concedido à iniciativa privada em agosto de 2022. Os frequentadores reclamam que, desde que foi repassado à concessionária Novos Parques Urbanos, o Villa-Lobos começou a receber inúmeros eventos privados com cobrança de ingressos, mas teve pouco investimento e melhoria nos espaços de uso público em geral. “A concessão completou um ano e a empresa sequer reformou e ampliou os banheiros e nem melhorou a sinalização, que eram as demandas urgentíssimas do parque. Eles têm lotado o Villa-Lobos de eventos privados em que a população tem de pagar pelo acesso e não têm investido o prometido para melhoria do local”, disse a presidente da Associação de Amigos de Alto de Pinheiros (SAAP), Maria Helena do Amaral Osorio Bueno. A reportagem do G1 esteve no parque e constatou que a área onde hoje funciona a Vila Picnic, que antes era aberta, agora está totalmente cercada por cordas e tem apenas uma entrada principal aberta durante todo o tempo de funcionamento do parque.

(Rodrigo Rodrigues. Piqueniques privados de até R$ 26 mil no Parque Villa-Lobos geram reclamações de frequentadores. https://g1.globo.com, 16.09.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Concessão da gestão de parques públicos à iniciativa privada: entre uma manutenção efetiva e a exploração financeira desses espaços.

Rascunho Eficiente

Assunto: gestão de parques públicos
Tema: concessão de parques à iniciativa privada
Tese: A concessão de parques públicos à iniciativa privada pode ser benéfica, mas exige fiscalização rigorosa para evitar exploração excessiva.
Tópico 1: Vantagens da concessão para a gestão de parques
Tópico 2: Riscos de exploração financeira e falta de investimento

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre gestão de parques públicos, percebe-se que a concessão de parques à iniciativa privada pode trazer melhorias significativas na administração desses espaços, mas também levanta preocupações quanto à exploração financeira e à falta de investimentos adequados. Nesse contexto, defende-se que a concessão de parques públicos à iniciativa privada pode ser benéfica, mas exige fiscalização rigorosa para evitar exploração excessiva. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as vantagens da concessão para a gestão de parques e os riscos de exploração financeira e falta de investimento.

Preliminarmente, as vantagens da concessão para a gestão de parques incluem a possibilidade de modernização e manutenção eficiente desses espaços, além de alívio financeiro para os cofres públicos. Conforme especialistas em administração pública apontam, a parceria com a iniciativa privada pode atrair investimentos significativos, melhorando a infraestrutura e a oferta de serviços nos parques, como alimentação e lazer, sem onerar o orçamento municipal. Além disso, a concessão pode permitir que o poder público direcione recursos para áreas mais necessitadas, como regiões socialmente vulneráveis. Um exemplo disso é o contrato de concessão dos parques em São Paulo, que prevê investimentos obrigatórios para a melhoria das áreas concedidas.

Por outro lado, os riscos de exploração financeira e falta de investimento são preocupações legítimas que devem ser abordadas com seriedade. De acordo com críticos do modelo de concessão, há casos em que a exploração comercial dos parques é priorizada em detrimento das melhorias prometidas, como a manutenção de banheiros e sinalização adequada. Além disso, a cobrança por eventos privados em áreas que antes eram de uso livre pode limitar o acesso da população a esses espaços públicos. Um exemplo disso é a polêmica em torno da área de piquenique no Parque Villa-Lobos, onde valores elevados são cobrados para eventos privados, gerando insatisfação entre os frequentadores.

Desse modo, percebe-se que a concessão de parques públicos à iniciativa privada pode ser vantajosa, mas requer uma fiscalização rigorosa para garantir que os interesses da população sejam priorizados. Por isso, é importante que o poder público estabeleça mecanismos de controle e avaliação contínua das concessões, assegurando que os investimentos prometidos sejam realizados e que o acesso público não seja comprometido por interesses comerciais.


Texto 1

“A arte está morta”, disse Jason M. Allen ao jornal americano The New York Times. Ele foi o vencedor de uma feira de arte com a obra “Teatro de Ópera Espacial” (imagem acima), feita com uso do Midjourney, um sistema de inteligência artificial que permite que imagens sejam criadas a partir de algumas frases, como “astronauta em cima de um cavalo” ou “cachorro com uma flor na boca num retrato ao estilo de Pablo Picasso”.

A produção desses sistemas de inteligência artificial é impressionante, mas eles são construídos com base na produção de criadores de carne e osso. Ou seja, seus algoritmos são treinados com base em milhões de imagens feitas por humanos. O gerador de imagens de inteligência artificial Stable Diffusion, por exemplo, aprende a partir de um arquivo compactado de “100 mil gigabytes de imagens” extraídas da internet, afirma seu fundador, Emad Mostaque.

Mostaque, um cientista da computação com formação em tecnologia e finanças, diz que não está preocupado em deixar os artistas sem trabalho: “Trabalhos de ilustração são muito entediantes. A produção de conteúdo com inteligência artificial é um campo que vai crescer muito. Se ilustradores e artistas quiserem ganhar dinheiro com isso, devem aproveitar”.

De fato, já existem artistas usando a arte da inteligência artificial para se inspirar e ganhar dinheiro. A empresa OpenAI diz que seu sistema DALL-E AI é usado por mais de 3 mil artistas de mais de 118 países. Até imagens de histórias em quadrinhos já foram feitas usando inteligência artificial. O autor de um desses quadrinhos chamou a tecnologia de “um colaborador que pode emocionar e surpreender no processo criativo”.

(Chris Vallance. “Arte está morta”: o polêmico boom de

imagens geradas por inteligência artificial. www.bbc.com/portuguese, 18.09.22. Adaptado)

Texto 2

O uso de inteligência artificial para criar arte é cada vez mais comum, e os direitos autorais dos artistas precisam ser respeitados. Ironicamente, apesar de estarmos falando de uma inteligência artificial, alcançar uma ética digital está nas mãos dos programadores das ferramentas que geram as imagens, que precisam obter o consentimento dos artistas antes de usar seus trabalhos para treinar os algoritmos. Caso contrário, eles podem ser processados por violar direitos autorais.

Uma parcela significativa de designers, fotógrafos e artistas tradicionais mostram-se resistentes às ferramentas de arte criadas por computação, acreditando que elas prejudicariam suas profissões. Ainda que essas ferramentas sejam úteis para quem não possui conhecimento de aplicativos que editam imagens ou não domina técnicas de fotografia, as opiniões de quem é produtor de conteúdo visual são contrárias devido ao uso de trabalhos criados por humanos na base de dados.

Foi com base nessa linha de raciocínio que três artistas dos Estados Unidos decidiram entrar com uma ação judicial para bloquear as tecnologias de inteligência artificial da Stable Diffusion e Midjourney. Sarah Andersen, Kelly McKernan e Karla Ortiz acusam essas empresas de violarem os direitos autorais de milhões de artistas, pois teriam usado mais de cinco bilhões de imagens da internet sem o consentimento de seus criadores.

Essa questão é importante, pois, para que a IA funcione, é necessário treiná-la com fotos, desenhos e outras referências visuais.

(Victor Vasques. IA vs. Humanos: A ética e os direitos na “criação” da arte digital. https://adnews.com.br, 26.01.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

A geração de imagens por inteligência artificial fere os direitos dos artistas que tiveram suas obras utilizadas?

Rascunho Eficiente

Assunto: inteligência artificial e arte
Tema: impacto da IA nos direitos autorais dos artistas
Tese: A utilização de obras de artistas sem consentimento para treinar IA fere os direitos autorais
Tópico 1: Ética no uso de obras artísticas por IA
Tópico 2: Impacto econômico e profissional nos artistas

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre inteligência artificial (IA) e arte, defende-se que a utilização de obras de artistas sem consentimento para treinar IA fere os direitos autorais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a ética no uso de obras artísticas por IA e o impacto econômico e profissional nos artistas.

Preliminarmente, a ética no uso de obras artísticas por IA é um aspecto crucial e deve ser considerado com seriedade. Conforme especialistas em direitos autorais, o uso de obras sem a devida autorização dos criadores para treinar algoritmos de IA pode ser considerado uma violação dos direitos autorais. Além disso, essa prática levanta questões sobre a propriedade intelectual e o respeito ao trabalho criativo dos artistas. Por exemplo, a ação judicial movida por artistas contra empresas de IA ilustra a insatisfação da classe artística com o uso não autorizado de suas obras.

Ademais, o impacto econômico e profissional nos artistas é significativo e não pode ser ignorado. De acordo com economistas culturais, a crescente utilização de IA na criação de imagens pode reduzir a demanda por trabalhos artísticos tradicionais, afetando a renda de muitos profissionais. Além disso, a desvalorização do trabalho humano em prol de soluções automatizadas pode desestimular novos talentos a ingressarem no mercado artístico. Um exemplo claro é a resistência de designers e fotógrafos ao uso de IA, que temem pela sustentabilidade de suas carreiras.

Desse modo, percebe-se que a utilização de obras de artistas sem consentimento para treinar IA representa uma violação dos direitos autorais e impacta negativamente a classe artística. Por isso, é importante que haja regulamentação clara e eficaz sobre o uso de obras artísticas por IA, garantindo o respeito aos direitos autorais e a proteção dos interesses dos artistas.


Texto I

A influência das redes sociais digitais no mundo contemporâneo é algo inconteste, informações são postadas a cada segundo e disseminadas com a mesma velocidade. Essas representam, infinitas maneiras e formas de o indivíduo se integrar a determinados grupos, de interação entre seus pares e o meio social, cada vez mais marcado por novas identidades e diferenças. É um mundo relativamente novo de caminhos multifacetados, que abriga diferenças étnicas, de gênero, entre outros, em certa medida, ferem a individualidade e a dignidade da pessoa humana.

(Disponível em: http://periodicos.pucminas.br/index.php/emsociedade/article/view/28188. Acesso em 13/08/2023)

Texto II

Fazer vídeos ou fotos de acidentes é crime com pena de prisão, multa e até indenização; entenda

Por conta da exposição causada pelas redes sociais, compartilhar imagens do gênero também pode acarretar em problemas com a Justiça.

É comum que, em qualquer ocasião onde ocorra alguma situação atípica como uma colisão entre carros, o local fique logo cheio de pessoas que sacam seu celular para fazer vídeos ou fotos de acidentes. O que alguns podem não saber é que fazer estes registros é crime com pena de prisão.

Além disso, por conta da exposição causada pelas redes sociais, compartilhar imagens de acidentes, o que também se tornou hábito comum, pode igualmente acarretar em problemas com a Justiça. Isso porque estes compartilhamentos desenfreados desrespeitam as vítimas dos acidentes, seus familiares e amigos, que sofrem ainda mais com a situação, não bastando a dor que já sentem.

Filmar, fotografar ou compartilhar fotos de acidentes é um crime por exposição, podendo levar o culpado a receber uma pena de um a três anos de detenção mais multa. Além de ser crime, as pessoas envolvidas, ou familiares, também podem solicitar indenização caso se sintam lesadas ou prejudicadas com o compartilhamento dos vídeos ou fotos de acidentes.

(Disponível em: https://diariodegoias.com.br/fazer-videos-ou-fotos-de-acidentes-e-crime-com-pena-de-prisao-multa-e-ate-indenizacao-entenda/288644/ Acesso em: 13/08/2023)

 Os limites acerca da exposição do outro nas redes sociais.

Rascunho Eficiente

Assunto: Redes sociais e exposição
Tema: Limites da exposição de terceiros nas redes sociais
Tese: A necessidade de regulamentação e conscientização sobre a exposição de terceiros nas redes sociais
Tópico 1: Impactos sociais e legais da exposição indevida
Tópico 2: Importância da educação digital e ética

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre redes sociais, percebe-se que os limites da exposição de terceiros nas redes sociais são frequentemente ultrapassados, gerando consequências negativas. Nesse contexto, defende-se que é crucial regulamentar e conscientizar a população sobre os riscos e responsabilidades associados à exposição de terceiros nas plataformas digitais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os impactos sociais e legais da exposição indevida e a importância da educação digital e ética.

Preliminarmente, os impactos sociais e legais da exposição indevida nas redes sociais são significativos e preocupantes. De acordo com especialistas em Direito Digital, a prática de compartilhar imagens ou vídeos de terceiros sem consentimento pode resultar em sanções legais, incluindo multas e penas de prisão, além de causar danos emocionais às vítimas. Além disso, a exposição indevida pode perpetuar a violação da privacidade e dignidade humana, afetando não apenas os indivíduos diretamente envolvidos, mas também suas famílias e comunidades. Um exemplo notório é o caso de acidentes de trânsito, onde a divulgação de imagens pode agravar o sofrimento das vítimas e seus entes queridos.

Ademais, a importância da educação digital e ética não pode ser subestimada. Conforme estudiosos da área de comunicação, a conscientização sobre o uso responsável das redes sociais deve ser promovida desde cedo, integrando currículos escolares e campanhas públicas. Consequentemente, os indivíduos estarão mais preparados para compreender os limites éticos e legais do compartilhamento de informações online. Um exemplo positivo é a implementação de programas de educação digital em escolas, que têm mostrado eficácia na formação de cidadãos mais conscientes e responsáveis no ambiente virtual.

Desse modo, percebe-se que a regulamentação e conscientização sobre a exposição de terceiros nas redes sociais são essenciais para mitigar os impactos negativos dessa prática. Por isso, é importante que governos, instituições educacionais e plataformas digitais colaborem para desenvolver políticas eficazes de proteção à privacidade e promover uma cultura de respeito e responsabilidade no uso das redes sociais.


Texto I

O filme de Hollywood À procura da felicidade [The Pursuit of Happyness] estourou em 2006, com uma bilheteria de 307077300 dólares. Baseado no Best-seller autobiográfico de Christopher Gardner – um afro-americano de classe média baixa que saiu da pobreza e se tornou um homem de negócios bem-sucedido, corretor da Bolsa e palestrante motivacional –, o filme se passa no início dos anos 1980 e começa com Ronald Reagan na televisão, anunciado más notícias sobre a economia. O momento não poderia ser pior para Gardner e sua mulher, Linda, ambos com dificuldades para manter fora da pobreza a si mesmos e ao filho de cinco anos. [...]

Um aspecto interessante do sucesso internacional do filme é que ele diz muito da onipresença da felicidade – tanto o ideal como a busca - em nossa vida cotidiana. Ela está por toda parte: na televisão e no rádio, em livros e revistas, nas academias de ginástica, nas dicas de alimentação e dieta, nos hospitais, no trabalho, na guerra, nas escolas, nas universidades, na tecnologia, na internet, nos esportes, em casa, na política e, claro, nas gôndolas do supermercado.

CABANAS, Edgar; ILLOUUZ, Eva. Happycracia – fabricando cidadãos felizes. Trad. Humberto do Amaral. São Paulo: Ubu Editora, 2022, p.11-12)

Texto II

Quais são os países mais felizes do mundo em 2023? Veja lista

Apesar da queda deste ano representar uma perda de 11 posições, o Brasil segue à frente da Argentina (21/03/2023)

A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou nesta segunda-feira, 20, o Relatório Mundial de Felicidade 2023. O levantamento apontou a Finlândia em primeiro lugar no ranking dos países mais felizes do mundo. Brasil caiu 11 posições este ano, saindo do 38º para o 49º lugar.

O relatório analisa seis indicadores principais: apoio social, renda, saúde, senso de liberdade, generosidade e ausência de corrupção conforme desempenho no último triênio, portanto, de 2020 a 2022.

A Finlândia ocupa pela sexta vez consecutiva o primeiro lugar no levantamento, que já está em sua décima primeira edição. O top 5 é composto também por Dinamarca (2º), Islândia (3º), Israel (4º) e Holanda (5º). Com esses resultados, a Europa se destaca com quatro países considerados os mais felizes do mundo. [...]

Disponível: https://exame.com/mundo/quais-sao-os-paises-mais-felizes-do-mundo-em-2023-veja-lista/. Acesso em: 04/04/2023)

A busca pela felicidade não é uma questão exclusiva deste tempo. No entanto, a cada ano, surgem novas ferramentas que prometem torná-la alcançável. Considerando sua visão de mundo e a leitura atenta dos textos motivadores, escreva, em registro formal da Língua, um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema:

“As relações entre o individual e o social na busca contemporânea pela felicidade”

Rascunho Eficiente

Assunto: Felicidade na contemporaneidade
Tema: As relações entre o individual e o social na busca contemporânea pela felicidade
Tese: A busca pela felicidade é influenciada tanto por fatores individuais quanto sociais, sendo necessário um equilíbrio entre ambos para alcançá-la.
Tópico 1: Influência dos fatores sociais na percepção de felicidade
Tópico 2: Importância do autoconhecimento e da autonomia individual

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre felicidade na contemporaneidade, percebe-se que as relações entre o individual e o social na busca contemporânea pela felicidade são complexas e interdependentes. Nesse contexto, defende-se que a busca pela felicidade é influenciada tanto por fatores individuais quanto sociais, sendo necessário um equilíbrio entre ambos para alcançá-la. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência dos fatores sociais na percepção de felicidade e a importância do autoconhecimento e da autonomia individual.

Preliminarmente, a influência dos fatores sociais na percepção de felicidade é significativa e multifacetada. De acordo com especialistas em Sociologia, o ambiente social em que um indivíduo está inserido pode moldar suas expectativas e definições de felicidade, influenciando suas metas e aspirações. Além disso, a cultura, a economia e as políticas públicas de um país desempenham papéis cruciais na promoção ou na limitação do bem-estar dos seus cidadãos. Por exemplo, países como a Finlândia, que lideram o ranking de felicidade, investem em políticas sociais que promovem igualdade e segurança, refletindo diretamente na satisfação de seus habitantes.

Por outro lado, a importância do autoconhecimento e da autonomia individual não pode ser subestimada. Psicólogos afirmam que, para alcançar a verdadeira felicidade, é essencial que o indivíduo desenvolva um profundo entendimento de si mesmo, de seus valores e de suas necessidades. Além disso, a capacidade de tomar decisões autônomas e de buscar objetivos pessoais alinhados com seus valores internos é fundamental para o bem-estar. Um exemplo disso é a crescente popularidade de práticas como a meditação e o "mindfulness", que visam aumentar a consciência e a satisfação pessoal.

Desse modo, percebe-se que a busca pela felicidade requer um equilíbrio entre influências sociais e autoconhecimento individual. Por isso, é importante que políticas públicas sejam desenvolvidas para promover ambientes sociais saudáveis, enquanto se incentiva a educação emocional e o autoconhecimento desde cedo.