Texto 1
No Reino Unido, por exemplo, filhos adultos na maioria das vezes mencionam o abuso emocional como a causa do distanciamento de seus pais. Segundo Megan Gilligan, gerontóloga da Universidade Estadual de Iowa, “se os relacionamentos são conflitantes, se estão causando tanta angústia, talvez cortar os laços familiares seja a maneira mais saudável de pais e filhos adultos lidarem com isso”.
Um estudo feito pela Stand Alone descobriu que, para mais de 80% das pessoas afetadas, cortar o contato está associado a alguns resultados positivos, como liberdade e independência. Pode ser um passo crucial para se livrar de abusos ocorridos dentro da família, como agressões verbais ou excesso de controle.
(Christine Ro. Por que tantas pessoas se distanciam de suas famílias? www.bbc.com, 26.05.2019. Adaptado)
Texto 2
Por natureza, os seres humanos são criaturas sociais com uma intensa necessidade de pertencer, mesmo que inconscientemente, a um grupo de amigos, a um grupo familiar, a um grupo profissional. Precisamos viver em meio a “manadas” para nos sentirmos seguros, acolhidos, e para desenvolvermos alicerces psicológicos, sentimentais e comportamentais para a vida adulta.
A necessidade de pertencer a famílias e a força dos vínculos familiares interferem no dia a dia. A escolha de absorver dos familiares o que é positivo, como aprender a viver em grupo, ou negativo, como o desrespeito ao próximo, vem do não julgamento dos pais. O vínculo familiar é positivo e gera sucesso quando existe aceitação entre os membros da família. Por exemplo, quando o filho aceita os pais do jeito que são, ele se sente pertencente à família e pode fazer escolhas diferentes dos pais. Assim, mesmo que se tenha pais com vícios ou comportamentos antissociais, como o alcoolismo ou o uso de agressões verbais, ao existir a aceitação total de que os pais se comportam daquela forma e há a valorização dessa família por ter dado a vida ao filho, esse último conseguirá enxergar algo positivo na convivência familiar.
(A influência da família no sucesso ou fracasso do indivíduo. www.apicedesenvolve.com.br. Adaptado)
Texto 3
Ter um relacionamento, amigo ou conhecido tóxico é comum, quase todo mundo tem ou já teve. Contudo, quando essa pessoa é um familiar ou parente, nem sempre percebemos sua toxicidade. Vale lembrar que nos referimos a comportamentos ruins, isto é, atitudes consideradas tóxicas que determinadas pessoas fazem e que são prejudiciais a outras e não a pessoa em si, como não ser empático ou colocar-se como vítima nas situações.
Por mais que possa parecer visível, tendemos a tolerar atitudes tóxicas de familiares que talvez não toleraríamos de amigos ou pessoas mais próximas porque historicamente somos ensinados a isso. O psicólogo Homero Belloni explica que as primeiras relações que nós temos na vida são as familiares, por isso a cultura tenta preservá-las de alguma forma, impondo uma série de restrições tal como a ideia de que “só é permitido sentir coisas positivas entre os familiares”.
(Diego Garcia. Família também pode ser tóxica: veja como lidar com esses casos. https://www.uol.com.br, 23.05.2020. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Relacionamento familiar: entre a preservação do vínculo
e a necessidade do distanciamento.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre relações familiares e suas complexidades, percebe-se que a dualidade entre manter laços familiares e a necessidade de afastamento é uma questão complexa que afeta o bem-estar emocional dos indivíduos. Nesse contexto, defende-se que é crucial ponderar entre preservar vínculos familiares e reconhecer quando o distanciamento é necessário para o bem-estar emocional. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância dos vínculos familiares para o desenvolvimento pessoal e o impacto negativo de relações familiares tóxicas e a necessidade de distanciamento.
Preliminarmente, a importância dos vínculos familiares para o desenvolvimento pessoal é inegável e fundamental. Segundo especialistas em Psicologia, as relações familiares são a base para o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais, proporcionando um senso de pertencimento e segurança. Além disso, essas relações são essenciais para a formação da identidade e para o aprendizado de valores e normas sociais. Por exemplo, crianças que crescem em ambientes familiares saudáveis tendem a desenvolver maior resiliência e autoestima.
Por outro lado, o impacto negativo de relações familiares tóxicas pode ser devastador e requer atenção especial. De acordo com estudos psicológicos, relações familiares marcadas por abuso emocional ou comportamentos tóxicos podem levar a problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Consequentemente, é necessário reconhecer quando o distanciamento se torna uma medida de proteção e autocuidado. Um exemplo disso é quando adultos optam por se afastar de familiares que perpetuam comportamentos abusivos, buscando assim um ambiente mais saudável para si mesmos.
Desse modo, percebe-se que é essencial equilibrar a preservação dos laços familiares com a necessidade de distanciamento em situações prejudiciais. Por isso, é importante promover o diálogo e a conscientização sobre a saúde emocional nas relações familiares, além de oferecer suporte psicológico para aqueles que enfrentam dilemas familiares complexos.
Texto I
Representatividade: entenda o conceito
A definição de representatividade que consta no dicionário da língua portuguesa vai ao encontro da definição do conceito presente no Dicionário de Política de Noberto Bobbio, em que a representatividade é a expressão dos interesses de um grupo (seja um partido, uma classe, um movimento, uma nação) na figura do representante. De forma que aquele que fala em nome do coletivo o faz comprometido com as demandas e necessidades dos representados. Portanto, falar de representatividade revela o sentido político e ideológico por trás do termo.
A representatividade tem como fator a construção de subjetividade e identidade dos grupos e indivíduos que integram esse grupo.
O que isso significa? Significa que a representatividade não é apenas a organização de grupos buscando que seus interesses sejam representados e garantidos, mas é sobretudo parte da formação do que é o indivíduo que compõe esse grupo.
Isso mostra que, por exemplo, quando uma mulher alcança o cargo mais alto do governo de um país – a Presidência da República – se permite criar a subjetividade na identidade feminina de que outras mulheres também podem chegar lá. Da mesma forma, quando os programas televisivos alocam as atrizes negras como personagens com funções que servem às pessoas brancas, como empregadas domésticas, também se cria – a partir de como são representadas – a subjetividade na população negra de que seu lugar é aquele com pouco prestígio social e a serviço de outro(s).[...]
Disponível em: https://www.politize.com.br/representatividade/. Acesso em: 18/02/2022)
Texto II
No Amapá, mulheres discutem efetivação de políticas públicas de saúde
Discussão apoiada pelo governo é retomada após 30 anos. Evento antecede Conferência Nacional de Saúde das Mulheres que trará novas políticas para mulheres
(Matéria de 12 de julho de 2017)
Com o tema central “Saúde das mulheres: desafios para a integralidade com equidade” iniciou-se, na noite desta terça-feira, 11, no Amapá, a etapa estadual da II Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, com o objetivo de propor diretrizes para a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde para o público feminino. O evento é promovido pelo governo do Estado e coordenado pelo Conselho Estadual de Saúde (CES).
O evento se estende até quinta-feira, 13, e reúne mais de 200 delegações de conselheiros dos 16 municípios do Estado para discutirem a efetividade das políticas públicas atuais e as novas propostas voltadas à equidade no atendimento feminino no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a presidente do CES, Sivalda Cunha, o momento é importante para fortalecer o controle social no SUS. "A última vez que se falou em políticas da saúde das mulheres foi há 30 anos e, de lá para cá, muita coisa mudou. A conferência vem para enraizar os direitos e a igualdade que as mulheres merecem na assistência ofertada pela saúde pública", ressaltou.
A primeira Conferência Nacional de Saúde e Direitos da Mulher aconteceu em 1986. Segundo o secretário de Estado de Saúde, Gastão Calandrini, as políticas de saúde no Amapá, relacionadas ao público feminino, têm avançado.
"Nós temos o banco de leite, temos uma rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, temos portarias de inclusão do público LGBT, que podem usar o nome social nas unidades hospitalares, dentre várias outras políticas que possibilitam uma assistência mais equânime", frisou Calandrini. [...]
Disponível em:
https://www.amapa.gov.br/noticia/1207/no-amapa-mulheres-discutem-efetivacao-de-politicas-publicas-de-saude. Acesso em 18/02/2022)
Texto III
Movimentos populares ganham voz sobre política de saúde no Amapá
Durante três dias, conselheiros de saúde poderão aperfeiçoar a construção de políticas públicas para a área, nos 16 municípios.
(Matéria de 11 de janeiro de 2018)
O Governo do Amapá estimula a participação de movimentos populares que atuam na luta pelos direitos sociais. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) está envolvida na capacitação que o Conselho Nacional de Saúde está oferecendo aos conselheiros municipais e estaduais, em Macapá, com a participação de entidades que atuam em favor da saúde no Estado.
Durante três dias, além de serem levantadas as necessidades de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), os participantes terão a oportunidade de aperfeiçoar a sua atuação na construção de políticas públicas para a saúde em cada município do Amapá. Tudo isso está sendo tratado na Oficina de Formação para o Controle Social do SUS, que acontece de 10 a 12 de janeiro, no bairro Jesus de Nazaré.
O representante do Conselho Nacional de Saúde, Wanderley Gomes, disse que a formação dos que trabalham na área é essencial para que o controle social do SUS cumpra seu papel constitucional. “Além da boa vontade e compromisso, há a necessidade da formação teórica e técnica para garantirmos a preservação e o fortalecimento do SUS”, ressaltou. [...]
O objetivo é formar multiplicadores da garantia dos direitos sociais no SUS. Ao todo, 250 conselheiros se credenciaram para a oficina. A intenção dos conselhos Nacional e Estadual de Saúde é tornar mais ativa a participação de lideranças de movimentos e organizações populares, que atuam na luta pelo direito humano à saúde.
Disponível em:
https://www.amapa.gov.br/ler_noticia.php?slug=1001/movimentos-populares-ganham-voz-sobre-politica-de-saude-no-amapa. Acesso em 18/02/2022)
As relações sociais exigem que todos sejam agentes dispostos a pensarem formas melhores de conviver e a representatividade pode ser empregada como uma maneira de organizar demandas. Nesse sentido, considerando as ideias apresentadas pelos textos motivadores e sua visão de mundo, escreva, em registro formal da Língua, um texto dissertativo-argumentativo, a respeito do seguinte tema:
“A importância da representatividade na elaboração de políticas e práticas para a saúde pública do Amapá”.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre políticas públicas, percebe-se que a importância da representatividade na elaboração de políticas e práticas para a saúde pública do Amapá é fundamental para assegurar que as ações sejam inclusivas e eficazes. Nesse contexto, defende-se que a representatividade é essencial para garantir que políticas de saúde sejam inclusivas e atendam às necessidades reais da população. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a representatividade como ferramenta de inclusão social e política e o impacto positivo da participação popular na formulação de políticas de saúde.
Preliminarmente, a representatividade como ferramenta de inclusão social e política é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. De acordo com especialistas em Ciência Política, a representatividade permite que grupos historicamente marginalizados tenham voz nas esferas de decisão, promovendo a inclusão de suas demandas específicas nas políticas públicas. Além disso, essa inclusão fortalece a democracia, pois amplia o espectro de participação e legitima as decisões tomadas. Por exemplo, a presença de mulheres em cargos de liderança política tem sido associada a uma maior atenção a questões de saúde feminina, como demonstrado em diversas pesquisas internacionais.
Ademais, o impacto positivo da participação popular na formulação de políticas de saúde é inegável. Conforme apontado por estudiosos da área de saúde pública, a participação ativa da população na elaboração de políticas contribui para a criação de soluções mais adequadas às realidades locais e aumenta a eficácia das intervenções. Consequentemente, isso resulta em um sistema de saúde mais responsivo e adaptado às necessidades específicas de cada comunidade. Um exemplo disso é a implementação de programas de saúde que consideram as particularidades culturais e sociais das populações indígenas, garantindo um atendimento mais humanizado e eficaz.
Desse modo, percebe-se que a representatividade é um elemento crucial para a elaboração de políticas de saúde que sejam verdadeiramente inclusivas e eficazes. Por isso, é importante promover a participação ativa de diversos grupos sociais nos processos de formulação de políticas, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e suas necessidades atendidas.
Texto I
Cerca de 40% dos mais de 600 mil presos no Brasil ainda não foram julgados. Segundo a ONG Conectas, muitos desses presos têm acesso restrito à Justiça, cometeram crimes sem gravidade e poderiam aguardar o julgamento fora da prisão. Em milhares de casos, quando a pena finalmente sai, ela é inferior ao tempo em que o preso esperou pelo julgamento. Milhares de outros acabam sendo absolvidos.
Hoje o sistema prisional tem um déficit de cerca de 250 mil vagas. A saída de uma quantidade significativa de presos provisórios poderia diminuir a superlotação nos presídios, um fator que favorece conflitos. A Justiça já realizou mutirões nos últimos anos para promover audiências de custódia e tentar liberar pessoas, mas a iniciativa tem sido inconstante. O governo propôs a sua retomada.
(Adaptado de: STRUCK. J. P. Seis medidas para tentar solucionar o caos nos presídios. Disponível em: https://www.dw.com. Acessado em: 02 de dez. de 2022)
Texto II
Perfil dos detentos
A maioria da população prisional ainda é negra. O número total e a porcentagem vêm aumentando ano a ano, com pouquíssimas exceções. Atualmente, são 429,2 mil pessoas negras privadas de liberdade, o que representa 67,5% do total.
Enquanto isso, a população carcerária branca vem diminuindo. Hoje, são 184,7 mil (29% do total). Em 2011, 60,3% da população encarcerada era negra e 36,6% branca.
O encarceramento também é forte entre jovens: 46,4% dos presos têm entre 18 e 29 anos. O perfil com relação à faixa etária continua o mesmo de 2020, quando o percentual foi de 48,6%.
(Adaptado de: População carcerária volta a aumentar, mas déficit de vagas diminui. In: Revista Consultor Jurídico. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2022. Acessado em: 07 de dez. de 2022)
Texto III
No Brasil, entre o início de uma ação e a sentença podem se passar anos, ou mesmo décadas. Pior, o crime pode prescrever. De acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), de 2009 a 2016, o número de processos sem sentença cresceu mais de 30% e chegou a 73% em 2016. Isso significa que apenas 27% de todos os processos que tramitaram nesse período foram solucionados, acumulando quase 80 milhões de casos pendentes. Temos o 30º Judiciário mais lento entre 133 países, segundo o Banco Mundial.
Essas cifras não indicam, no entanto, que os juízes brasileiros são ineficientes. O Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) em 2016 foi de 1.749 processos, o que significa a solução de mais de sete processos ao dia, em média, por juiz. São números muito melhores do que a média anual de 959 processos dos juízes italianos, 689 dos espanhóis e 397 dos portugueses, por exemplo, de acordo com dados de 2014.
(Adaptado de: BODAS, A. Por que a Justiça brasileira é lenta? Disponível em: https://exame.com. Acessado em: 07 de dez. de 2022)
Considerando os textos acima, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:
O excesso de trabalho da Justiça e a superlotação carcerária
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre sistema prisional no Brasil, percebe-se que o excesso de trabalho da Justiça e a superlotação carcerária são problemas interligados que afetam a eficiência do sistema prisional brasileiro. Nesse contexto, defende-se que a ineficiência do sistema judiciário contribui para a superlotação dos presídios. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a lentidão dos processos judiciais e o impacto da superlotação carcerária na sociedade.
Preliminarmente, a lentidão dos processos judiciais é um fator crucial que exacerba a superlotação nos presídios brasileiros. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a morosidade no julgamento dos casos resulta em um grande número de presos provisórios, que aguardam por anos uma sentença, muitas vezes por crimes de menor gravidade. Além disso, essa demora não apenas priva injustamente a liberdade de muitos, mas também sobrecarrega o sistema penitenciário. Um exemplo disso é a situação em que muitos detentos acabam cumprindo mais tempo em prisão provisória do que a própria sentença final determinaria, caso fossem julgados em tempo hábil.
Ademais, o impacto da superlotação carcerária na sociedade é significativo e multifacetado. Especialistas em segurança pública afirmam que a superlotação contribui para a deterioração das condições de vida dentro dos presídios, aumentando a violência e dificultando a ressocialização dos detentos. Consequentemente, essa situação gera um ciclo vicioso de reincidência criminal, uma vez que os presos, ao saírem, não encontram suporte adequado para reintegração à sociedade. Um exemplo claro é o aumento das taxas de reincidência entre jovens, que representam uma parcela significativa da população carcerária.
Desse modo, percebe-se que a ineficiência do sistema judiciário é um dos principais fatores que contribuem para a superlotação dos presídios. Por isso, é importante implementar políticas que agilizem os processos judiciais, como a ampliação das audiências de custódia e o uso de tecnologias para otimizar a tramitação dos casos, além de investir em programas de ressocialização para reduzir a reincidência criminal.
Pesquisa aponta que 79% dos brasileiros se informam pelo Whatsapp
Apenas 50% dos entrevistados responderam televisão
como principal fonte de informação (De 10/12/2019)
Uma pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado mostrou o Whatsapp como principal fonte de informação dos entrevistados: 79% disseram receber notícias sempre pela rede social. O ambiente possui mais de 136 milhões de usuários no Brasil, sendo a plataforma mais popular juntamente com o Facebook.
Depois do Whatsapp, outras fontes foram citadas, misturando redes sociais e veículos tradicionais na lista dos locais onde os brasileiros buscam se atualizar. Apareceram canais de televisão (50%), a plataforma de vídeos Youtube (49%), o Facebook (44%), sites de notícias (38%), a rede social Instagram (30%) e emissoras de rádio (22%). O jornal impresso também foi citado por 8% dos participantes da sondagem e o Twitter, por 7%.
No caso da televisão, o percentual foi maior entre os mais velhos: 67% dos consultados com mais de 60 anos disseram se informar sempre por esse meio, contra 40% na faixa entre 16 a 29 anos. Já o Youtube apareceu como mais popular entre os mais jovens. Os que afirmaram ver vídeos sempre na plataforma chegaram a 55% na faixa de 16 a 29 anos, contra 31% entre os com 60 anos ou mais.
No caso do Instagram, a diferença é ainda maior. Entre os jovens, 41% relataram buscar informações sempre na rede social. Já na faixa dos 60 anos ou mais, o índice caiu para apenas 9%. A pesquisa também avaliou os hábitos dos entrevistados nas redes sociais.
O tipo de ação mais comum foi a curtida de publicações, ato realizado sempre por 41% dos participantes da sondagem. Em seguida, vieram compartilhamento de posts (20%), publicar conteúdos (19%) e comentar mensagens de outros (15%).[...]
Disponível em: https://www.correiodopovo.com.br/jornalcomtecnologia/pesquisa-aponta-
que-79-dos-brasileiros-se-informam-pelo-whatsapp-1.385866. Acesso em: 06/05/2022
Proposta de Redação: As redes sociais não são nem vilãs, nem mocinhas uma vez que o que estabelece a diferença é o uso que se faz delas. Nesse sentido, considerando as ideias apresentadas pelo texto motivador e sua visão de mundo, escreva, em registro formal da Língua, um texto dissertativo-argumentativo, a respeito do seguinte tema: “As redes sociais e os desafios de uma convivência crítica”.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre o uso das redes sociais, defende-se que o uso consciente e crítico delas é essencial para evitar a desinformação e promover um ambiente informativo saudável. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência das redes sociais na disseminação de informações e a importância da educação midiática para o uso crítico das redes sociais.
Preliminarmente, a influência das redes sociais na disseminação de informações é um fenômeno notável e preocupante. De acordo com especialistas em comunicação, as redes sociais, devido à sua natureza rápida e acessível, tornaram-se um terreno fértil para a propagação de "fake news" e informações distorcidas. Além disso, a ausência de filtros rigorosos para a verificação de fatos contribui para a disseminação de conteúdos enganosos que podem influenciar negativamente a opinião pública. Por exemplo, durante eventos políticos importantes, como eleições, as redes sociais frequentemente se tornam palco de campanhas de desinformação, afetando o processo democrático.
Ademais, a importância da educação midiática para o uso crítico das redes sociais não pode ser subestimada. Segundo educadores e pesquisadores, a alfabetização midiática é crucial para capacitar os usuários a identificar e questionar informações enganosas, promovendo um consumo mais responsável de conteúdo digital. Além disso, a implementação de programas educacionais que ensinem habilidades de pensamento crítico e análise de mídia pode ajudar a mitigar os efeitos nocivos da desinformação. Por exemplo, países que investiram em educação midiática, como a Finlândia, têm demonstrado maior resiliência contra a propagação de "fake news".
Desse modo, percebe-se que o uso consciente e crítico das redes sociais é fundamental para evitar a desinformação e garantir um ambiente informativo saudável. Por isso, é importante que governos, instituições educacionais e plataformas de redes sociais colaborem para promover a educação midiática e implementar medidas eficazes de verificação de fatos, garantindo que os usuários tenham acesso a informações precisas e confiáveis.
TEXTO I
O que é cidadania?
A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer dizer cidade. Na Grécia antiga, considerava-se cidadão aquele nascido em terras gregas. Em Roma a palavra cidadania era usada para indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado. Em um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão, e consequentemente sujeito de direitos e deveres.
A relação do cidadão com o Estado é dúplice: de um lado, os cidadãos participam da fundação do Estado, e, portanto, estão sujeitos ao pacto que o criou, no nosso caso a Constituição Federal de 1988. Portanto, sendo o Estado dos próprios cidadãos, os mesmos têm o dever de zelar pelo bem público e participar, seja através do voto, seja através de outros meios, formais e informais, do acompanhamento e fiscalização da atuação estatal.
Ao mesmo tempo, os agentes estatais, como cidadãos investidos de funções públicas, têm o dever de atuar com base nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, prestando contas de todos os seus atos. Uma relação harmoniosa entre as expectativas dos cidadãos e a atuação estatal é o ideal a ser alcançado por qualquer sociedade.
Mas nem tudo depende apenas do Estado. O conceito de cidadania vai muito além, pois ser cidadão significa também tomar parte da vida em sociedade, tendo uma participação ativa no que diz respeito aos problemas da comunidade. Segundo Dalmo de Abreu Dallari: “A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo”.
Colocar o bem comum em primeiro lugar e atuar sempre que possível para promovê-lo é dever de todo cidadão responsável. A cidadania deve ser entendida, nesse sentido, como processo contínuo, uma construção coletiva que almeja a realização gradativa dos Direitos Humanos e de uma sociedade mais justa e solidária.
Disponível em: https://www.justica.pr.gov.br/Pagina/O-que-e-Cidadania. Acesso em: 13 dez. 2022. [Fragmento]
TEXTO II
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 13 dez. 2022. [Fragmento]
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, REDIJA um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema: “Como exercer a cidadania na prática diária”, posicionando-se a respeito desse assunto e respeitando os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre participação social, percebe-se que a prática diária da cidadania é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e participativa. Nesse contexto, defende-se que a cidadania deve ser exercida ativamente por meio do engajamento social e da fiscalização das ações governamentais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância do engajamento social no exercício da cidadania e o papel da fiscalização cidadã nas ações governamentais.
Preliminarmente, a importância do engajamento social no exercício da cidadania deve ser destacada como um pilar fundamental para a construção de uma sociedade democrática e participativa. Segundo o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, a participação ativa dos cidadãos na vida pública é essencial para o funcionamento de uma democracia verdadeira, pois permite que as vozes de todos sejam ouvidas e consideradas nas decisões coletivas. Além disso, o engajamento social fortalece o senso de comunidade e solidariedade, promovendo ações coletivas que visam o bem comum. Por exemplo, movimentos sociais e organizações não governamentais têm desempenhado papéis cruciais na defesa de direitos e na promoção de mudanças sociais significativas.
Ademais, o papel da fiscalização cidadã nas ações governamentais é igualmente crucial para garantir a transparência e a responsabilidade dos agentes públicos. Conforme a doutrina, a cidadania ativa implica não apenas em participar, mas também em vigiar e cobrar a atuação ética e eficiente dos governantes. Dessa forma, a fiscalização cidadã pode ser exercida por meio de mecanismos como o controle social, a participação em audiências públicas e o uso das redes sociais para denunciar irregularidades. Um exemplo notável é o papel desempenhado por plataformas de transparência e portais de dados abertos, que permitem aos cidadãos acessar informações sobre a gestão pública e cobrar ações corretivas quando necessário.
Desse modo, percebe-se que a cidadania ativa e participativa é fundamental para a construção de uma sociedade democrática e justa. Por isso, é importante promover a educação cidadã, incentivando o engajamento social e a fiscalização das ações governamentais desde a infância, para que cada indivíduo compreenda seu papel na construção de um futuro melhor.
Programa identifica personalidade através de textos nas redes sociais Método desenvolvido
por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) analisou
publicações de 1,1 mil usuários (por Giuliana Viggiano - 22 MAI 2019)
Um programa desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) é capaz de detectar os cinco principais traços de personalidade definidos pela Psicologia: extroversão, amabilidade, meticulosidade, neuroticismo e abertura à experiência. O método foi criado com a avaliação de textos postadas por 1,1 mil usuários do Facebook.
O trabalho explora a relação entre a forma como alguém se expressa (especialmente a escolha lexical) e traços de personalidade — algo já amplamente estudado na psicologia. De acordo com os especialistas, pessoas mais extrovertidas podem escrever textos mais longos, ou pessoas mais narcisistas podem usar mais pronomes pessoais como “eu” e “mim”, por exemplo.
"Foram utilizadas técnicas tradicionais de inteligência artificial que utilizam estes textos como exemplos dos diversos tipos de personalidade humana, para assim 'aprender' a reconhecer a personalidade com base no que elas escrevem, e no jeito que escrevem", afirma Ivandré Paraboni, membro da pesquisa.
De acordo com o especialista, estimar a personalidade de um indivíduo possui diversas aplicações práticas, incluindo o auxílio em tarefas de recrutamento e seleção em empresas, o auxílio em atividades de investigação de crimes online e outros tipos de fraude, ou a produção de propagandas direcionadas a perfis de públicos específicos.
Para os desenvolvedores, o programa também pode ser utilizado na educação. "Pessoas diferentes têm maneiras diferentes de aprender, e um robô do tipo tutor inteligente poderia levar em conta a personalidade do aluno para explicar da maneira que ele tenha mais facilidade em aprender, propor exercícios mais adequados à sua personalidade e assim por diante", aponta Paraboni.
Caminho inverso
A pesquisa realizada teve diversos desdobramentos no sentido oposto, ou seja, de produção automática de texto de acordo com um perfil de personalidade de interesse. "No projeto de um aplicativo do tipo videogame em que os personagens se comunicam de forma livre (ou seja, sem um script previamente escrito por um humano), pode ser desejável gerar as falas do personagem levando-se em conta um perfil psicológico específico para que, digamos, o vilão e o herói tenham estilos próprios", explica o especialista.
O pesquisador também fez questão de ressaltar os cuidados que devem ser tomados com programas do tipo, já que está suscetível a erros. Como relata, a ferramenta pode identificar corretamente um determinado tipo de personalidade porque viu muitos casos parecidos antes, mas para um indivíduo muito diferente do conjunto atual, "a análise será menos precisa, justamente porque faltam exemplos de como proceder neste caso", afirma Paraboni.
"É preciso tomar cuidado ao interpretar resultados obtidos de forma automática, e é importante também fazer uma auditoria muito detalhada da ferramenta antes de colocá-la em uso prático."
(Texto modificado especificamente para este concurso. O texto original está disponível em https://revistagalileu.
globo.com/Tecnologia/noticia/2019/05/programa-identifica-personalidade-atraves-de-textos-nas-redes-sociais.html)
Baseado no tema do texto (Programa identifica personalidade através de textos nas redes sociais) e em sua contra-argumentação (Caminho inverso), desenvolva uma redação dissertativa-argumentativa.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre novas tecnologias, percebe-se que a análise de personalidade através de publicações em redes sociais é uma ferramenta inovadora com potencial significativo. Nesse contexto, defende-se que a utilização de programas para identificar traços de personalidade por meio de textos nas redes sociais apresenta tanto oportunidades quanto desafios éticos e técnicos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar benefícios e aplicações práticas do programa e limitações e precauções necessárias no uso da tecnologia.
Preliminarmente, os benefícios e aplicações práticas do programa são notáveis, especialmente em áreas como recrutamento, educação e segurança. Conforme especialistas, a capacidade de estimar a personalidade de indivíduos pode otimizar processos de seleção de pessoal, personalizar métodos de ensino e auxiliar em investigações de crimes cibernéticos. Além disso, a personalização de conteúdo, como propagandas direcionadas, pode aumentar a eficácia das estratégias de marketing. Por exemplo, um tutor inteligente que adapta seu método de ensino ao perfil psicológico do aluno pode melhorar significativamente o aprendizado.
Por outro lado, as limitações e precauções necessárias no uso da tecnologia devem ser cuidadosamente consideradas. Conforme especialistas, a precisão do programa pode ser comprometida em casos que fogem ao padrão dos dados de treinamento. Consequentemente, a interpretação dos resultados deve ser feita com cautela, evitando decisões baseadas exclusivamente em análises automáticas. Além disso, a questão ética do uso de dados pessoais para tais análises deve ser abordada com rigor, garantindo a privacidade e o consentimento dos usuários.
Desse modo, percebe-se que a utilização de programas para identificar traços de personalidade por meio de textos nas redes sociais é uma ferramenta promissora, mas que requer uma abordagem cuidadosa e ética. Por isso, é importante estabelecer diretrizes claras e regulamentações que assegurem o uso responsável e seguro dessa tecnologia, promovendo seus benefícios enquanto minimiza riscos potenciais.
Leia os textos a seguir:
Texto I
Previdência Social: Reflexões e Desafios
Por José Pimentel, Ministro da Previdência Social
A Previdência Social Brasileira é um patrimônio do trabalhador e de sua família. Transformou-se, ao longo das últimas oito décadas, em um complexo e abrangente sistema de proteção social, com significativa cobertura de riscos sociais. A cobertura dos trabalhadores ativos vem se recuperando ano a ano, e a cobertura dos idosos coloca o país em um patamar de quase universalidade. Essas são características da Previdência Social que certamente nos orgulham e nos desafiam para o futuro.
O esforço para melhorar o atendimento ao segurado e aos seus dependentes é uma ação permanente. Os grandes números da Previdência Social num país com as dimensões do Brasil certamente são importantes, mas também a qualidade do atendimento. Por isso, foram tomadas medidas de gestão visando oferecer um atendimento simplificado e resolutivo, com a implantação do reconhecimento automático de direitos. A aprovação da Lei Complementar 128/08 possibilitou a utilização plena do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) para efeito de comprovação de vínculos e contribuições. Com isso, implantamos o sistema de concessão de benefícios em até meia hora. O processo de melhoria é permanente.
Outro aspecto importante diz respeito à expansão da cobertura previdenciária. Já estamos preocupados com os futuros segurados, os jovens que ainda não entraram no mercado de trabalho, e com os que ainda estão por nascer. Serão eles que, em algumas décadas, estarão contribuindo para os regimes previdenciários e, por meio de suas contribuições, financiando os benefícios da atual geração de trabalhadores. É preciso legar às futuras gerações um sistema previdenciário sadio, sustentável e que lhes garanta proteção social – e não apenas contas a pagar.
Hoje vivemos um período demográfico relativamente generoso, no qual a participação das pessoas em idade ativa está aumentando. Essa fase de “bônus demográfico”, entretanto, não será para sempre. Devemos nos preparar para enfrentar, em breve, um período em que a participação dos idosos no total da população alcançará níveis elevados. Os desafios são grandes.
Muitos defendem para o Brasil um sistema previdenciário com franca tendência universalizante e caráter redistributivo – hoje representado pelos sistemas de proteção social escandinavos. Nesses países, o financiamento de um amplo sistema de proteção é possível graças ao trabalho de todos. Esses países possuem elevadas taxas de emprego, bem como idades de aposentadoria ajustadas ao seu patamar demográfico.
Este livro reúne informações e dados mais recentes sobre a nossa Previdência Social. Serve à reflexão pública quanto aos desafios que enfrentaremos nos próximos anos no campo previdenciário. Mas, como ressalta o Secretário Helmut Schwarzer, em sua introdução a este volume, as políticas previdenciárias têm um grande impacto econômico, político e social. Podemos dizer, portanto, que os desafios aqui colocados não se referem apenas à Previdência, mas ao futuro da nação brasileira.
Tenho a certeza de que os estudos que compõem este volume serão de grande importância para o debate social e político nos próximos anos.
(Disponível em: http://sa.previdencia.gov.br/site/arquivos/office/3_100202-164641-248.pdf – texto adaptado especialmente para esta prova)
Texto II
Nesta edição, o professor Renato Janine Ribeiro explica que a Reforma da Previdência Social deve ser discutida como é discutida uma questão de impacto político e social e não como uma questão contábil e econômica, como tem sido feito. Para ele, é preciso pensar que a longevidade da população pode variar em até 20 anos entre um bairro rico e um pobre. Uma aposentadoria aos 62 anos ou 65 anos tem um significado totalmente diferente em um bairro em que as pessoas podem ter morrido antes de se aposentar. Como distinguir isso? Através dos inúmeros levantamentos de dados feitos pelo governo, que indicam grau de pobreza e de vulnerabilidade, que permitem estabelecer certos padrões que tornariam mais justa a fixação da idade mínima para a aposentadoria. “Eu não estou contra a fixação de uma idade mínima, mas eu acho que a fixação de uma idade mínima igual para todas as pessoas é tratar igualmente os desiguais, o que é um grande erro do ponto de vista da Justiça”, esclarece Janine. “Do ponto de vista da Justiça, você tem que justamente tratar desigualmente os desiguais para que não produza uma ascensão da desigualdade em vez de uma redução dela”.
O professor também comenta sobre a supressão ou redução da aposentadoria rural, do benefício de prestação continuada, e destaca que o pior de tudo é a questão da capitalização. Para ele, quem se inscrever na Previdência Social a partir de agora, por exemplo, vai receber na hora da aposentadoria apenas o que essa pessoa economizou ao longo da vida, segundo juros, correção, etc., e, no entanto, será obrigada a aplicar num banco de uma determinada seleção. “Isso praticamente acaba com o caráter de solidariedade da Previdência Social, que é um sistema em que muitas pessoas contribuem para dar uma nivelada para quem precisa receber mais. No Brasil, já não é assim que funciona e agora, com a nova proposta, vai piorar ainda mais”, analisa.
(Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/previdencia-social-e-questao-de-impacto-politico-e-social/– texto adaptado especialmente para esta prova).
Considerando os textos anteriores, redija uma redação de caráter argumentativo-dissertativo sobre o tema a seguir:
“A importância da Previdência Social para o Brasil”
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre Previdência Social no Brasil, defende-se que ela é essencial para garantir proteção social e promover justiça social no Brasil. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o papel da Previdência na proteção social e os desafios e propostas para um sistema previdenciário justo.
Preliminarmente, o papel da Previdência na proteção social deve ser destacado, pois ela é fundamental para assegurar a dignidade dos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis. Conforme destacado por especialistas, a Previdência Social atua como um mecanismo de redistribuição de renda, garantindo que trabalhadores e suas famílias tenham suporte financeiro em momentos de necessidade, como aposentadoria, invalidez ou morte do provedor. Além disso, a Previdência contribui para a redução das desigualdades sociais, ao proporcionar um mínimo de segurança econômica para todos os cidadãos. Por exemplo, em muitos países escandinavos, sistemas previdenciários robustos têm sido fundamentais para a manutenção de sociedades mais igualitárias e justas.
Ademais, os desafios e propostas para um sistema previdenciário justo no Brasil são aspectos que demandam atenção urgente. De acordo com especialistas, a sustentabilidade financeira da Previdência é um dos principais desafios enfrentados, especialmente em um contexto de envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida. Portanto, é crucial implementar reformas que garantam a equidade e a sustentabilidade do sistema, como a diferenciação de idade mínima de aposentadoria com base em critérios socioeconômicos, conforme sugerido por alguns estudiosos. Um exemplo disso seria a adoção de políticas que levem em conta as disparidades regionais e sociais na expectativa de vida, assegurando que a Previdência continue a ser um instrumento de justiça social.
Desse modo, percebe-se que a Previdência Social é vital para a proteção e a promoção da justiça social no Brasil. Por isso, é importante que o governo e a sociedade civil trabalhem juntos para implementar reformas que garantam a sustentabilidade e a equidade do sistema previdenciário, assegurando que ele continue a servir como um pilar de proteção social para todos os brasileiros.
INSTRUÇÃO: Leia os textos motivadores a seguir.
TEXTO I
Federação Paulista lança ação para incentivar presença das mulheres nos estádios
A Federação Paulista de Futebol e os 16 clubes que disputam o torneio estadual criaram uma ação para ampliar a presença das mulheres nos estádios em São Paulo. É o movimento #ElasNoEstádio.
[...]
Para planejar as ações, a entidade encomendou duas pesquisas de opinião entre mulheres. A última delas, realizada pelo Ibope / Repucom em dezembro, indicou que familiares ou amigos próximos costumam desencorajar a ida delas aos estádios. Neste contexto, as entrevistadas relatavam falta de companhia ou incentivo de seu círculo social para ir aos jogos.
Para ilustrar o processo de exclusão das torcedoras nos estádios, a federação permitiu que apenas jornalistas mulheres e cinegrafistas acompanhassem in loco a entrevista da diretora de futebol feminino da FPF e embaixadora do movimento, Aline Pellegrino, e da coordenadora de Marketing do Botafogo e representante dos clubes, Laura Louzada.
Torcidas femininas, como Bancada Das Sereias (Santos), Movimento Alvinegras (Corinthians), São PraElas (São Paulo) e VerDonnas (Palmeiras) participaram do evento. Os homens assistiram à coletiva pela TV.
Disponível em: <http://twixar.me/zTjT>. Acesso em: 21 jan. 2020 (Adaptação).
TEXTO II
Campeonato Paulista cria campanha para incentivar presença das mulheres nos estádios
[...]
Incentivando a igualdade de gênero, a Federação Paulista de Futebol, responsável pela organização do campeonato, realizou uma pesquisa que apontou que apenas 14% do público que frequenta os estádios, no Paulistão, é feminino. Com isso, todos se uniram em prol do movimento que incentiva a o aumento deste número.
Para fazer com que a ideia saia da teoria e seja realidade, a instituição responsável criará algumas medidas que serão implementadas daqui em diante nos estádios que receberão as partidas do Estadual.
[...]
Disponível em: <http://twixar.me/XTjT>. Acesso em: 21 jan. 2020 (Adaptação).
Tendo como base as informações dos textos motivadores e os seus conhecimentos sobre o assunto, REDIJA UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO em norma-padrão da língua portuguesa ressaltando a importância de movimentos que incentivem a presença de mulheres nos estádios. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista, apresentando, também, sugestões de medidas que podem contribuir para incentivar a presença das mulheres nos estádios.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre inclusão de mulheres no futebol, percebe-se que incentivar a presença feminina nos estádios é um passo crucial para a promoção da igualdade de gênero nos eventos esportivos. Nesse contexto, defende-se que movimentos de incentivo são essenciais para promover a igualdade de gênero nos eventos esportivos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da presença feminina nos estádios e medidas para aumentar a participação das mulheres nos jogos.
Preliminarmente, a importância da presença feminina nos estádios é inegável, pois promove diversidade e inclusão. De acordo com estudos sociológicos, a presença feminina em eventos esportivos contribui para a quebra de estereótipos de gênero e para a criação de um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os torcedores. Além disso, a participação feminina pode incentivar mais mulheres a se interessarem pelo esporte, aumentando a audiência e a diversidade de opiniões e experiências nos estádios. Um exemplo disso é o sucesso de torcidas organizadas femininas, que têm ganhado espaço e visibilidade, mostrando que as mulheres têm um papel ativo e relevante no cenário esportivo.
Ademais, medidas para aumentar a participação das mulheres nos jogos são fundamentais e devem ser implementadas de forma eficaz. Conforme especialistas em gestão esportiva, ações como campanhas de conscientização, melhorias na segurança dos estádios e a criação de espaços exclusivos para mulheres podem contribuir significativamente para aumentar a presença feminina nos eventos esportivos. Além disso, a promoção de eventos e atividades voltadas especificamente para o público feminino pode ajudar a criar um ambiente mais acolhedor e inclusivo. Por exemplo, a realização de workshops e palestras sobre a importância da presença feminina no esporte pode engajar mais mulheres a participarem ativamente desse universo.
Desse modo, percebe-se que iniciativas que incentivam a presença feminina nos estádios são fundamentais para a promoção da igualdade de gênero no esporte. Por isso, é importante que clubes, federações e órgãos governamentais se unam para implementar políticas e ações que garantam a inclusão e a segurança das mulheres nos eventos esportivos.
TEXTO I
Inclusão digital: o que é e como funciona o processo de democratização das tecnologias digitais
A inclusão digital é uma forma de democratizar a tecnologia e deixá-la acessível ao maior número de pessoas.
Assim, a qualidade de vida das minorias melhora e elas podem pensar além, em outras perspectivas.
A inclusão digital é, primeiramente, uma conversa ampla. É uma extensão natural, para o ambiente digital, de algo que existe pelas diferenças sociais e culturais que permanecem na sociedade.
No Brasil, não é diferente. A desigualdade social, cultural e física entre as pessoas acaba gerando ainda mais segregação entre elas. A chegada dos computadores e da Internet estava sendo exatamente um prolongamento dessa desigualdade.
Quem tinha privilégios, continuava os tendo, com relação à tecnologia. Entretanto, o próprio meio tecnológico, principalmente a Internet, é uma forma de democratizar conhecimento e oportunidades. E foi para acabar com diferença, que surgiu a inclusão digital.
Assim, esse conceito procura tornar acessível para o maior número de pessoas, a tecnologia, principalmente a Internet.
Segundo um levantamento feito pela The Economist Inteligence Unit em parceria com o Facebook, chamado The Inclusive Internet, nosso país está em 31º lugar geral sobre o nível de Internet inclusiva.
Esse levantamento leva em consideração pontos como a disponibilidade de sinal, ambiente econômico e os custos. Apesar de ainda sabermos que existem muitas questões que precisam ser mais bem trabalhadas aqui no Brasil sobre a inclusão digital, já melhoramos em na Internet inclusiva, já que em 2016 o Brasil ocupava o 78º lugar nessa mesma pesquisa.
[...]
A democratização digital, que pode ser considerado um sinônimo para a inclusão digital, mas, na verdade, é uma consequência dela, pode ser realizada pelos governos ou pelas parcerias com empresas de vários ramos, não só da tecnologia.
No Brasil, ainda consideramos que a inclusão digital está caminhando a passos lentos. Mesmo com iniciativas do governo federal, como o programa “Computador para Todos”, que existe desde 2005 e subsidiava computadores e notebooks com acesso à Internet para as classes mais baixas da população.
Existem também iniciativas dos governos estaduais, como o do Ceará, que premia os melhores alunos da rede pública de ensino com notebooks, incluindo as escolas indígenas, estimulando o ingresso desses alunos no ensino superior.
O crescimento da inclusão digital é lento pelas próprias características geográficas, sociais e culturais do país. Por isso, esperar apenas por iniciativas dos governos não é uma boa saída.
As empresas também podem (e devem) atuar ativamente para acelerar a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. E a inclusão social é uma dessas maneiras de causar impactos positivos no país e no mundo.
Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/inclusao-digital/. Acesso em: 13 dez. 2022. [Fragmento]
TEXTO II
TEXTO III
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, REDIJA um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema: “Como fomentar a inclusão digital no Brasil”, posicionando-se a respeito desse assunto e respeitando os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre inclusão digital no Brasil, percebe-se que promovê-la é essencial para reduzir desigualdades sociais e econômicas. Nesse contexto, defende-se que essa inclusão pode ser fomentada por meio de políticas públicas eficazes e parcerias com o setor privado. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de políticas públicas para inclusão digital e o papel do setor privado na democratização do acesso à tecnologia.
Preliminarmente, a implementação de políticas públicas eficazes é crucial para a inclusão digital. De acordo com especialistas em políticas públicas, a criação de programas governamentais que subsidiem o acesso à Internet e a dispositivos tecnológicos é fundamental para garantir que populações de baixa renda tenham acesso ao mundo digital. Além disso, a educação digital deve ser incorporada ao currículo escolar, preparando os alunos para o uso consciente e produtivo das tecnologias. Um exemplo disso é a iniciativa de alguns estados brasileiros que distribuem notebooks para estudantes de escolas públicas, incentivando o uso da tecnologia como ferramenta de aprendizado.
Ademais, o setor privado desempenha um papel significativo na democratização do acesso à tecnologia. Conforme relatado por analistas de mercado, empresas de tecnologia podem colaborar com o governo para expandir a infraestrutura de Internet em áreas remotas e oferecer pacotes de serviços a preços acessíveis. Além disso, parcerias entre empresas e ONGs podem promover programas de capacitação digital, preparando a força de trabalho para as demandas do mercado atual. Um exemplo notável é a atuação de algumas empresas que oferecem cursos gratuitos de programação e habilidades digitais para jovens de comunidades carentes.
Desse modo, percebe-se que a inclusão digital no Brasil pode ser impulsionada por meio de ações conjuntas entre o governo e o setor privado. Por isso, é importante que o governo amplie suas políticas de inclusão digital e que as empresas privadas se engajem em iniciativas sociais que promovam o acesso à tecnologia.
Leia estes textos.
TEXTO I
Presidente da Liesa fala do cancelamento dos desfiles: ‘temos que conseguir soluções para os
profissionais do carnaval’
O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Castanheira, conversou com o site CARNAVALESCO sobre a decisão do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, de cancelar os desfiles em 2021 das escolas de samba, que estavam previstos para o mês de julho, devido à pandemia da Covid-19.
“É uma decisão difícil, mas com coerência diante do atual cenário. A nossa maior preocupação agora é conseguir solução para todas escolas de samba e os profissionais que trabalham na cadeia produtiva do carnaval”, disse Castanheira.
[...]
Disponível em: <https://bityli.com/onJr9>. Acesso em: 20 fev. 2021 (Adaptação).
TEXTO II
Governador do Rio: ‘a gente sabe que a indústria do carnaval não é feita só nos dias dos desfiles’
[...]
Em sua fala para os presentes, Cláudio Castro [governador do Rio de Janeiro] enalteceu o trabalho da secretaria de Cultura com a elaboração dos editais para apoiar o processo das escolhas de sambas virtuais para o Carnaval de 2022.
“A Danielle (secretária) tem olhado pela cultura o tempo inteiro. O que mais deixou me deixou aflito nesse carnaval foi cada emprego que não foi dado, cada pessoa que não trabalhou. A gente sabe que a indústria do carnaval não é feita só nos dias dos desfiles. Quando a Dani teve a ideia de pegar o dinheiro do ICMS e ajudar essas pessoas, foi o verdadeiro significado de olhar para cada pessoa que faz cultura. Não tenho dúvida que é a medida mais acertada. Com toda dificuldade que o Estado tem, a gente consegue ajudar, estamos preparando o carnaval do ano que vem, mas também um ano de solidariedade. O carnaval abriu de fazer aquilo que mais ama pensando no outro”.
[...]
Disponível em: <https://bityli.com/mg5V8>. Acesso em: 20 fev. 2021 (Adaptação).
Tendo como base as informações dos textos motivadores e seus conhecimentos sobre o assunto, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa argumentando sobre a importância de oferecer alternativas econômicas para as pessoas que trabalham com Carnaval em tempos de pandemia. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista, tendo em vista, também, as possíveis dificuldades encontradas pelos estados e municípios na execução desse tipo de ajuda.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre impactos econômicos da pandemia, defende-se que é crucial implementar medidas de apoio econômico para os profissionais do Carnaval afetados pela COVID 19. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a relevância econômica do Carnaval e seus impactos na cadeia produtiva e os desafios e soluções para a implementação de políticas de apoio econômico.
Preliminarmente, a relevância econômica do Carnaval para o Brasil é imensa, gerando milhares de empregos diretos e indiretos. Conforme a mídia especializada, o Carnaval movimenta bilhões de reais anualmente, impactando setores como turismo, comércio e serviços. Além disso, a cadeia produtiva do Carnaval inclui desde artistas e artesãos até profissionais de logística e segurança. Por exemplo, em 2020, o Carnaval do Rio de Janeiro gerou aproximadamente R$ 2 bilhões em receita, demonstrando sua importância econômica.
Ademais, os desafios e soluções para a implementação de políticas de apoio econômico são complexos e exigem coordenação entre diferentes esferas governamentais. Segundo especialistas em políticas públicas, a falta de recursos e a burocracia são obstáculos significativos para a execução de medidas eficazes. Entretanto, iniciativas como a utilização de fundos de incentivo à cultura e parcerias com a iniciativa privada podem mitigar esses desafios. Por exemplo, o uso de recursos do ICMS para apoiar trabalhadores do Carnaval, como mencionado pelo governador do Rio, é uma solução viável e já em prática.
Desse modo, percebe-se que a implementação de medidas de apoio econômico para os profissionais do Carnaval é essencial para mitigar os impactos da pandemia. Por isso, é importante que governos estaduais e municipais desenvolvam políticas integradas, utilizando fundos de incentivo e parcerias público-privadas, para garantir a sustentabilidade econômica dos trabalhadores do Carnaval durante e após a pandemia.