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Texto 1

O termo “influenciadores digitais” refere-se às pessoas que, nas redes sociais, mostram seu comportamento e rotina no dia a dia a uma grande quantidade de seguidores. O compartilhamento do seu estilo de vida, atualmente, gera resultados mais significativos do que um filme de 30 segundos na televisão, e isso acontece porque a atual geração está muito mais conectada à internet do que em horários convencionais estabelecidos pelas emissoras de TV.

(Beatriz F. Lustosa e Bruna G. M. da Silva. A influência das redes sociais na prática de exercícios físicos. https://dspace.uniceplac.edu.br, 2020. Adaptado)

Texto 2

Os influenciadores digitais são motivo de diversas discussões dentro e fora das redes sociais, muitas das quais consideram que esses produtores de conteúdo voltado para a saúde podem ser algo bom para quem precisa de motivação, ajudando visualmente seus seguidores a ter um mínimo de interesse que seja em sair do sedentarismo. Ao mostrar como conseguem praticar algum exercício, mesmo com rotinas cansativas, podem atiçar a vontade de um seguidor que é sedentário a começar a ter uma vida mais movimentada e balanceada de certo modo.

Pela quantidade de seguidores que têm em seus perfis, os influenciadores atingem uma quantidade maior de pessoas do que aqueles profissionais da Educação Física que também possuem contas nas redes sociais, mas que não têm um número de seguidores igualmente grande, o que mostra que o estilo de vida fitness e saudável é mais facilmente propagado, direta ou indiretamente, por influenciadores digitais do que por profissionais da área.

(Gabriela de Souza Lima. Blogueiras fitness no Instagram: a construção de um estilo de vida. https://bdm.unb.br, 2016. Adaptado)

Texto 3

Especialistas veem o incentivo de hábitos saudáveis por parte de influenciadores em suas redes sociais como algo positivo, mas alertam sobre o perigo de seguir sem a orientação de um profissional os exemplos postados nesses perfis.

“Postar conteúdos para incentivar uma mudança de hábitos é positivo, mas pode ser muito perigoso quando um influenciador publica dicas de treinos e ensina às pessoas o que fazer”, destaca André Fernandes, presidente do Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro. “Seguir o treino só porque funcionou para um influenciador é colocar em risco a própria saúde, podendo se machucar, ter vários problemas como doenças osteoarticulares e lesões cardíacas”, complementa Fernandes.

Glaucia Figueiredo Braggion, doutora em Educação Física pela Universidade São Judas Tadeu, compartilha da mesma opinião: “As pessoas desejam resultados imediatos para alcançar uma aparência física similar à de quem posta as informações, mas as dicas ali publicadas podem não ser compatíveis com todos os seguidores, como aqueles com doenças ou desordens metabólicas, patologias, limitações físicas, entre outros problemas”.

(Seguir dicas de influenciadoras digitais sem auxílio de profissionais pode trazer riscos à saúde, dizem especialistas. https://g1.globo.com, 04.08.2017. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Influenciadores digitais e a prática de atividade física:
entre a motivação gerada pelos influenciadores e o risco à saúde dos seguidores

Rascunho Eficiente

Assunto: influenciadores digitais e saúde
Tema: o impacto dos influenciadores digitais na prática de atividades físicas
Tese: a motivação proporcionada por influenciadores digitais na prática de exercícios físicos deve ser equilibrada com orientações profissionais para evitar riscos à saúde
Tópico 1: a influência positiva dos influenciadores na motivação para a prática de exercícios
Tópico 2: os riscos à saúde associados à falta de orientação profissional

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre influenciadores digitais e saúde, defende-se que a motivação proporcionada por influenciadores digitais na prática de exercícios físicos deve ser equilibrada com orientações profissionais para evitar riscos à saúde. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência positiva dos influenciadores na motivação para a prática de exercícios e os riscos à saúde associados à falta de orientação profissional.

Preliminarmente, a influência positiva dos influenciadores na motivação para a prática de exercícios é evidente e significativa. De acordo com especialistas em comportamento digital, os influenciadores têm a capacidade de engajar e inspirar seus seguidores a adotar hábitos mais saudáveis, muitas vezes servindo como modelos acessíveis e reais de superação e disciplina. Além disso, a proximidade que os influenciadores criam com seus seguidores, ao compartilhar suas rotinas e desafios pessoais, pode ser um fator motivacional poderoso. Por exemplo, campanhas de desafios de exercícios promovidas por influenciadores frequentemente resultam em um aumento significativo na prática de atividades físicas entre seus seguidores.

Por outro lado, os riscos à saúde associados à falta de orientação profissional são preocupantes e não devem ser ignorados. Conforme alertado por profissionais da saúde, seguir rotinas de exercícios ou dietas sem a devida orientação pode levar a lesões, problemas de saúde e frustrações devido à falta de resultados adequados. Ademais, a busca por resultados rápidos, muitas vezes incentivada por influenciadores, pode levar a práticas prejudiciais, como o uso de suplementos sem prescrição ou a execução de exercícios inadequados para o perfil de cada indivíduo. Um exemplo disso é o aumento de casos de lesões em academias, frequentemente associados à execução incorreta de exercícios divulgados por influenciadores sem a devida supervisão profissional.

Desse modo, percebe-se que é essencial equilibrar a motivação gerada por influenciadores com orientações profissionais para garantir a segurança e eficácia na prática de atividades físicas. Por isso, é importante que plataformas digitais e influenciadores promovam parcerias com profissionais da saúde e educação física, incentivando a busca por orientação especializada e a prática segura de exercícios.


Texto 1

Os chamados “megaeventos esportivos” são eventos que ocorrem em larga escala, possuem um caráter dramático e espetacular, seduzem as massas populares e recebem o reconhecimento internacional. Eles têm sido associados ao desenvolvimento econômico, à regeneração urbana e a impactos sociais positivos para o país que serve de sede.

Os potenciais benefícios econômicos quase sempre são a principal razão para hospedar os grandes eventos: atrair fluxos de capitais e de turistas antes, durante e depois dos jogos, promover transformações urbanas relacionadas com a construção/melhoramento de instalações esportivas ou de infraestruturas gerais, criar serviços de telecomunicações eficientes, impulsionar as economias locais, gerar maior oferta de emprego (especialmente em alguns setores como os da construção civil) e, no longo prazo, disponibilizar transporte de baixo custo, graças à modernização das malhas rodoviárias e ferroviárias.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), os benefícios gerais da hospedagem de eventos globais garantem a promoção da cidade no cenário mundial devido a sua capacidade de administrar um projeto complexo, já que, nas palavras da OECD, “uma cidade com experiência em hospedar eventos, naturalmente, deve ser levada em maior consideração caso haja quaisquer dúvidas em relação à outra cidade concorrente. Em um mundo urbano cada vez mais competitivo, ter experiência pode fazer a diferença”.

(Giuliana Costa. Sediar megaeventos esportivos vale à pena?. http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br, 2013. Adaptado)

Texto 2

Ainda estão na memória dos brasileiros os momentos dos Jogos Olímpicos sediados na cidade do Rio de Janeiro em 2016. Na lembrança, estão os discursos que apontavam as supostas benesses em receber as disputas por medalhas: transformação nas infraestruturas urbanas, expansão de modais modernos de transporte, ampliação e melhorias em espaços públicos e de lazer, reestruturação da segurança pública, atração de investimentos privados, dinamização do mercado imobiliário e divulgação internacional do marketing urbano.

Passados cinco anos, no Rio de Janeiro, muitos objetivos ficaram pelo caminho. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) naufragaram, e operações policiais, como a do Jacarezinho, demonstraram a ineficácia das estratégicas da polícia- -cidadã nas comunidades. Os corredores de ônibus expressos depredados e as estações de linha de metrô inconclusas são, da mesma forma, rastros da incompetência da gestão desse processo.

Socialmente, os conflitos e a expulsão de comunidades, como a da Vila Autódromo (comunidade removida devido às obras do Parque Olímpico), exemplificam a insensibilidade com os menos assistidos e uma intenção radical de impor projetos de expansão urbana à custa dos mais pobres. O desuso das instalações esportivas, das arenas e do parque de competição elevou o custo de manutenção e o peso dessas infraestruturas no orçamento público. Além de tudo isso, os Jogos Olímpicos demandam cada vez mais recursos financeiros. A preparação do Rio de Janeiro utilizou 41 bilhões de reais e a de Tóquio, algo próximo a 83 bilhões de reais.

(Alexandre Queiroz Pereira. É vantajoso para uma cidade e seus habitantes sediar uma Olimpíada?. https://diariodonordeste.verdesmares.com.br, 26.07.2021. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Os benefícios oriundos dos megaeventos compensam os desgastes sociais gerados à população do país-sede?

Rascunho Eficiente

Assunto: megaeventos esportivos
Tema: os benefícios dos megaeventos compensam os desgastes sociais no país-sede?
Tese: os impactos negativos sociais e econômicos dos megaeventos superam os benefícios alegados
Tópico 1: impactos econômicos negativos e desuso das infraestruturas
Tópico 2: impactos sociais e deslocamento de comunidades

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre megaeventos esportivos, defende-se que os impactos negativos sociais e econômicos desses eventos superam os benefícios alegados. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar impactos econômicos negativos e desuso das infraestruturas e impactos sociais e deslocamento de comunidades.

Preliminarmente, os impactos econômicos negativos e o desuso das infraestruturas são questões cruciais. De acordo com especialistas em economia urbana, os megaeventos frequentemente resultam em investimentos vultosos que não se traduzem em benefícios duradouros para a população local. As estruturas construídas para esses eventos, como estádios e arenas, muitas vezes se tornam "elefantes brancos", onerando os cofres públicos com custos de manutenção sem gerar retorno econômico significativo. Além disso, a expectativa de impulsionar o turismo e a economia local nem sempre se concretiza, deixando um legado de dívidas e infraestruturas subutilizadas. Um exemplo disso é o caso dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, onde muitas instalações esportivas permanecem sem uso adequado, enquanto a cidade ainda lida com os custos financeiros do evento.

Ademais, os impactos sociais, incluindo o deslocamento de comunidades, são profundamente prejudiciais. Conforme apontam estudos sociológicos, a preparação para megaeventos frequentemente envolve a remoção de comunidades inteiras, como ocorreu na Vila Autódromo no Rio de Janeiro, para dar lugar a novas construções. Esse processo não só desestabiliza famílias, mas também destrói redes sociais e culturais estabelecidas, causando traumas e dificuldades econômicas para os deslocados. Além disso, a promessa de melhorias na segurança pública e na infraestrutura urbana muitas vezes não se concretiza, deixando a população local sem os benefícios prometidos. Um exemplo notório é o fracasso das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro, que não conseguiram garantir a segurança prometida durante e após os Jogos Olímpicos.

Desse modo, percebe-se que os impactos negativos dos megaeventos superam os benefícios econômicos e sociais alegados. Por isso, é importante que os governos e organizadores considerem cuidadosamente os custos e benefícios reais antes de se comprometerem a sediar tais eventos, garantindo que as comunidades locais sejam protegidas e que os investimentos sejam sustentáveis e benéficos a longo prazo.


TEXTO 1

Muitos jovens acreditam que o vestibular é a maior barreira que enfrentarão em sua vida escolar. No entanto, uma vez conquistada a vaga num curso de graduação, surgem desafios inesperados, que podem desestabilizar o equilíbrio emocional e psíquico dos estudantes: o nível de exigência de algumas disciplinas, o volume de leitura e trabalhos, a adaptação fora da casa dos pais e as dúvidas quanto ao futuro são alguns deles.

De acordo com a psicóloga Débora Menezes da Silva Motta, do Setor de Apoio Psicopedagógico e Inclusão, do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, em Belo Horizonte, um aspecto que favorece o desequilíbrio emocional dos universitários é o fato de eles estarem chegando cada vez mais novos ao ensino superior. “Eles chegam com 17, 18 anos e com 20, 21 estão se formando. Parece que são imaturos, com mais dificuldade de lidar com as frustrações e com a pressão do que as gerações anteriores”, analisa.

(Marta Avancini. Alunos de ensino superior enfrentam ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos,
https://revistaensinosuperior.com.br, 03.04.2019. Adaptado)

TEXTO 2

Conforme pesquisa da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, no Brasil), publicada em 2019, pelo menos 83% dos estudantes de universidades federais brasileiras já enfrentaram alguma questão de ordem emocional – aumento de 3% em relação ao mesmo estudo realizado em 2016.

Ansiedade, depressão e sensação de desamparo são situações recorrentes nos relatos de alunos. A ideia de suicídio passou de 4% em 2016 para 11% na pesquisa mais recente. Adversidades que envolvem todo o histórico de vivências dos alunos, acrescidas de um sobrepeso devido ao modelo acadêmico competitivo e que suscita a busca pela excelência em detrimento de um aprendizado saudável.

Segundo Thaís Sarmento, psicóloga da PRAE (Pró-reitoria de Assuntos Estudantis) da UFRGS, “tanto a saúde quanto a doença mental em suas especificidades são multifatoriais, pois falam de acontecimentos de vida, da carga familiar que se transmite através de padrões de comportamento que aprendemos com a família e das condições de vida de um modo geral”.

Para a psicóloga, o que acontece é que o estresse acadêmico acaba sendo difícil de manejar para muitos estudantes, mas isso não significa que a universidade sozinha esteja causando o adoecimento. São esses conjuntos de vivências anteriores e presentes que acrescidos à tensão das demandas acadêmicas – tanto pelas características delas quanto pela dificuldade em administrá-las – contribuem para um maior sofrimento do jovem.

Para a professora Cristina Neumann, coordenadora da COMGRAD/Medicina, “o estudante é uma amostra da sociedade.

O aumento do sofrimento do universitário tem a ver com a sociedade também, há uma crise absurda no país”.

(Júlia Costa dos Santos. “Como enfrentar o adoecimento mental na universidade: conheça iniciativas de professores e alunos”,
https://www.ufrgs.br/, 10.10.2019. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O ADOECIMENTO PSÍQUICO NO MEIO UNIVERSITÁRIO:

ENTRE O EXCESSO DE EXIGÊNCIAS ACADÊMICAS

E O REFLEXO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

Rascunho Eficiente

Assunto: saúde mental dos estudantes universitários
Tema: o adoecimento psíquico no meio universitário devido às exigências acadêmicas e reflexos sociais
Tese: o aumento das demandas acadêmicas e as pressões sociais contemporâneas contribuem para o adoecimento mental dos universitários
Tópico 1: impacto das exigências acadêmicas na saúde mental dos estudantes
Tópico 2: influência das condições sociais e culturais no bem-estar psicológico dos universitários

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre saúde mental dos estudantes universitários, percebe-se que o adoecimento psíquico é intensificado pelas exigências acadêmicas e reflexos sociais contemporâneos. Nesse contexto, defende-se que o aumento das demandas acadêmicas e as pressões sociais contemporâneas contribuem para o adoecimento mental dos universitários. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto das exigências acadêmicas na saúde mental dos estudantes e a influência das condições sociais e culturais no bem-estar psicológico dos universitários.

Preliminarmente, o impacto das exigências acadêmicas na saúde mental dos estudantes é significativo e preocupante. Conforme especialistas da área de psicologia educacional, o aumento da carga de leitura, prazos apertados para entrega de trabalhos e a pressão por desempenho acadêmico de excelência são fatores que geram estresse e ansiedade nos alunos. Além disso, a falta de preparo emocional para lidar com essas demandas pode levar a quadros de depressão e desamparo. Por exemplo, uma pesquisa da Andifes revelou que 83% dos estudantes de universidades federais já enfrentaram questões emocionais, evidenciando a gravidade do problema.

Ademais, a influência das condições sociais e culturais no bem-estar psicológico dos universitários é igualmente relevante. De acordo com especialistas em Sociologia, a sociedade contemporânea impõe padrões de sucesso e competitividade que afetam diretamente a saúde mental dos jovens. Consequentemente, os estudantes se veem pressionados a corresponder a expectativas externas, muitas vezes inalcançáveis, o que agrava o estresse e a ansiedade. Um exemplo disso é o aumento da ideia de suicídio entre universitários, que passou de 4% para 11% em poucos anos, conforme dados de pesquisas recentes.

Desse modo, percebe-se que as crescentes demandas acadêmicas e pressões sociais contemporâneas são fatores determinantes para o adoecimento mental dos universitários. Por isso, é importante que as instituições de ensino superior implementem programas de apoio psicológico e promovam um ambiente acadêmico mais acolhedor e menos competitivo, além de incentivar a conscientização sobre saúde mental entre os estudantes.


Texto 1

Nos últimos anos, o escritor Monteiro Lobato, criador do clássico infantil brasileiro “Sítio do Picapau Amarelo”, passou a ter a carreira e a obra contestadas. O motivo foi a percepção de que o conteúdo tinha conotação considerada racista. Um dos exemplos de situação de racismo estaria na representação de Tia Nastácia na obra infantojuvenil. Além de expressões preconceituosas destinadas a ela, a personagem foi a única que não passou por nenhuma mudança visual desde o lançamento da primeira história em que aparece, “A menina do narizinho arrebitado”, obra que completou 100 anos em 2020.

A bisneta do autor, Cleo Monteiro Lobato, encontrou um jeito de reparar as citações consideradas racistas de Lobato ao reeditar a obra com adaptações que condizem com o contexto atual. Dessa forma, Cleo fez a supressão de termos tidos como racistas usados para denominar Tia Nastácia na nova coleção de Reinações de Narizinho. “O que eu fiz foi pegar a personagem da Tia Nastácia, que era tratada com a normalidade dos anos 1920 – o que não é normal nem aceitável em 2020 –, e a chamei pelo nome”, conta.

O historiador mineiro Juvenal Lima Gomes vê com bons olhos a reedição feita por Cleo Monteiro Lobato. Ele reforça que atualizações são necessárias para que se reflitam as mudanças ocorridas na sociedade. “Hoje, minha filha terá a oportunidade de ler Lobato se deparando com personagens que não serão caracterizados pela pele, mas pelo papel no enredo. Isso é valioso”, completa.

(Adriana Izel. Bisneta suprime termos racistas em reedição da obra de Monteiro Lobato. www.correiobraziliense.com.br, 19.12.2020. Adaptado)

Texto 2

Monteiro Lobato, que criou os personagens da obra “Sítio do Picapau Amarelo”, é um dos autores mais lidos por nossas crianças. Um problema, porém, tem incomodado pais e professores: o suposto racismo que volta e meia aparece nas histórias fantásticas de Pedrinho, Narizinho, Emília, Visconde, Dona Benta e Tia Nastácia.

Isso, no entanto, não quer dizer que os livros não devam ser lidos nas escolas, nem que essas passagens precisem ser reeditadas e tiradas dos textos. Toda obra de arte, afinal de contas, reflete os valores e o pensamento de uma determinada época – e também os preconceitos e as ideias que hoje parecem claramente erradas. Os livros podem trazer notas de esclarecimento, e os professores precisam estar preparados para explicar o que está escrito.

(Racismo no Sítio. https://agora.folha.uol.com.br, 27.12.2020. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

A reedição da obra de Monteiro Lobato para crianças:

entre a reparação e a representação de uma época

Rascunho Eficiente

Assunto: Reedição de obras literárias
Tema: Atualização das obras de Monteiro Lobato para refletir mudanças sociais
Tese: A reedição das obras de Monteiro Lobato é necessária para reparar preconceitos e preservar o contexto histórico
Tópico 1: Importância da atualização das obras para eliminar preconceitos
Tópico 2: Preservação do contexto histórico e educativo das obras literárias

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre reedição de obras literárias, percebe-se que a atualização das obras de Monteiro Lobato para refletir mudanças sociais é um tema relevante e necessário. Nesse contexto, defende-se que a reedição das obras de Monteiro Lobato é necessária para reparar preconceitos e preservar o contexto histórico. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da atualização das obras para eliminar preconceitos e a preservação do contexto histórico e educativo das obras literárias.

Preliminarmente, a atualização das obras de Monteiro Lobato é essencial para eliminar preconceitos raciais e sociais que não são mais aceitáveis nos dias de hoje. Segundo especialistas em literatura infantil, a reedição das obras com a remoção de termos racistas permite que novas gerações tenham acesso a essas histórias sem serem expostas a conteúdos prejudiciais. Além disso, essa atualização promove um ambiente de leitura mais inclusivo e respeitoso para todas as crianças. Por exemplo, a personagem Tia Nastácia, que antes era retratada de forma pejorativa, agora pode ser vista sob uma nova luz, valorizando seu papel na narrativa sem estigmatizações.

Ademais, é crucial preservar o contexto histórico e educativo das obras literárias, mesmo ao realizar atualizações. Conforme argumentam historiadores e educadores, as obras de Monteiro Lobato são um reflexo de seu tempo e, como tal, oferecem uma oportunidade única para discutir e entender os valores e preconceitos da época em que foram escritas. Dessa forma, ao incluir notas de esclarecimento e promover debates em sala de aula, os educadores podem usar essas obras como ferramentas para ensinar sobre a evolução dos valores sociais. Por exemplo, discussões sobre as mudanças nas representações sociais ao longo do tempo podem enriquecer o aprendizado dos alunos, promovendo uma compreensão crítica da história.

Desse modo, percebe-se que a reedição das obras de Monteiro Lobato é necessária para reparar preconceitos e preservar o contexto histórico. Por isso, é importante que editoras e educadores trabalhem juntos para atualizar as obras de forma responsável, garantindo que as novas edições respeitem tanto a sensibilidade contemporânea quanto o valor histórico e educativo das narrativas originais.


A guerra entre a Rússia e a Ucrânia trouxe alguns problemas para o Brasil, a maioria relacionada ao terreno econômico, como o aumento do preço dos combustíveis, a elevação geral dos preços, em particular dos produtos derivados do trigo, e a dificuldade de obter fertilizantes que sustentem nosso agronegócio. Diante da dificuldade de obterem-se esses fertilizantes, passou-se a discutir a necessidade de o Brasil vir a produzir tais produtos, mas ocorre que a grande parte da sua matéria-prima básica está em terras de proteção ambiental e não há permissão oficial para sua exploração.

Num texto discursivo-argumentativo, em língua portuguesa culta, você deve explorar o assunto, mostrando o conhecimento do tema e argumentando sobre quais seriam as soluções para esse entrave sobre a possibilidade ou não de poder-se utilizar essa matéria-prima disponível em nosso território.

 

Rascunho Eficiente

Assunto: Impactos econômicos da guerra Rússia-Ucrânia no Brasil
Tema: Produção de fertilizantes no Brasil e restrições ambientais
Tese: É necessário buscar soluções sustentáveis para a produção de fertilizantes, respeitando as áreas de proteção ambiental
Tópico 1: Importância da autossuficiência em fertilizantes para o agronegócio brasileiro
Tópico 2: Desafios e soluções para conciliar produção de fertilizantes e preservação ambiental

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre os impactos da guerra Rússia-Ucrânia na economia brasileita, percebe-se que um dos grandes desafios está relacionado com a produção de fertilizantes no Brasil devido às restrições ambientais. Nesse contexto, defende-se que é necessário buscar soluções sustentáveis para a produção de fertilizantes, respeitando as áreas de proteção ambiental. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da autossuficiência em fertilizantes para o agronegócio brasileiro e os desafios e soluções para conciliar produção de fertilizantes e preservação ambiental.

Preliminarmente, a autossuficiência em fertilizantes é crucial para o agronegócio brasileiro, que é um dos pilares da economia nacional. Segundo especialistas do setor agrícola, a dependência de importações torna o Brasil vulnerável a crises internacionais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afeta diretamente o fornecimento de insumos essenciais. Além disso, a produção interna de fertilizantes poderia reduzir custos e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional. Por exemplo, a produção de fertilizantes a partir de fontes alternativas, como resíduos orgânicos, poderia ser uma solução viável e sustentável.

Ademais, os desafios para conciliar a produção de fertilizantes com a preservação ambiental são significativos, mas não intransponíveis. De acordo com estudos ambientais, é possível desenvolver tecnologias que minimizem o impacto ambiental da extração de matérias-primas, como o uso de técnicas de mineração sustentável e a recuperação de áreas degradadas. Além disso, a implementação de políticas públicas que incentivem a pesquisa e o desenvolvimento de fertilizantes ecológicos pode ser uma estratégia eficaz. Um exemplo disso é a criação de parcerias entre universidades, empresas e o governo para fomentar inovações no setor.

Desse modo, percebe-se que buscar soluções sustentáveis para a produção de fertilizantes é essencial para garantir a segurança econômica e ambiental do Brasil. Por isso, é importante que o governo incentive a pesquisa em tecnologias sustentáveis e promova políticas que equilibrem o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental.


Com a proximidade das eleições, um tema de discussão se espalhou por todo o país: a necessidade, ou não, de impedir-se a propaganda enganosa, as famosas fake-news, que podem provir de todos os lados. Surgiram, então, outras questões: o que são, de fato, essas notícias enganosas? Quem vai decidir o que é ou não é uma propaganda enganosa? Essas falsas notícias são realmente importantes para a votação? O que fazer com os divulgadores dessas notícias? Que providências podem ser tomadas para que elas acabem ou, pelo menos, se reduzam em número?

Num texto discursivo-argumentativo, em língua portuguesa culta, você vai expor suas ideias sobre o tema, procurando, de forma organizada, responder às questões propostas ou a outras que lhe possam surgir.

Rascunho Eficiente

Assunto: Desinformação nas eleições
Tema: Impacto das "fake news" no processo eleitoral
Tese: A regulamentação e controle das "fake news" são essenciais para garantir a integridade das eleições
Tópico 1: Definição e identificação de "fake news"
Tópico 2: Consequências das "fake news" e medidas de combate

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre desinformação nas eleições, percebe-se que o impacto das "fake news" no processo eleitoral é significativo e preocupante. Nesse contexto, defende-se que a regulamentação e controle das notícias falsas são essenciais para garantir a integridade das eleições. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a definição e identificação de "fake news" e as consequências dessas notícias, bem como as medidas de combate.

Preliminarmente, é crucial entender o que caracteriza uma "fake news" e como identificá-la. De acordo com especialistas em comunicação, "fake news" são informações falsas ou enganosas criadas para manipular a opinião pública ou gerar desinformação. Além disso, essas notícias são frequentemente disseminadas em redes sociais devido à sua capacidade de alcançar rapidamente um grande número de pessoas. Por exemplo, durante as eleições, rumores infundados sobre candidatos podem se espalhar rapidamente, influenciando negativamente a percepção dos eleitores.

Ademais, as consequências das "fake news" são profundas e exigem medidas eficazes de combate. Conforme relatado por estudiosos do comportamento eleitoral, essas notícias podem distorcer o debate político, polarizar a sociedade e, em última instância, afetar o resultado das eleições. Portanto, é necessário implementar estratégias como a educação midiática, o fortalecimento de agências de verificação de fatos e a criação de legislações específicas para punir a disseminação intencional de desinformação. Um exemplo disso é a iniciativa de alguns países que adotaram leis mais rigorosas para responsabilizar plataformas digitais e indivíduos que propagam "fake news".

Desse modo, percebe-se que a regulamentação e controle das "fake news" são fundamentais para proteger a integridade do processo eleitoral. Por isso, é importante que governos, sociedade civil e empresas de tecnologia colaborem para implementar medidas eficazes de combate à desinformação, garantindo assim eleições mais justas e transparentes.


Texto 1

No Brasil, todo trabalhador contratado com carteira assinada, ou seja, numa relação de emprego, tem a jornada de trabalho estipulada no contrato de trabalho. A lei exige que fique clara, por escrito, a duração do trabalho que esse profissional terá de cumprir diariamente.
A Constituição da República, em seu artigo 7º, inciso XIII, inclui, entre os direitos dos trabalhadores, a “duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”. Contudo, a legislação trabalhista brasileira permite que os empregados prestem até duas horas a mais de trabalho por dia mediante acordo individual, convenção ou acordo coletivo. Essas horas além da jornada devem ser pagas com adicional de pelo menos 50% do valor da hora normal ou compensadas por meio de banco de horas.

(“Jornada de trabalho: conheça as particularidades”. www.tst.jus.br. Adaptado)

Texto 2

Não é possível mudar o mundo trabalhando 40 horas por semana. Essa é a opinião de Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, que declarou ser preciso trabalhar ao menos 80 horas por semana, caso o objetivo do indivíduo seja mudar o mundo. “Há lugares muito mais fáceis de se trabalhar, mas ninguém mudou o mundo trabalhando 40 horas por semana, isto é, 8 horas por dia”, disse o executivo em um tweet, o qual completou dizendo que suas empresas são lugares para “fazer acontecer”.
Depois ele foi questionado sobre qual a quantidade ideal de horas de trabalho. Para Elon Musk, a fórmula ideal parte de 80 horas semanais, podendo chegar a até 100. Contudo, ele fez o alerta de que o “nível de dor” aumenta acima de 80 horas de trabalho na semana. A declaração foi feita após Musk afirmar em entrevista que, durante o ápice da crise de produção do Model 3 da Tesla, ele trabalhou 120 horas por semana, enquanto todo o resto da empresa fez um expediente de 100 horas semanais.
Durante o período, ele declarou que a empresa esteve perto da falência e que o esforço foi necessário para salvar a Tesla. O empresário escreveu via Twitter: “a empresa estava sangrando dinheiro enlouquecidamente e, se não resolvêssemos os problemas, em muito pouco tempo, morreríamos”. As histórias sobre a rotina de trabalho de Musk e da fábrica da Tesla já se tornaram lendas na indústria, com muitas horas de trabalho, funcionários dormindo em seus carros e falta de banheiros.

(“Elon Musk: não é possível mudar o mundo trabalhando 40 horas por semana”. www.istoedinheiro.com.br, 31.11.2018. Adaptado)

Texto 3

A ação do novo coronavírus pelo mundo acelerou profundas transformações na maneira como nos relacionamos com o que se chama trabalho. A jornada de quatro dias laborais já é uma realidade testada na Holanda e na Nova Zelândia. Já no território europeu, por exemplo, a média de horas semanais trabalhadas é de 30, muito abaixo das que o trabalhador brasileiro está acostumado a cumprir.
Para o jornalista britânico David Baker, um dos membros sêniores da The School of Life, em Londres, estamos sendo empurrados para uma mudança de visão de mundo segundo a qual faz mais sentido dedicar horas do dia, e da vida como um todo, a atividades que nos deem prazer do que a cargas horárias de trabalho lotadas de procrastinação e com pouco resultado prático. David ainda acrescenta: “hoje, começamos a perceber, por exemplo, que muito do que as pessoas fazem no horário de trabalho é improdutivo. Isso levou a um movimento a favor de uma atividade laboral ‘mais inteligente’, durante a qual se executam as tarefas que realmente importam, de maneira mais ágil, e por um período mais curto”.

(Luciana Borges. “Mudanças à vista: 40 horas de trabalho semanais nunca mais?”. www.consumidormoderno.com.br, 31.07.2020. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O trabalho no mundo contemporâneo: entre a quantidade de horas trabalhadas e a produção de resultados

Rascunho Eficiente

Assunto: jornada de trabalho e produtividade
Tema: a relação entre a quantidade de horas trabalhadas e a produção de resultados no mundo contemporâneo
Tese: a eficiência e a qualidade do trabalho não estão necessariamente ligadas ao número de horas trabalhadas, mas sim à gestão inteligente do tempo e das tarefas
Tópico 1: a importância da gestão eficiente do tempo e das tarefas
Tópico 2: o impacto da redução da jornada de trabalho na produtividade e bem-estar dos trabalhadores

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre jornada de trabalho e produtividade, percebe-se que a relação entre a quantidade de horas trabalhadas e a produção de resultados no mundo contemporâneo é complexa e multifacetada. Nesse contexto, defende-se que a eficiência e a qualidade do trabalho não estão necessariamente ligadas ao número de horas trabalhadas, mas sim à gestão inteligente do tempo e das tarefas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da gestão eficiente do tempo e das tarefas e o impacto da redução da jornada de trabalho na produtividade e bem-estar dos trabalhadores.

Preliminarmente, a gestão eficiente do tempo e das tarefas é crucial para maximizar a produtividade e a qualidade do trabalho. De acordo com especialistas em produtividade, a capacidade de priorizar tarefas e eliminar atividades improdutivas pode aumentar significativamente os resultados, independentemente do número de horas trabalhadas. Além disso, a implementação de técnicas como "time blocking" e o uso de ferramentas de gestão de projetos podem ajudar a otimizar o tempo disponível. Por exemplo, empresas que adotam metodologias ágeis frequentemente relatam melhorias na eficiência e na satisfação dos funcionários.

Ademais, a redução da jornada de trabalho pode ter um impacto positivo na produtividade e no bem-estar dos trabalhadores. Estudos realizados em países que adotaram jornadas reduzidas, como a Holanda e a Nova Zelândia, mostram que trabalhadores mais descansados e satisfeitos tendem a ser mais criativos e eficientes. Consequentemente, essas mudanças podem levar a um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo. Um exemplo disso é o caso de empresas que adotaram a semana de quatro dias e observaram um aumento na produtividade e na satisfação dos funcionários.

Desse modo, percebe-se que a eficiência no trabalho está mais relacionada à gestão do tempo e das tarefas do que ao número de horas trabalhadas. Por isso, é importante que empresas e trabalhadores busquem estratégias para otimizar o tempo e promover um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.


Texto 1

De acordo com um levantamento divulgado, o ano de 2019 foi o 2º mais quente desde que as temperaturas globais começaram a ser registradas, há 140 anos, e a última década teve 5 dos anos mais tórridos de que se tem notícia. As informações foram compiladas pela NASA e pela NOAA (National Oceanographic and Atmospheric Administration), órgão governamental dos EUA para assuntos relacionados com a meteorologia, os oceanos, a atmosfera e o clima – e tudo indica que os próximos 10 anos não deverão ser muito melhores.

(Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/

ciencia/113188-aquecimento-global-2019-foi-o-2-ano-mais-quente-ja-registrado.htm. Adaptado)

Texto 2

Os indícios de que o aquecimento global seja causado pelo homem atingiram um nível de certeza “padrão-ouro”, o que aumenta a pressão por cortes de gases de efeito estufa para limitar a elevação das temperaturas, disseram cientistas.

“A humanidade não pode se dar ao luxo de ignorar sinais tão claros”, escreveu a equipe liderada por norte-americanos no periódico científico Nature Climate Change, com base em medições de satélite sobre aumentos das temperaturas nos últimos 40 anos. Eles disseram que a crença de que atividades humanas estão aumentando o calor na superfície da Terra chegou ao nível dos “5 sigma”, uma medida estatística que significa só existir uma chance em um milhão de que o sinal apareceria se não houvesse aquecimento.

Benjamin Santer, principal autor do estudo que atua no Laboratório Nacional Lawrence Livermore da Califórnia, disse esperar que as descobertas convençam os céticos e deem ensejo a ações. “A narrativa lá fora de que os cientistas não sabem a causa da mudança climática está errada”, disse ele à Reuters. “Nós sabemos.”

A maioria dos cientistas sustenta que a queima de combustíveis fósseis está causando mais enchentes, secas, ondas de calor e a elevação do nível dos mares.

(Disponível em: https://exame.abril.com.br/ciencia/provas

-de-aquecimento-global-causado-pelo-homem-atingem-padrao-ouro. Adaptado)

Texto 3

Ao contrário do que diz o ex-vice-presidente americano Al Gore, a “verdade inconveniente” não seria a do aquecimento global, mas a constatação de que a emissão de CO2 pela atividade humana não afeta o clima da Terra. As mudanças climáticas são causadas pelas atividades solares e pela temperatura dos oceanos.

O economista James Shikwati afirma que “países ricos invocam a ameaça de desastres climáticos para impedir o progresso industrial do mundo em desenvolvimento. Estão interessados em matar o sonho africano, que é desenvolver-se”. Para produzir energia e superar a miséria, países pobres teriam que usar combustíveis fósseis. Vale lembrar que o presidente russo, Vladimir Putin, já apontou o aquecimento global como arma econômica.

A tese do aquecimento global antropogênico* teria motivação econômica e não científica. Até porque países como a China e os EUA sempre relutaram em assinar protocolos que visassem reduzir a emissão de gás carbônico. Enquanto isso, a Alemanha é o país mais poluidor da União Europeia.

O não aquecimento global tem adeptos no Brasil, como o físico e meteorologista Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas. Ele garante que o clima da Terra é modulado pelo Sol e que estamos às vésperas de uma nova idade glacial, devido à redução das atividades solares.

(Disponível em: https://domtotal.com/artigo/8304/2019/08/a-polemica-do-co2/. Adaptado)

* Antropogênico: relativo à antropogenia, à ciência que se dedica à geração humana, aos processos de reprodução humana.

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Aquecimento Global: fenômeno provocado pelos humanos ou mentira utilizada como arma econômica?

Rascunho Eficiente

Assunto: Aquecimento global e suas causas
Tema: Aquecimento global: fenômeno provocado pelos humanos ou mentira utilizada como arma econômica?
Tese: O aquecimento global é um fenômeno real e amplamente comprovado pela ciência, causado principalmente pelas atividades humanas.
Tópico 1: Evidências científicas do aquecimento global antropogênico
Tópico 2: Consequências econômicas e sociais da negação do aquecimento global

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre aquecimento global e suas causas, defende-se que ele é um fenômeno real e amplamente comprovado pela ciência, causado principalmente pelas atividades humanas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar evidências científicas do aquecimento global antropogênico e consequências econômicas e sociais da negação do aquecimento global.

Preliminarmente, as evidências científicas do aquecimento global antropogênico são contundentes e inegáveis. Conforme estudos realizados por instituições renomadas, o aumento das temperaturas globais nos últimos anos tem sido atribuído principalmente à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento, que elevam os níveis de gases de efeito estufa na atmosfera. Ademais, a análise de dados de satélites e modelos climáticos reforçam a correlação entre atividades humanas e mudanças climáticas. Por exemplo, o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) destaca que há mais de 95% de certeza de que as atividades humanas são a principal causa do aquecimento observado desde meados do século XX.

Além disso, as consequências econômicas e sociais da negação do aquecimento global são preocupantes e amplas. Segundo especialistas em economia e meio ambiente, ignorar as evidências do aquecimento global pode resultar em desastres naturais mais frequentes e intensos, como enchentes e secas, que causam prejuízos econômicos significativos e afetam a segurança alimentar e hídrica. Além disso, a resistência em adotar políticas de redução de emissões de carbono pode atrasar o desenvolvimento sustentável e agravar desigualdades sociais. Por exemplo, a falta de ação climática pode levar a migrações em massa devido a condições climáticas extremas, pressionando ainda mais os recursos de países em desenvolvimento.

Desse modo, percebe-se que o aquecimento global é um fenômeno comprovado e impulsionado por ações humanas, cuja negação pode ter consequências desastrosas. Por isso, é importante que governos e sociedade civil trabalhem juntos para implementar políticas eficazes de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, promovendo a conscientização e a educação ambiental.


Texto 1

Boa parte dos consumidores já comprou um produto ou contratou um serviço que não atendeu às suas expectativas. Em casos mais graves, apenas uma reclamação pública na Internet consegue trazer o dinheiro de volta ou garantir a troca por um produto novo. Uma maneira de reivindicar um direito, quando a empresa não dá atenção à demanda, é utilizar sites criados para atender às reclamações. O consumidor cadastra sua reclamação e a empresa responsável pelo produto ou serviço recebe uma notificação do problema, cabendo a ela responder e resolver o chamado.

Uma reclamação on-line pode ser bastante eficaz para a preservação do direito do consumidor, já que dificilmente uma empresa vai desejar ter o seu nome relacionado a problemas em páginas públicas de internet, causando má impressão para seus atuais e futuros consumidores.

(Henrique Duarte. “Quais são e como funcionam os sites de reclamações na Internet”. www.techtudo.com.br, 24.11.2016. Adaptado)

Texto 2

O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina manteve sentença de primeira instância que negou pedido de indenização por danos morais em razão de comentários em site de defesa do consumidor. Uma oficina mecânica de Santa Catarina alegou que críticas a seu estabelecimento feitas num site ultrapassaram a razoabilidade e que as solicitações dos clientes já teriam sido resolvidas. Dessa forma, a oficina ajuizou a ação contra o site pedindo a remoção do conteúdo e a indenização por danos morais. O desembargador Marcus Sartorato, relator da ação, entendeu que as reclamações dos consumidores estão dentro dos limites da liberdade de expressão e se inserem na legítima tentativa de resolver problemas sem a necessidade de acionar a Justiça. Assim, o magistrado, confirmando decisão de primeiro grau, negou os pedidos de remoção de conteúdo e de danos morais.

(“TJ-SC decide que reclamações no ReclameAqui não geram indenização por danos morais”. www.internetlab.org, 18.02.2019. Adaptado)

Texto 3

Atualmente, em tempos de avanço tecnológico, muitos consumidores têm utilizado a Internet para expressar insatisfação com os produtos adquiridos ou serviços prestados, às vezes, de forma exagerada, passional e sem filtro, inclusive em publicações, sobre serviços e produtos, postadas em sites de reclamação.

É importante destacar que existe uma linha muito tênue entre a liberdade de expressão e a ofensa à honra e à imagem que separa o direito do consumidor e do fornecedor. Existem, inclusive, diversas decisões, no Tribunal de Justiça de São Paulo, condenando os consumidores ao pagamento de indenização por danos morais aos fornecedores em razão de críticas que extrapolaram os limites da liberdade de expressão. Por essa razão, ao fazer uma reclamação nas redes sociais, o consumidor deve atentar, em primeiro lugar, para o cuidado em relação às postagens agressivas e difamatórias, notadamente aquelas escritas no “calor” da emoção, como uma forma de desabafo.

(Andréa R. Kaplan. “Os limites para a reclamação do consumidor nas redes sociais”. www.conjur.com.br, 30.11.2018. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Postagens difamatórias em sites de reclamação: entre a liberdade de
expressão do consumidor e os prejuízos causados às empresas

Rascunho Eficiente

Assunto: Reclamações de consumidores na internet
Tema: Postagens difamatórias em sites de reclamação e seus impactos
Tese: A liberdade de expressão dos consumidores deve ser equilibrada com a proteção da reputação das empresas
Tópico 1: Importância da liberdade de expressão para o consumidor
Tópico 2: Limites da liberdade de expressão e consequências para as empresas

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre reclamações de consumidores na internet, percebe-se que as postagens difamatórias em sites de reclamação podem afetar tanto a liberdade de expressão do consumidor quanto causar prejuízos às empresas. Nesse contexto, defende-se que a liberdade de expressão dos consumidores deve ser equilibrada com a proteção da reputação das empresas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da liberdade de expressão para o consumidor e os limites dessa liberdade e suas consequências para as empresas.

Preliminarmente, a liberdade de expressão é um direito fundamental que permite aos consumidores expressarem suas insatisfações, o que é crucial para a transparência e melhoria dos serviços. De acordo com especialistas em Direitos do Consumidor, essa liberdade permite que os consumidores compartilhem experiências negativas, pressionando as empresas a melhorarem seus produtos e serviços. Além disso, as plataformas de reclamação "online" oferecem um espaço acessível para que os consumidores exerçam esse direito sem precisar recorrer ao sistema judicial. Por exemplo, sites como o ReclameAqui têm se mostrado eficazes na resolução de problemas de consumo, muitas vezes mais rapidamente do que processos judiciais.

Por outro lado, é necessário estabelecer limites para a liberdade de expressão a fim de evitar danos à reputação das empresas. Conforme apontado por juristas, críticas que ultrapassam o limite da razoabilidade podem ser consideradas difamatórias, gerando prejuízos financeiros e de imagem para as empresas. Ademais, a linha entre uma crítica legítima e uma ofensa é tênue, e cabe ao consumidor ter cuidado ao expressar suas opiniões. Um exemplo disso são as decisões judiciais que condenam consumidores por danos morais quando suas reclamações extrapolam os limites aceitáveis.

Desse modo, percebe-se que é essencial encontrar um equilíbrio entre a liberdade de expressão dos consumidores e a proteção da reputação das empresas. Por isso, é importante que haja conscientização sobre os limites da liberdade de expressão e que as plataformas de reclamação ofereçam diretrizes claras para postagens, promovendo um ambiente justo para consumidores e empresas.


Texto 1

Sophia Betoni, de 8 anos, foi a primeira a chegar à fila, com uma hora e meia de antecedência. À frente de dezenas de crianças, a menina só foi embora depois de conversar com seu grande ídolo – na saída, mal conseguia falar de tanta emoção. O motivo para as lágrimas de Sophia era o encontro com Julia Silva, de 10 anos, um dos grandes fenômenos entre os “youtubers mirins” no Brasil. Julia, que mora em Itajubá (MG), tem 470 mil seguidores, e o seu canal está entre os cem maiores do portal no país.

Encontros como esse reúnem crianças que mantêm canais no YouTube e gravam vídeos com dicas de brincadeiras, ideias de desafios para fazer com os amigos, tutoriais de maquiagem, relatos de viagens, dentre outras atividades. Essas crianças fazem parte de um contexto maior, envolvendo pessoas que criam vídeos e acabam se tornando celebridades para públicos específicos. Alvaro Paes de Barros, diretor de conteúdo do YouTube no Brasil, afirma que uma das razões para o fenômeno é a interação entre os pequenos. “Eles falam exatamente o que é importante para crianças, da forma como as crianças falam”.

Amanda Carvalho, de 10 anos, dona de um canal com 70 mil seguidores, foi levada pela mãe a um psicólogo quando seus vídeos começaram a ser vistos por mais pessoas. “A criança pode ser bajulada hoje e, amanhã, ninguém lembrar que ela existe, pois as relações na internet são voláteis. É importante prepará-la para esse choque”, alerta a psicóloga Olga Tessari.

(Júlia Barbon e Mateus Luiz de Souza. Crianças ficam famosas com vídeos no YouTube e
precisam lidar com fãs. www1.folha.uol.com.br, 03.08.2015. Adaptado)

Texto 2

A tecnologia é considerada como mais uma forma de lazer, uma nova maneira de comunicação entre colegas, natural e totalmente integrada no dia a dia. As crianças usam a mídia porque a acham divertida, excitante e imaginativa, e esse uso as faz se sentirem incluídas em meio às pessoas e aos acontecimentos.

A troca de experiências e a interação entre as crianças, por meio das mídias digitais, como o YouTube, contribuem para a formação e o desenvolvimento da infância, por permitirem a autoexpressão infantil. Em função dessa liberdade de expressão em mídias interativas, crianças e adolescentes são estimulados a desenvolver suas habilidades criativas, além de reconhecerem que sua voz, opiniões e produções têm valor. Em termos psicológicos, há crianças que se beneficiam de interações on-line quando para elas é bastante difícil iniciar essa interação ao vivo. Sendo assim, as mídias de vídeo, por exemplo, podem estimular o relacionamento interpessoal.

(Gabriela A. Costa, Anamaria A. A. Chagas, Eli H. P. B. Chagas. Benefícios da tecnologia para
crianças e adolescentes. http://blog.smp.org.br, 05.11.2016. Adaptado)

Texto 3

Ainda que muitas crianças sonhem em conquistar a fama por meio do YouTube, especialistas alertam que é preciso ficar atento para que isso não prejudique o desenvolvimento delas.

Segundo o psicólogo e pesquisador Cristian Nabuco, do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), estudos indicam que a fama pode forçar as crianças a amadurecer mais rápido por serem expostas a um ambiente tipicamente adulto, o qual é mais propício à sexualização e à exposição a conteúdos violentos.

(Letícia Fuentes. Crianças agora buscam ‘carreira’ de youtuber. https://veja.abril.com.br, 30.03.2018. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Youtubers mirins: deve-se incentivar ou inibir
a produção de vídeos para o YouTube feita por crianças?

Rascunho Eficiente

Assunto: Produção de vídeos por crianças no YouTube
Tema: Incentivar ou inibir a criação de conteúdo por crianças na plataforma de vídeos
Tese: É necessário um equilíbrio entre incentivo e proteção no uso do YouTube por crianças
Tópico 1: Benefícios do uso do YouTube para o desenvolvimento infantil
Tópico 2: Riscos associados à exposição precoce à fama e conteúdos inadequados

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre direito infantil, percebe-se que a criação de conteúdo por crianças na plataforma de vídeos é um fenômeno crescente e complexo. Nesse contexto, defende-se que é necessário um equilíbrio entre incentivo e proteção no uso do YouTube por crianças. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os benefícios do uso do YouTube para o desenvolvimento infantil e os riscos associados à exposição precoce à fama e conteúdos inadequados.

Preliminarmente, os benefícios do uso do YouTube para o desenvolvimento infantil são significativos. Conforme especialistas em desenvolvimento infantil, a plataforma oferece um espaço para a autoexpressão e criatividade, permitindo que crianças desenvolvam habilidades comunicativas e artísticas. Além disso, o YouTube pode ser uma ferramenta de inclusão, especialmente para crianças que encontram dificuldades em interações sociais presenciais. Por exemplo, crianças tímidas podem encontrar no ambiente virtual uma forma de expressar suas ideias e se conectar com outras pessoas de maneira segura e controlada.

Por outro lado, os riscos associados à exposição precoce à fama e conteúdos inadequados são preocupantes. De acordo com psicólogos e pesquisadores, a fama pode levar a um amadurecimento precoce, expondo as crianças a ambientes adultos e potencialmente prejudiciais. Ademais, a volatilidade das relações na internet pode impactar negativamente a autoestima e o bem-estar emocional das crianças. Um exemplo disso é a possibilidade de exposição a "cyberbullying" e críticas severas, que podem ser difíceis de lidar para uma criança em desenvolvimento.

Desse modo, percebe-se que é crucial encontrar um equilíbrio entre incentivar a criatividade infantil e proteger as crianças dos riscos associados ao uso do YouTube. Por isso, é importante que pais e educadores monitorem o conteúdo consumido e produzido pelas crianças, além de promoverem um diálogo aberto sobre os desafios e responsabilidades do ambiente virtual.