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Observe o seguinte texto do filósofo Friedrich Nietzsche:

“Buscar trabalho pelo salário – nisso quase todos os homens dos países civilizados são iguais; para eles o trabalho é um meio, não um fim em si; e por isso são pouco refinados na escolha do trabalho, desde que proporcione uma boa renda. Mas existem seres raros, que preferem morrer a trabalhar sem ter prazer no trabalho: são aqueles seletivos, difíceis de satisfazer, aos quais não serve uma boa renda, se o trabalho mesmo não for a maior de todas as rendas. A essa rara espécie de homem pertencem os artistas e contemplativos de todos os gêneros, mas também os ociosos que passam a vida a caçar, em viagens, em atividades amorosas e aventuras. Todos estes querem o trabalho e a necessidade enquanto estejam associados ao prazer, e até o mais duro e difícil trabalho, se tiver de ser. De outro modo são de uma resoluta indolência, ainda que ela traga miséria, desonra, perigo para a saúde e a vida. Não é o tédio que eles tanto receiam, mas o trabalho sem prazer; necessitam mesmo de muito tédio, para serem bem-sucedidos no seu trabalho”. (1882)

Esse texto trata das relações das pessoas com o trabalho no século XIX. E você, qual a sua visão acerca do trabalho em sua vida? Como você o encara? Diga o que pensa a respeito, num texto dissertativo-argumentativo, em linguagem culta.

Rascunho Eficiente

Assunto: Relação das pessoas com o trabalho
Tema: Perspectivas pessoais sobre o trabalho
Tese: O trabalho deve ser encarado como uma fonte de realização pessoal e não apenas como um meio de subsistência
Tópico 1: Importância do prazer no trabalho
Tópico 2: Consequências de uma visão utilitarista do trabalho

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre relação sociais, percebe-se que as perspectivas pessoais sobre o trabalho variam significativamente entre os indivíduos. Nesse contexto, defende-se que o trabalho deve ser encarado como uma fonte de realização pessoal e não apenas como um meio de subsistência. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância do prazer no trabalho e as consequências de uma visão utilitarista do trabalho.

Preliminarmente, a importância do prazer no trabalho é fundamental para o bem-estar e a satisfação pessoal. Segundo alguns filósofos, o estado de "fluxo", onde o indivíduo está completamente imerso e satisfeito com sua atividade, é essencial para a felicidade. Além disso, trabalhar em algo que se ama pode aumentar a produtividade e a criatividade. Por exemplo, muitos artistas relatam que sua paixão pelo que fazem é o que os impulsiona a superar desafios e alcançar o sucesso.

Ademais, as consequências de uma visão utilitarista do trabalho podem ser prejudiciais a longo prazo. De acordo com estudos de Psicologia Organizacional, trabalhar apenas pelo salário pode levar ao esgotamento e à insatisfação. Consequentemente, isso pode resultar em alta rotatividade de funcionários e menor comprometimento com a empresa. Um exemplo disso é observado em empresas que não oferecem um ambiente de trabalho estimulante, onde os colaboradores frequentemente buscam novas oportunidades.

Desse modo, percebe-se que o trabalho deve ser visto como uma fonte de satisfação e não apenas uma obrigação. Por isso, é importante que as organizações incentivem um ambiente de trabalho que valorize o bem-estar e a realização pessoal dos colaboradores.


Disse um pensador que “Todos correm atrás da riqueza, mas a riqueza está correndo atrás de todos”, mostrando a ambição de todos os homens de se tornarem ricos.

Sobre esse tema, leia com atenção os textos a seguir.

“Se a riqueza for colocada numa escala de valores, desde o homem mais rico do mundo até aquele que busca um prato de comida, uma coberta para cobrir-se e um abrigo seguro, todos buscam a riqueza, indistintamente. Por riqueza entende-se aquilo que se tem em grande quantidade, em abundância, em fartura; algo que possui grande valor; tudo quanto é capaz de satisfazer as necessidades humanas (Aurélio).”

“Segundo a noção de riqueza proposta por Toffler, a pessoa que tem saúde, que tem educação, que tem o respeito daqueles que ela respeita, que tem uma família que a ama, a ajuda e lhe dá apoio (ou que tem outros bens intangíveis de que ela precisa ou que quer) – essa pessoa tem considerável riqueza, mesmo que ela seja desprovida de bens materiais e financeiros.”

“Os jovens brasileiros já demonstram dominar conceitos básicos de educação financeira e de como gastar o dinheiro pensando no futuro. A mais recente pesquisa do C6 Bank/Datafolha indicou, por exemplo, que 50% dos meninos e meninas de 12 a 17 anos usariam o dinheiro de um empréstimo para empreender. Outros 42% se endividariam para pagar um curso no exterior, enquanto menos de 15% aceitariam fazer uma dívida para comprar computadores ou celulares, para se dar um presente ou fazer um tratamento estético.”

Afinal de contas, o que é a riqueza pretendida por todos? O que fazer para alcançá-la?

Num texto dissertativo-argumentativo, exponha, em linguagem culta, suas ideias sobre o tema proposto, dando especial atenção à organização estrutural do texto e aos argumentos apresentados em defesa de suas ideias.

Rascunho Eficiente

Assunto: conquistas pessoais
Tema: a busca incessante pela riqueza e seu verdadeiro significado
Tese: a verdadeira riqueza transcende bens materiais e está ligada a valores intangíveis
Tópico 1: a concepção tradicional de riqueza e suas limitações
Tópico 2: a importância dos bens intangíveis na definição de riqueza

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre conquistas pessoais, percebe-se que a busca incessante pela riqueza e seu verdadeiro significado é um tema complexo e multifacetado. Nesse contexto, defende-se que a verdadeira riqueza transcende bens materiais e está ligada a valores intangíveis. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a concepção tradicional de riqueza e suas limitações e a importância dos bens intangíveis na definição de riqueza.

Preliminarmente, a concepção tradicional de riqueza, frequentemente associada a bens materiais e financeiros, apresenta limitações significativas. De acordo com especialistas em economia comportamental, a busca por bens materiais muitas vezes não resulta em satisfação duradoura, pois a felicidade associada a aquisições materiais tende a ser efêmera. Além disso, a obsessão por acumular riquezas pode levar a um ciclo interminável de insatisfação e comparação social. Por exemplo, estudos mostram que, após certo ponto, aumentos na renda não se traduzem em aumentos proporcionais na felicidade.

Ademais, a importância dos bens intangíveis, como saúde, educação e relacionamentos significativos, é fundamental para uma definição mais abrangente de riqueza. Segundo psicólogos e sociólogos, esses elementos intangíveis são cruciais para o bem-estar e a satisfação pessoal. Além disso, a valorização de aspectos como o respeito mútuo e o apoio familiar pode proporcionar uma sensação de riqueza que bens materiais não conseguem oferecer. Por exemplo, pesquisas indicam que pessoas que valorizam relacionamentos interpessoais e têm uma rede de apoio forte tendem a relatar níveis mais altos de felicidade e satisfação com a vida.

Desse modo, percebe-se que a verdadeira riqueza é um conceito que vai além do material e está profundamente enraizado em valores intangíveis. Por isso, é importante promover uma educação que valorize tanto o desenvolvimento material quanto o emocional e social, incentivando uma visão mais holística de sucesso e bem-estar.


Texto 1

O termo “verticalização” é amplamente utilizado por especialistas para se referir ao processo de crescimento vertical das cidades por meio dos grandes edifícios residenciais. Esse fenômeno vem acontecendo no mundo todo desde o século 19. No Brasil, a verticalização das cidades começou nos anos 90, com o crescente desenvolvimento de São Paulo (SP) e Rio de J aneiro (RJ). Pouco tempo depois, com a concentração crescente da população nas grandes cidades, o fenômeno se expandiu para outras regiões do país, que também deram início ao processo de verticalização de seus municípios.

(“Verticalização das cidades: entenda o significado do conceito.” Disponível em: https://summitmobilidade.estadao.com.br, 21/12/2021. Adaptado)

Texto 2

Os especialistas em planejamento urbano concordam que a verticalização é um processo sem volta. Para que ele traga benefícios, é preciso garantir que, ao acomodar moradores em prédios mais altos, seja possível aumentar a densidade demográfica, ou seja, ter mais pessoas morando em uma determinada área.

“A altura pode ajudar no aumento da concentração populacional em uma determinada região, respondendo às demandas por espaço e aumentando a eficiência das redes de infraestrutura, que podem atender mais pessoas em caminhos mais curtos”, diz o arquiteto e urbanista Anthony Ling, do projeto Caos Planejado.

Para viabilizar esse adensamento, o planejamento urbano é fundamental, na opinião de Claudio Bernardes, presidente do Conselho Consultivo do Secovi-SP. “Enquanto o mundo tem cerca de 50% das pessoas morando em cidades, o Brasil já tem 85%, e infelizmente não temos dado a devida atenção ao planejamento urbano”, diz Bernardes. Ele acredita, no entanto, que essa conscientização já está ocorrendo, com as cidades planejando melhor seu crescimento.

(“Verticalização urbana: solução ou problema?” Disponível em: https://g1.globo.com, 25/06/2018. Adaptado)

Texto 3

A verticalização e o adensamento não são algo necessariamente ruim para uma metrópole como São Paulo. “A questão está mais presente na mudança do padrão dessas residências, que indica claramente quem tem acesso a essa verticalização”, argumenta o economista e professor do Departamento de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da Unesp no campus de Presidente Prudente, Everaldo Melazzo. Para o professor, “quando pensamos na dinâmica urbana, a cidade de São Paulo é uma parte do processo. Neste processo, o encarecimento do preço da terra e mudança das tipologias, permeado pelos interesses dos agentes imobiliários, expulsa para as bordas e para a região metropolitana a população que não tem renda ou crédito”, afirma.

Nessa linha, um estudo do Centro de Estudos da Metrópole chama a atenção para uma queda pontual das residências horizontais de baixo padrão logo após o Plano Diretor Estratégico de 2014 e antes da aprovação do zoneamento de 2016 na cidade de São Paulo. Segundo o documento, é neste intervalo “que deve ter se concentrado a tendência de demolição para substituição pelos usos que mais cresceram, em especial verticais de médio e alto padrão”, afirma o texto.

Para Maria Encarnação Sposito, especialista em geografia urbana e professora no campus da Unesp em Presidente Prudente, a falta de políticas públicas consistentes que contemplem o planejamento de habitações populares colabora para que a verticalização seja orientada principalmente pelo mercado imobiliário que, naturalmente, direciona seus produtos para um público consumidor capaz de pagar por eles. Sem uma política pública bem estruturada que estimule o mercado a trabalhar com outra faixa de renda, explica a docente, as empresas continuarão privilegiando apartamentos de médio e alto padrão.

(Marcos do Amaral Jorge, “Verticalização acelera, e São Paulo já possui mais apartamentos do que casas” Disponível em: https://jornal.unesp.br, 01/12/2022. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Verticalização urbana: solução de moradia ou estímulo ao encarecimento dos imóveis?

Rascunho Eficiente

Assunto: Crescimento vertical das cidades
Tema: Verticalização urbana: solução de moradia ou estímulo ao encarecimento dos imóveis?
Tese: A verticalização urbana pode ser uma solução para a moradia, mas sem políticas públicas adequadas, tende a encarecer os imóveis e excluir populações de baixa renda.
Tópico 1: Impactos positivos da verticalização urbana na densidade populacional e infraestrutura
Tópico 2: Desafios da verticalização urbana relacionados ao mercado imobiliário e exclusão social

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre crescimento das cidades, percebe-se que a verticalização urbana pode ser uma solução de moradia, mas também pode estimular o encarecimento dos imóveis. Nesse contexto, defende-se que a verticalização urbana pode ser uma solução para a moradia, mas sem políticas públicas adequadas, tende a encarecer os imóveis e excluir populações de baixa renda. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar impactos positivos da verticalização urbana na densidade populacional e infraestrutura e desafios da verticalização urbana relacionados ao mercado imobiliário e exclusão social.

Preliminarmente, a verticalização urbana pode aumentar a densidade populacional e melhorar a eficiência da infraestrutura urbana, o que é extremamente benéfico para as cidades. Segundo especialistas em planejamento urbano, a construção de edifícios altos permite acomodar mais pessoas em áreas menores, otimizando o uso de redes de transporte, energia e saneamento. Além disso, essa concentração pode reduzir a necessidade de expansão urbana desordenada, preservando áreas verdes e reduzindo o tempo de deslocamento dos moradores. Um exemplo disso é a cidade de Nova York, onde a verticalização permitiu um uso mais eficiente dos recursos urbanos e uma vida urbana mais dinâmica.

Por outro lado, a verticalização urbana enfrenta desafios significativos, especialmente no que diz respeito ao mercado imobiliário e à exclusão social. De acordo com especialistas em geografia urbana, a falta de políticas públicas consistentes para habitação popular resulta em um mercado imobiliário que privilegia construções de médio e alto padrão, inacessíveis para a população de baixa renda. Consequentemente, essa dinâmica expulsa moradores de baixa renda para as periferias, aumentando a desigualdade social e o tempo de deslocamento. Um exemplo claro desse fenômeno é a cidade de São Paulo, onde a especulação imobiliária e a falta de habitações populares têm aumentado o custo de vida e a segregação urbana.

Desse modo, percebe-se que a verticalização urbana, se não acompanhada de políticas públicas inclusivas, pode agravar a exclusão social e o encarecimento dos imóveis. Por isso, é importante que governos e planejadores urbanos desenvolvam políticas que incentivem a construção de habitações populares e garantam o acesso igualitário à moradia nas áreas verticalizadas.


Texto I

As chamadas fast fashions são empresas da indústria têxtil que se encaixam em um modelo de mercado em que os produtos são fabricados, consumidos e descartados em um curto período de tempo. Apesar de não ser possível negar o caráter problemático desse segmento de mercado, a democratização da moda a partir do fast fashion é um ponto que também deve ser debatido.

Pouco se fala sobre essa democratização do acesso à moda que empresas como a Shein promovem. A empresa trabalha com valores muito abaixo da média de outras empresas, até mesmo do segmento do consumo rápido. Não é à toa que a empresa se tornou a maior varejista online e uma das maiores marcas de fast fashion do mundo.

O mercado da moda, no Brasil, inviabiliza o acesso à moda a grupos sociais específicos, como reflexo da desigualdade social do país. Nesse sentido, a moda também é uma ferramenta de manutenção dessa desigualdade. Dessa maneira, a partir de um recorte socioeconômico, a moda não é uma realidade para minorias como pessoas de baixa renda, e por uma perspectiva de acessibilidade, também não se estende a pessoas gordas e com corpos fora do padrão estético magro.

Desse modo, a Shein viabiliza a democratização do acesso à moda, por ser uma das poucas alternativas para esses grupos de pessoas encontrarem peças estilosas e com as tendências do momento a um preço acessível.

Dentro desse contexto, uma perspectiva muito importante para este debate é também o símbolo da ascensão social que uma roupa pode ter num país pobre como o nosso. Desse modo, é válido evidenciar que o fato de pessoas de baixa renda, negras e gordas, precisarem estar bem vestidas para serem respeitadas, também é um peso na balança de aderência da moda.

Além disso, no Brasil, a realidade da maioria da população é comprar o que dá e não o que se quer, por ter um baixo poder aquisitivo. Assim, esses indivíduos que muitas vezes nunca tiveram acesso ao básico da moda como roupas que possuem um bom caimento em seu corpo, e cabem no seu bolso, encontram na Shein uma empresa que atende suas necessidades.

Por isso, apenas criticar fast fashions e quem consome essas empresas porque precisam não é uma ação lógica, é necessário ir até a origem do problema. A especialista em comunicação e moda Lorena Bastos afirma que “a solução da problemática das fast fashions é bem mais profunda e não está diretamente relacionada à inviabilização do consumo individual”.

(Isalu Sant. “A democratização do acesso à moda e as fast fashions”. https://labdicasjornalismo.com, 23.06.2022. Adaptado)

Texto II

O mundo consumista em que vivemos hoje nos cegou. Aquilo que não vemos ou não sabemos, não sentimos. Não queremos saber de onde veio ou como foi feito, queremos apenas saber qual é o preço. Todo processo produtivo consome recursos naturais e humanos de maneira extraordinária.

Com o aumento da concorrência, o preço se tornou cada vez mais relevante e, para conseguir manter um preço baixo, alguém em algum lugar do mundo está trabalhando por muito pouco ou existe alguma tecnologia substituindo o ser humano.

Quem não quer estar “na moda”, bem-vestido, chique e por um preço acessível? O baixo custo para o consumidor tem um grande impacto sobre a sustentabilidade, tem impacto em mudanças climáticas, efeitos adversos sobre a água e seus ciclos, poluição química, perda de biodiversidade, uso excessivo ou inadequado de recursos não renováveis, geração de resíduos, efeitos negativos sobre a saúde humana, efeitos nocivos para comunidades produtoras.

Em uma economia em expansão, impulsionada pelo consumo excessivo e individual, o modelo fast fashion reproduz coleções de grandes marcas de forma rápida, constante e com baixo custo.

Segundo a Forbes, em média, peças fast fashion são utilizadas menos de cinco vezes e geram 400% mais emissões de carbono do que roupas de marcas slow fashion, usadas aproximadamente cinquenta vezes.

O descarte da indústria, dado o ciclo de vida curto das coleções, é imenso e anualmente em torno de US$ 500 bilhões são perdidos com o descarte de roupas nos aterros. Para se ter uma ideia, na criação de peças, 25% de tudo que é produzido vira lixo, isso sem falar no seu descarte, em que praticamente nada tem sido reaproveitado.

A indústria da moda é responsável por 8% da emissão de gás carbônico na atmosfera, ficando atrás apenas do setor petrolífero. Segundo a Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), no Brasil a indústria da moda gera 175 mil toneladas de resíduos têxteis por ano.

Além disso, o impacto negativo do setor da moda não atinge apenas o meio ambiente, sendo profundo na esfera social.

Grande parte das empresas terceirizam sua produção e as terceirizadas também “quarteirizam” o trabalho, buscando minimizar os custos de mão de obra. Segundo a World Trade Statistical Review, a Ásia é a principal exportadora e produtora do mercado têxtil, com destaque à China, Índia, Taiwan e Paquistão. O crescimento da China gerou um pequeno aumento no nível salarial e isso fez com que algumas marcas mudassem o foco rapidamente para países como Bangladesh, Vietnã e Camboja, onde a competição por trabalho mantinha os salários baixos e as margens de lucro mais altas. Resultado? Milhares de pessoas em países subdesenvolvidos expostas a condições subumanas de trabalho.

No Brasil, em 2020, 178 mulheres foram resgatadas de oficinas em São Paulo exercendo trabalho escravo. Há uma grande concentração de imigrantes e refugiados, principalmente latino-americanas nesta etapa da produção.

(Fernanda Camargo. “O custo por trás da indústria da moda é maior do que você pensa”. https://einvestidor.estadao.com.br, 17.07.2021. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da Língua Portuguesa, sobre o tema:

É possível uma democratização da moda sem degradação humana e ambiental?

Rascunho Eficiente

Assunto: Moda e Sustentabilidade
Tema: Democratização da moda e seus impactos socioambientais
Tese: É possível democratizar a moda sem causar degradação humana e ambiental por meio de práticas sustentáveis e éticas
Tópico 1: Impactos ambientais e sociais do modelo fast fashion
Tópico 2: Alternativas sustentáveis e éticas para a democratização da moda

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre moda, defende-se que é possível democratizá-la sem causar degradação humana e ambiental por meio de práticas sustentáveis e éticas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os impactos ambientais e sociais do modelo fast fashion e as alternativas sustentáveis e éticas para a democratização da moda.

Preliminarmente, é crucial compreender os impactos ambientais e sociais do modelo fast fashion, que são significativos e abrangentes. De acordo com especialistas, o modelo de produção e consumo rápido de moda contribui para a poluição ambiental, emissão de gases de efeito estufa e condições de trabalho precárias em países em desenvolvimento. Além disso, a produção em massa resulta em um grande volume de resíduos têxteis, agravando a crise ambiental. Por exemplo, a indústria da moda é responsável por uma parcela significativa das emissões globais de carbono e pela geração de resíduos têxteis que acabam em aterros sanitários.

Ademais, é essencial explorar alternativas sustentáveis e éticas para a democratização da moda, que são fundamentais para mitigar os impactos negativos. Conforme apontam especialistas, a adoção de práticas de moda sustentável, como o uso de materiais recicláveis, a implementação de processos de produção éticos e a promoção do consumo consciente, pode transformar a indústria. Além disso, iniciativas como a moda circular e o incentivo a marcas locais e artesanais podem contribuir para uma moda mais inclusiva e responsável. Um exemplo notável é o crescimento de marcas que priorizam a transparência na cadeia de produção e o respeito aos direitos dos trabalhadores.

Desse modo, percebe-se que a democratização da moda pode ser alcançada de forma sustentável e ética, sem comprometer o meio ambiente e os direitos humanos. Por isso, é importante promover políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis na indústria da moda, além de conscientizar os consumidores sobre a importância de escolhas responsáveis.


Texto 1

O ator José Dumont foi preso em flagrante com vídeos de pornografia infantojuvenil. Ele também é investigado por suspeita de estupro de vulnerável e atos relacionados à pedofilia.

“É um choque quando alguém que admiramos é acusado de um crime absurdo. Um sonho perdido, uma desilusão. Trabalhei com José e ele foi um ótimo colega, mas saber dessa notícia deixa qualquer um desapontado e preocupado”, publicou nas redes sociais a atriz Alice Wegmann.

O que fazer, então, com a arte de artistas deploráveis? Como é possível continuar a gostar das obras por eles protagonizadas ou realizadas? Podemos? Devemos? “É importante compreender que consumir material produzido por essas pessoas é, mesmo que indiretamente, reafirmar a importância e relevância delas no cenário artístico”, opina a psicóloga clínica Brena Mendes do Nascimento.

Segundo ela, merecem análise os tantos casos de agressores denunciados e sentenciados por atos violentos que continuam sendo escalados para grandes produções em nome do valor agregado proporcionado por eles. Isso pode gerar o entendimento de que, em nome desses trabalhos, tudo é relevado, inclusive crimes hediondos. “Questionar sobre o que você consome é fundamental, tendo em vista que isso alimenta a indústria responsável por incentivar ou desestimular produções que envolvem essas pessoas”, defende a psicóloga.

(Diego Barbosa. Crimes envolvendo José Dumont acendem questão: o que fazer com a arte de homens monstruosos?
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br, 20.09.2022. Adaptado)

Texto 2

Uma enxurrada de denúncias de assédio sexual abalou o mundo de Hollywood. Diretores e atores com carreira e talento reconhecidos foram acusados de protagonizar situações inegavelmente condenáveis.

Todo o mal-estar gerado pelas denúncias e pelas reputações que ficaram manchadas traz à tona uma discussão recorrente no mundo da arte: é possível separar o artista e seu caráter da obra produzida por ele?

O autor Marco Severo dedicou um dos textos do livro de ensaios e crônicas que escreveu à reflexão sobre o tema. Severo defende que, apesar de não existir obra isenta de autor, ela não é (ou não precisa ser) um retrato de quem a produziu. “O caráter de um artista não está necessariamente na obra por ele criada, de modo que não cabe julgar um filme, livro, quadro, ou qualquer que seja a forma utilizada para a expressão artística, por aquilo que se sabe da vida pessoal de seu autor. A obra é sempre maior do que quem a cria”, sustenta.

Para Severo, a produção do autor pode ter uma dimensão muito maior do que o próprio artista. “Uma obra pode falar por toda uma comunidade, uma população. Um artista, sozinho, não tem esse poder. Não sem o respaldo de sua obra. Sendo assim, embora intrinsecamente ligados, autor e obra não são a mesma coisa, e isso, por si, legitima a avaliação de uma obra pelo que ela é, desconsiderando aspectos de conduta de quem a criou”, conclui.

(Alexandre de Paula. É possível separar o artista do que ele produz?. www.correiobraziliense.com.br, 06.11.2017. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Consumir produções de artistas envolvidos em escândalos incentiva os atos que praticaram?

Rascunho Eficiente

Assunto: a relação entre artistas e suas obras diante de escândalos
Tema: o impacto do consumo de obras de artistas envolvidos em escândalos
Tese: consumir obras de artistas escandalosos pode reforçar a relevância deles, mas a arte pode ser avaliada separadamente
Tópico 1: a influência do consumo na indústria cultural
Tópico 2: a separação entre a obra e o artista

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a relação entre artistas e suas obras diante de escândalos, defende-se que consumir obras de artistas escandalosos pode reforçar a relevância deles, mas a arte pode ser avaliada separadamente. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência do consumo na indústria cultural e a separação entre a obra e o artista.

Preliminarmente, a influência do consumo na indústria cultural é significativa e merece atenção. Conforme psicólogos, consumir material produzido por artistas envolvidos em escândalos pode, indiretamente, reafirmar a importância desses indivíduos no cenário artístico. Além disso, isso pode gerar a percepção de que, em nome do valor agregado de suas obras, comportamentos condenáveis são tolerados. Por exemplo, a permanência de agressores em grandes produções, mesmo após denúncias, ilustra essa problemática.

Por outro lado, a separação entre a obra e o artista é uma perspectiva igualmente relevante. Segundo especialistas, a obra não necessariamente reflete o caráter do artista, podendo ter uma dimensão maior do que seu criador. Dessa forma, a avaliação de uma obra pode ser feita com base em seu valor intrínseco, desconsiderando aspectos pessoais do autor. Um exemplo disso é quando uma obra representa uma comunidade ou cultura, transcendendo a figura do artista.

Desse modo, percebe-se que embora o consumo de obras de artistas envolvidos em escândalos possa reforçar sua relevância, a arte pode ser avaliada independentemente de seu criador. Por isso, é importante promover um debate crítico sobre o consumo cultural, incentivando a reflexão sobre a responsabilidade individual e coletiva na valorização de obras e artistas.


O Brasil ainda sofre com diversos problemas sociais, que se fazem presentes nos mais variados setores, abrangendo uma grande parcela da população e aumentando nossos índices negativos em mortalidade, desnutrição, analfabetismo, crimes, exclusão e tantos outros. Por isso, torna-se muito importante conhecer esses problemas, entender suas causas e identificar formas de combatê-los. Em um texto dissertativo-argumentativo, redigido em linguagem culta, expresse sua opinião sobre o seguinte tema:

Qual o mais grave problema social do Brasil? Apresente suas causas e formas de combatê-lo.

Rascunho Eficiente

Assunto: Desafios sociais no Brasil
Tema: Problemas sociais mais críticos no país
Tese: A desigualdade social é o problema mais grave no Brasil
Tópico 1: Causas da desigualdade social
Tópico 2: Formas de combater a desigualdade social

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre desafios sociais no Brasil, percebe-se que os problemas sociais mais críticos no país afetam uma grande parcela da população. Nesse contexto, defende-se que a desigualdade social é o problema mais grave enfrentado pelo Brasil. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as causas da desigualdade social e as formas de combatê-la.

Preliminarmente, a desigualdade social no Brasil é resultado de fatores históricos e estruturais profundos. De acordo com a Sociologia, a formação social brasileira foi marcada por um sistema escravocrata que perpetuou a concentração de renda e a exclusão social. Além disso, a falta de acesso igualitário à educação de qualidade e ao mercado de trabalho contribui para a manutenção das desigualdades. Por exemplo, dados do IBGE mostram que a diferença salarial entre brancos e negros persiste, refletindo a desigualdade racial e social.

Ademais, combater a desigualdade social requer políticas públicas eficazes e inclusivas. Segundo economistas, o desenvolvimento humano deve ser o foco central das políticas sociais, promovendo a capacitação e a inclusão de todos os cidadãos. Nesse sentido, investimentos em educação básica e profissionalizante são essenciais para reduzir a desigualdade. Um exemplo disso é o impacto positivo de programas como o Bolsa Família, que auxilia na redução da pobreza extrema e promove a inclusão social.

Desse modo, percebe-se que a desigualdade social é um desafio central que precisa ser enfrentado com urgência. Por isso, é importante implementar políticas públicas que promovam a equidade social e econômica, garantindo oportunidades iguais para todos os brasileiros.


Texto 1

Crianças com idade entre 6 e 7 anos não aprenderam a ler nem escrever durante a pandemia. O número passou de 1,4 milhão em 2019 para 2,4 milhões em 2021. O aumento foi de 66,3%, segundo nota técnica “Impactos da pandemia na alfabetização de crianças”, do Todos Pela Educação.

Falta de equipamentos em casa, como computadores, notebooks ou tablet, ou até mesmo de internet, contribuíram para o afastamento de muitas crianças da escola. A nota técnica mostrou que, dentre as crianças mais pobres, o percentual das que não sabiam ler e escrever aumentou de 33,6% para 51,0%, entre 2019 e 2021. Dentre as crianças mais ricas, o aumento foi de 11,4% para 16,6%.

O líder de políticas educacionais do Todos Pela Educação, Gabriel Corrêa, explica que o aumento da disparidade fica ainda pior quando olhado pela perspectiva de que ele agrava problemas históricos da educação brasileira. “A alfabetização na idade correta é etapa fundamental na trajetória escolar de uma criança, e por isso esse prejuízo nos preocupa tanto. E porque os danos podem ser permanentes, uma vez que a alfabetização é condição prévia para os demais aprendizados escolares.

Precisamos urgentemente de políticas consistentes para que as crianças tenham condições de serem alfabetizadas e sigam estudando. É inadmissível retrocedermos em níveis de alfabetização e escolaridade”, afirma.

(“Pandemia agravou analfabetismo infantil no Brasil; aumento foi de 66,3%”

Disponível em: https://www.educamaisbrasil.com.br, 09.02.2022)

Texto 2

No Brasil, a educação é um direito social estabelecido pela Constituição Federal de 1988, reafirmado no Estatuto da Criança e do Adolescente e normatizado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Em tese, toda criança deveria estar na escola, mas, na prática, a realidade ainda é bem diferente. Há um apagão de informações e defasagem de políticas públicas que impedem o cumprimento total desse direito, sobretudo em populações historicamente deslocadas dos grandes centros urbanos.

Em 2020, quando as portas das escolas fecharam por causa da pandemia de covid-19, muitos medos vieram à tona. Um deles seria o impacto da nova realidade em taxas como a de analfabetismo. Ainda que as escolas tenham parado temporariamente ou aderido às formas remotas de educação, uns tiveram piores índices que outros porque, de acordo com Aline Paes de Barros, diretora do Marista Escola Social Lar Feliz, “a desigualdade do acesso da criança à escola e a questão da alfabetização estão diretamente ligadas ao acesso às demais políticas que essa criança tem”. Por exemplo, uma criança que não tem acesso a alimentação de qualidade, habitação, moradia, saúde, cultura e internet possivelmente vai ter mais dificuldade no processo de alfabetização que crianças que acessam esses direitos de maneira mais igualitária. “A gente fala da desigualdade que a criança tem e que impacta a vida dela, antes mesmo de ela chegar na escola. Quando se fala de analfabetismo, se fala de políticas públicas integradas, e não apenas da política pública educacional”, acrescenta Aline.

(Alice de Souza, “Por que ainda existem crianças analfabetas no Brasil?”

Disponível em: https://lunetas.com.br, 13.06.2022)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

Desigualdade na alfabetização pós-pandemia: o Brasil está preparado para enfrentar esse desafio?

Rascunho Eficiente

Assunto: Desigualdade na educação infantil
Tema: Desigualdade na alfabetização pós-pandemia no Brasil
Tese: O Brasil não está adequadamente preparado para enfrentar o desafio da desigualdade na alfabetização pós-pandemia, necessitando de políticas públicas integradas e eficazes.
Tópico 1: Impacto da falta de recursos e infraestrutura na alfabetização
Tópico 2: Necessidade de políticas públicas integradas para combater a desigualdade educacional

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre desigualdade na educação infantil, defende-se que o país não está adequadamente preparado para lidar com essa questão, sendo necessário implementar políticas públicas integradas e eficazes. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto da falta de recursos e infraestrutura na alfabetização e a necessidade de políticas públicas integradas para combater a desigualdade educacional.

Preliminarmente, a falta de recursos e infraestrutura nas escolas e lares brasileiros impacta negativamente a alfabetização das crianças, especialmente as de baixa renda. Conforme destacado por especialistas em educação, a ausência de equipamentos tecnológicos e acesso à internet durante a pandemia agravou a situação, aumentando a disparidade entre crianças de diferentes classes sociais. Além disso, a falta de formação adequada para professores no uso de tecnologias educacionais também contribuiu para a ineficácia do ensino remoto. Por exemplo, um estudo realizado pelo Todos Pela Educação revelou que a taxa de crianças que não sabem ler e escrever aumentou significativamente entre 2019 e 2021, especialmente entre as mais pobres.

Ademais, a necessidade de políticas públicas integradas é crucial para combater a desigualdade educacional de forma eficaz. De acordo com especialistas em políticas públicas, a educação não pode ser vista de forma isolada, mas sim como parte de um conjunto de direitos que incluem saúde, alimentação e moradia. Além disso, a implementação de programas que garantam o acesso igualitário a esses direitos é essencial para criar um ambiente propício ao aprendizado. Por exemplo, o fortalecimento de políticas de assistência social pode ajudar a mitigar os efeitos da pobreza na educação, garantindo que todas as crianças tenham as mesmas oportunidades de aprendizagem.

Desse modo, percebe-se que o Brasil ainda não está preparado para enfrentar a desigualdade na alfabetização pós-pandemia de maneira eficaz. Por isso, é importante que o governo desenvolva e implemente políticas públicas integradas que abordem não apenas a educação, mas também outros fatores sociais que impactam o aprendizado, garantindo assim uma alfabetização mais equitativa e inclusiva para todas as crianças brasileiras.


Texto 1

A neurocientista cognitiva americana Maryanne Wolf costuma ser abordada, em suas palestras e aulas, por pessoas que se queixam de não conseguir mais se concentrar em textos longos ou se envolver com a leitura tão profundamente quanto conseguiam antes. A razão, segundo a pesquisadora da Universidade da Califórnia (UCLA), é que o excesso de tempo em telas e os hábitos digitais associados a isso estão mudando radicalmente a forma como muitos de nós processamos a informação que lemos.

Segundo o livro de Wolf O Cérebro no Mundo Digital – Os desafios da leitura na nossa era e algumas pesquisas sobre o tema, o fato de lermos cada vez mais em telas, em vez de papel, e a prática cada vez mais comum de ler apenas superficialmente múltiplos textos e postagens online pode estar dilapidando nossa capacidade de entender argumentos complexos, de fazer uma análise crítica do que lemos e até mesmo de criar empatia por pontos de vista diferentes do nosso.

A preocupação principal de Wolf e de acadêmicos como ela é o que acontecerá com as gerações mais jovens, habituadas desde os primeiros anos de vida a passar horas nos celulares e tablets e a consumir ali toda a sua informação, com rapidez e diversas distrações. “É isso o que me preocupa nos mais jovens: eles estão desenvolvendo uma impaciência cognitiva que não favorece a leitura crítica”, diz a acadêmica.

(Paula Adamo Idoeta. Hábitos digitais estão “atrofiando” nossa habilidade de leitura e compreensão?.

Disponível em: https://www.bbc.com. 25.04.2019. Adaptado)

Texto 2

Embora a leitura seja um direito, no Brasil, ela ainda é um desafio; cerca de 40% da população não leu nenhum livro nos últimos 3 meses. Com a chegada inevitável das tecnologias, a leitura digital pode ser um instrumento para estimular a habilidade leitora entre os cidadãos cada vez mais conectados ao mundo virtual.

A leitura por meio das tecnologias digitais possui aspectos positivos para o desenvolvimento dos leitores. Por ser mais acessível e flexível, ela pode ser realizada em diferentes momentos. Ela permite que o leitor tenha mais flexibilidade na hora de decidir como e onde realizará a leitura. Ademais, com plataformas cada vez mais interativas, as pessoas ganham autonomia e protagonismo em seu próprio processo de formação leitora, pois, ao mesmo tempo em que leem, conseguem interagir virtualmente e trocar indicações de leitura com outras pessoas.

Por fim, nesse contexto, é preciso considerar que os aparelhos eletrônicos são cada vez mais populares. Ao mesmo tempo, o custo de um livro impresso ainda é alto, tornando-o menos acessível. Esse custo não reflete só no consumidor final, mas afeta as bibliotecas e as escolas do país, que contam com um acervo limitado. Logo, as versões digitais permitem o acesso a um público maior e aumentam o repertório, democratizando a leitura.

Além disso, tendo em vista o potencial dos acervos virtuais, a leitura digital pode garantir o trabalho com gêneros textuais diversos. De textos jornalísticos aos grandes clássicos literários, a leitura digital abre portas para um universo de possibilidades. Os jovens e adolescentes são diariamente confrontados com o mundo digital e suas demandas e, quanto maior for o repertório e a intimidade com as novas tecnologias, mais preparados estarão para lidar com esse universo e para filtrar as informações que recebem.

(Leitura digital: saiba como a tecnologia pode ajudar na formação de leitores.

Disponível em: https://jornadaedu.com.br. 15.07.2021. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS ESTIMULA OU PREJUDICA A PRÁTICA DA LEITURA?

Rascunho Eficiente

Assunto: impacto das tecnologias digitais na leitura
Tema: influência das tecnologias digitais na prática da leitura
Tese: as tecnologias digitais podem tanto estimular quanto prejudicar a leitura, dependendo do uso que se faz delas
Tópico 1: aspectos negativos das tecnologias digitais na leitura
Tópico 2: benefícios das tecnologias digitais para a leitura

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre impacto das tecnologias digitais na leitura, defende-se que elas podem tanto estimular quanto prejudicar a leitura, dependendo do uso que se faz delas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os aspectos negativos das tecnologias digitais na leitura e os benefícios das tecnologias digitais para a leitura.

Preliminarmente, os aspectos negativos das tecnologias digitais na leitura devem ser considerados com atenção. Conforme neurocientistas, o uso excessivo de telas e a leitura superficial de múltiplos textos online podem comprometer a capacidade de compreensão profunda e crítica dos leitores. Além disso, a exposição constante a informações rápidas e fragmentadas pode levar ao desenvolvimento de uma "impaciência cognitiva", especialmente entre os jovens, dificultando a leitura crítica e a empatia por diferentes pontos de vista. Por exemplo, estudos indicam que a leitura em dispositivos digitais pode reduzir o foco e a concentração, impactando negativamente a absorção de conteúdos mais complexos.

Por outro lado, os benefícios das tecnologias digitais para a leitura são inegáveis e devem ser explorados. De acordo com especialistas em educação, a leitura digital oferece maior acessibilidade e flexibilidade, permitindo que os leitores escolham quando e onde ler, além de facilitar o acesso a uma vasta gama de gêneros textuais e obras literárias. Ademais, as plataformas digitais interativas promovem a autonomia dos leitores, que podem compartilhar experiências e recomendações de leitura, enriquecendo seu repertório cultural. Por exemplo, as bibliotecas digitais democratizam o acesso à leitura, especialmente em contextos onde o custo dos livros impressos é proibitivo.

Desse modo, percebe-se que o impacto das tecnologias digitais na leitura é ambivalente, podendo ser tanto benéfico quanto prejudicial. Por isso, é importante promover um uso consciente e equilibrado das tecnologias digitais, incentivando práticas de leitura que combinem o melhor dos mundos digital e analógico, além de investir em educação que desenvolva habilidades críticas e de concentração nos leitores.


Texto 1

Comerciantes do Centro de Rio Preto estão realizando uma campanha para que os frequentadores do Calçadão não deem esmolas a pedintes e moradores de rua. Cartazes espalhados por lojas da região central, com o apoio do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomercio), pedem para encaminharem moradores de rua ao Albergue Noturno e à entidade em vez de contribuir com ajuda financeira.

“Quer ajudar? Não dê esmolas. Dar esmolas é criar uma falsa esperança. Dê chance à dignidade”, anunciam os cartazes, que trazem os telefones do Albergue Noturno e da Casa de Cirineu, abrigo para moradores de rua mantido pela Associação e Fraternidade Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus, da cidade de Jaci.

Segundo o Sincomercio, a campanha nasceu devido à alta demanda de pessoas em situação de rua que frequentam o Centro de Rio Preto. Segundo dados da Prefeitura, a população em situação de rua aumentou 11%, passando de 750 para 833 na cidade, do final de 2021 até abril de 2022.

“O objetivo é conscientizar a população que se solidariza com a situação para que as doações sejam destinadas aos órgãos específicos para este tipo de cuidados”, informou a entidade.

(Arthur Pazin. Empresários fazem ato ‘antiesmola’ para

reduzir moradores de rua no Centro de Rio Preto. www.diariodaregiao.com.br, 14.06.2022. Adaptado)

Texto 2

Dar esmola divide opiniões: ajuda quem precisa ou perpetua a pobreza? Caçar uma moedinha, escondida no fundo da bolsa, para entregar a alguém que pede na rua de uma grande ou pequena cidade: muita gente faz questão de ter esse ato de caridade com o próximo, enquanto outros tantos afirmam que dar esmola é uma forma de perpetuar a pobreza. Afinal, dar esmola ajuda quem precisa?

Muitas pessoas acreditam que não dar esmola é mudar toda uma cultura. Estudiosos defendem que o hábito de dar dinheiro vem da tradição católica, mas acabou ganhando força no país por meio da política. Não houve investimento na educação. No lugar disso, o Brasil seguiu com ações paliativas e programas assistenciais para enfrentar suas mazelas. Mesmo sendo eles pouco ou nada eficazes.

O filósofo Immanuel Kant era categórico quando o assunto era dar esmola. Segundo ele, ao dar dinheiro ao próximo, você transfere a resolução de um problema público para a esfera particular.

Com o tempo, é possível perceber que essa ação não faz uma diferença efetiva na vida de quem a recebe.

(Carmen Lucia. Dar esmola divide opiniões: ajuda quem precisa ou perpetua a pobreza? www.uol.com.br, 13.01.2022. Adaptado)

Texto 3

As pessoas devem ou não dar esmolas? Não se trata de questão nova. Entretanto, parece muito atual refletir sobre seu significado. Sem hesitar muito, manifesto-me a favor, apenas considerando meu direito de ser solidário.

É notório o aumento do número de miseráveis urbanos. Cada vez mais pessoas vivem na rua e da rua. Nesse espaço, as relações são marcadas pela desagregação, pelos conflitos e pela miséria.

O ato de dar esmola não pode ser entendido apenas como uma prática que estimula a dependência e a acomodação dos que a recebem ou que pode alimentar estratégias bem estruturadas de exploração de crianças por adultos, tornando-a uma atividade rentável.

A gravidade da situação social, que vem se aprofundando, exige uma definição clara de metas e prioridades e uma articulação mais sólida entre sociedade civil e Estado na implantação de soluções concretas de educação e geração de emprego e renda. Enquanto isso não acontece, a esmola cumpre ao menos a função de aplacar o constrangimento e diminuir nossa angústia.

(Pedro Jacobi. Paliativo possível. www1.folha.uol.com.br, 21.03.1998. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

O ato de dar esmolas: entre perpetuar a pobreza e promover ajuda imediata

Rascunho Eficiente

Assunto: A prática de dar esmolas
Tema: O ato de dar esmolas: entre perpetuar a pobreza e promover ajuda imediata
Tese: A prática de dar esmolas, embora possa oferecer alívio imediato, não resolve as causas estruturais da pobreza e pode perpetuar a dependência.
Tópico 1: O impacto imediato e paliativo das esmolas
Tópico 2: A necessidade de soluções estruturais para a pobreza

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a prática de dar esmolas, defende-se que ela embora possa oferecer alívio imediato, não resolve as causas estruturais da pobreza e pode perpetuar a dependência. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto imediato e paliativo das esmolas e a necessidade de soluções estruturais para a pobreza.

Preliminarmente, é crucial considerar o impacto imediato e paliativo das esmolas, que muitas vezes oferecem um alívio temporário para aqueles em situação de rua. Segundo especialistas em assistência social, esmolas podem fornecer recursos básicos para alimentação e necessidades urgentes, mas não promovem uma mudança significativa na condição de vida dos beneficiados. Além disso, essa prática pode criar uma dependência contínua, onde os indivíduos se acostumam a viver de doações sem buscar alternativas de sustento. Por exemplo, em muitas cidades, a presença constante de pedintes em áreas comerciais reflete essa dependência, que não é combatida apenas com esmolas.

Ademais, a necessidade de soluções estruturais para a pobreza é fundamental para a erradicação efetiva desse problema social. De acordo com economistas e sociólogos, investimentos em educação, capacitação profissional e políticas públicas de inclusão são essenciais para oferecer oportunidades reais de mudança para aqueles em situação de vulnerabilidade. Além disso, a criação de programas de geração de emprego e renda pode reduzir significativamente o número de pessoas que dependem de esmolas para sobreviver. Um exemplo disso é o sucesso de iniciativas em países desenvolvidos, nos quais políticas de bem-estar social e programas de reintegração têm mostrado resultados positivos na redução da pobreza extrema.

Desse modo, percebe-se que embora as esmolas possam oferecer um alívio imediato, elas não solucionam as causas profundas da pobreza e podem perpetuar a dependência. Por isso, é importante que a sociedade e o governo trabalhem juntos para implementar políticas públicas eficazes que promovam a inclusão social e ofereçam oportunidades reais de mudança para aqueles em situação de vulnerabilidade.


Texto 1

Apesar de ser proibida a comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos no Brasil, boa parte dos jovens brasileiros usa esse produto. A proibição foi determinada pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), número 46/2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não há, portanto, autorização no Brasil para quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar, independentemente de sua composição e finalidade.

Em julho de 2022, a Anvisa manteve a proibição da importação e a venda dos cigarros eletrônicos, ou vapes, no Brasil, mas a compra continua ocorrendo pela internet e em pontos de venda do comércio, incluindo camelôs, além de festas e boates.

(Alana Grandra. Apesar de proibida, venda de cigarros eletrônicos continua no Brasil. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 07.07.2023. Adaptado)

Texto 2

Em setembro de 2022, foi divulgada a maior revisão de estudos científicos sobre cigarro eletrônico. Encomendada pelo Ministério de Saúde Inglês e conduzida pelo King´s College London, o estudo concluiu que, quando regulamentados, cigarros eletrônicos são 95% menos prejudiciais do que os cigarros convencionais, ou 20 vezes menos nocivos. A Inglaterra adota os vaporizadores como política de saúde pública e, com base nesse conceito, o Ministério iniciou em abril deste ano o projeto “Swap to Stop” (“Trocar para parar”) que prevê a distribuição de 1 milhão de kits de cigarros eletrônicos para incentivar adultos fumantes a abandonar os cigarros convencionais.

De acordo com levantamento do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), em 2022, já são mais de 2,2 milhões de consumidores adultos brasileiros e 6 milhões de adultos fumantes que já experimentaram o cigarro eletrônico. Todos os dispositivos comercializados no país são provenientes do mercado ilegal e do contrabando e a venda acontece livremente, o que facilita o acesso de menores de idade.

Somente a regulamentação permitirá um cenário com regras definidas para a fabricação e comercialização, pontos de venda próprios, controle e fiscalização da faixa etária do consumidor. Esse processo permitirá aos consumidores do país o acesso legal a essa opção menos prejudicial à saúde do que o cigarro convencional, como já acontece em cerca de 80 países, além de trazer ganhos econômicos, pois hoje são perdidos cerca de R$ 16 bilhões em faturamento para o mercado ilegal, segundo estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

(Valor Econômico. Seminário discute a relevância da regulamentação do cigarro eletrônico. https://valor.globo.com, 18.07.2023. Adaptado)

Texto 3

No Brasil, os cigarros eletrônicos têm sua comercialização, importação e propaganda proibidas pela Anvisa desde 2009. Posteriormente, o tema foi incluído para discussão na Agenda Regulatória 2021–2023, no intuito de avaliar os efeitos da medida e propor, caso necessário, outras mudanças. A agenda promoveu a realização de painéis de discussão, consultas dirigidas aos setores impactados pela regulação e audiências públicas com especialistas. Em julho de 2022, a diretoria do órgão aprovou um relatório técnico produzido a partir dessas discussões em que manteve a decisão anterior de proibição, sugerindo novas ações para coibição do comércio irregular desses produtos, tais como o aumento das ações de fiscalização e a realização de campanhas educativas.

A Anvisa afirma que a redução da emissão de substâncias nocivas por parte dos cigarros eletrônicos não significa redução de riscos ou de danos à saúde, e que os cigarros eletrônicos causam dependência devido à presença de nicotina nos líquidos que abastecem os dispositivos. Além disso, a agência acusa esses produtos de serem ineficientes para o tratamento do tabagismo, de atuarem como porta de entrada dos jovens ao vício e de proporcionarem aos usuários uma percepção incorreta dos riscos em que estão se inserindo, uma vez que não se enxergam como fumantes e se sentem atraídos pelos aditivos adocicados que os compõem.

(Marcos do Amaral Jorge. Popularidade de cigarro eletrônico entre jovens preocupa estudiosos, que temem danos
à saúde bucal e novo estímulo à dependência de nicotina. https://jornal.unesp.br, 07.05.2023. Adaptado)

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:

regulamentar o cigarro eletrônico permitirá um maior controle fiscal e da saúde pública por parte dos órgãos públicos?

Rascunho Eficiente

Assunto: Cigarros eletrônicos no Brasil
Tema: Regulamentação dos cigarros eletrônicos e controle fiscal e de saúde pública
Tese: A regulamentação dos cigarros eletrônicos pode melhorar o controle fiscal e de saúde pública
Tópico 1: Impactos econômicos da regulamentação
Tópico 2: Benefícios para a saúde pública

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre cigarros eletrônicos no Brasil, defende-se que a regulamentação desses dispositivos é essencial para otimizar a fiscalização e promover a saúde pública. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os impactos econômicos da regulamentação e os benefícios para a saúde pública.

Preliminarmente, a regulamentação dos cigarros eletrônicos pode gerar impactos econômicos significativos. De acordo com especialistas , a regulamentação pode recuperar bilhões atualmente perdidos para o mercado ilegal. Além disso, a formalização do mercado pode gerar empregos e aumentar a arrecadação de impostos. Por exemplo, em países onde a regulamentação foi implementada, observou-se um aumento significativo na receita fiscal proveniente da comercialização de cigarros eletrônicos.

Ademais, a regulamentação pode trazer benefícios substanciais para a saúde pública. Conforme estudos internacionais, os cigarros eletrônicos regulamentados são bem menos prejudiciais do que os cigarros convencionais. Consequentemente, a regulamentação pode incentivar fumantes a migrar para uma alternativa menos nociva, reduzindo os danos à saúde. Além disso, a regulamentação pode incluir medidas de controle de idade, dificultando o acesso de menores a esses produtos.

Desse modo, percebe-se que a regulamentação dos cigarros eletrônicos é crucial para melhorar o controle fiscal e promover a saúde pública. Por isso, é importante que o governo brasileiro considere a regulamentação desses dispositivos, estabelecendo diretrizes claras para sua comercialização e uso, além de investir em campanhas de conscientização sobre os riscos associados ao seu consumo.