Leia os seguintes textos.
TEXTO 1
A homeopatia tem eficácia comprovada cientificamente? Sim
Ausência de evidências ou negação das existentes?
Com frequência, as pessoas reagem com desconfiança à homeopatia, questionando sua comprovação científica e eficácia clínica. A falácia de que "não existem evidências científicas", proclamada reiteradamente, acaba se incorporando ao inconsciente coletivo, servindo como estratégia para aumentar preconceitos contra essa especialidade médica.
Fruto da desinformação ou negação acerca das evidências científicas existentes, essa postura dogmática se retroalimenta com reportagens depreciativas publicadas nas mídias e redes sociais, que, raramente, divulgam os trabalhos favoráveis à homeopatia. [...]
Em 2017, com o intuito de esclarecer a classe médica e a população, a Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo elaborou o Dossiê Especial "Evidências Científicas em Homeopatia", divulgado na Revista de Homeopatia em três edições independentes.[...].
Além de mostrar o panorama mundial da homeopatia como especialidade médica e sua inclusão nos currículos das faculdades de medicina, o dossiê abarca outras revisões sobre linhas de pesquisa que fundamentam os pressupostos homeopáticos (similitude terapêutica, experimentação patogenética e uso de medicamentos ultradiluídos), assim como a segurança e a eficácia do método, demonstrada em ensaios clínicos randomizados.
TEIXEIRA, Marcus Zulian. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2018/11/a-homeopatia-tem-eficacia-comprovadacientificamente- sim.shtml>. Acesso em: 12 out. 2019. [Fragmento]
TEXTO 2
TEXTO 3
Pé de pato, mangalô 3 vezes
Homeopatia perde espaço na França, na Alemanha, no Reino Unido e nos EUA
A França anunciou neste mês que, até 2021, seu sistema de saúde deixará de reembolsar tratamentos homeopáticos. A decisão se segue à apresentação de uma avaliação científica conduzida pela Alta Autoridade de Saúde, que concluiu que a homeopatia não apresenta eficácia suficiente para permanecer no sistema de reembolsos.
A Alemanha dá indicações de que poderá seguir no mesmo caminho, que já foi adotado pelo Reino Unido em 2017. A maioria dos países da UE não financia a homeopatia em seus sistemas públicos. Nos EUA, desde 2016, preparados homeopáticos precisam trazer em seus rótulos o alerta de que não há evidência científica de que funcionem [...].
No Brasil, a tendência tem sido exatamente a oposta. O Conselho Federal de Medicina insiste em reconhecer a homeopatia como especialidade. [...] Há um movimento de incorporação ao SUS de todas as espécies de terapias alternativas, incluindo, além da homeopatia, reiki, crenoterapia, reflexoterapia.
SCHWARTSMAN, Hélio. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2019/07/pe-de-pato-mangalo-3-
vezes.shtml>. Acesso em 10 out.2019. [Fragmento]
Com base na leitura dos Textos 1, 2 e 3, REDIJA um texto argumentativo-dissertativo, apresentando seu ponto de vista sobre a eficácia da homeopatia, e evidencie a importância do debate instaurado pela mídia que expõe a diversidade de pensamentos sobre esse assunto. Não é necessário colocar título.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre saúde pública, defende-se que a eficácia da homeopatia é um tema controverso que merece ser debatido, considerando as evidências científicas e a diversidade de opiniões. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as evidências científicas sobre a homeopatia e a importância do debate midiático sobre a homeopatia.
Preliminarmente, é crucial considerar as evidências científicas sobre a homeopatia, que são frequentemente debatidas e contestadas. Conforme relatado por especialistas, existem estudos que apontam para a eficácia dos tratamentos homeopáticos, como os ensaios clínicos randomizados mencionados no dossiê da Câmara Técnica de Homeopatia do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. Além disso, a inclusão da homeopatia nos currículos de faculdades de medicina em diversos países sugere um reconhecimento acadêmico de sua validade. Por outro lado, a decisão de países como França e Reino Unido de não reembolsarem tratamentos homeopáticos reflete uma visão crítica e cética sobre sua eficácia.
Ademais, a importância do debate midiático sobre a homeopatia deve ser enfatizada, pois ele amplia a discussão e traz à tona diferentes perspectivas. De acordo com analistas de mídia, a cobertura jornalística sobre a homeopatia muitas vezes destaca a falta de consenso científico, o que pode influenciar a opinião pública e alimentar preconceitos. Consequentemente, o debate público, alimentado por reportagens e artigos, é essencial para que a sociedade possa formar uma opinião informada sobre o tema. Um exemplo disso é a discussão sobre a incorporação de terapias alternativas no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, que gera opiniões divergentes e necessita de um debate aprofundado.
Desse modo, percebe-se que a eficácia da homeopatia é um tema controverso que merece ser debatido, considerando as evidências científicas e a diversidade de opiniões. Por isso, é importante que o debate continue sendo promovido, com base em evidências científicas sólidas e uma cobertura midiática responsável, para que a sociedade possa tomar decisões informadas sobre o uso da homeopatia.
TEXTO 1
O relatório do Painel lntergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) publicado em agosto de 2021 mostrou que o papel da influência humana no aquecimento do planeta é inequívoco e inquestionável.
A meta do IPCC é limitar a alta da temperatura a 1 ,5°C: atualmente, esse número já subiu cerca de 1°C e eventos extremos do clima já afetam todo o globo. Embora governos e empresas tenham papéis fundamentais na mitigação da emissão de gases de efeito estufa, especialistas ouvidos pelo G1 apontam que a soma de ações individuais também pode efetivamente ajudar a diminuir o impacto do aquecimento global.
Isso porque todo ser humano está envolvido em atividades que emitem, direta ou indiretamente, gases de efeito estufa no seu dia a dia. Os pesquisadores deram para isso o nome de pegada de carbono: medida de cálculo equivalente à emissão na atmosfera por pessoa ou entidade.
Países mais ricos têm uma média maior de emissão: nos EUA, uma pessoa emite 16 toneladas de gases de efeito estufa, enquanto a média global é de cerca de quatro toneladas. Para evitar um aumento de 2°C na temperatura, os cientistas dizem que é preciso diminuir essa média para duas toneladas, de acordo com a organização Nature Conservancy.
Com a ressalva de que não é possível sugerir as mesmas posturas para pessoas de diferentes classes de renda, especialistas alertam que a maioria das oportunidades para diminuir nossa pegada de carbono estão, por exemplo, nas boas escolhas no uso dos meios de transporte (evitar o uso do automóvel e de viagens de avião) e na mudança da alimentação (diminuir o consumo de carne).
("Aquecimento global: o que as pessoas podem fazer na prática para reduzir o impacto no clima". https: //Ig1.globo.com. 10.08.2021. Adaptado)
TEXTO 2
A tensão superficial a respeito dos impactos ambientais domina mesmo quando afirmamos estar lidando com a destruição dos nossos sistemas de suporte de vida causada pela mudança climática. Concentramo-nos naquilo que é denominado de micro-bolhas consumistas (MCB): pequenas questões como colherinhas de plástico e copos de café, em vez das enormes forças estruturais que nos conduzem à catástrofe. Somos obcecados por sacos de plástico. Acreditamos que estamos fazendo um favor ao mundo ao rejeitar sacolas plásticas, embora, em uma estimativa, o impacto ambiental de produzir uma sacola de algodão orgânico seja equivalente ao de 20.000 sacolas plásticas.
O foco corporativo no lixo, ampliado pela mídia, distorce nossa visão sobre todas as questões ambientais. Por exemplo, um recente levantamento das crenças públicas sobre a poluição dos rios descobriu que "lixo e plástico" são de longe a maior causa nomeada pelas pessoas. Na realidade, a maior fonte de poluição de água é a agricultura, seguida pelo esgoto. O lixo está muito abaixo da lista. Não é que o plástico não seja importante. O problema é que é quase a única história que nos chega.
Em 2004, uma empresa de publicidade que trabalha para uma gigante petrolífera levou a mudança de culpa um passo à frente ao inventar a pegada pessoal de carbono. Foi uma inovação útil, mas também teve o efeito de desviar a pressão política dos produtores de combustíveis fósseis para os consumidores. As grandes corporações petrolíferas não param por aí. O exemplo mais extremo já visto foi um discurso do chefe executivo de outra grande companhia petrolífera, em 2019. Ele nos instruiu para "comer sazonalmente e reciclar mais", e repreendeu publicamente seu motorista por comprar uma cestinha de morangos em janeiro.
A grande transição política dos últimos 50 anos, impulsionada pelo marketing corporativo, foi uma mudança da abordagem coletiva dos nossos problemas para a abordagem individual. Em outras palavras, ela nos transformou de cidadãos em consumidores. Não é difícil ver por que temos sido levados por esse caminho. Como cidadãos, unidos para exigir mudanças políticas na condução da crise climática, somos poderosos. Como consumidores, por sua vez, somos quase impotentes.
(George Monbiot. "Monbiot: não acredite em poupar canudinhos". https://outraspalavras.net. 08. 11 .2021. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
COMBATE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS:
RESPONSABILIDADE DOS INDIVÍDUOS OU DAS GRANDES CORPORAÇÕES?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre meio ambiente, defende-se que a responsabilidade no combate às mudanças climáticas deve ser compartilhada entre indivíduos e grandes corporações. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância das ações individuais na redução da pegada de carbono e o papel crucial das grandes corporações na mitigação das mudanças climáticas.
Preliminarmente, a importância das ações individuais na redução da pegada de carbono é inegável. De acordo com especialistas, cada pessoa pode contribuir significativamente para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa ao adotar práticas sustentáveis, como o uso de transporte público, a redução do consumo de carne e a preferência por produtos locais. Além disso, essas ações, quando somadas, podem gerar um impacto considerável na redução da pegada de carbono global. Um exemplo notável é a crescente popularidade de dietas baseadas em vegetais, que têm demonstrado reduzir significativamente as emissões de carbono associadas à produção de alimentos.
Por outro lado, o papel crucial das grandes corporações na mitigação das mudanças climáticas não pode ser subestimado. Conforme apontam estudos, as grandes empresas são responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais de gases de efeito estufa, o que lhes confere uma responsabilidade proporcional na busca por soluções. Portanto, é essencial que essas corporações adotem práticas mais sustentáveis, invistam em tecnologias limpas e promovam a transparência em suas operações. Um exemplo relevante é a iniciativa de algumas empresas de tecnologia que se comprometeram a atingir a neutralidade de carbono em suas operações até 2030, demonstrando que mudanças significativas são possíveis quando há comprometimento corporativo.
Desse modo, percebe-se que a responsabilidade no combate às mudanças climáticas é uma tarefa conjunta que requer tanto o engajamento individual quanto o compromisso das grandes corporações. Por isso, é importante promover políticas públicas que incentivem práticas sustentáveis, tanto no nível individual quanto corporativo, além de fomentar a educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância de suas ações no combate às mudanças climáticas.
Texto 1
O uso do celular para acessar a internet cresceu no Brasil. Os aparelhos smartphones são o principal meio de acesso à rede no país, usados por quase todos os brasileiros. As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua TIC) 2018, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2017 e 2018, o percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessaram a internet pelo smartphone passou de 97% para 98,1%. “O acesso dos domicílios à internet por qualquer aparelho eletrônico cresceu — 79,1% dos domicílios têm acesso à rede — e isso aumentou principalmente por meio do smartphone”, diz a gerente da Pnad Contínua, Maria Lucia Vieira.
(Mariana Tokarnia. “Celular é o principal meio de acesso à internet no país”. https://agenciabrasil.ebc.com.br, 29.04.2020. Adaptado.)
Texto 2
No período de quarentena, a internet e as redes sociais trouxeram muitos benefícios para uma grande parte da população. Enquanto as possibilidades do trabalho home office, das aulas on-line, de adotar novas estratégias de comércio, de manter relacionamentos afetivos e até de desfrutar do lazer e da cultura já vinham ocorrendo nos últimos anos por meio das telas de smartphones e de computadores, foi o isolamento social, devido ao surgimento do novo coronavírus (covid-19), que potencializou o uso dessas tecnologias para conseguir manter certas rotinas durante a pandemia.
(Mayra Malavé Malavé. “O papel das redes sociais durante a pandemia”. www.iff.fiocruz.br, 18.05.2020. Adaptado.)
Texto 3
Uma mistura de grego (fobos) com inglês moderno (no mobile), a nomofobia se refere ao medo patológico que uma pessoa tem de ficar longe de seu smartphone. Especialistas de todo o mundo têm alertado sobre as consequências do aumento do grau de dependência das pessoas dessa tecnologia.
De acordo com a psicóloga Anna Lucia Spear King, coordenadora do núcleo Delete, do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), “todo mundo diz que é dependente e viciado. Muitos são apenas mal-educados no uso e não vão sentir angústia, ansiedade e nervosismo se ficarem sem o celular. Todavia, o indivíduo que tem nomofobia passa mal”.
Existem alguns sinais capazes de indicar que uma pessoa pode estar sofrendo de nomofobia: deixar de entregar trabalhos, repreensões constantes por parte do chefe, problemas de concentração, dormir mal, brigas durante reuniões familiares e dificuldade em se desconectar completamente. Segundo King, “o tratamento muitas vezes só acontece quando o usuário resolve buscar ajuda”.
(Matheus Pichonelli. “Não consegue ficar sem celular? Você pode ter nomofobia e não saber disso”. https://uol.com.br, 18.10.2020. Adaptado.)
Texto 4
Se você fica ansioso ao imaginar um mundo sem Facebook, Instagram ou WhatsApp, preste atenção no seu grau de dependência de novas tecnologias. Você pode estar viciado.
Um experimento já foi realizado de forma involuntária em outubro de 2021, quando milhões de pessoas ficaram frustradas ao verem o Facebook, o Instagram e o WhatsApp fora do ar por seis horas. Esse é um tipo de frustração que, em casos extremos, pode ser comparado com a síndrome de abstinência, vivenciada por quem abandona drogas como o álcool ou o cigarro.
Pode parecer uma comparação exagerada, mas o psicólogo espanhol Marc Masip a defende com veemência: “O smartphone é a droga do século 21”. Parte do trabalho de Masip consiste em oferecer tratamento em clínicas de desintoxicação para viciados nessa tecnologia. Uma reabilitação que pode se tornar ainda mais difícil do que a das drogas, “porque todo mundo já sabe que elas fazem mal, enquanto os smartphones todos nós usamos sem saber o tamanho do dano que podem causar”, explica o psicólogo espanhol.
(José Carlos Cueto. “‘Não há muita diferença entre o vício em drogas e no celular’, diz psicólogo”. www1.folha.uol.com.br, 18.10.2021. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Uso dos smartphones no século XXI: entre o vício e a necessidade de estar conectado
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre o impacto dos "smartphones" na sociedade contemporânea, defende-se que o uso excessivo deles pode levar a comportamentos viciantes, mas é essencial para a vida moderna. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a dependência tecnológica e seus efeitos psicológicos e a importância dos "smartphones" para a conectividade e adaptação social.
Preliminarmente, a dependência tecnológica é um fenômeno crescente que afeta a saúde mental e emocional de muitos indivíduos. Conforme destacado por especialistas, a nomofobia, ou o medo de ficar sem o celular, é um exemplo claro de como o uso excessivo pode levar a transtornos psicológicos, como ansiedade e estresse. Além disso, os sintomas de abstinência, como irritabilidade e dificuldade de concentração, são comparáveis aos de vícios em substâncias químicas. Por exemplo, o apagão das redes sociais em 2021 gerou uma onda de frustração global, evidenciando a dependência coletiva dessas plataformas.
Por outro lado, os "smartphones" desempenham um papel crucial na manutenção da conectividade e na adaptação às exigências da sociedade moderna. De acordo com pesquisas, o aumento do uso de celulares durante a pandemia de COVID-19 ilustra como esses dispositivos são vitais para o trabalho remoto, educação "online" e manutenção de laços sociais. Além disso, a capacidade de acessar informações em tempo real e a facilidade de comunicação proporcionada pelos smartphones são inegáveis benefícios que contribuem para a eficiência e produtividade. Por exemplo, as plataformas de videoconferência permitiram que empresas e instituições de ensino continuassem suas atividades durante o isolamento social.
Desse modo, percebe-se que o uso de "smartphones" é um equilíbrio delicado entre os riscos de dependência e os benefícios de conectividade. Por isso, é importante promover a educação digital e o uso consciente desses dispositivos, incentivando pausas regulares e atividades "offline" para mitigar os efeitos negativos do uso excessivo.
Texto 1
Uma questão que tem preocupado diversos países é que o cigarro eletrônico, caracterizado como um dispositivo eletrônico para fumar (DEF), atualmente em sua quarta geração e com aparência cada vez mais dissociada do cigarro comum, tem um grande apelo entre os jovens, por dois motivos: a opção de poder lhe conferir sabor, por meio de aromatizantes, e toda a tecnologia que tais dispositivos recebem: “existem no mercado modelos parecidos com pen drives e recarregáveis por conexão USB. Tudo isso tem sido um chamariz para os adolescentes. Muitos que nunca tinham fumado um cigarro na vida agora fumam o eletrônico, e vários fumam os dois, o que é ainda pior”, afirma o pneumologista Luiz Fernando Pereira, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
(Renata Turbiani. “Cigarro eletrônico: entenda se o polêmico aparelho faz mal à saúde ou não”. www.bbc.com.br, 10.02.2019. Adaptado.)
Texto 2
A decisão do Ministério da Justiça de determinar a suspensão da venda de cigarros eletrônicos, estipulando multa diária de R$ 5.000,00 em caso de descumprimento, não será suficiente para coibir a comercialização desses dispositivos, avaliam especialistas em tabagismo e em mercado do tabaco. Para eles, a medida é positiva, mas é preciso integrá-la a outras estratégias.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) afirma que “ações dessa natureza são importantes, pois reforçam o combate ao contrabando e ao comércio ilegal, atividades criminosas que lesam a sociedade brasileira”. A entidade critica a falta de regulamentação no país para a comercialização desses dispositivos e diz que aguarda a revisão da proibição pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Silvana Turci, pesquisadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta entre as estratégias de sucesso no combate ao fumo o aumento de impostos sobre cigarros tradicionais e a proibição da publicidade, que está em xeque no caso dos DEFs por causa da divulgação em espaços como as redes sociais. A pesquisadora lista ainda como medidas para coibir os cigarros eletrônicos a atuação dos setores de inteligência das forças policiais e o papel das escolas.
O médico cancerologista Drauzio Varella tem trabalhado para alertar a população dos danos à saúde causados pelos dispositivos. Para o médico, todos os empecilhos possíveis, incluindo a decisão do Ministério, são bem-vindos, mas apenas com educação será possível, de fato, reduzir o consumo dos cigarros eletrônicos.
(Stefhanie Piovezan. “Suspensão da venda de cigarros eletrônicos é insuficiente, dizem especialistas”. www.folha.com.br, 01.09.2022. Adaptado.)
Texto 3
Os cigarros eletrônicos são um novo mercado da indústria do tabaco, a mesma que causa 12% das mortes no mundo por ano, principalmente por doenças respiratórias, circulatórias, cardiovasculares e neoplásicas (tumores), segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As indústrias bilionárias de cigarro introduzem novos produtos no mercado e investem em marketing para o público jovem, com o objetivo de aliciar adictos em nicotina. Além disso, essas indústrias não são transparentes com relação à composição de substâncias utilizadas nos dispositivos eletrônicos para fumar. Há evidências de que os cigarros eletrônicos contenham mais de 2.000 componentes químicos, sendo a maioria ainda desconhecida por quem os consome.
No Brasil, entre estudantes de 13 a 17 anos, 16,8% já experimentaram cigarro eletrônico, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), que contempla o período de 2009 a 2019. Além disso, o Brasil é signatário da Convenção- -Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT/OMS) e se compromete a “agir para proteger essas políticas dos interesses comerciais ou outros interesses garantidos para a indústria do tabaco, em conformidade com a legislação nacional”. Portanto, a Anvisa agiu corretamente ao manter a proibição do comércio de cigarros eletrônicos em julho de 2022. É dever do Estado, sim, proteger as pessoas da exposição a aditivos tóxicos e cancerígenos e informar devidamente a população sobre os riscos desses produtos.
(Ana Helena Ribas e Paulo Corrêa. “Anvisa acertou ao proibir cigarro eletrônico”. www.folha.com.br, 19.07.2022. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A proibição é a forma mais eficaz de combater o uso de cigarros eletrônicos no Brasil?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre saúde pública, percebe-se que a proibição é uma medida relevante, mas não suficiente para combater o uso de cigarros eletrônicos no Brasil. Nesse contexto, defende-se que a proibição isolada não é suficiente para combater o uso de cigarros eletrônicos; é necessário integrar medidas educativas e regulatórias. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as limitações da proibição como única estratégia e a importância de ações educativas e regulatórias complementares.
Preliminarmente, a proibição dos cigarros eletrônicos, embora importante, apresenta limitações significativas. Conforme especialistas em saúde pública, a proibição pode levar ao aumento do mercado ilegal, dificultando o controle e a fiscalização desses produtos. Além disso, a falta de regulamentação pode resultar em produtos de qualidade duvidosa no mercado negro, aumentando os riscos à saúde dos consumidores. Por exemplo, em países onde a proibição foi adotada sem medidas complementares, observou-se um aumento no contrabando e na venda clandestina.
Ademais, ações educativas e regulatórias são cruciais para complementar a proibição. De acordo com especialistas em educação e saúde, a conscientização sobre os riscos dos cigarros eletrônicos é fundamental para reduzir seu apelo entre os jovens. Além disso, a regulamentação pode garantir que apenas produtos seguros e devidamente testados sejam comercializados, protegendo os consumidores. Como exemplo, países que implementaram campanhas educativas e regulamentações rigorosas conseguiram reduzir significativamente o uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes.
Desse modo, percebe-se que a proibição isolada não é a solução mais eficaz para combater o uso de cigarros eletrônicos. Por isso, é importante implementar uma abordagem integrada que combine proibição, educação e regulamentação para proteger a saúde pública de forma eficaz.
TEXTO 1
A praça! A praça é do povo
Como o céu é do condor.
(Castro Alves. “O povo ao poder”. In: Castro Alves: literatura comentada, 1980.)
TEXTO 2
Uma definição alargada de espaço público coloca como princípio a sua acessibilidade a todos, o lugar onde qualquer indivíduo pode circular livremente, em contraponto ao espaço privado, cujo acesso é controlado e reservado a um público específico. O critério de acessibilidade repousa sobre a ideia implícita de que é a livre circulação do corpo no espaço que o torna público e que estes espaços acessíveis pressupõem encontros socialmente organizados por rituais de exposição ou de inibição que pouco se relacionam com o convívio inerente à vida de bairro e das relações de vizinhança. Estamos perante um “espaço de cidadania” e um espaço de exercício do “direito à cidade”, cuja frequência reclama apenas o estatuto de cidadão.
(Alexandra Castro. “Espaços públicos, coexistência social e civilidade”. Cidades: comunidades e territórios, dezembro de 2002. Adaptado.)
TEXTO 3
Ao longo do século XX, a segregação social assumiu diferentes formas de expressão no espaço urbano de São Paulo. As transformações mais recentes estão gerando espaços nos quais os diferentes grupos sociais estão muitas vezes próximos, mas separados por muros e tecnologias de segurança, e tendem a não circular ou interagir em áreas comuns. O principal instrumento desse novo padrão de segregação espacial é o que eu chamo de “enclaves fortificados”. Trata-se de espaços privatizados, fechados e monitorados para residência, consumo, lazer e trabalho. A sua principal justificação é o medo da violência. Esses novos espaços atraem aqueles que estão abandonando a esfera pública das ruas para os pobres, os “marginalizados” e os sem-teto. Em cidades fragmentadas por enclaves fortificados é difícil manter os princípios de acessibilidade e livre circulação, que estão entre os valores mais importantes das cidades modernas. Com a construção de enclaves fortificados, o caráter do espaço público muda, assim como a participação dos cidadãos na vida pública.
(Teresa Pires do Rio Caldeira. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo, 2003. Adaptado.)
TEXTO 4
Ao entrar em um desses modernos condomínios, projetados com a mais recente engenharia urbanística, temos o sentimento pacificador de que enfim encontramos alguma ordem e segurança. Rapidamente nos damos conta de que há ali uma forma de vida na qual a precariedade, o risco e a indeterminação teriam sido abolidos. Tudo é funcional, administrado e limpo. A imagem dessa ilha de serenidade captura as ilusões de um sonho brasileiro mediano de consumo. Uma região, isolada do resto, onde se poderia livremente exercer a convivência e o sentido de comunidade entre iguais. Um retorno para a natureza, uma vida com menos preocupação, plena de lazer na convivência entre semelhantes. A lógica do condomínio tem por premissa justamente excluir o que está fora de seus muros.
(Christian Ingo Lenz Dunker. “A lógica do condomínio”. Mal-estar, sofrimento e sintoma: uma psicopatologia do Brasil entre muros, 2015. Adaptado.)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A "Lógica do Condomínio": O espaço público está em declínio?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre o declínio do espaço público, percebe-se que a "Lógica do Condomínio" e a transformação dos espaços urbanos estão alterando a dinâmica social das cidades modernas. Nesse contexto, defende-se que essa lógica contribui para a fragmentação social e a diminuição do espaço público. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto dos enclaves fortificados na acessibilidade urbana e as consequências sociais da segregação espacial.
Preliminarmente, o impacto dos enclaves fortificados na acessibilidade urbana é significativo. Conforme especialistas, esses espaços privatizados e monitorados criam barreiras físicas e sociais que dificultam a livre circulação e o acesso igualitário aos espaços urbanos. Além disso, a presença desses enclaves reforça a divisão entre áreas "seguras" e "inseguras", promovendo a exclusão de grupos marginalizados. Por exemplo, em São Paulo, a proliferação de condomínios fechados tem contribuído para a segregação espacial, limitando o acesso a áreas de lazer e serviços públicos para a população de baixa renda.
Ademais, as consequências sociais da segregação espacial são profundas. De acordo com estudos sociológicos, a lógica do condomínio promove um estilo de vida isolado, no qual a interação social é restrita a um grupo homogêneo, enfraquecendo o senso de comunidade e cidadania. Consequentemente, essa segregação leva à diminuição do engajamento cívico e à redução da diversidade cultural nas interações cotidianas. Um exemplo disso é a crescente dificuldade em promover eventos comunitários em espaços públicos, que são cada vez mais escassos e menos frequentados por moradores de condomínios fechados.
Desse modo, percebe-se que a lógica do condomínio está contribuindo para a fragmentação social e a diminuição do espaço público. Por isso, é importante promover políticas urbanas que incentivem a integração social e a revitalização dos espaços públicos, garantindo acessibilidade e diversidade nos ambientes urbanos.
Texto 1
Serviços digitais são aqueles em que todas as informações são transmitidas e acessadas por meios eletrônicos, utilizando redes de dados, como a internet. Esses serviços, como a criação e o envio de documentos ou o contato entre marca e cliente, antigamente só eram possíveis por meios analógicos ou presenciais.
(“Serviços digitais no atendimento ao cliente: saiba por que investir”. www.neoassist.com, 08.09.2020. Adaptado.)
Texto 2
Os quase 5 milhões de clientes de uma companhia de energia elétrica do Paraná têm acesso aos serviços digitais pela internet por meio das diversas plataformas disponibilizadas pela empresa. Uma das ferramentas mais utilizadas é o site que representa um dos principais canais de relacionamento da empresa com seus clientes. A população de Curitiba, no Paraná, assim como a de muitos lugares no Brasil, que já está habituada a usar os serviços digitais, tanto públicos como privados, para realizar operações bancárias, pagamento de serviços, solicitações e outros tipos de demandas, vem recorrendo cada vez mais às facilidades disponibilizadas pela plataforma digital para ser atendida.
A gerente administrativa Jobelia Colenetz afirma que os serviços digitais trazem inúmeras vantagens para o usuário e destaca questões como a rapidez, a praticidade e a comodidade de poder solicitar o serviço de onde estiver. “Evitar deslocamentos desnecessários é muito importante nos dias de hoje”, destaca a gerente. Outro ponto que ela enfatiza como um benefício dos serviços digitais é a possibilidade de se armazenar os protocolos digitalmente, o que é uma garantia para os usuários e ainda evita o acúmulo de papel e, consequentemente, o impacto ambiental.
Para se evitar a exclusão de pessoas, uma nova versão do site da empresa foi lançada recentemente. Nesse processo de reformulação, os termos técnicos que não fazem parte do cotidiano do cidadão foram traduzidos para uma linguagem mais clara e acessível, permitindo a compreensão e a facilitação do acesso de clientes de todos os níveis sociais e de todas as faixas etárias.
(“Acesso aos serviços digitais da Copel cresce após o lançamento do novo site”. www.gazetadopovo.com.br. 28.03.2022. Adaptado)
Texto 3
No atual contexto de implementação de serviços digitais, como a solicitação on-line de emissão de documentos, os cidadãos e as empresas precisam ter acesso à tecnologia para poder utilizá-los, entender como operar, obter a informação e concluir os serviços digitais de que precisam.
Contudo, a falta de acesso às tecnologias é uma das principais formas de tornar as pessoas excluídas dessa lógica, por não ter acesso mínimo à internet, a dispositivos de tecnologias, ou mesmo não saber utilizá-los. Assim, os potenciais benefícios dos serviços digitais, como a facilidade de ser atendido em qualquer horário, se tornam sem efeito na medida em que se observam elevados níveis de exclusão digital, os quais estão relacionados ao impedimento ou limitação de um indivíduo de se inserir no universo da tecnologia. Outros fatores, como idade avançada ou nível educacional, também atuam como barreiras para que as pessoas desfrutem dos potenciais benefícios da evolução digital.
Foi possível acompanhar os impactos da exclusão digital durante a pandemia de covid-19, ao se fazer a distribuição do auxílio emergencial, o qual procurava assegurar renda mínima aos cidadãos brasileiros em situação de vulnerabilidade social. Para conseguir receber o auxílio financeiro, a população precisou fazer solicitação on-line, o que envolveu ter acesso à internet e cadastro em aplicativo. Porém, milhares de pessoas sequer têm um celular com acesso à internet; algumas o possuem, mas ele não tem capacidade de processar um aplicativo bancário. Portanto, a tecnologia, ao mesmo tempo em que dinamiza os serviços e une pessoas, provoca uma nova forma de desigualdade e de exclusão social.
(Luzia M. F. de Moura et al. “Exclusão Digital em processos de Transformação Digital: uma revisão sistemática de literatura”. Revista Gest@o.Org, v. 18, ed. 2. http://www.revista.ufpe.br/gestaoorg, 2020. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Crescimento do uso de serviços digitais: entre a facilitação do atendimento e a exclusão de pessoas
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre transformação digital nos serviços, defende-se que o crescimento dos serviços digitais, embora facilite o atendimento, pode intensificar a exclusão social. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os benefícios dos serviços digitais para o atendimento ao cliente e os desafios e exclusão social decorrentes da digitalização.
Preliminarmente, os serviços digitais oferecem inegáveis benefícios ao atendimento ao cliente, como rapidez e praticidade. Conforme especialistas, a possibilidade de solicitar serviços de qualquer lugar e a conveniência de armazenar protocolos digitalmente são vantagens significativas. Além disso, a redução do uso de papel contribui para a sustentabilidade ambiental. Um exemplo claro é o caso da população de Curitiba, que utiliza amplamente plataformas digitais para interações com serviços públicos e privados.
Por outro lado, a digitalização dos serviços também apresenta desafios significativos, especialmente no que tange à exclusão social. De acordo com estudos sobre exclusão digital, a falta de acesso à tecnologia e à internet impede que muitos cidadãos desfrutem dos benefícios dos serviços digitais. Além disso, fatores como idade avançada e baixo nível educacional agravam essa exclusão. Um exemplo elucidativo foi observado durante a pandemia de covid-19, quando muitos brasileiros enfrentaram dificuldades para acessar o auxílio emergencial devido à falta de acesso a dispositivos adequados.
Desse modo, percebe-se que a expansão dos serviços digitais, embora traga facilidades, também pode acentuar desigualdades sociais. Por isso, é importante implementar políticas públicas que garantam o acesso universal à tecnologia e promovam a inclusão digital, assegurando que todos os cidadãos possam usufruir dos benefícios da transformação digital.
Texto 1
As Big Techs são as gigantes da tecnologia, isto é, as grandes empresas que dominam alguns segmentos desse mercado e formam um grupo composto por Facebook, Apple, Microsoft, Amazon e Google. Essas empresas simplesmente dominam o cenário da tecnologia. Juntas, elas somam milhões em receita e são acusadas pela justiça norte-americana de monopolizar o mercado e impedir o crescimento dos concorrentes.
A premissa que guia as Big Techs é a inovação. No dia a dia, as soluções criadas por elas facilitam a vida de muitas pessoas, seja através de um contato mais rápido por meio de aplicativos de mensagens ou a compra facilitada de produtos pela internet. Para empresas de menor porte é um desafio crescer nos mercados em que as Big Techs atuam, pois a competitividade simplesmente não existe.
Não é à toa que nos Estados Unidos e na Europa há um aumento das acusações sobre práticas anticompetitivas de algumas Big Techs. Em 2020, por exemplo, autoridades americanas alegaram que o Facebook, ao comprar o Whatsapp e o Instagram, está mantendo seu domínio nas redes sociais através de uma conduta que elimina a concorrência, o que resulta na concentração de lucros nas mesmas mãos.
Há ações judiciais que afirmam que essas empresas estão massacrando as empresas menores e criando monopólios por meio de estratégias injustas que retiram o poder de escolha das pessoas – afinal, quando uma só empresa domina praticamente todas as redes sociais, não há como escolher outra.
(As gigantes da tecnologia: como as Big Techs impactam a sociedade. www.diariopopular.com.br, 31.12.2021. Adaptado)
Texto 2
A atuação dos monopólios tem provocado debates quando se discutem os benefícios trazidos para a economia pelo poder de monopólio das chamadas Big Techs.
Scott Galloway, autor de diversos livros e professor da Escola de Negócios Stern em Nova York, afirma que as Big Techs são monopólios desregulados que usam a inovação como barreira à entrada de outras empresas, desestimulando novas inovações que não sejam das próprias Big Techs. Por isso, seria urgente discutir a regulação dessas empresas. Isso poderia ocorrer, primeiro, em economias como a do Brasil, onde o benefício de ter uma Amazon ou Facebook é muito menor do que nos EUA. O argumento principal seria a pouca geração de empregos em países como o Brasil e o fato de que esses monopólios dificultam as inovações locais.
Para Joseph Schumpeter, autor do livro Capitalismo, socialismo e democracia, a inovação exigiria um determinado grau de poder de monopólio. Segundo ele, se a concorrência fosse perfeita, os inovadores não conseguiriam se apropriar do retorno de suas inovações, e sem inovações não haveria crescimento econômico. Os monopólios seriam temporários, já que a inovação levaria um monopolista a ser substituído por outro. A questão é que os monopólios podem ser muito menos temporários do que pensava Schumpeter.
(Adriano Pires. Monopólios no novo capitalismo. https://economia.estadao.com.br, 27.06.2020. Adaptado)
Texto 3
Robert Atkinson, presidente da Fundação de Inovação e Tecnologia da Informação, é absolutamente contra a proposta de dissolver as Big Techs: “o fato de essas empresas serem grandes não é um problema, até porque essa estrutura dá a elas o poder de fazer grandes investimentos”, defendeu Atkinson, usando como argumento o WhatsApp, um aplicativo que o Facebook mantém gratuitamente e que conta com 300 milhões de usuários ativos diariamente. Ainda na opinião de Atkinson, a quebra das gigantes do Vale do Silício pode mitigar a inovação da setor, o que seria prejudicial para o mundo todo.
Para Jennifer Huddleston, pesquisadora da consultoria Mercatus Center, a proposta extrema de divisão dessas empresas não é o caminho mais indicado. Refutando o argumento de que essas gigantes da tecnologia impõem monopólio e, por isso, precisam de limites, Huddleston lembra que a história mostra como companhias que pareciam invencíveis foram ou completamente aniquiladas por concorrentes ou obrigadas a mudar de serviço: “As gerações mais antigas adotaram o Google e o Facebook, mas a geração atual se voltou para outros nomes da tecnologia, como o Snapchat. O mercado é hoje mais fluido e complicado”.
(Eloá Orazem. Quebrar ou não quebrar as big tech?. https://neofeed.com.br, 10.01.2020. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Até que ponto acabar com o monopólio das Big Techs incentivará a inovação?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre <span style="color: #808080 inovação, defende-se que a dissolução dos monopólios das Big Techs pode estimulá-la ao permitir maior concorrência e diversidade de ideias no mercado. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as barreiras à entrada e inovação e o impacto econômico e social dos monopólios.
Preliminarmente, as barreiras à entrada impostas pelas Big Techs são significativas e limitam a inovação. Conforme boa parte dos especialistas, essas empresas utilizam seu poder de mercado para desestimular novas inovações que não sejam delas próprias. Além disso, a concentração de recursos e talentos em poucas empresas reduz a diversidade de ideias e soluções tecnológicas. Por exemplo, a aquisição de startups inovadoras pelas Big Techs muitas vezes resulta no encerramento de projetos promissores que poderiam competir com seus produtos principais.
Ademais, o impacto econômico e social dos monopólios tecnológicos é profundo e abrangente. De acordo com economistas, embora as Big Techs tenham a capacidade de realizar grandes investimentos, sua dominação do mercado pode limitar a geração de empregos e o desenvolvimento de inovações locais. Consequentemente, a concentração de poder econômico em poucas empresas pode levar a uma desigualdade crescente e a uma menor capacidade de adaptação às necessidades locais. Um exemplo disso é a dificuldade que empresas menores enfrentam para competir em mercados dominados por gigantes como Amazon e Google, o que pode sufocar o empreendedorismo e a inovação regional.
Desse modo, percebe-se que a dissolução dos monopólios das Big Techs pode ser um catalisador para a inovação, ao promover um ambiente de mercado mais competitivo e diversificado. Por isso, é importante implementar políticas de regulação que incentivem a concorrência e protejam as inovações locais, garantindo um ecossistema tecnológico mais equilibrado e inclusivo.
Em entrevista intitulada “Coronavírus: 110 dias que mudaram o mundo”, a historiadora Lilia Schwarcz analisa o cenário de mudanças provocado pela pandemia que atingiu todo o mundo: Mas o mundo, neste momento, é outro? Neste exato momento em que conversamos, o mundo está mudado. Ficar em casa é reinventar sua rotina, se descobrir como uma pessoa estrangeira à nova rotina. Eu me conheço como uma pessoa que acorda de manhã, vai correr, vai para o trabalho, vai para o outro, chega em casa exausta. Agora, sou eu tendo que me inventar numa temporalidade diferente, que parece férias mas não é. É um movimento interior de redescoberta. Insisto que nem todos passam por isso. O filósofo francês Montaigne dizia: "A humanidade é vária". Nem todos estão passando por isso da mesma maneira, depende de raça, classe, há diferenças, varia muito.
E em relação aos papéis sociais dos homens e das mulheres? Nós, mulheres, já temos um conhecimento distinto dos homens na noção do cuidado, na casa, acho que a mudança vai ser maior para os homens, que não estão acostumados com o dia a dia da casa, com fazer comida, arrumar. Essa ideia de cuidado foi eminentemente uma função feminina.
E estou muito interessada em ver como os homens vão lidar com essa ideia de ficar em casa e ter que cuidar também. É uma experiência muito única que vivemos.
(Adaptado de: https://www.uol.com.br/universa/reportagens-especiais/coronavirus-100-dias-que-mudaram-o-mundo/#100- dias-que-mudaram-o-mundo)
Após a leitura do trecho, e a partir dos seus conhecimentos, redija um texto dissertativo-argumentativo, entre 15 e 30 linhas, discutindo a seguinte questão:
AS MUDANÇAS NO MUNDO SERÃO INEVITÁVEIS APÓS A PANDEMIA?
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre impacto da pandemia no mundo, defende-se que as mudanças sociais e comportamentais são inevitáveis. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a redefinição dos papéis sociais e de gênero e as alterações nas rotinas e no ambiente de trabalho.
Preliminarmente, a redefinição dos papéis sociais e de gênero se torna evidente. Conforme demonstrado nos principais canais da mídia oficial, a pandemia forçou muitos a se adaptarem a novas dinâmicas familiares, nas quais homens passaram a participar mais das tarefas domésticas, tradicionalmente vistas como responsabilidades femininas. Consequentemente, essa mudança pode levar a uma maior equidade de gênero no futuro. Além disso, a experiência de muitos homens ao assumir responsabilidades domésticas pode servir como um exemplo de como as normas de gênero podem ser desafiadas e transformadas.
Ademais, as alterações nas rotinas e no ambiente de trabalho são notáveis. De acordo com especialistas em Sociologia, a pandemia acelerou a adoção do "home office" e de ferramentas digitais, mudando a forma como o trabalho é percebido e realizado. Dessa forma, empresas e trabalhadores tiveram que se adaptar rapidamente a novas tecnologias e métodos de comunicação. Por exemplo, a popularização de plataformas de videoconferência como Zoom e Microsoft Teams ilustra essa transformação.
Desse modo, percebe-se que as transformações sociais e comportamentais são inevitáveis no cenário pós-pandemia. Por isso, é importante que governos, empresas e indivíduos estejam preparados para continuar adaptando-se a essas mudanças, promovendo políticas que incentivem a equidade de gênero e a flexibilidade no ambiente de trabalho.
TEXTO I
As novas profissões e o mercado de trabalho
Conhecimento das novas tecnologias torna-se fundamental
Todos nós já paramos para pensar no nosso futuro como profissionais. Experimentamos um mundo digital acelerado, tecnologias sendo consideravelmente utilizadas nas empresas, o trabalho remoto surgindo como medida emergencial e fazendo as empresas repensarem seus contratos de trabalho. Ensino online buscando sua eficácia e manutenção da qualidade, novas temáticas inseridas nas competências exigidas pelo mercado como inteligência artificial e de dados, automatização de processos, metodologias ágeis etc.
Será que a forma como estávamos acostumados a trabalhar – processos repetitivos, mapeamentos de produções baseadas em variáveis previsíveis, atividades sequenciais – nos garante um futuro profissional? Hoje, as estruturas das empresas se articulam justamente no disruptor, em estruturas multidisciplinares em que se unem vários conhecimentos e competências diversificados. Nós, como profissionais, se já não estamos, precisamos nos reinventar com relação a nossas áreas de conhecimentos e competências.
Segundo a Universidade de Oxford, 47% dos empregos atuais têm grandes chance de serem automatizados nos próximos 20 anos. Isso tem relação direta com as transformações tanto digitais quanto comportamentais exigidas pelas novas experiências neste “Novo Mundo”, proposto pela indústria 4.0, e consequentemente com os novos perfis. É urgente o alinhamento entre conhecimentos técnicos e competências pessoais relacionadas à comunicação e ao relacionamento interpessoal, denominados soft skills.
Novas tecnologias: um caminho sem volta.
Neste novo mercado, o conhecimento das novas tecnologias torna-se fundamental para agregar valor ao profissional. Conhecimentos que consideramos de outras áreas, hoje são comuns a diversas profissões. Citamos a inteligência artificial, inteligência de negócio e mercado com suas ferramentas como BI e Dashboards inteligentes.
O conhecimento sobre as novas profissões é urgente, e quem planeja ingressar no mercado ou pretende recolocação deve se atentar para possibilidades como: designer de UX, voltado a melhores experiências dos usuários; analistas de business intelligence, profissional da área de dados voltados à tomada de decisões nas empresas; community manager, uma espécie de analista de redes sociais e porta-voz das empresas; gestão de resíduos, profissional ligado às boas práticas ambientais; gestor de qualidade de vida, foco no bem-estar e na saúde dos funcionários; gestão de inovação, profissional com conhecimento sobre o negócios e novas soluções; cientista de dados, trabalha com Big Data, analisa a
complexidade dos dados, organiza e cria novas possibilidades.
O cenário nos pede atenção ao novo, abertura às possibilidades e, mais do que nunca, disposição às adaptações. Não é mais possível fazer mais do mesmo e aceitar o “sempre foi assim”. Neste novo mundo, antecipar-se às tendências e inovar é um caminho sem volta.
Disponível em: https://bityli.com/9Pr8mF. Acesso em: 24 out. 2021.
TEXTO II
A popularização das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) recria as experiências na sociedade, proporcionando diferentes práticas sociais e meios de comunicação. As mídias digitais, principalmente a Internet, deixam de ser exclusivas do computador desktop e passam a ocupar outros espaços, como ruas, praças, bancos, restaurantes etc. Passam a contribuir, portanto, para a organização do cotidiano da vida urbana e seus espaços públicos.
A cidade contemporânea, rodeada de tecnologias, vem experimentando diferentes formas de relações sociais entre os seus usuários. As redes sociais digitais possibilitam que os indivíduos interajam com outros usuários da rede, que leiam notícias, opinem, reivindiquem, produzam seu próprio conhecimento, divulguem informações e até mesmo se mobilizem coletivamente. São novas maneiras de compartilhar, usufruir e fazer parte da sociedade em que vivem.
Levando em consideração estes aspectos, o usuário das sociedades contemporâneas deve estar envolvido nestas transformações sociais que o espaço vem sofrendo com os avanços tecnológicos.
ARAUJO, E.V.F de; VILAÇA, M.L.C. Sociedade conectada: Tecnologia, Cidadania e Infoinclusão. In: Tecnologia, Sociedade e
Inclusão na Era Digital. Duque de Caxias: UNIGRANRIO, 2016.
TEXTO III
Todos os dias, o mercado de trabalho passa por processos de transformação. Assim como a sociedade de modo geral, o meio corporativo e as tarefas do dia a dia são impactados pelo alto e rápido desenvolvimento da tecnologia e da ciência.
A seguir, a Michael Page apresenta oito características do mercado de trabalho do futuro, algumas que já acontecem e outras que ainda estão por vir. Confira:
TEXTO IV
Disponível em: https://bityli.com/CWSC7g. Acesso em: 24 out. 2021 (adaptado).
Tendo como base as informações dos textos motivadores e seus conhecimentos sobre o assunto, REDIJA um texto dissertativo-argumentativo em norma-padrão da língua portuguesa sobre o tema “Os efeitos da nova organização social no mercado de trabalho”.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista, apresentando proposta de intervenção que possa contribuir para melhorar essa nova organização.
Atenção: trechos copiados dos textos motivadores serão penalizados na nota da Redação.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre transformações no mercado de trabalho, defende-se que a adaptação às novas tecnologias e o desenvolvimento de habilidades interpessoais são essenciais para prosperar no mercado de trabalho contemporâneo. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância das novas tecnologias no mercado de trabalho e o desenvolvimento de habilidades interpessoais (soft skills).
Preliminarmente, a importância das novas tecnologias no mercado de trabalho é inegável e transformadora. De acordo com especialistas, a integração de tecnologias como inteligência artificial e análise de dados está redefinindo as funções e exigindo que os profissionais se atualizem constantemente. Além disso, a automação de tarefas rotineiras está criando espaço para que os trabalhadores se concentrem em atividades mais estratégicas e criativas. Um exemplo disso é o aumento da demanda por profissionais em áreas como ciência de dados e design de experiência do usuário, que são impulsionadas por essas inovações tecnológicas.
Ademais, o desenvolvimento de habilidades interpessoais, ou "soft skills", é crucial para o sucesso profissional. Conforme relatado por especialistas em recursos humanos, as empresas estão valorizando cada vez mais competências como comunicação eficaz, trabalho em equipe e adaptabilidade. Nesse sentido, os profissionais que conseguem se destacar nessas áreas têm mais chances de se sobressair em um ambiente de trabalho em constante mudança. Um exemplo disso é a crescente valorização de gestores de qualidade de vida, que focam no bem-estar dos funcionários e na criação de um ambiente de trabalho positivo.
Desse modo, percebe-se que a adaptação às novas tecnologias e o desenvolvimento de habilidades interpessoais são fundamentais para enfrentar os desafios do mercado de trabalho atual. Por isso, é importante que instituições educacionais e empresas promovam programas de capacitação contínua, focados tanto em habilidades técnicas quanto interpessoais, para preparar os profissionais para o futuro do trabalho.
Texto I
Casos de racismo no futebol crescem nos últimos anos
Denúncias, no entanto, raramente terminam em punições (09/02/2022)
Mesmo com dezenas de câmeras e microfones na direção do gramado e da arquibancada, atos racistas dentro dos estádios têm sido frequentes. Hoje em dia, no entanto, a exposição tem sido fundamental no combate a esse tipo de violência.
Aranha protagonizou um dos casos de maior repercussão no futebol brasileiro. Em 2014, o então goleiro do Santos denunciou um xingamento racista que veio da torcida do Grêmio.
“No meu caso, como goleiro, tenho o agravante. Os racistas exploraram bastante como o caso do Barbosa. Eu já ouvi de dirigente que goleiro negro não vingava, mesmo tendo talento. A paciência comigo era muito menor”, contou Aranha.
No ano deste episódio, o Observatório da Discriminação Racial no Futebol começou a mapear os casos de racismo espalhados pelo país.
Em três anos, as denúncias mais que dobraram. Foram de 20, em 2014, para 43, em 2017. O auge foi em 2019, quando 67 casos foram relatados.
Houve uma queda em 2020, por causa da paralisação do futebol. No ano passado, mesmo sem os números de todos os estados, mais de 50 denúncias foram registradas.
“Existe o aumento das denúncias, muito por conta do maior debate, da conscientização das pessoas, da quebra de silenciamento dos atletas. Estamos tendo essa evolução, mas ela não chegou ainda no Tribunal de Justiça Desportiva” (Marcelo Carvalho, diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol) [...]
Nos últimos anos, clubes têm se posicionado contra o racismo, reconhecido falhas ocorridas em outros tempos e ampliado as investigações de denúncias.[...]
Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/casos-de-racismo-no-futebol-crescem-nos-ultimos-anos/. Acesso em: 05/05/2022
Texto II
Racismo e impunidade no futebol
(De 07/05/2022)
Os casos se acumularam na última semana durante a principal competição sul-americana. Torcedores do Flamengo, Corinthians, Palmeiras, Fortaleza e Red Bull Bragantino foram vítimas de gestos racistas em jogos na
Libertadores – com pouca ou nenhuma ação de autoridades contra os criminosos. Para que punições sejam efetivas, é preciso "envolver os clubes", avalia Marcelo Carvalho, diretor-executivo do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em entrevista a Julia Duailibi. Coordenador de um relatório que indica que apenas 25% dos casos de racismo resultam em julgamento, Marcelo relaciona o problema no esporte a uma sensação generalizada de impunidade: “Temos uma lei de racismo que trata o crime como inafiançável e imprescritível, mas não temos ninguém preso por racismo no Brasil”. Ele pontua três pilares para combater este crime dentro do estádio: punição, educação e conscientização. Ainda neste episódio, Leda Costa, pesquisadora do laboratório de Estudos em Mídia e Esporte da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fala sobre a cultura de "vale-tudo" dentro dos estádios, onde racismo e homofobia são considerados "brincadeiras". Ela aponta a necessidade de problematizar violências verbais contra mulheres e o público LGBTQIA+. "A gente precisa fazer com que os estádios parem de ser 'escolas' formadoras de preconceito", conclui.
Disponível em: https://g1.globo.com/podcast/o-assunto/noticia/2022/05/02/o-assunto-696-racismo-e-impunidade-nofutebol.ghtml. Acesso em 06/05/2022
Proposta de Redação:
O debate racial tem contribuído para a identificação e o enfrentamento de questões latentes na sociedade brasileira. No entanto, sabe-se que o racismo não é exclusividade do futebol. Nesse sentido, considerando as ideias apresentadas pelos textos motivadores e sua visão de mundo, escreva, em registro formal da Língua, um texto dissertativo-argumentativo, que contenha entre 20 e 30 linhas a respeito do seguinte tema: “O racismo no futebol e a estrutura da sociedade brasileira”.
Rascunho Eficiente
Proposta de Resolução
Ao refletir sobre discriminação social, defende-se que o racismo no futebol reflete e é perpetuado pela estrutura social brasileira, exigindo medidas de conscientização e punição efetivas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a relação entre o racismo no futebol e a estrutura social brasileira e a importância da punição e da educação para combater o racismo no futebol.
Preliminarmente, é crucial entender como o racismo no futebol é um reflexo da estrutura social brasileira, marcada por desigualdades raciais históricas e culturais. De acordo com sociólogos, o futebol, como microcosmo da sociedade, espelha as tensões raciais presentes no Brasil, onde a discriminação racial é frequentemente normalizada e invisibilizada. Além disso, a presença de câmeras e microfones nos estádios não impede que atos racistas ocorram, mas facilita sua exposição, revelando a persistência do problema. Por exemplo, o caso do goleiro Aranha em 2014, que trouxe à tona debates sobre racismo no esporte e na sociedade.
Ademais, a punição e a educação são fundamentais para combater o racismo no futebol de maneira eficaz. Segundo especialistas em Direito Desportivo, a sensação de impunidade prevalece, uma vez que poucos casos de racismo resultam em punições severas, o que perpetua a prática. Consequentemente, é necessário que os clubes e federações adotem políticas rigorosas de punição e promovam campanhas educativas para conscientizar torcedores e jogadores sobre a gravidade do racismo. Um exemplo disso é a implementação de programas de treinamento e "workshops" sobre diversidade e inclusão, que podem ajudar a transformar a cultura dos estádios.
Desse modo, percebe-se que o racismo no futebol é um reflexo da estrutura social brasileira e requer ações efetivas de conscientização e punição para ser combatido. Por isso, é importante que as autoridades esportivas e governamentais trabalhem em conjunto para implementar políticas de tolerância zero ao racismo, além de promover a educação sobre igualdade racial nos estádios e na sociedade em geral.