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O brasileiro apanhou muito quando era criança ou adolescente, mas os americanos apanharam mais. Pesquisa de 2010 com 4.025 pessoas com mais de 16 anos em 11 capitais do país revelou que 70,5% sofreram alguma forma de castigo físico quando jovens. Já nos EUA, a porcentagem passa dos 90% – e fica em torno dos 10% na Suécia, segundo o cientista social Renato Alves, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP.
 
O tema afeta a delicada área dos direitos individuais e da intromissão do Estado na vida privada. Como demonstraram os debates no ano passado sobre a Lei da Palmada – projeto de lei para proibir castigos físicos em crianças e adolescentes, em tramitação no Congresso.
 
Há pais que defendem o direito de disciplinarem suas crias da maneira que bem entenderem. Mas defensores dos direitos humanos sustentam que eles "começam em casa". E, claro, há o fato de o Brasil ser signatário da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança. Mas Alves diz que há pouca chance de a Lei da Palmada vingar. Ele nota a ironia: um adulto bater em outro é crime, mas um adulto bater na sua criança não é.
 
 
Escreva um texto, manifestando sua opinião sobre a questão discutida no texto acima. Seu texto deve:
 
• situar o tema, considerando as informações dadas por Bonalume Neto;
• assumir uma posição a favor ou contra a aprovação da Lei da Palmada no Brasil;
• apresentar argumentos que sustentem seu ponto de vista.

Rascunho Eficiente

Assunto: Castigos físicos na educação infantil
Tema: A prática de castigos físicos em crianças e adolescentes no Brasil
Tese: A aprovação da Lei da Palmada é essencial para proteger os direitos das crianças
Tópico 1: Impactos negativos dos castigos físicos no desenvolvimento infantil
Tópico 2: O papel do Estado na proteção dos direitos das crianças

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre castigos físicos na educação infantil, percebe-se que essa prática de castigos físicos em crianças e adolescentes no Brasil é uma questão preocupante. Nesse contexto, defende-se que a aprovação da Lei da Palmada é essencial para proteger os direitos das crianças. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os impactos negativos dos castigos físicos no desenvolvimento infantil e o papel do Estado na proteção dos direitos das crianças.

Preliminarmente, os impactos negativos dos castigos físicos no desenvolvimento infantil são amplamente reconhecidos. De acordo com especialistas em Psicologia, o uso de violência como método disciplinar pode gerar traumas emocionais e comportamentais nas crianças, afetando seu desenvolvimento psicológico e social. Além disso, a prática pode perpetuar um ciclo de violência, onde a criança aprende a resolver conflitos por meio da agressão. Por exemplo, estudos mostram que crianças que sofrem castigos físicos têm maior propensão a desenvolver comportamentos agressivos na vida adulta.

Ademais, o papel do Estado na proteção dos direitos das crianças é crucial e deve ser enfatizado. Conforme a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, os governos têm a responsabilidade de garantir que todas as crianças sejam protegidas de todas as formas de violência. Portanto, a aprovação da Lei da Palmada seria um passo significativo para alinhar a legislação brasileira aos padrões internacionais de direitos humanos. Um exemplo disso é a Suécia, que desde a proibição de castigos físicos em 1979, observou uma diminuição significativa nos casos de violência doméstica.

Desse modo, percebe-se que a implementação de uma legislação que proíba os castigos físicos é fundamental para assegurar o bem-estar das crianças. Por isso, é importante que o Brasil avance na aprovação da Lei da Palmada, promovendo campanhas de conscientização sobre métodos educativos não violentos e fortalecendo o apoio às famílias na educação de seus filhos.


Leia com atenção o texto abaixo.
A vida contemporânea está marcada pela condição da visualidade: o mundo parece conter-se nas telas, grandes ou pequenas, nos monitores, nos espaços públicos ou privados carregados de signos. Já não se trata de desconfiar do que não se vê, mas de prestigiar apenas o que é amplamente visto. A expressão “ganhar visibilidade” é sintomática do nosso tempo, e praticamente equivale a “viver”: o que não se vê não existe.
Escreva uma dissertação, na qual você discutirá as ideias desse texto, sobretudo posicionando-se diante da seguinte questão: o futuro reforçará ou relativizará a “condição da visualidade” que marca a vida contemporânea?

Rascunho Eficiente

Assunto: a influência da visualidade na vida contemporânea
Tema: o impacto da visualidade na sociedade atual
Tese: o futuro tende a relativizar a condição da visualidade na vida contemporânea
Tópico 1: a saturação de imagens e a busca por autenticidade
Tópico 2: o papel das novas tecnologias na transformação da percepção visual

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a influência da visualidade na vida contemporânea, defende-se que o futuro tende a relativizar essa condição da na vida contemporânea. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a saturação de imagens e a busca por autenticidade e o papel das novas tecnologias na transformação da percepção visual.

Preliminarmente, a saturação de imagens na sociedade moderna tem levado a uma crescente busca por autenticidade e experiências genuínas. De acordo com especialistas em comunicação, a superexposição a imagens e informações visuais tem gerado um cansaço visual, levando as pessoas a questionarem a veracidade e o valor das experiências mediadas por telas. Além disso, a busca por autenticidade se reflete em movimentos culturais que valorizam o "desconectar" e o retorno a interações mais diretas e pessoais. Por exemplo, o crescente interesse por práticas de "detox digital" e a popularidade de eventos que proíbem o uso de dispositivos eletrônicos.

Ademais, o papel das novas tecnologias na transformação da percepção visual é significativo e multifacetado. Segundo futuristas e tecnólogos, inovações como a realidade aumentada e a realidade virtual estão redefinindo a maneira como interagimos com o mundo visual, oferecendo experiências mais imersivas e interativas. Consequentemente, essas tecnologias têm o potencial de alterar a forma como percebemos a realidade, promovendo uma integração mais equilibrada entre o mundo físico e o digital. Um exemplo disso é o uso crescente de "apps" de realidade aumentada em educação e treinamento, que enriquecem a experiência de aprendizado ao combinar elementos visuais digitais com o ambiente real.

Desse modo, percebe-se que o futuro tende a relativizar a condição da visualidade na vida contemporânea, promovendo um equilíbrio entre o visual e o autêntico. Por isso, é importante incentivar o desenvolvimento de tecnologias que promovam interações mais autênticas e significativas, além de fomentar a educação crítica sobre o consumo de imagens.


Texto

O SETOR ELÉTRICO MUNDIAL

O setor elétrico mundial assistiu nas últimas décadas a grandes transformações regulatórias. Estas reformas aconteceram em diversos países em resposta aos sinais de desgastes dos modelos vigentes surgidos, principalmente, na década de 70. O ponto comum dessas mudanças foi que todas visavam diminuir a intervenção estatal, aumentar a participação de agentes privados e introduzir as leis de mercado no setor elétrico.

(DIAS, Isael Vieira. Estratégias de Gestão de Compra d
e Energia Elétrica para Distribuidoras no Brasil. Dissertação de Mestrado – Curitiba: UFPR, 2007. http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/handle/1884/10741).
 
PROPOSTA DE REDAÇÃO

Disserte sobre o que consta no último período do texto:

“[...] diminuir a intervenção estatal, aumentar a participação de agentes privados e introduzir as leis de mercado no setor elétrico”.

Rascunho Eficiente

Assunto: Transformações no setor elétrico mundial
Tema: Redução da intervenção estatal e aumento da participação privada no setor elétrico
Tese: A liberalização do setor elétrico busca eficiência e inovação, mas enfrenta desafios regulatórios e sociais
Tópico 1: Impactos da redução da intervenção estatal no setor elétrico
Tópico 2: Desafios e oportunidades da participação privada no setor elétrico

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre transformações no setor elétrico mundial, percebe-se que a redução da intervenção estatal e o aumento da participação privada no setor elétrico visam modernizar e tornar o setor mais eficiente. Nesse contexto, defende-se que a liberalização do setor elétrico busca eficiência e inovação, mas enfrenta desafios regulatórios e sociais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os impactos da redução da intervenção estatal no setor elétrico e os desafios e oportunidades da participação privada no setor elétrico.

Preliminarmente, a redução da intervenção estatal no setor elétrico pode levar a uma maior eficiência e competitividade. Segundo especialistas, a diminuição do controle governamental permite que as empresas privadas adotem práticas de gestão mais flexíveis e inovadoras, resultando em serviços de melhor qualidade e menores custos para os consumidores. Além disso, a introdução de leis de mercado pode estimular o investimento em novas tecnologias e infraestrutura. Por exemplo, a desregulamentação do setor elétrico em países como o Reino Unido e a Alemanha resultou em um aumento significativo na capacidade de geração de energia renovável.

Por outro lado, a participação privada no setor elétrico traz desafios significativos. Conforme estudos de mercado, a entrada de agentes privados pode levar a uma concentração de mercado, onde poucas empresas dominam o setor, potencialmente prejudicando a competição e aumentando os preços para os consumidores. Além disso, há preocupações sobre a capacidade do setor privado de garantir a universalização do acesso à energia, especialmente em regiões menos desenvolvidas. Um exemplo notável é a experiência da Califórnia, onde a liberalização do mercado elétrico nos anos 2000 levou a crises de energia e aumentos de preços.

Desse modo, percebe-se que a busca por eficiência e inovação no setor elétrico através da liberalização enfrenta desafios significativos que precisam ser geridos com cuidado. Por isso, é importante que políticas regulatórias sejam implementadas para garantir a competição justa e a proteção dos consumidores, ao mesmo tempo em que se promove o investimento em tecnologias sustentáveis.


A construção de novas hidrelétricas na Amazônia, como o projeto de Belo Monte, por exemplo, tem gerado muitas discussões na imprensa nos últimos meses. Veja algumas manifestações publicadas no início de 2011:
 
“O Brasil precisa de energia para seguir crescendo. Mas não precisa de Belo Monte. Um estudo do Greenpeace lançado em novembro, o (R)evolução Energética, mostra que o país pode suprir suas necessidades energéticas investindo em fontes de geração renovável, como a eólica e a solar, e dispensando a construção de mega-hidrelétricas na região da Amazônia.[...]
 
O modelo proposto pelo Greenpeace dialoga com o Brasil de hoje e do futuro, propondo uma expansão da geração energética a partir de fontes como a solar, a eólica, PCH (pequenas centrais hidrelétricas) e biomassa. Essas fontes, particularmente biomassa e a eólica, são capazes de trazer a segurança energética que o país precisa ao longo do ano, uma vez que garantem o suprimento justamente nos meses de seca, em que a geração das hidrelétricas é muito mais baixa. Belo Monte terá geração extremamente variável ao longo do ano e vai apenas repetir esse padrão, que contribui para o déficit de energia nos meses secos, remediado com o acionamento de termelétricas movidas a combustíveis fósseis. O Brasil tem tudo para ser a nação com a matriz elétrica mais limpa do planeta. Belo Monte é sinal de que o governo não busca o futuro.” (Marcelo Furtado – diretorexecutivo do Greenpeace no Brasil, Folha de S. Paulo, 12 fev. 2011.)
 
---------------------------------
 
“O setor elétrico brasileiro está sob duplo bombardeio na mídia. Têm ocorrido quedas de energia elétrica com frequência acima do normal. Não há falta de capacidade instalada, como no racionamento de energia em 2001. Na época, faltaram investimentos para expansão do sistema; hoje, o problema está na transmissão e na distribuição. Por outro lado, os ambientalistas criticam a construção de Belo Monte. No fundo, a questão não é Belo Monte, mas fazer ou não hidrelétricas de potência significativa, em particular na região Norte, onde está a floresta amazônica, foco de justas preocupações ambientais.[...]
 
A área inundada [por Belo Monte] se restringe praticamente àquela que o rio já ocupa na sua variação sazonal.[...] Não haverá reservatório para acumulação, como fazem as hidrelétricas antigas do sistema interligado. Para reduzir os impactos, perdeu-se a capacidade de regularizar a vazão, reduzindo a energia assegurada. A potência máxima de Belo Monte é de 11 GW e a média é de 4,6 GW. [...] A operação de Belo Monte não pode ser vista isoladamente, pois ela estará no sistema interligado, no qual há transmissão de energia de uma região às outras. Quando Belo Monte gerar 11 GW, ela vai economizar água em reservatórios de outras usinas, que reduzirão sua geração. E essa água guardada permitirá gerar energia adicional nessas usinas.” (Luiz Pinguelli Rosa, físico, professor da UFRJ, Folha de S. Paulo, 12 fev. 2011.)
 
Em um texto de 12 a 15 linhas, exponha e defenda seu ponto de vista sobre a construção de hidrelétricas na Amazônia.

Rascunho Eficiente

Assunto: Energia e Meio Ambiente
Tema: Construção de hidrelétricas na Amazônia
Tese: A construção de hidrelétricas na Amazônia deve ser repensada em prol de alternativas energéticas sustentáveis
Tópico 1: Impactos ambientais das hidrelétricas na Amazônia
Tópico 2: Potencial de fontes renováveis alternativas

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre energia e meio ambiente, percebe-se que a construção de hidrelétricas na Amazônia é um tema controverso que envolve questões ambientais e energéticas. Nesse contexto, defende-se que esse investimento na Amazônia deve ser repensada em prol de alternativas energéticas sustentáveis. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar impactos ambientais das hidrelétricas na Amazônia e o potencial de fontes renováveis alternativas.

Preliminarmente, os impactos ambientais das hidrelétricas na Amazônia são significativos. De acordo com especialistas ambientais, a construção de grandes barragens pode causar desmatamento, perda de biodiversidade e alterações nos ecossistemas aquáticos. Além disso, essas usinas podem deslocar comunidades indígenas e ribeirinhas, afetando suas culturas e modos de vida. Por exemplo, a usina de Belo Monte gerou debates intensos sobre seus efeitos socioambientais.

Ademais, o potencial de fontes renováveis alternativas é promissor. Segundo estudos de organizações ambientais, o Brasil possui condições favoráveis para expandir sua matriz energética com energia solar, eólica e biomassa. Consequentemente, essas fontes podem suprir a demanda energética sem os impactos negativos das grandes hidrelétricas. Um exemplo notável é o crescimento da energia eólica no Nordeste, que tem mostrado eficiência e sustentabilidade.

Desse modo, percebe-se que a construção de hidrelétricas na Amazônia deve ser reconsiderada em favor de alternativas mais sustentáveis. Por isso, é importante que o governo e a sociedade invistam em pesquisas e políticas públicas que incentivem o uso de energias renováveis, garantindo um desenvolvimento energético sustentável e preservando o meio ambiente.


No Brasil, 90% aprovam internação involuntária de viciados
Medida é defendida pelo Ministro da Saúde, mas criticada por psicólogos
 
Nove em cada dez brasileiros acreditam que os viciados em crack devem ser internados em clínicas de reabilitação mesmo que contra a vontade. É o que mostra uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. A medida é defendida também pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mas criticada pelo Conselho Federal de Psicologia. O tema, que divide especialistas, ganhou força nos últimos meses com o lançamento do Plano de Enfrentamento ao Uso do Crack e outras Drogas do governo federal, em dezembro, e da ação de policiais na região da Cracolândia, em São Paulo. Pesquisa divulgada na terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que pelo menos 5.103 dependentes do crack e de outras drogas foram internados de forma involuntária em São Paulo nos últimos oito anos. Na média, são quase dois por dia. Os dados são do Ministério Público Estadual, que deve ser notificado quando a internação involuntária ocorre mediante aprovação da família em um prazo máximo de 72 horas. A regra vale para qualquer diagnóstico, relacionado ou não ao uso de álcool e drogas. Apesar de controversa, a medida é considerada legal em todo o país desde abril de 2001, a partir da publicação da Lei 10.216, que permite que parentes de sangue optem pelo tratamento, mesmo sem consentimento do paciente. A legalidade da internação, no entanto, depende da apresentação de um laudo médico, assinado por um psiquiatra. De acordo com a pesquisa Datafolha, a concordância com a internação voluntária só apresenta ligeira queda entre os brasileiros da Região Sul (86%), os que possuem ensino superior (84%) ou renda acima de dez salários mínimos (79%). O instituto ouviu 2.575 pessoas em 159 cidades do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
 
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/90-dos-brasileiros-aprovam-internacao-involuntaria-de-viciados, 21de jan. de 2012.
 
 
08/12/2011 - 09h04
Se seu filho fosse viciado em crack?
 
Gilberto Dimenstein
 
 
Se seu filho estivesse viciado em crack certamente você, leitor, faria o que quase todos os pais de classe média fazem: internação involuntária.
 
Mas será que internar na marra funciona? Essa é uma das polêmicas em torno do programa contra a epidemia de crack lançado pelo governo federal.
 
Vou logo aqui dizendo que tendo a apoiar, apesar de todas as ressalvas, a internação involuntária em muitos casos. Mas pelo que tenho visto em várias partes do mundo, a começar pelo Brasil, internar na marra, sem a vontade do paciente, tem uma chance gigantesca de não funcionar.
 
O que tem funcionado --mesmo assim com extrema dificuldade-- é um esforço combinado nas mais variadas áreas, em que os medicamentos são apoiados em terapia e, depois, em trabalho de inclusão dos jovens nos estudos e no mercado de trabalho. Ou seja, funciona quando o jovem volta a apostar no futuro e, portanto, em sua vida.
 
É algo que provavelmente seu filho teria mais condições de obter, com o apoio não só de terapeutas como também, especialmente, da família. Mesmo assim seria uma batalha devastadora. Imagine o pobre quase sem recursos --e nenhuma família.
 
Se o plano oferecido por Dilma Rousseff não quiser queimar R$ 4 bilhões, sem nenhum efeito, terá de seguir o caminho mais difícil, demorado, de combinar diferentes ações para que o jovem se sinta com perspectiva. A falta de perspectiva é a pior das drogas.
 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/1018347-se-seu-filho-fosse-viciado-em-crack.shtml, 08 de dez. de 2011.
 
 
De acordo com os textos de apoio e com base no seu conhecimento sobre o assunto, escreva uma dissertação na qual você argumente a favor ou contra a internação involuntária para os casos de dependentes de drogas ilícitas. Você também pode posicionar-se a favor e contra a internação involuntária, desde que sua argumentação sustente seu posicionamento.

Rascunho Eficiente

Assunto: internação involuntária de dependentes químicos
Tema: a eficácia e a ética da internação involuntária de usuários de drogas ilícitas
Tese: a internação involuntária não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos
Tópico 1: limitações e desafios da internação involuntária
Tópico 2: alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre internação involuntária de dependentes químicos, defende-se que ela não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as limitações e desafios da internação involuntária e alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos.

Preliminarmente, as limitações e desafios da internação involuntária são evidentes e preocupantes. Conforme especialistas em saúde mental, a internação involuntária pode não resultar na recuperação desejada, pois a ausência de consentimento do paciente muitas vezes leva à resistência ao tratamento e à reincidência no uso de drogas após a alta. Além disso, a falta de infraestrutura adequada e de profissionais capacitados em muitas clínicas de reabilitação agrava a situação, tornando o tratamento ineficaz. Por exemplo, em São Paulo, a internação involuntária de milhares de dependentes não resultou em melhorias significativas nas taxas de recuperação a longo prazo.

Ademais, alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos devem ser consideradas e implementadas. De acordo com estudos internacionais, abordagens que combinam tratamento medicamentoso, terapia psicológica e programas de reintegração social têm mostrado resultados mais promissores na recuperação de dependentes químicos. Além disso, a inclusão de familiares no processo de tratamento e o fortalecimento de redes de apoio comunitário são fundamentais para o sucesso a longo prazo. Um exemplo disso é o modelo adotado em países como Portugal, onde a descriminalização das drogas e o foco em políticas de saúde pública resultaram em uma redução significativa no uso de drogas e nas taxas de reincidência.

Desse modo, percebe-se que a internação involuntária não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos. Por isso, é importante que políticas públicas sejam direcionadas para o desenvolvimento de programas de tratamento integrados e humanizados, que respeitem a autonomia do paciente e promovam a reintegração social.


No Brasil, 90% aprovam internação involuntária de viciados
Medida é defendida pelo Ministro da Saúde, mas criticada por psicólogos
 
Nove em cada dez brasileiros acreditam que os viciados em crack devem ser internados em clínicas de reabilitação mesmo que contra a vontade. É o que mostra uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. A medida é defendida também pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mas criticada pelo Conselho Federal de Psicologia. O tema, que divide especialistas, ganhou força nos últimos meses com o lançamento do Plano de Enfrentamento ao Uso do Crack e outras Drogas do governo federal, em dezembro, e da ação de policiais na região da Cracolândia, em São Paulo. Pesquisa divulgada na terça-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra que pelo menos 5.103 dependentes do crack e de outras drogas foram internados de forma involuntária em São Paulo nos últimos oito anos. Na média, são quase dois por dia. Os dados são do Ministério Público Estadual, que deve ser notificado quando a internação involuntária ocorre mediante aprovação da família em um prazo máximo de 72 horas. A regra vale para qualquer diagnóstico, relacionado ou não ao uso de álcool e drogas. Apesar de controversa, a medida é considerada legal em todo o país desde abril de 2001, a partir da publicação da Lei 10.216, que permite que parentes de sangue optem pelo tratamento, mesmo sem consentimento do paciente. A legalidade da internação, no entanto, depende da apresentação de um laudo médico, assinado por um psiquiatra. De acordo com a pesquisa Datafolha, a concordância com a internação voluntária só apresenta ligeira queda entre os brasileiros da Região Sul (86%), os que possuem ensino superior (84%) ou renda acima de dez salários mínimos (79%). O instituto ouviu 2.575 pessoas em 159 cidades do país. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
 
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/90-dos-brasileiros-aprovam-internacao-involuntaria-de-viciados, 21de jan. de 2012.
 
 
08/12/2011 - 09h04
Se seu filho fosse viciado em crack?
 
Gilberto Dimenstein
 
 
Se seu filho estivesse viciado em crack certamente você, leitor, faria o que quase todos os pais de classe média fazem: internação involuntária.
 
Mas será que internar na marra funciona? Essa é uma das polêmicas em torno do programa contra a epidemia de crack lançado pelo governo federal.
 
Vou logo aqui dizendo que tendo a apoiar, apesar de todas as ressalvas, a internação involuntária em muitos casos. Mas pelo que tenho visto em várias partes do mundo, a começar pelo Brasil, internar na marra, sem a vontade do paciente, tem uma chance gigantesca de não funcionar.
 
O que tem funcionado --mesmo assim com extrema dificuldade-- é um esforço combinado nas mais variadas áreas, em que os medicamentos são apoiados em terapia e, depois, em trabalho de inclusão dos jovens nos estudos e no mercado de trabalho. Ou seja, funciona quando o jovem volta a apostar no futuro e, portanto, em sua vida.
 
É algo que provavelmente seu filho teria mais condições de obter, com o apoio não só de terapeutas como também, especialmente, da família. Mesmo assim seria uma batalha devastadora. Imagine o pobre quase sem recursos --e nenhuma família.
 
Se o plano oferecido por Dilma Rousseff não quiser queimar R$ 4 bilhões, sem nenhum efeito, terá de seguir o caminho mais difícil, demorado, de combinar diferentes ações para que o jovem se sinta com perspectiva. A falta de perspectiva é a pior das drogas.
 
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/1018347-se-seu-filho-fosse-viciado-em-crack.shtml, 08 de dez. de 2011.
 
 
De acordo com os textos de apoio e com base no seu conhecimento sobre o assunto, escreva uma dissertação na qual você argumente a favor ou contra a internação involuntária para os casos de dependentes de drogas ilícitas. Você também pode posicionar-se a favor e contra a internação involuntária, desde que sua argumentação sustente seu posicionamento.

Rascunho Eficiente

Assunto: internação involuntária de dependentes químicos
Tema: a eficácia e a ética da internação involuntária de usuários de drogas ilícitas
Tese: a internação involuntária não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos
Tópico 1: limitações e desafios da internação involuntária
Tópico 2: alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre internação involuntária de dependentes químicos, pdefende-se que ela não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as limitações e desafios da internação involuntária e alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos.

Preliminarmente, as limitações e desafios da internação involuntária são evidentes e preocupantes. Conforme especialistas em saúde mental, a internação involuntária pode não resultar na recuperação desejada, pois a ausência de consentimento do paciente muitas vezes leva à resistência ao tratamento e à reincidência no uso de drogas após a alta. Além disso, a falta de infraestrutura adequada e de profissionais capacitados em muitas clínicas de reabilitação agrava a situação, tornando o tratamento ineficaz. Por exemplo, em São Paulo, a internação involuntária de milhares de dependentes não resultou em melhorias significativas nas taxas de recuperação a longo prazo.

Ademais, alternativas eficazes e éticas para o tratamento de dependentes químicos devem ser consideradas e implementadas. De acordo com estudos internacionais, abordagens que combinam tratamento medicamentoso, terapia psicológica e programas de reintegração social têm mostrado resultados mais promissores na recuperação de dependentes químicos. Além disso a inclusão de familiares no processo de tratamento e o fortalecimento de redes de apoio comunitário são fundamentais para o sucesso a longo prazo. Um exemplo disso, é o modelo adotado em países como Portugal, onde a descriminalização das drogas e o foco em políticas de saúde pública resultaram em uma redução significativa no uso de drogas e nas taxas de reincidência.

Desse modo, percebe-se que a internação involuntária não é a solução mais eficaz ou ética para o tratamento de dependentes químicos. Por isso, é importante que políticas públicas sejam direcionadas para o desenvolvimento de programas de tratamento integrados e humanizados, que respeitem a autonomia do paciente e promovam a reintegração social.


Leia os textos abaixo:

Texto l

O engenho do roteiro de "A forma da água" é misturar monstros, espionagem, ambientação noir e a luta contra preconceitos. A relação entre uma mulher muda (Sally Hawkins está tocante no papel) e um ser bizarro é uma quebra de paradigma para uma sociedade que lamentavelmente até hoje ainda distingue pessoas por etnia, gênero ou deficiências. Na década de 60, então, a coisa era bem pior.
(...)

"A forma da água", contudo, tem menos impacto do que outros filmes de Dei Toro por uma leve indecisão de qual interpretação seguir. O espectador pode assisti-lo como uma metáfora política e social de um período de paranoias. Assim, trata-se de uma obra genial, merecedora de todos os prêmios que vem ganhando e ainda pode ganhar.

Mas há uma outra leitura, bem menos interessante, que o aproxima de um conto de fadas infantil. Claro que se pode dizer que quase toda produção fantasiosa tem um quê de conto de fadas, afinal a matriz é a mesma. O problema, no caso de "A forma da água", é que há um momento em que todos os outros elementos são deixados de lado em nome de se explorar o romance entre os protagonistas. (...)

A forma da água (The Shape of Water)

Sinopse: Numa instalação secreta de pesquisa, na década de 1960, uma zeladora solitária passa a ter um relacionamento singular com uma criatura anfíbia que está sendo mantida em cativeiro. Vencedor do Oscar 2018 de melhor filme, direção, direção de arte e trilha sonora.

Direção: Guillermo Dei Toro

André Miranda, 01/02/2018 Disponível em: https://oglobo.globo.com/rioshow/critica-formada- agua-22351638
 
Texto II

"Se o velho ditado 'os opostos se atraem' fosse mesmo verdadeiro, poderíamos viver em um mundo menos polarizado e mais aberto ao entendimento. O momento político crítico que atravessamos é um exemplo de que este ditado não tem tido muita aplicabilidade na vida real. O fato é que gostamos de pessoas parecidas com a gente. Apesar da busca pelos similares ser um comportamento natural do ser humano, as consequências disso não são muito positivas.
(...)

Por um lado, isso pode nos dar a sensação de conforto em conviver apenas com aqueles que compartilham dos mesmos ideais que a gente. O revés é que isso aumenta a nossa intolerância. Se nos acostumamos a dividir somente opiniões similares às nossas, diminuímos o espaço para ouvir e tentar entender os argumentos que são diferentes dos nossos. Também deixamos de perceber o risco da intensificação de ideias extremistas - que sempre são perigosas, independentemente de ideologia política -, já que elas ficam fora da 'bolha' de similaridade que construímos ao nosso redor."
 
Samy Dana, 22/04/2016 Disponível em: http:J/g1 .globo.com/economia/blog/samydana/ post/polarizacao-das-ideias-atrasa-reestruturacao-dopais. html
 
Após a leitura dos textos motivadores, reflita e elabore uma dissertação argumentativa sobre o tema "Respeito às diferenças". A partir de uma tese clara, organize seus argumentos.

Dê um título ao seu texto.

Rascunho Eficiente

Assunto: Diversidade e convivência
Tema: Respeito às diferenças
Tese: A aceitação das diferenças é crucial para uma sociedade mais justa e harmônica.
Tópico 1: Importância da diversidade cultural e social
Tópico 2: Consequências da intolerância e polarização

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre diversidade e convivência, percebe-se que o respeito às diferenças é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva e pacífica. Nesse contexto, defende-se que a aceitação das diferenças é crucial para uma sociedade mais justa e harmônica. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da diversidade cultural e social e as consequências da intolerância e polarização.

Preliminarmente, a diversidade cultural e social é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade plural e enriquecedora. Segundo a Antropologia, a cultura é um sistema de significados que orienta a vida social e permite a convivência entre diferentes grupos. Dessa forma, a diversidade proporciona um ambiente de aprendizado mútuo e inovação, onde diferentes perspectivas podem contribuir para soluções mais criativas e eficazes. Por exemplo, em ambientes de trabalho diversos, estudos mostram que há um aumento na produtividade e satisfação dos colaboradores, refletindo a importância de se valorizar as diferenças.

Ademais, a intolerância e a polarização têm efeitos deletérios na coesão social e no progresso coletivo. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a modernidade líquida, caracterizada pela fragilidade dos laços sociais, intensifica a polarização ao invés de promover o diálogo e a compreensão. Consequentemente, a intolerância gera conflitos e impede a construção de pontes entre grupos diferentes, alimentando discursos de ódio e extremismo. Um exemplo disso é o aumento de crimes de ódio em diversas partes do mundo, que evidencia a necessidade urgente de promover o respeito e a empatia entre as pessoas.

Desse modo, percebe-se que a aceitação das diferenças é essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva e pacífica. Por isso, é importante implementar políticas educacionais que promovam a diversidade e o respeito desde a infância, além de campanhas de conscientização que incentivem o diálogo e a empatia entre diferentes grupos sociais.


Leia os fragmentos transcritos abaixo:
“A vida privada é um importante ramo de pesquisa histórica praticada no mundo todo.
Temas como vestuário, trabalho doméstico, tipos de alimentação, hábitos à mesa, higiene, a intimidade no quarto revelam costumes e valores de uma época. Portanto, historiadores brasileiros também são afetados pelas restrições atuais.
[...]
Os artistas da Procure Saber estão confundindo biografia com bisbilhotice de revistas de fofoca, às quais eles abrem prazerosamente suas casas para mostrar a beleza de seus móveis, decorações, piscinas, quartos. O trabalho dos biógrafos é outro: buscar a essência de seu personagem, com todas as suas contradições e complexidades. Entender isso é fundamental para se avançar na discussão.” (Jason Tércio, jornalista)
Disponível em: <http://oglobo.globo.com/cultura/biografias-as-raizes-da-controversia-10701869>. Acesso em: 24 nov. 2013.
“Nunca quisemos exercer qualquer censura.Temos o dever de buscar nossos direitos. Sem censura prévia. Sem a necessidade de que se autorize por escrito quem quer falar de quem quer que seja. Não negamos que esta vontade de evitar a exposição da intimidade, da nossa dor, ou da dor dos que nos são caros, em dado momento nos tenha levado a assumir uma posição mais radical.” (Associação Procure Saber)
Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed771_procure_saber_agora_se_diz_ contra_censura_previa>. Acesso em: 24 nov. 2013.
A partir do que está exposto nos textos acima e baseado em seus próprios conhecimentos e opiniões, redija um texto dissertativo-argumentativo em que exponha seu posicionamento acerca da oposição entre o direito à informação da população e o direito à intimidade de pessoas públicas.

Rascunho Eficiente

Assunto: Direito à informação e à privacidade
Tema: Conflito entre a privacidade de figuras públicas e o direito à informação
Tese: A necessidade de equilibrar o direito à privacidade de figuras públicas com o direito da sociedade à informação
Tópico 1: Importância da privacidade para figuras públicas
Tópico 2: Relevância do direito à informação para a sociedade

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre direito à informação e à privacidade, defende-se que é necessário encontrar um equilíbrio entre o direito à privacidade de figuras públicas e o direito da sociedade à informação. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da privacidade para figuras públicas e a relevância do direito à informação para a sociedade.

Preliminarmente, a importância da privacidade para figuras públicas deve ser considerada cuidadosamente. Segundo especialistas em Direito, a privacidade é um direito fundamental que protege a dignidade e a integridade pessoal, permitindo que indivíduos, inclusive figuras públicas, mantenham uma esfera de vida pessoal livre de intrusões indesejadas. Além disso, a exposição excessiva pode levar a consequências negativas, como estresse e violações de segurança. Por exemplo, celebridades frequentemente relatam casos de perseguição e assédio devido à exposição de suas vidas privadas.

Por outro lado, a relevância do direito à informação para a sociedade não pode ser subestimada. De acordo com teóricos da comunicação, o acesso à informação é essencial para a formação de uma sociedade informada e crítica, permitindo que os cidadãos tomem decisões fundamentadas e participem ativamente do processo democrático. Além disso, a transparência sobre a vida de figuras públicas pode ser de interesse público, especialmente quando envolve questões de ética e responsabilidade. Um exemplo disso é a cobertura jornalística de escândalos políticos que revelam comportamentos inadequados de líderes eleitos.

Desse modo, percebe-se que é crucial equilibrar o respeito à privacidade de figuras públicas com o direito da sociedade à informação. Por isso, é importante estabelecer diretrizes claras que protejam a privacidade sem comprometer o acesso à informação de interesse público.


Os textos a seguir servirão de base para a questão de redação:
 
Texto 1
 
A Lei n.º 11.705, sancionada em 19/6/2008, chamada de “Lei Seca”, prevê maior rigor contra o motorista que ingerir bebidas alcoólicas. A nova lei torna ilegal dirigir com concentração a partir de dois decigramas de álcool por litro de sangue. A punição para quem descumprir a lei prevê suspensão da carteira de habilitação por um ano, além de multa de R$ 955,00 e retenção do veículo. A suspensão por um ano do direito de dirigir é feita a partir de 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg de álcool por litro de sangue). Acima de 0,3 mg/L de álcool no ar expelido (ou 6 dg por litro de sangue), a punição inclui também a detenção do motorista (de seis meses a três anos).
 
Folha de São Paulo – 30/6/2008
 
Texto 2
 
Menos pessoas morreram nos feriados de final de ano nas estradas federais e estaduais de SP em relação ao mesmo período de 2007, apontam as respectivas polícias rodoviárias.
 
Foram 72 mortes no Natal e no Réveillon deste ano, contra 103 no ano passado, segundo balanços divulgados ontem (30,1% a menos). (...)
 
Fiscalização e lei seca
 
“Sem dúvida alguma o principal motivo foi o grande esforço empreendido na fiscalização. A lei seca também é um importante componente que contribuiu para esses resultados”, disse o tenente Cláudio Rogério Ceoloni, da Polícia Rodoviária Estadual.
 
Folha de São Paulo – 6/1/2009
 
Texto 3
 
Ao lado do retumbante sucesso da Lei Seca, começam a surgir movimentos para questionar a sua constitucionalidade. Alguns argumentam que o máximo de 0,2 decigramas de álcool por litro de sangue é um exagero. Outros dizem que a imposição do bafômetro força os cidadãos a produzirem prova contra si mesmos. Há ainda os que vêem a lei como uma afronta aos direitos individuais. Não vejo ofensa a direito nenhum. Todos continuam com total liberdade para beber o quanto quiserem. O que foi barrada é a liberdade, aliás inexistente, de um cidadão tirar a vida de outro devido a descontrole causado pelo excesso de bebida, que, comprovadamente, se manifesta a partir dos 0,2 decigramas. Tampouco tem cabimento dizer que o teste do bafômetro constitui prova contra si mesmo. Quando um policial revista um carro em busca de armas ou de drogas, ninguém reclama, como não reclamaria se todos os pilotos viessem a ser testados pelo bafômetro antes de voar. Por que então querer explorar essa filigrana jurídica para impedir o exame da alcoolemia? Penso que a lei recebeu um apelido errado. Seria “Lei Seca” se interferisse no direito de beber. Não é o caso. A nova lei simplesmente se soma às exigências para dirigir, ou seja, possuir carteira de habilitação, ter visão adequada, ser maior de 18 anos e estar sóbrio.
 
Antônio Ermírio de Moraes – Folha de São Paulo – 17/8/2008
 
Texto 4
 
Depois da vigência da Lei Seca, caiu mais da metade o número de acidentes com veículos motorizados. Os defensores da abstinência comemoram e enaltecem o rigor da lei. Mas um minuto de reflexão bastaria para duvidar dessa relação causal entre a lei e a redução dos acidentes. O bom êxito não resulta sobretudo da repressão policial que pela primeira vez se organiza como tal?
 
Cabe lembrar que a cidade de São Paulo possuía por volta de 30 bafômetros, quantidade absolutamente ridícula. Em vez de o Estado ser aparelhado, e a população, educada, simplesmente se promulga uma lei que pode funcionar como espantalho e forçar uma mudança cultural mediante malabarismos do legislador.
 
José Arthur Giannotti – Folha de São Paulo – 16/7/2008
 
Texto 5
 
Não se fala mais de outra coisa.
 
A lei é muito rigorosa, não pode cheirar a álcool, comer bombom de licor ou usar desinfetante bucal, que corre o risco de ir parar na cadeia em vez de chegar em casa.
 
A Polícia prepara blitze, a imprensa acompanha e divulga o número de autuados, com ênfase para aqueles que ocupam algum cargo ou são conhecidos do público, os bares e restaurantes tentam se adaptar para não perder a clientela, colocam táxis e motoristas à disposição dos freqüentadores.
 
É uma revolução cultural. Ainda que essa lei perdesse a validade amanhã, já teria servido para fazer o povo brasileiro repensar os seus hábitos. (...)
 
Os argumentos dos que se rebelam são inconsistentes. As estatísticas mostram que o álcool faz mais vítimas no trânsito do que algumas guerras por aí.
 
José Elias Themer – Folha de São Paulo – 14/7/2008
 
 
Após a leitura dos textos anteriores, em que você encontrará informações e opiniões diversas a respeito da chamada “Lei Seca”, escreva um texto dissertativo, em que você se posicione, com argumentos coerentes e convincentes, em relação a essa lei.

Rascunho Eficiente

Assunto: legislação de trânsito
Tema: impacto da Lei Seca no Brasil
Tese: a Lei Seca é eficaz na redução de acidentes e na promoção de uma cultura de responsabilidade no trânsito
Tópico 1: redução de acidentes e mortes no trânsito
Tópico 2: mudança cultural e conscientização da população

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre legislação de trânsito, percebe-se que o impacto da Lei Seca no Brasil é significativo e positivo. Nesse contexto, defende-se que a legislação é eficaz na redução de acidentes e na promoção de uma cultura de responsabilidade no trânsito. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a redução de acidentes e mortes no trânsito e a mudança cultural e conscientização da população.

Preliminarmente, a redução de acidentes e mortes no trânsito é um dos principais efeitos positivos da Lei Seca. Conforme dados estatísticos apresentados por autoridades rodoviárias, houve uma diminuição significativa no número de mortes em estradas federais e estaduais após a implementação da lei. Além disso, a fiscalização rigorosa contribuiu para que motoristas se tornassem mais cautelosos, evitando dirigir sob a influência de álcool. Por exemplo, durante os feriados de final de ano, foi observada uma redução de 30,1% no número de mortes em comparação com o ano anterior.

Ademais, a mudança cultural e a conscientização da população são aspectos fundamentais promovidos pela Lei Seca. De acordo com especialistas em comportamento social, a lei tem incentivado uma reflexão sobre os hábitos de consumo de álcool e a responsabilidade no trânsito. Consequentemente, bares e restaurantes têm adotado medidas como a disponibilização de táxis para clientes, promovendo alternativas seguras para quem consome bebidas alcoólicas. Além disso, a ampla cobertura midiática sobre a lei e suas consequências tem reforçado a importância de dirigir com responsabilidade.

Desse modo, percebe-se que a Lei Seca desempenha um papel crucial na segurança viária e na promoção de uma cultura de responsabilidade. Por isso, é importante continuar investindo em fiscalização e campanhas educativas para consolidar os avanços alcançados.


Julgar a partir da aparência parece ser uma conduta habitual do ser humano que, no entanto, pode levar a falsas conclusões. Por isso é uma atitude também reprovada pelas pessoas de um modo geral. O povo, em sua sabedoria, tem vários provérbios, ou máximas, para expressar a ideia de que é errado julgar pela aparência:
 
“O hábito não faz o monge”
“O hábito elegante cobre às vezes um tratante”
“Quem vê cara não vê coração”
“Parecença não é certeza”
“Parecer não é ser”
“As aparências enganam”
 
Escreva um texto em que você manifeste sua opinião sobre a seguinte afirmação:
 
As aparências enganam

Rascunho Eficiente

Assunto: Julgamento pela aparência
Tema: As aparências enganam
Tese: A avaliação superficial frequentemente leva a equívocos
Tópico 1: Impacto social dos julgamentos precipitados
Tópico 2: Importância de uma análise mais profunda

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre relações pessoais, percebe-se que aparências podem ser enganosas. Nesse contexto, defende-se que a avaliação superficial frequentemente leva a equívocos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto social dos julgamentos precipitados e a importância de uma análise mais profunda.

Preliminarmente, o impacto social dos julgamentos precipitados é significativo e abrangente. Conforme estudos sociológicos, julgamentos baseados apenas na aparência podem perpetuar estereótipos e preconceitos, afetando negativamente as relações interpessoais e sociais. Além disso, essas avaliações superficiais podem levar a discriminações injustas, como aquelas baseadas em raça, gênero ou classe social. Por exemplo, uma pessoa pode ser subestimada em um ambiente profissional apenas por sua aparência, independentemente de suas habilidades e competências reais.

Ademais, a importância de uma análise mais profunda não pode ser subestimada. De acordo com especialistas em Psicologia, a compreensão completa de uma pessoa ou situação requer tempo e atenção, indo além das primeiras impressões. Portanto, uma abordagem mais cuidadosa e reflexiva pode revelar qualidades e aspectos que não são imediatamente aparentes. Por exemplo, ao conhecer alguém, é essencial ouvir e observar atentamente antes de formar uma opinião definitiva.

Desse modo, percebe-se que a avaliação superficial frequentemente leva a equívocos e pode ser prejudicial. Por isso, é importante promover a conscientização sobre os perigos dos julgamentos precipitados e incentivar uma cultura de análise mais profunda e empática.