Mostrando 741 - 750 de 957

A necessidade de conduta ética frente à cultura de desperdício de águas Nathalie da Nóbrega Medeiros
Durante muito tempo, o homem fez uso dos recursos hídricos sem levar em consideração o fato de que as águas, apesar de aparentarem ser infinitas, estão passiveis de escassear graças à postura predatória no consumo e a cultura de desperdícios ainda tão fortes no meio social. A utilização desse bem é responsável por numerosos problemas cuja resolução está pautada em uma profunda reflexão ética, posto que acredita-se que a conscientização da coletividade é a forma mais eficaz de preservação, pois, a partir do momento em que as pessoas percebem o real valor das águas para a sua vida, passam a preocupar-se com a sua preservação com o mesmo cuidado que protegem suas vidas pelo fato de que a água é indissociável da vida, é inerente à sobrevivência da pessoa humana. O fundamento compreendido é aquele que faz referência à consciência, ao valor ou à necessidade da valorização da água. Seria, então, o fundamento visto como uma justificativa ou um referencial ético indispensável para a vida humana no tocante à preservação do meio ambiente e, em especial, aos recursos hídricos. Não se pode manter os olhos fechados para essa problemática e, muito menos, os braços cruzados diante da realidade na qual se encontram os recursos hídricos. E, para que haja uma verdadeira mudança de atitudes com relação aos atos desrespeitosos à natureza das águas, a ética ambiental deve estar presente no cotidiano das pessoas.
Adaptado de: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9408 Acesso em 02/04/2018.
Evento irá debater uso dos recursos hídricos Encontro prepara capital para sediar 8º Fórum Mundial da Água, em março
Um seminário internacional sobre o uso da água trará para Brasília esta semana o mestre espiritual e autor de best-sellers Sri Prem Baba, que vai falar sobre a importância da preservação dos recursos hídricos no planeta. O evento, na quinta (11) e sexta-feira (12), servirá como preparação para o 8º Fórum Mundial da Água que acontece, em março, na capital. A programação inclui palestras, painéis, oficinas e debates com pesquisadores, políticos, empresários e representantes da sociedade civil. A proposta é discutir formas de garantir a conservação e o uso consciente da água no planeta. Um dos idealizadores do evento, Sri Prem Baba, afirma que a natureza tem dado seu recado usando a água como mensageira. Ele cita como exemplo as secas, tempestades, alagamentos e tsunamis. O encontro terá seis macrotemas que envolvem discussões sobre água e ética, direitos humanos, sustentabilidade, educação, inovação e paz no relacionamento com recursos hídricos em todo o mundo. “A ideia é que a partir daí possamos desenvolver projetos anos adiante para sanarmos, de fato, o problema da escassez da água e questões como a proteção das nascentes dos rios”, explica Sri Prem Baba, que fará a palestra magna do evento.
Fórum Mundial da Água
O Distrito Federal será sede, em março, do 8º Fórum Mundial da Água. O evento, que acontece a cada três anos, é considerado um dos mais importantes do mundo e já passou por Daegu, na Coreia do Sul (2015); Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997). Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos e será a primeira vez que ocorre no Brasil. O GDF espera reunir cerca de 40 mil pessoas de mais de cem países nos dois locais reservados para o encontro.
Adaptado de: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/seminario-sobre-a-agua-traz-lider-espiritual-sri-prem-baba-a-brasilia.ghtml [Fragmentos]. Acesso em 02/02/2018.
Ambientes Urbanos no 8º Fórum Mundial da Água
O crescimento acelerado das cidades tem exigido, cada vez mais, que se adotem processos sustentáveis e integrados de gestão de águas e resíduos urbanos. A escassez hídrica em épocas mais secas, assim como o excesso de água em períodos chuvosos, afeta diretamente a dinâmica das cidades e a vida das pessoas, ocasionando deseconomias e prejuízos de grande monta, e exigindo medidas urgentes. Apesar dos investimentos crescentes na promoção do uso racional, a utilização da água em ambientes urbanos gera volumes expressivos e crescentes de efluentes, cujo tratamento e destinação é questão crucial. Soma-se a isso a existência de aglomerados urbanos sem infraestrutura, como favelas, sem garantia de condições mínimas de acesso à água, drenagem e saneamento. Nesse cenário, metodologias de tratamento e de reuso de água, e de reciclagem de resíduos, associadas a campanhas de redução de consumo, ganham importância para melhorar as condições de vida nas cidades.
Disponível em: http://www.worldwaterforum8.org/pt-br/discuss%C3%A3o-sobre-urbano Acesso em 02/02/2018.
Disponível em: https://opsveracruz.wordpress.com/category/agua/. Acesso em 02/02/2018.
A partir da leitura dos textos de apoio e de seus conhecimentos de mundo, elabore um texto  dissertativo-argumentativo que exponha sua opinião sobre o tema: “Responsabilidade social diante da utilização dos recursos hídricos”.

Rascunho Eficiente

Assunto: Uso consciente da água
Tema: Responsabilidade social diante da utilização dos recursos hídricos
Tese: A conscientização e a ética ambiental são fundamentais para a preservação dos recursos hídricos
Tópico 1: Importância da conscientização coletiva
Tópico 2: Implementação de práticas sustentáveis nas cidades

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre uso consciente da água, percebe-se que a responsabilidade social diante da utilização dos recursos hídricos é crucial para garantir a sustentabilidade e a disponibilidade desse recurso vital para as gerações futuras. Nesse contexto, defende-se que a conscientização e a ética ambiental são fundamentais para a preservação dos recursos hídricos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da conscientização coletiva e a implementação de práticas sustentáveis nas cidades.

Preliminarmente, a conscientização coletiva é essencial para a preservação dos recursos hídricos, pois envolve a participação ativa de todos os setores da sociedade na promoção de práticas sustentáveis. Segundo especialistas em sustentabilidade, a educação ambiental desempenha um papel crucial na formação de cidadãos conscientes e responsáveis, capazes de adotar hábitos que minimizem o desperdício de água. Além disso, campanhas de sensibilização e programas educativos podem incentivar a população a valorizar a água como um recurso finito e indispensável. Um exemplo disso é a implementação de projetos escolares que ensinam crianças e jovens sobre a importância da conservação da água, promovendo uma mudança de comportamento desde cedo.

Ademais, a implementação de práticas sustentáveis nas cidades é vital para enfrentar os desafios relacionados à gestão dos recursos hídricos. De acordo com urbanistas, a adoção de tecnologias de reuso de água e o tratamento adequado de efluentes são medidas eficazes para reduzir o consumo e melhorar a qualidade da água disponível. Além disso, a infraestrutura urbana deve ser planejada para garantir o acesso equitativo à água, especialmente em áreas carentes. Um exemplo relevante é a cidade de Singapura, que investiu em tecnologias avançadas de tratamento de água e conseguiu se tornar uma referência mundial em gestão hídrica sustentável.

Desse modo, percebe-se que a conscientização e a ética ambiental são indispensáveis para a preservação dos recursos hídricos. Por isso, é importante que governos, empresas e sociedade civil trabalhem juntos para promover a educação ambiental e implementar políticas públicas que incentivem o uso sustentável da água.


Leia os textos a seguir.
TEXTO 1
A difícil tarefa de viver em comunidade
Um crime cometido no bairro do Eucaliptal chocou a população de Volta Redonda. O aposentado Hélio Fernandes de Oliveira, 44 anos, confessou ter assassinado um adolescente de 15 anos a facadas. A tragédia teria sido gerada por uma briga entre vizinhos. Este foi o caso mais grave, entre outros muitos registrados pela 93.ª DP (Delegacia de Polícia) nos últimos tempos, envolvendo pessoas que moram próximas.
De acordo com o delegado titular, Leandro Gontijo, o fato de as pessoas morarem próximas contribui para o acontecimento dos conflitos, decorrentes da convivência diária e da proximidade.
As ocorrências mais comuns relativas a desentendimentos entre vizinhos são ameaças entre os moradores. O procedimento da polícia nestes casos é ouvir ambas as partes e encaminhá-las para o Juizado Especial Criminal, onde será feito o julgamento. “Geralmente as ameaças são causadas por cachorros de um vizinho que fica latindo sem parar ou a sujeira na casa que acaba incomodando”, afirmou.
Muitas ocorrências de desentendimentos entre vizinhos acontecem, também, em bairros de zona rural. Segundo o delegado, os problemas geralmente são causados por pessoas que passam por propriedades privadas ou animais que invadem o terreno do vizinho, como o exemplo de uma ocorrência em que o cavalo do vizinho estava comendo as plantas do terreno de um morador.
Ele afirmou que cerca de 40% das queixas feitas na delegacia não se transformam em ocorrências policiais. “Existem casos que devem ser resolvidos na prefeitura ou no cartório, como por exemplo, questões de disputas de limites de terrenos”, disse o delegado.
(htpp://www.diarioon.com.br – acessado em 19/08/2008. Adaptado)
TEXTO 2
Pequeno tratado do malcriado brasileiro
Marcos G., publicitário bem-sucedido, rico, 38 anos, deu uma moutain bike importada para o filho Bruno, de 9 anos. Era um presente de aniversário. Marcos e família moram em Alphaville, um condomínio da alta classe média da região periférica de S. Paulo, concebido dentro dos padrões dos melhores subúrbios americanos; aí, as bicicletas das crianças costumam corresponder em estilo, origem e preço aos carros dos pais.
Passada uma semana do aniversário, Marcos notou que o filho brincava a pé. Perguntou pelo presente, e o menino desconversou. Confessou depois, muito embaraçado, que a bicicleta fora expropriada por Pedro A. C., 10 anos, filho do bem-sucedido empresário da construção civil Carlos Alberto C., rico, por volta dos 40, 42 anos, morador de uma casa enorme na quadra de cima. Marcos bateu à casa de Carlos Alberto que o atendeu. “Vim buscar a bicicleta de Bruno, que o Pedro tomou emprestada”, disse Marcos. Carlos Alberto não gostou: “Me diz o preço dessa m...aí que eu pago” . Marcos disse que a bicicleta não estava à venda, entrou para pegá-la e voltou para casa.
(Revista Carta capital, out. 1995. Adaptado)
TEXTO 3
Com base na leitura dos três textos, produza uma dissertação em PROSA, em letra cursiva e legível, em que você desenvolva o tema
A difícil tarefa da convivência: direitos e limites.
Exponha seu ponto de vista, utilizando uma argumentação clara e coerente.
Ao redigir, observe os seguintes aspectos:
  • fluência e precisão de vocabulário;
  • domínio da norma culta da língua portuguesa;
  • coesão e coerência na construção e na seqüência dos parágrafos.
Para sua organização, faça antes um esquema com os itens a serem desenvolvidos em seu texto. Esta estrutura o ajudará.

Rascunho Eficiente

Assunto: convivência em sociedade
Tema: a difícil tarefa da convivência: direitos e limites
Tese: a convivência harmoniosa requer respeito mútuo e compreensão dos limites individuais
Tópico 1: importância do respeito e da empatia nas relações interpessoais
Tópico 2: necessidade de mediação e diálogo para resolver conflitos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre convivência em sociedade, defende-se que a convivência harmoniosa requer respeito mútuo e compreensão dos limites individuais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância do respeito e da empatia nas relações interpessoais e a necessidade de mediação e diálogo para resolver conflitos.

Preliminarmente, a importância do respeito e da empatia nas relações interpessoais é fundamental para a convivência pacífica. Conforme estudiosos das relações humanas, o respeito aos direitos alheios e a prática da empatia são pilares essenciais para a coexistência harmoniosa. Além disso, a compreensão das necessidades e limitações dos outros contribui para a construção de um ambiente mais tolerante e solidário. Por exemplo, em situações de desentendimentos entre vizinhos, como mencionado no Texto 1, a empatia pode evitar que pequenos conflitos se tornem tragédias.

Ademais, a necessidade de mediação e diálogo para resolver conflitos é igualmente crucial. Especialistas em mediação de conflitos, afirmam que o diálogo aberto e a busca por soluções consensuais são estratégias eficazes para a resolução de desavenças. Dessa forma, a mediação pode ser uma ferramenta poderosa para evitar que conflitos se intensifiquem, como ilustrado no Texto 2, onde a comunicação direta foi essencial para a resolução do problema. Por exemplo, em condomínios, a presença de mediadores pode facilitar a resolução de conflitos entre moradores, promovendo a paz e o entendimento mútuo.

Desse modo, percebe-se que a convivência harmoniosa em sociedade depende do respeito mútuo e da compreensão dos limites individuais. Por isso, é importante promover a educação para a convivência pacífica e incentivar a prática do diálogo como forma de resolver conflitos.


Leia os textos a seguir, subsídio à elaboração de sua redação, que deverá atender à norma culta da língua portuguesa.
TEXTO 1
Art. 5.º – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...
(Constituição Federal do Brasil)
TEXTO 2
Com um efetivo de cerca de 85 000 pessoas, conquanto não seja ainda o ideal, a Polícia Militar exerce sua função em terra, no ar e no mar, nas estradas, nas florestas, nos campos e nas cidades, visando dar tranquilidade à população, em um mundo cada vez mais conturbado.
A tropa da Corporação tem contribuído com sua quota de sangue, perdendo pessoal em mortes e em casos de invalidez, enfrentado incompreensões e injustiças, lutando contra faltas de efetivo e, por vezes, de meios, mas tem deixado sua marca positiva nos corações dos paulistas que amam sua terra, que desejam um futuro melhor, e que comungam conosco do ideal de uma pátria grande e feliz.
Contando com o imprescindível apoio das autoridades constituídas, a quem sempre serviu e servirá impessoalmente, a Polícia Militar do Estado de São Paulo pretende continuar sendo mais um dos pilares da grandeza de São Paulo e do Brasil, fiel ao lema que ostenta em seu brasão: LEALDADE E CONSTÂNCIA!
(www.polmil.sp.gov.br/inicial.asp)
TEXTO 3
O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. O índice de assaltos, sequestros, extermínios, violência doméstica e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança.
A repressão usada pela polícia para combater a violência gera conflitos e insegurança na população que, nutrida pela corrupção das autoridades, não sabe em quem confiar e decide se defender a próprio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expectativa de vida.
Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe específica que não é regida pela força, autoridade exagerada e violenta. Medidas precisam ser tomadas para diminuir a ocorrência de tais fatos, mas é preciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para decidir o futuro das cidades brasileiras.
Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a violência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liberdade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica.
(www.brasilescola.com/sociologia/violencia-no-brasil.htm. Adaptado)
Com base nas informações apresentadas nos textos e em outras de seu conhecimento, elabore um texto dissertativo em que discuta o tema:
O PAPEL DO POLICIAL NA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI

Rascunho Eficiente

Assunto: Segurança pública no Brasil
Tema: O papel do policial na sociedade contemporânea
Tese: A atuação policial deve ser reavaliada e adaptada para promover segurança eficaz e respeito aos direitos humanos
Tópico 1: Desafios enfrentados pela polícia no Brasil
Tópico 2: Necessidade de capacitação e reforma estrutural

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre segurança pública no Brasil, percebe-se que o papel do policial na sociedade contemporânea é crucial para a manutenção da ordem e proteção dos cidadãos. Nesse contexto, defende-se que a atuação policial deve ser reavaliada e adaptada para promover segurança eficaz e respeito aos direitos humanos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os desafios enfrentados pela polícia no Brasil e a necessidade de capacitação e reforma estrutural.

Preliminarmente, os desafios enfrentados pela polícia no Brasil são complexos e multifacetados. De acordo com especialistas em segurança pública, a polícia brasileira lida com a escassez de recursos, efetivo insuficiente e pressão constante para reduzir a criminalidade em um cenário de desigualdade social. Além disso, a falta de confiança da população nas forças de segurança agrava a situação, tornando o trabalho policial ainda mais desafiador. Por exemplo, a alta taxa de violência e criminalidade em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro ilustra a necessidade urgente de estratégias mais eficazes e humanizadas.

Ademais, a necessidade de capacitação e reforma estrutural na polícia é imperativa para enfrentar os desafios contemporâneos. Segundo estudos acadêmicos, a formação dos policiais deve incluir não apenas técnicas de combate ao crime, mas também treinamento em direitos humanos e resolução pacífica de conflitos. Além disso, a modernização dos equipamentos e a implementação de políticas de valorização profissional são essenciais para melhorar o desempenho e a moral das forças de segurança. Um exemplo disso é a adoção de tecnologias de monitoramento e inteligência artificial para otimizar a alocação de recursos e prevenir crimes de forma mais eficiente.

Desse modo, percebe-se que a reavaliação e adaptação da atuação policial são fundamentais para garantir uma segurança pública que respeite os direitos humanos e seja eficaz. Por isso, é importante implementar políticas de formação continuada para os policiais, investir em tecnologia e promover uma reforma estrutural que contemple a valorização dos profissionais de segurança.


Texto 1
Em março de 2015, cinco meses antes da imagem do corpo do menino Aylan Kurdi, de três anos, estirado nas areias da praia de Bodrum, dar um tapa na cara da humanidade, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, o português Antônio Guterres, classificou a guerra civil da Síria como “a pior crise humanitária da nossa era” — ou pelo menos a mais grave pós-Segunda Guerra. Em quatro anos e meio, o conflito insano que destruiu o país árabe deixou mais de 250 000 mortos e espalhou 4 milhões de refugiados pelo mundo. Do grupo que arriscou cruzar o Atlântico rumo às Américas, a maioria desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.
(Nicole Fusco e Talyta Vespa, Recomeço: a vida dos
refugiados sírios em São Paulo. www.veja.abril.com.br, 13.09.2015. Adaptado)
Texto 2
Gode Frija Mbombo Biduaya, 58 anos, deixou o Congo devido a perseguições políticas sofridas pela família. Chegou ao Brasil com a esperança de reconstruir a vida, e já possui protocolo de refúgio, CPF e carteira de trabalho. Fala português, procura emprego e vive no Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes da prefeitura de São Paulo (CRAI-SP).
O lugar em que Biduaya mora possui capacidade de abrigar 110 pessoas, entre homens, mulheres e crianças. A maioria dos moradores é do Haiti, imigrantes que possuem visto humanitário. Entre os refugiados, o número predominante é do Congo, mas também é possível encontrar pessoas de Angola, Senegal, Bolívia, entre outros. Não há um tempo determinado para que o imigrante fique no CRAI-SP, mas a ideia é que ele permaneça o necessário para conseguir se manter.
Inaugurada em 2014, a área de Referência do CRAI-SP oferece atendimento geral, apoio jurídico, apoio psicológico, cursos e oficinas. A equipe é capacitada para atender em seis idiomas (português, inglês, espanhol, francês, crioulo e árabe) e possui funcionários imigrantes que passaram por um processo seletivo realizado pelo Serviço Franciscano de Solidariedade (Sefras), ONG responsável pela direção do local.
(Felipe Guerra, São Paulo cria centro de
referência e acolhida para imigrantes. www.adus.org.br, 13.11.2014. Adaptado)
Texto 3
O programador Ali*, de 34 anos, era um homem rico na Síria. Ganhava US$ 4 mil (cerca de R$ 15 mil) por mês, tinha carro e foi um dos melhores alunos da sua pós-graduação. “Aqui no Brasil, sou pobre”, conta ele, que se mudou para cá fugindo da guerra civil. Sem renda, a solução foi recorrer ao Bolsa Família. Assim como ele, cerca de 400 imigrantes sírios que vieram para o Brasil estão no programa, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O benefício médio do programa é de R$ 167 mensais por família.
O governo brasileiro, diferentemente de outros países, não tem um programa específico para refugiados que ofereça diretamente ajuda financeira a eles. Ali* diz que o dinheiro dá para comprar comida e fraldas. “Mas só para isso. O maior problema é pagar o aluguel”, diz ele. A reclamação de falta de apoio é comum entre refugiados sírios. Larissa Leite, da Cáritas-SP (uma entidade de promoção e atuação social), afirma que os valores do programa ficam abaixo da necessidade dos refugiados. “A inclusão de refugiados no Bolsa Família é positiva – sinal de que há um esforço em manter a igualdade. Mas essas pessoas precisam de apoio maior, porque não falam o idioma, não conhecem a realidade brasileira”, diz ela. “Não estamos defendendo qualquer tipo de diferenciação em relação à população brasileira. Mas, se o Brasil tem compromisso de proteção, essa proteção deve ser na área social também”, afirma.
*Ali: nome fictício
(Luiza Bandeira, Sem programa específico para refugiados,
Brasil põe centenas de sírios no Bolsa Família. www.bbc.com, 14.10.2015. Adaptado)
Com base nas informações dos textos e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, de acordo com a norma -padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
O Brasil recebe os refugiados de forma adequada?

Rascunho Eficiente

Assunto: acolhimento de refugiados no Brasil
Tema: a adequação do Brasil no acolhimento de refugiados
Tese: o Brasil não oferece suporte suficiente para refugiados, necessitando de políticas mais eficazes
Tópico 1: infraestrutura e serviços de acolhimento
Tópico 2: apoio financeiro e integração social

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre acolhimento de refugiados l, defende-se que o Brasil não oferece suporte suficiente para refugiados, necessitando de políticas mais eficazes. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar infraestrutura e serviços de acolhimento e apoio financeiro e integração social.

Preliminarmente, a infraestrutura e os serviços de acolhimento oferecidos aos refugiados no Brasil são limitados e carecem de melhorias significativas. Conforme especialistas em Direitos Humanos, os centros de acolhimento, como o CRAI-SP, desempenham um papel crucial, mas enfrentam desafios como superlotação e recursos insuficientes para atender a demanda crescente de refugiados. Além disso, a capacidade limitada desses centros impede que todos os refugiados recebam o apoio necessário para uma integração eficaz na sociedade brasileira. Por exemplo, a situação de Gode Frija Mbombo Biduaya, que depende do CRAI-SP para apoio, ilustra a necessidade de ampliar e melhorar esses serviços.

Ademais, o apoio financeiro e a integração social dos refugiados no Brasil são insuficientes e requerem atenção urgente. De acordo com especialistas em políticas sociais, a inclusão de refugiados em programas como o Bolsa Família é um passo positivo, mas os valores oferecidos são inadequados para cobrir as necessidades básicas, como moradia e alimentação. Consequentemente, os refugiados enfrentam dificuldades para se estabelecer e prosperar no país, o que dificulta sua integração social e econômica. Um exemplo notável é a situação de Ali, um refugiado sírio que, apesar de sua formação e experiência, enfrenta dificuldades financeiras significativas no Brasil.

Desse modo, percebe-se que o Brasil precisa implementar políticas mais eficazes para oferecer suporte adequado aos refugiados. Por isso, é importante que o governo brasileiro desenvolva programas específicos para refugiados que incluam apoio financeiro adequado, ampliação da infraestrutura de acolhimento e iniciativas de integração social, garantindo assim uma recepção mais digna e eficaz para aqueles que buscam refúgio no país.


Título da Redação: A inteligência artificial vencerá o homem?

Rascunho Eficiente

Assunto: A evolução da inteligência artificial
Tema: O impacto da inteligência artificial na sociedade
Tese: A inteligência artificial complementará, mas não substituirá completamente as capacidades humanas
Tópico 1: A inteligência artificial como ferramenta de apoio ao ser humano
Tópico 2: Limitações éticas e criativas da inteligência artificial

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a evolução da inteligência artificial, percebe-se que o impacto dela na sociedade é significativo e multifacetado. Nesse contexto, defende-se que a inteligência artificial complementará, mas não substituirá completamente as capacidades humanas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a inteligência artificial como ferramenta de apoio ao ser humano e as limitações éticas e criativas da inteligência artificial.

Preliminarmente, a inteligência artificial como ferramenta de apoio ao ser humano é essencial para o progresso tecnológico. De acordo com especialistas em tecnologia, a inteligência artificial tem a capacidade de processar grandes volumes de dados em velocidades incomparáveis, auxiliando na tomada de decisões em áreas como medicina, finanças e logística. Além disso, ela permite a automação de tarefas repetitivas, liberando os seres humanos para atividades mais criativas e estratégicas. Por exemplo, no setor de saúde, algoritmos de inteligência artificial são usados para analisar exames de imagem, ajudando médicos a diagnosticar doenças com maior precisão.

Por outro lado, as limitações éticas e criativas da inteligência artificial são desafios que não podem ser ignorados. Conforme estudiosos de ética tecnológica, a inteligência artificial ainda enfrenta dificuldades em compreender nuances culturais e emocionais, o que limita sua capacidade de substituir o julgamento humano em situações complexas. Ademais, questões éticas, como a privacidade de dados e o viés algorítmico, precisam ser abordadas para garantir que o uso da inteligência artificial seja justo e seguro. Um exemplo disso é o uso de inteligência artificial em sistemas de recrutamento, que pode inadvertidamente perpetuar preconceitos se não for cuidadosamente monitorado e ajustado.

Desse modo, percebe-se que a inteligência artificial atuará como um complemento às capacidades humanas, mas não as substituirá completamente. Por isso, é importante promover a educação contínua em ética e tecnologia, além de incentivar a colaboração entre humanos e máquinas para maximizar os benefícios da inteligência artificial enquanto se minimizam seus riscos.


Para produzir seu texto argumentativo, leia atentamente o que segue.
Texto I
Texto II
Policiais organizam-se em grupos religiosos
para buscar apoio espiritual
Fundado há três anos pelo escrivão Artur Juliano e pelo delegado Luís Gabriel Garcia, o grupo Policiais de Jesus organiza reuniões para acalentar esses profissionais, com orações e pregações da Bíblia, pelos dramas que eles enfrentam.
Os cultos são realizados quase todos os dias em quatro departamentos da corporação: uma vez por mês, eles se juntam na Câmara Municipal.
Um dos discípulos de Garcia é Nadivaldo de Rossi, delegado no 101.º Distrito Policial. Ele tem frequentado as reuniões há dois meses em busca de paz espiritual: “preciso do apoio para não me transformar em um ser humano truculento e impiedoso”, afirma. Para ajudarem a conviver com o estresse, os cultos abordam os percalços específicos e inerentes à atividade policial. “Os agentes se sentem mais à vontade para conversar comigo sobre seus problemas porque eu também ando armado e lido com bandidos”, acredita Garcia.
O trabalho é inspirado no de outra entidade, a PMs de Cristo, que reúne 1 470 associados e completa vinte anos de existência em junho. “Nosso sonho é que surjam grupos semelhantes também na Polícia Federal e na Guarda Municipal”, diz o cabo Valdir Alves, que é pastor da Igreja Evangélica Cristã Presbiteriana.
Apesar da proliferação, movimentos desse tipo não são abençoados por especialistas no assunto. “Instituir uma religião em uma corporação representa séria ameaça ao Estado laico”, entende o cientista político Guaracy Mingardi. Para ele, a interferência de crenças causaria prejuízo ao patrulhamento nas ruas. “Num exemplo hipotético, um policial pode resolver citar a Bíblia ao intervir em uma briga para tentar converter os envolvidos. E isso seria inadmissível.”
Os policiais que participam desses grupos, porém, afirmam que não confundem a cruz com a espada.
(Veja São Paulo, 30.05.2012. Adaptado)
Texto III
Polícia e Igreja
As associações religiosas das forças de segurança pública
PMs de Cristo
Corporação: Polícia Militar
Líder: Capitão Joel Rocha
Tempo de existência: Vinte anos
Número de integrantes: 1 470
Frequência dos encontros: Diária
Policiais de Jesus
Corporação: Polícia Civil
Líder: Delegado Luís Gabriel Garcia
Tempo de existência: Três anos
Número de integrantes: Cem
Frequência dos encontros: Quatro vezes por semana
União dos Delegados Espíritas de SP
Corporação: Polícia Civil
Líder: Delegado João Crusca
Tempo de existência: Treze anos
Número de integrantes: Cinquenta
Frequência dos encontros: Mensal
(Veja São Paulo, 30.05.2012. Excerto)
Elabore um texto argumentativo, tendo como base as informações apresentadas nos três textos, e posicione-se em relação à seguinte questão:
O cultivo da religiosidade entre os policiais é um desvio indesejável em suas funções ou trata-se de uma necessidade real, que somente pode ser avaliada por aqueles que vivem a tensão decorrente dessa profissão?

Rascunho Eficiente

Assunto: religiosidade entre policiais
Tema: a influência da religião na vida profissional dos policiais
Tese: A religiosidade pode ser uma necessidade real para policiais, ajudando-os a lidar com o estresse, desde que não interfira no Estado laico.
Tópico 1: Benefícios da religiosidade para o bem-estar emocional dos policiais
Tópico 2: Riscos da interferência religiosa nas funções policiais e no Estado laico

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre religiosidade entre policiais, defende-se que ela pode ser uma necessidade real para policiais, ajudando-os a lidar com o estresse, desde que não interfira no Estado laico. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar os benefícios da religiosidade para o bem-estar emocional dos policiais e os riscos da interferência religiosa nas funções policiais e no Estado laico.

Preliminarmente, os benefícios da religiosidade para o bem-estar emocional dos policiais são notáveis. Conforme estudos de Psicologia, a prática religiosa pode oferecer suporte emocional e espiritual, ajudando a aliviar o estresse e a ansiedade enfrentados diariamente pelos policiais. Além disso, a participação em grupos religiosos pode promover um senso de comunidade e apoio mútuo entre os agentes. Por exemplo, grupos como "Policiais de Jesus" e "PMs de Cristo" têm proporcionado um espaço seguro para que policiais compartilhem suas experiências e encontrem conforto espiritual.

Por outro lado, os riscos da interferência religiosa nas funções policiais e no Estado laico não podem ser ignorados. Segundo especialistas em Ciência Política, a introdução de práticas religiosas em corporações públicas pode comprometer a imparcialidade e a neutralidade necessárias para o cumprimento adequado das funções policiais. Ademais, há o perigo de que a religião influencie decisões operacionais, o que poderia resultar em conflitos éticos e legais. Um exemplo disso seria um policial que, ao intervir em uma ocorrência, priorizasse convicções religiosas em detrimento das normas legais, o que poderia gerar situações problemáticas.

Desse modo, percebe-se que a religiosidade pode ser uma ferramenta valiosa para o bem-estar dos policiais, desde que sua prática seja mantida em um âmbito pessoal e não interfira nas funções públicas. Por isso, é importante que as corporações policiais estabeleçam diretrizes claras que respeitem a liberdade religiosa dos indivíduos, mas que também assegurem a manutenção do Estado laico e a imparcialidade nas operações policiais.


Uma adequada remuneração dos profissionais da área de segurança já constitui, em si mesma, uma eficaz medida preventiva, de efeito social.

Rascunho Eficiente

Assunto: Remuneração de profissionais de segurança
Tema: Valorização salarial como medida preventiva
Tese: A remuneração justa dos profissionais de segurança é essencial para a prevenção de crimes e promoção do bem-estar social
Tópico 1: Impacto da remuneração na motivação e eficiência dos profissionais de segurança
Tópico 2: Efeitos sociais de uma segurança pública valorizada

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre remuneração de profissionais de segurança, percebe-se que a valorização salarial atua como uma medida preventiva eficaz e promove o bem-estar social. Nesse contexto, defende-se que a retribuição financeira justa dos profissionais de segurança é essencial para a prevenção de crimes e promoção do bem-estar social. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto da remuneração na motivação e eficiência dos profissionais de segurança e os efeitos sociais de uma segurança pública valorizada.

Preliminarmente, o impacto da remuneração na motivação e eficiência dos profissionais de segurança é significativo. Segundo especialistas em gestão de recursos humanos, uma remuneração adequada é um dos principais fatores que influenciam a motivação e o desempenho dos trabalhadores. Além disso, profissionais de segurança bem remunerados tendem a se sentir mais valorizados e comprometidos com suas funções. Por exemplo, estudos mostram que policiais em regiões com melhores salários apresentam índices mais baixos de corrupção e maior eficiência no combate ao crime.

Ademais, os efeitos sociais de uma segurança pública valorizada são amplos e positivos. De acordo com sociólogos, uma sociedade que investe na remuneração de seus profissionais de segurança tende a experimentar uma redução nos índices de criminalidade e um aumento na sensação de segurança entre os cidadãos. Consequentemente, a confiança nas instituições públicas é fortalecida, promovendo um ambiente social mais estável e harmonioso. Um exemplo disso é observado em países nórdicos, onde a valorização dos profissionais de segurança contribui para baixos índices de criminalidade e alta qualidade de vida.

Desse modo, percebe-se que a remuneração justa dos profissionais de segurança é crucial para a prevenção de crimes e o bem-estar social. Por isso, é importante que políticas públicas sejam implementadas para garantir salários justos e condições de trabalho adequadas para esses profissionais, promovendo assim uma sociedade mais segura e equilibrada.


Texto I
A febre do eu
Foi em novembro de 2013 que o Dicionário Oxford nomeou selfie a palavra do ano, após um aumento do uso do termo em 17 mil por cento. A palavra terá sido usada a primeira vez em 2002, para definir os autorretratos tirados com telemóveis e publicados nas redes sociais, e disparou rumo à notoriedade no ano passado, democraticamente partilhada por jovens, adultos e celebridades diversas. Em março deste ano, a apresentadora Ellen DeGeneres fotografou‐se rodeada de estrelas de Hollywood, na cerimônia dos Óscares, e a selfie entrou para a história como a mais partilhada no Twitter em menos de uma hora, ao superar um milhão de tweets; o cantor canadiano Justin Bieber publica fotos suas para cumprimentar os fãs (quase sempre em tronco nu) e até o Papa Francisco e o presidente dos EUA, Barack Obama, deram que falar ao participarem em selfies.
Em Portugal, um autorretrato que tinha tudo para ser um êxito nas redes sociais – o de um casal polaco atraente e bem‐sucedido a passear em família, com o mar enfurecido do cabo da Roca em pano de fundo – acabou em tragédia quando Michal e Hania Mackowiak passaram as barreiras de segurança que os separavam do precipício e caíram no vazio, deixando dois filhos de 5 e 6 anos em choque diante da morte dos pais. Breanna Mitchell, do Alabama, protagonizou outra selfie infeliz ao fotografar‐se a rir no antigo campo de concentração de Auschwitz (a jovem estava simplesmente feliz por visitar o local que tinha estudado com o falecido pai, mas desde aí que é insultada e ameaçada de morte). O mexicano Óscar Otero, estudante de Medicina Veterinária de 21 anos, matou‐se com um tiro na cabeça sem querer ao tentar fazer, bêbedo, uma selfie com uma arma apontada à cabeça.
(Disponível em: http://www.noticiasmagazine.pt. Texto com adaptações. Acesso em: dezembro de 2014.)
Texto II
O ano em que o selfie “ficou mal na foto”
Também em agosto, a jovem Xenia Ignatyeva, de 17 anos, morreu ao cair de uma ponte em São Petersburgo, na Rússia, enquanto tirava uma foto sua com o celular. A lição não foi bem compreendida. Menos de três meses depois, a estudante de enfermagem Sylwia Rajchel, de 23 anos, despencou de uma ponte sobre o rio Guadalquivir, em Sevilha, na Espanha, na mesma situação.
Para Trzan, é o estímulo ininterrupto e em tempo real que tem feito as pessoas perderem a percepção sobre o que é aceito socialmente ou mesmo perigoso.
– Por sua agilidade, as redes sociais fazem com que as pessoas não meçam as suas atitudes e palavras – afirma.
(Disponível em: http://oglobo.globo.com/. Texto com adaptações. Acesso em: dezembro de 2014.)
Com base nos textos motivadores, produza um texto dissertativo‐argumentativo tendo como tema:
“Os limites da tecnologia diante dos fatores de risco e segurança”.

Rascunho Eficiente

Assunto: o impacto das selfies na sociedade
Tema: os limites da tecnologia diante dos fatores de risco e segurança
Tese: a busca incessante por autorretratos perfeitos tem levado a comportamentos arriscados, evidenciando a necessidade de uma reflexão sobre o uso consciente da tecnologia
Tópico 1: a influência das redes sociais na percepção de risco
Tópico 2: a importância da educação digital para a segurança

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre o impacto das "selfies" na sociedade, percebe-se que os limites da tecnologia diante dos fatores de risco e segurança são frequentemente ultrapassados, levando a consequências trágicas. Nesse contexto, defende-se que a busca incessante por autorretratos perfeitos tem levado a comportamentos arriscados, evidenciando a necessidade de uma reflexão sobre o uso consciente da tecnologia. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência das redes sociais na percepção de risco e a importância da educação digital para a segurança.

Preliminarmente, a influência das redes sociais na percepção de risco é um fator crucial. Conforme especialistas em comportamento digital, as redes sociais promovem um ambiente onde a validação externa se torna um objetivo constante, levando indivíduos a ignorarem os riscos em prol de uma imagem perfeita. Além disso, a pressão para obter curtidas e compartilhamentos pode distorcer a percepção de segurança, incentivando ações perigosas. Um exemplo disso é o aumento de acidentes fatais durante a tentativa de capturar selfies em locais perigosos, como pontes e penhascos.

Ademais, a importância da educação digital para a segurança não pode ser subestimada. De acordo com educadores e psicólogos, a formação em cidadania digital deve incluir a conscientização sobre os riscos associados ao uso imprudente da tecnologia. Além disso, programas educacionais podem ensinar habilidades críticas para avaliar situações de risco e promover o uso responsável das redes sociais. Por exemplo, iniciativas em escolas e comunidades que abordam a segurança online têm mostrado eficácia na redução de comportamentos arriscados entre jovens.

Desse modo, percebe-se que a busca incessante por autorretratos perfeitos tem levado a comportamentos arriscados, evidenciando a necessidade de uma reflexão sobre o uso consciente da tecnologia. Por isso, é importante implementar políticas públicas que incentivem a educação digital, promovendo a conscientização sobre os riscos e a segurança no uso das redes sociais.


Texto 1
De acordo com uma pesquisa feita com 3 718 estudantes de colégios particulares de São Paulo, mais da metade dos alunos do ensino médio está indecisa ou não tem ideia de qual carreira deseja seguir.
Os dados apontam que, dos entrevistados, 46,99% estavam indecisos e 12,16% não tinham ideia da profissão a ser seguida. Apesar dessa indecisão, 87,71% queriam fazem um curso universitário.
Para Miguel Perosa, especialista em psicologia do adolescente e professor da PUC-SP, essa indecisão apontada pela pesquisa tem tudo a ver com a maturidade. Para ele, os jovens deveriam ter uma experiência profissional antes de ter que escolher uma carreira.
Se o grupo social em que os estudantes vivem pode ser um fator de influência, a pressão dentro de casa e o medo de decepcionar os pais também aparecem na pesquisa. Os dados apontam que, do total de entrevistados, mais de 50% afirmaram que os pais têm total ou muita influência na hora da escolha profissional. Menos de 10% disseram que os pais não interferem em nada.
(Julia Carolina. “Mais da metade dos alunos de colégios particulares não sabe qual carreira seguir”. https://ultimosegundo.ig.com.br, 31.10.2013. Adaptado)
Texto 2
Geralmente, a maioria dos adolescentes só tem conhecimento mais profundo de algumas, entre as inúmeras profissões que existem. Apesar disso, o adolescente precisa se preparar para ocupar um lugar no mercado de trabalho. Para isso, ele precisa conhecer os seus interesses pessoais, suas aptidões, sua personalidade. Ao mesmo tempo, é necessário que ele perceba a realidade externa, incluindo a família, a escola, a comunidade em que vive, a sociedade na qual vai atuar, além de perceber o papel profissional e o real significado da escolha que fará.
A família pode ajudar o adolescente a realizar essa escolha tão importante por meio de conversas esclarecedoras sobre o rendimento escolar e sobre o mercado de trabalho. Aconselhando o adolescente e ajudando-o a entender melhor o que quer para sua futura vida profissional, essa carga de angústia diminui e há mais tranquilidade e condições de fazer a escolha mais adequada.
Por isso, conhecer bem a si próprio, ter informações sobre as profissões e o mercado de trabalho, compartilhar as dúvidas com a família e contar com o apoio familiar são etapas de um processo de crescimento e de tomada de decisões que tornam a escolha profissional menos angustiante.
(Fátima Almeida. “O dilema da escolha profissional”. www.catho.com.br, 06.04.2018. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma- -padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A influência dos pais sobre os adolescentes na escolha da profissão

Rascunho Eficiente

Assunto: escolha profissional dos adolescentes
Tema: a influência dos pais sobre os adolescentes na escolha da profissão
Tese: a influência parental pode ser positiva ou negativa, dependendo do equilíbrio entre apoio e pressão
Tópico 1: o papel dos pais como orientadores e apoiadores
Tópico 2: o impacto negativo da pressão excessiva dos pais

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre escolha profissional , percebe-se que a influência dos pais sobre os adolescentes na escolha da profissão é um fator determinante. Nesse contexto, defende-se que a influência parental pode ser positiva ou negativa, dependendo do equilíbrio entre apoio e pressão. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o papel dos pais como orientadores e apoiadores e o impacto negativo da pressão excessiva dos pais.

Preliminarmente, o papel dos pais como orientadores e apoiadores é fundamental para o desenvolvimento saudável dos adolescentes. De acordo com especialistas em Psicologia, os pais que oferecem suporte emocional e informações sobre o mercado de trabalho ajudam os jovens a fazer escolhas mais conscientes. Além disso, essa orientação pode incluir discussões sobre interesses pessoais e habilidades, facilitando a identificação de carreiras que alinhem com o perfil do adolescente. Por exemplo, pais que incentivam experiências práticas, como estágios ou atividades extracurriculares, contribuem para um melhor entendimento das opções profissionais disponíveis.

Por outro lado, o impacto negativo da pressão excessiva dos pais pode ser prejudicial ao bem-estar dos adolescentes. Conforme estudos psicológicos, a imposição de expectativas irreais pode gerar ansiedade e insegurança nos jovens, dificultando o processo de escolha profissional. Ademais, essa pressão pode levar os adolescentes a seguirem carreiras que não refletem seus verdadeiros interesses ou habilidades. Um exemplo disso é quando os pais insistem em carreiras tradicionais ou de prestígio, sem considerar a vocação do jovem, o que pode resultar em frustração e insatisfação no futuro.

Desse modo, percebe-se que a influência parental na escolha profissional dos adolescentes deve ser equilibrada para ser benéfica. Por isso, é importante que os pais adotem uma postura de apoio e diálogo, incentivando a autonomia dos jovens na tomada de decisões sobre seu futuro profissional.


Considerando a interrogativa “A INEVITÁVEL RAPIDEZ DA MODERNIDADE TORNA SUPERFICIAL AS IMPORTANTES EXPERIÊNCIAS DA VIDA?”, redija um texto dissertativo-argumentativo em que você problematize como a modernidade afeta as experiências profundas da vida e defenda suas reflexões.
 
Texto:
 
RAPIDINHO
 
Todos nos beneficiamos e nos orgulhamos das conquistas da vida moderna, especialmente da crescente velocidade com que fazemos as coisas acontecerem.

Mudanças que antigamente levavam séculos para se efetivarem agora podem ser realizadas em poucos anos, às vezes em poucos meses. Quando não em poucas semanas, ou até em poucos dias.

Nas sociedades tradicionais, as normas de conduta, as leis, os costumes, o modo de se vestir, os estilos artísticos tinham uma extraordinária capacidade de perdurar. Tudo se modificava, é claro, mas sempre muito devagar.
(...)

Na utilização dos meios de comunicação, os mensageiros foram substituídos pelo telégrafo elétrico, que cedeu lugar ao telégrafo sem fio, ao telefone, à televisão, ao fax, ao e-mail e às maravilhas da eletrônica contemporânea. Não somos bobos, tratamos de aproveitar as possibilidades criadas por todos os novos recursos tecnológicos. Para que perder tempo? Se podemos fazer depressa o que os nossos antepassados só conseguiam fazer devagar, por que não haveríamos de acelerar nossas ações?

Um dos expoentes do espírito pragmático da modernidade, o americano Benjamin Franklin, já ensinava no século XVIII: “Tempo é dinheiro”, time is money.
(...)

Dedicamo-nos, então, a uma frenética corrida contra os ponteiros do relógio. Para sermos eficientes, competitivos, apressamos cada vez mais nosso movimentos. Saímos de casa correndo para o trabalho, somos cobrados para dar conta correndo de nossas tarefas e — habituados à corrida — alimentamo-nos às pressas (ah, a chamada fast food!), para depois voltarmos, correndo, para casa.
(...)

Impõe-se, contudo, algumas perguntas: nas condições em que somos mais ou menos obrigados a viver, não estaremos, de qualquer maneira, pagando um preço altíssimo, mesmo se formos bons corredores e nos mostrarmos aptos para vencer?

Os ritmos que nos são impostos e que aguçam algumas das nossas faculdades não resultam, ao mesmo tempo, num empobrecimento de alguns aspectos importantes da nossa sensibilidade e da nossa inteligência?

A necessidade de assimilar com urgência as informações essenciais para a ação imediata não acarreta uma grave incapacidade de digerir conhecimentos sutis e complexos, cheios de caroços e mediações que, embora careçam de serventia direta, são imprescindíveis ao aprofundamento da minha compreensão da condição humana?

Uma reflexão que se sabe condenada a desenvolver-se num exíguo prazo predeterminado não será, inevitavelmente, superficial?

O pensamento que se formula rapidinho não tende a ser sempre meio oco?
 
(Leandro Konder. In: O Globo, 29/08/96)
 
ORIENTAÇÕES:

a) Evite copiar passagem do fragmento apresentado.

b) Redija seu texto em prosa, de acordo com a norma culta escrita da língua.

c) Redija um texto de 25 a 30 linhas.

d) Atribua um título a seu texto.

Rascunho Eficiente

Assunto: Impacto da modernidade nas experiências de vida
Tema: A rapidez da modernidade e suas consequências nas experiências profundas
Tese: A velocidade da modernidade compromete a profundidade das experiências humanas
Tópico 1: Superficialidade das interações sociais
Tópico 2: Dificuldade em absorver conhecimentos complexos

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre o impacto da modernidade nas experiências de vida, defende-se que a velocidade da modernidade compromete a profundidade das experiências humanas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a superficialidade das interações sociais e a dificuldade em absorver conhecimentos complexos.

Preliminarmente, a superficialidade das interações sociais é um reflexo evidente da rapidez moderna. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a modernidade líquida caracteriza-se por relações efêmeras e superficiais, onde a profundidade é frequentemente sacrificada em prol da velocidade e da eficiência. Além disso, as redes sociais, por exemplo, incentivam conexões rápidas e superficiais, em vez de interações significativas e duradouras. Consequentemente, as relações humanas tornam-se cada vez mais frágeis, dificultando a construção de vínculos profundos e duradouros.

Ademais, a dificuldade em absorver conhecimentos complexos é outra consequência da velocidade moderna. Segundo alguns filósofos, a sociedade atual está imersa em uma avalanche de informações superficiais, o que impede a reflexão profunda e a compreensão detalhada dos temas. Além disso, o ritmo acelerado da vida moderna não permite o tempo necessário para a digestão e a reflexão sobre informações complexas. Assim, o aprendizado profundo e a compreensão crítica são frequentemente sacrificados em prol de uma assimilação rápida e superficial.

Desse modo, percebe-se que a velocidade da modernidade compromete a profundidade das experiências humanas. Por isso, é importante promover uma cultura que valorize a reflexão e a profundidade nas interações humanas e no aprendizado.