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Ao refletir sobre impacto do desenvolvimento tecnológico, percebe-se que o uso de computadores em salas de aula gera controvérsias devido às suas vantagens e desvantagens. Nesse contexto, defende-se que a integração de computadores na educação deve ser feita de maneira equilibrada, ponderando seus benefícios e desafios. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as vantagens e os desafios do uso de computadores na educação.
Preliminarmente, as vantagens do uso de computadores na educação são significativas. De acordo com especialistas em educação, o uso de computadores pode facilitar o acesso a uma vasta gama de informações e recursos educacionais, promovendo um aprendizado mais interativo e personalizado. Além disso, os computadores permitem que os alunos desenvolvam habilidades digitais essenciais para o mercado de trabalho atual. Por exemplo, o uso de "softwares" educacionais pode ajudar a reforçar conceitos aprendidos em sala de aula através de exercícios práticos e simulações.
Por outro lado, os desafios e desvantagens do uso de computadores na educação não podem ser ignorados. Segundo críticos da tecnologia na educação, o uso excessivo de computadores pode levar à distração dos alunos, além de criar desigualdades entre aqueles que têm acesso a tecnologia em casa e os que não têm. Ademais, a dependência excessiva de tecnologia pode prejudicar o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação entre os alunos. Um exemplo disso, é a dificuldade que alguns alunos enfrentam em interagir pessoalmente, preferindo a comunicação virtual.
Desse modo, percebe-se que a integração de computadores na educação deve ser feita de forma equilibrada, considerando tanto suas vantagens quanto seus desafios. Por isso, é importante que políticas educacionais sejam desenvolvidas para garantir o uso responsável e eficaz da tecnologia em sala de aula, promovendo a inclusão digital e o desenvolvimento integral dos alunos.
Esses conceitos ficam evidenciados em várias situações cotidianas. O documentário “O Riso dos Outros”, dirigido por Pedro Arantes, propõe uma discussão acerca da atitude preconceituosa incutida nas piadas.
A maioria dos comediantes que participaram do documentário, como Danilo Gentilli e Rafinha Bastos, justificam o seu modo de trabalhar com o humor dizendo que não existe pretensão política ou social ao fazer uma piada, afirmando que o único objetivo do humorista é fazer com que a sua plateia ria. Deste modo, fica clara a posição de isenção de responsabilidade e certo conforto para se utilizarem de atitudes preconceituosas para fazerem humor.[...]
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Ao refletir sobre impacto do riso no convívio social, percebe-se que o riso pode ser remédio ou doença no convívio social, dependendo do contexto em que é utilizado. Nesse contexto, defende-se que o riso pode tanto promover bem-estar quanto perpetuar preconceitos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar benefícios do riso para a saúde física e mental e uso do riso como veículo de preconceito e discriminação.
Preliminarmente, é necessário reconhecer os benefícios do riso para a saúde física e mental, que são amplamente documentados. Conforme a médica Vivienne Halpern, rir aumenta a circulação sanguínea e reduz o estresse, sendo especialmente benéfico para pessoas com hipertensão. Além disso, o riso pode relaxar os músculos do corpo e do rosto, promovendo uma sensação geral de bem-estar. Por exemplo, sessões de terapia do riso são usadas em alguns contextos clínicos para ajudar pacientes a lidarem com a dor e a ansiedade.
Por outro lado, o uso do riso como veículo de preconceito e discriminação é uma realidade preocupante. Segundo o documentário "O Riso dos Outros", muitos comediantes justificam piadas preconceituosas como uma forma de humor inofensivo, sem considerar o impacto negativo que podem ter sobre grupos marginalizados. Consequentemente, essas piadas podem reforçar estereótipos e perpetuar atitudes discriminatórias na sociedade. Um exemplo disso, é o uso de humor racista ou sexista que, embora possa provocar risos, contribui para a manutenção de desigualdades sociais.
Desse modo, percebe-se que o riso possui um duplo papel no convívio social, podendo ser tanto benéfico quanto prejudicial. Por isso, é importante promover uma conscientização sobre o uso responsável do humor, incentivando práticas que valorizem o respeito e a inclusão, ao mesmo tempo que se aproveitam os benefícios do riso para a saúde.
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Ao refletir sobre inovação e empreendedorismo, percebe-se que a criatividade desempenha um papel crucial na solução de problemas sociais contemporâneos. Nesse contexto, defende-se que a criatividade é essencial para desenvolver soluções eficazes para desafios enfrentados pela sociedade brasileira. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o papel da educação no estímulo à criatividade e exemplos de soluções criativas para problemas sociais.
Preliminarmente, a educação desempenha um papel fundamental no estímulo à criatividade, sendo um catalisador para a inovação. Segundo o educador Ken Robinson, a criatividade deve ser tratada com a mesma importância que a alfabetização nas escolas, pois é através dela que se formam indivíduos capazes de pensar fora da caixa e propor soluções inovadoras. Além disso, a educação que valoriza a criatividade promove um ambiente onde os alunos se sentem encorajados a experimentar e errar, elementos essenciais para o processo criativo. Por exemplo, escolas que adotam metodologias ativas de ensino, como o "design thinking", têm mostrado resultados promissores na formação de jovens inovadores.
Ademais, exemplos de soluções criativas para problemas sociais demonstram a eficácia da inovação em contextos práticos. De acordo com o especialista em inovação Clayton Christensen, a inovação disruptiva pode transformar setores inteiros, oferecendo soluções mais acessíveis e eficazes para problemas complexos. Um exemplo disso é o uso de tecnologias móveis para melhorar o acesso à saúde em regiões remotas, como o desenvolvimento de aplicativos que permitem diagnósticos médicos à distância. Assim, projetos como o "Telemedicina" têm demonstrado como a criatividade pode ser aplicada para superar barreiras geográficas e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Desse modo, percebe-se que a criatividade é um elemento-chave na formulação de soluções inovadoras para os desafios sociais. Por isso, é importante que políticas educacionais e incentivos governamentais sejam direcionados para fomentar a criatividade e a inovação, preparando as futuras gerações para enfrentar os desafios do século XXI de maneira eficaz e sustentável.
Redija um TEXTO DISSERTATIVO, desenvolvendo as idéias sugeridas pelo tema exposto. Ilustre suas afirmações com exemplos.
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Ao refletir sobre globalização e trabalho, percebe-se que o desenvolvimento técnico na sociedade pós-moderna tem gerado impactos significativos no ambiente laboral, promovendo tanto avanços quanto desafios. Nesse contexto, defende-se que a evolução tecnológica, impulsionada pela globalização, tem gerado desumanização no ambiente de trabalho. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as transformações no mercado de trabalho e os desafios éticos e sociais da automação.
Preliminarmente, as transformações no mercado de trabalho, impulsionadas pela globalização, são notáveis e profundas. Segundo especialistas em economia, a globalização tem facilitado a troca de informações e a circulação de bens e serviços, mas também tem levado à precarização de empregos e à substituição de mão de obra humana por máquinas. Além disso, a busca incessante por eficiência e redução de custos tem resultado em condições de trabalho mais exigentes e menos humanas. Por exemplo, empresas de "e-commerce" frequentemente utilizam algoritmos para otimizar processos logísticos, o que pode levar a jornadas de trabalho exaustivas para os funcionários envolvidos na entrega de produtos.
Ademais, os desafios éticos e sociais da automação são igualmente significativos e complexos. Conforme estudiosos em sociologia do trabalho, a automação tem potencial para aumentar a produtividade e criar novas oportunidades, mas também levanta questões sobre a substituição de empregos e a desigualdade social. Consequentemente, a sociedade enfrenta o dilema de como integrar tecnologias avançadas sem comprometer a dignidade humana e o bem-estar social. Um exemplo disso, é o uso crescente de "chatbots" e inteligência artificial em serviços ao cliente, que, embora eficientes, podem despersonalizar o atendimento e reduzir a interação humana.
Desse modo, percebe-se que a evolução tecnológica, embora benéfica em muitos aspectos, tem contribuído para uma desumanização no ambiente de trabalho. Por isso, é importante que políticas públicas e empresariais sejam desenvolvidas para equilibrar o uso da tecnologia com a valorização do trabalho humano, promovendo um ambiente laboral mais justo e ético.
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Ao refletir sobre valorização das celebridades e impacto na autoimagem, percebe-se que a importância da autoaceitação em uma sociedade que idolatra celebridades é crucial para o bem-estar individual. Nesse contexto, defende-se que a verdadeira importância reside no reconhecimento pessoal e na valorização de si mesmo, independentemente da fama. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência negativa do culto às celebridades na autoimagem das pessoas e a importância do autoconhecimento e da autoaceitação para o bem-estar pessoal.
Preliminarmente, a influência negativa do culto às celebridades na autoimagem das pessoas é um fenômeno preocupante. De acordo com estudos psicológicos, a exposição constante a padrões de vida e beleza idealizados pode gerar insatisfação pessoal e baixa autoestima. Além disso, a comparação com figuras públicas frequentemente leva a um sentimento de inadequação. Por exemplo, pesquisas mostram que o uso excessivo de redes sociais, onde celebridades exibem suas vidas glamorosas, está associado a níveis mais altos de ansiedade e depressão entre os jovens.
Ademais, a importância do autoconhecimento e da autoaceitação para o bem-estar pessoal é inegável. Conforme afirmam especialistas em desenvolvimento pessoal, cultivar uma relação saudável consigo mesmo é essencial para a felicidade e realização. Consequentemente, indivíduos que se aceitam e valorizam suas próprias qualidades tendem a ser mais resilientes e satisfeitos com suas vidas. Um exemplo disso, é a prática de mindfulness, que promove o autoconhecimento e tem sido associada a melhorias significativas na saúde mental.
Desse modo, percebe-se que o reconhecimento pessoal e a valorização de si mesmo são fundamentais para a verdadeira importância individual. Por isso, é importante promover a educação emocional nas escolas e incentivar práticas de autoconhecimento, para que as pessoas possam desenvolver uma autoimagem positiva e saudável, independente das influências externas.
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Ao refletir sobre falta de profissionais no serviço público, percebe-se que a valorização da engenharia pública no Brasil é crucial para o desenvolvimento do país. Nesse contexto, defende-se que é essencial implementar políticas públicas que valorizem e ofereçam condições justas aos engenheiros. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de políticas públicas para a infraestrutura e condições de trabalho e valorização profissional.
Preliminarmente, a importância de políticas públicas para a infraestrutura é inquestionável. Conforme destaca o especialista Joel Kruger, a falta de políticas adequadas é um dos principais entraves para o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. Além disso, a ausência de incentivos e investimentos governamentais limita o potencial dos engenheiros em contribuir para soluções inovadoras e eficientes. Por exemplo, a implementação de programas de incentivo à pesquisa e desenvolvimento pode alavancar a criação de tecnologias sustentáveis e eficientes.
Ademais, as condições de trabalho e a valorização profissional são fundamentais para atrair e reter talentos na engenharia pública. Segundo estudos de mercado, profissionais que se sentem valorizados e possuem boas condições de trabalho são mais produtivos e engajados. Consequentemente, a criação de planos de carreira e remuneração competitiva pode incentivar a permanência de engenheiros qualificados no setor público. Um exemplo disso, é o sucesso de países que investem em políticas de valorização profissional, resultando em melhorias significativas em seus sistemas de infraestrutura.
Desse modo, percebe-se que a implementação de políticas públicas que valorizem os engenheiros é crucial para superar os desafios de infraestrutura no Brasil. Por isso, é importante que o governo desenvolva estratégias que promovam a valorização profissional e ofereçam condições de trabalho adequadas para os engenheiros no serviço público.
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Ao refletir sobre identidade nacional e suas construções, percebe-se que a invenção de tradições nacionais e suas implicações são fenômenos complexos que moldam a percepção de pertencimento e exclusão dentro de uma sociedade. Nesse contexto, defende-se que a construção de tradições nacionais pode reforçar a exclusão do "outro" como ameaça. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a origem moderna das tradições nacionais e o impacto da exclusão do "outro" na sociedade.
Preliminarmente, a origem moderna das tradições nacionais revela-se essencial para compreender como essas práticas foram deliberadamente criadas e institucionalizadas. Segundo o historiador Eric Hobsbawm, as tradições que consideramos antigas muitas vezes são invenções recentes, criadas para promover a coesão social e a identidade nacional. Além disso, essas tradições servem para legitimar o poder político e criar um senso de continuidade histórica. Por exemplo, as celebrações nacionais, como o Dia da Independência, frequentemente incorporam símbolos e narrativas que foram cuidadosamente selecionados para reforçar um sentimento de unidade nacional.
Ademais, o impacto da exclusão do "outro" na sociedade é um aspecto crítico que merece atenção. Conforme argumenta o sociólogo Benedict Anderson, as nações são "comunidades imaginadas", onde a identidade é construída em oposição ao "outro", frequentemente visto como uma ameaça à ordem estabelecida. Consequentemente, essa exclusão pode levar à marginalização de grupos minoritários e à intensificação de conflitos sociais. Um exemplo disso, é a retórica nacionalista que frequentemente surge em momentos de crise, onde o "outro" é culpabilizado por problemas internos, exacerbando divisões sociais.
Desse modo, percebe-se que a construção de tradições nacionais, embora possa promover a coesão interna, também tem o potencial de reforçar a exclusão e a marginalização do "outro". Por isso, é importante promover uma educação que valorize a diversidade cultural e fomente o diálogo intercultural, a fim de mitigar os efeitos negativos da exclusão e construir sociedades mais inclusivas.
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Ao refletir sobre a crítica de Alain Badiou à ecologia, percebe-se que a visão de Badiou sobre a ecologia como um novo messianismo levanta questões importantes sobre o papel desse movimento na sociedade contemporânea. Nesse contexto, defende-se que a ecologia deve ser vista como uma ferramenta para o bem-estar humano, não como um misticismo. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a ecologia como movimento social e sua importância e a necessidade de equilibrar a preservação ambiental com o desenvolvimento humano.
Preliminarmente, a ecologia como movimento social possui relevância significativa na atualidade. Segundo especialistas em sociologia ambiental, a ecologia tem se consolidado como um dos principais movimentos sociais do século XXI, promovendo a conscientização sobre a importância da preservação ambiental e a necessidade de práticas sustentáveis. Além disso, esse movimento tem sido crucial para pressionar governos e empresas a adotarem políticas mais responsáveis. Por exemplo, a mobilização global em torno das mudanças climáticas tem levado a acordos internacionais, como o Acordo de Paris, que busca limitar o aquecimento global.
Ademais, é fundamental equilibrar a preservação ambiental com o desenvolvimento humano. De acordo com economistas ambientais, o desenvolvimento sustentável deve ser o objetivo central das políticas ecológicas, garantindo que as necessidades das gerações presentes sejam atendidas sem comprometer as futuras. Nesse sentido, é necessário integrar práticas ecológicas com o progresso econômico e social. Um exemplo disso, é a implementação de tecnologias limpas que promovem a eficiência energética e reduzem a emissão de poluentes, beneficiando tanto o meio ambiente quanto a economia.
Desse modo, percebe-se que a ecologia deve ser encarada como uma aliada no desenvolvimento humano, e não como um misticismo catastrofista. Por isso, é importante promover uma educação ambiental que enfatize a interdependência entre o meio ambiente e o bem-estar humano, incentivando ações práticas que beneficiem ambos.
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Ao refletir sobre mobilidade global e suas implicações, percebe-se que as viagens, tanto físicas quanto digitais, ao redor do mundo são uma realidade cada vez mais presente em nosso cotidiano. Nesse contexto, defende-se que a crescente mobilidade global, impulsionada por avanços tecnológicos, é um fenômeno irreversível que traz tanto desafios quanto oportunidades. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar impactos positivos das viagens globais e desafios e limitações da mobilidade global.
Preliminarmente, os impactos positivos das viagens globais são inegáveis e abrangentes. De acordo com especialistas em economia global, a circulação de pessoas e ideias promove o intercâmbio cultural, estimula a inovação e impulsiona o crescimento econômico. Além disso, o turismo internacional, por exemplo, é uma das maiores indústrias do mundo, gerando empregos e renda para milhões de pessoas. Um exemplo claro disso é a cidade de Barcelona, que se transformou em um importante destino turístico, revitalizando sua economia local.
Por outro lado, os desafios e limitações da mobilidade global não podem ser ignorados. Conforme apontado por analistas de políticas internacionais, a crescente mobilidade pode levar a tensões sociais, como o aumento do nacionalismo e a resistência à imigração. Além disso, a disseminação de doenças e o impacto ambiental das viagens aéreas são preocupações significativas. Um exemplo disso é a pandemia de COVID-19, que destacou a vulnerabilidade das redes globais de transporte e a necessidade de medidas de saúde pública eficazes.
Desse modo, percebe-se que a mobilidade global é um fenômeno inevitável que oferece tanto benefícios quanto desafios. Por isso, é importante que governos e organizações internacionais trabalhem juntos para maximizar os benefícios da mobilidade global, ao mesmo tempo em que mitigam seus desafios, por meio de políticas inclusivas e sustentáveis.
TEXTO 1
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
(Constituição da República Federativa do Brasil, 1988)
TEXTO 2
Mayutá, índio de quase dois anos de idade, deveria estar morto por conta da tradição de sua etnia kamaiurá. Na lei de sua tribo, gêmeos devem ser mortos ao nascer porque são sinônimo de maldição. Paltu Kamaiurá, 37, enviou seu pai, pajé, às pressas para a casa da família de sua mulher, Yakuiap, ao saber que ela havia dado à luz a gêmeos. Mas um deles já tinha sido morto pela família da mãe.
Paltu enfrentou discriminação da tribo, para a qual a criança amaldiçoaria a aldeia. Relutou, porém, em sair do parque do Xingu (MT), onde vive sua etnia e outras 13, muitas das quais praticam o infanticídio.
No ano passado, ele soube do trabalho da ONG Atini, que combate a prática, por meio de sua irmã Kamiru, que desenterrou o menino Amalé, condenado a morrer por ser filho de mãe solteira.* Kamiru teve contato com a entidade em Brasília, ao buscar tratamento médico para o filho adotivo.
Paltu pediu ajuda à ONG para conscientizar os índios de sua aldeia. A entidade foi criada há cerca de dois anos pelos lingüistas Márcia e Edson Suzuki, que em 2001 adotaram Hakani, 12. Devido à desnutrição em decorrência de hipotireoidismo congênito, que seus pais acreditavam ser uma maldição, Hakani, da etnia suruarrá, deveria morrer. Foi salva pelo irmão.
Ainda praticado por cerca de 20 etnias entre as mais de 200 do país, esse princípio tribal leva à morte não apenas gêmeos, mas também filhos de mães solteiras, crianças com problema mental ou físico, ou doença não identificada pela tribo.
O antropólogo Bruce Albert, da CCPY (Comissão Pró-Yanomami), diz que, para os yanomamis, “só as crianças às quais se podia dar a chance de crescer com saúde eram criadas”.
O missionário Saulo Ferreira Feitosa, secretário-adjunto do Cimi (Comissão Indigenista Missionária), vê no debate conflito entre a ética universal e a moral de uma comunidade. “Ninguém é a favor do infanticídio. Agora, enquanto prática cultural e moralmente aceita, não pode ser combatida de maneira intervencionista.
(Folha de S.Paulo, 06.04.2008. Adaptado)
* Os filhos de mãe solteira são enterrados vivos.
TEXTO 3
A Fundação Nacional do Índio (Funai) é o cartório do genocídio indígena no Brasil. Os brasileiros indígenas, vivendo na idade da pedra lascada em reservas artificiais, têm expectativa média de apenas 29 anos. A mortalidade infantil chega a 65%. De cada cinco índios que nascem, três morrem antes de completar cinco anos de idade.
A denúncia é do advogado Antônio Ribas Paiva, presidente da União Nacionalista Democrática (UND) – uma ONG especializada em projetos e estudos sobre a realidade brasileira.
Ribas raciocina que, como genocídio é crime hediondo, os dirigentes da Funai mereciam condenação exemplar. O advogado indaga: “Onde estará o Ministério Público Federal para exigir da Justiça uma punição aos responsáveis por este verdadeiro crime contra a minoria indígena? Cadê o MP? Ele não pode se omitir neste caso”.
(José Serrão. Em: http://alertatotal.blogspot.com/ – Adaptado)
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Escreva uma dissertação em prosa, com trinta linhas no máximo, obedecendo às normas da língua padrão do português do Brasil, desenvolvendo o seguinte tema:
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### Proposta de Resolução
Ao refletir sobre direitos indígenas e práticas culturais, percebe-se que a questão do respeito às práticas culturais indígenas e seus limites é complexa e multifacetada. Nesse contexto, defende-se que é necessário respeitar as culturas indígenas, mas impor limites quando práticas violam direitos humanos fundamentais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância do respeito à diversidade cultural e os limites impostos por direitos humanos universais.
Preliminarmente, a importância do respeito à diversidade cultural deve ser reconhecida, pois é um elemento essencial para a coexistência pacífica entre diferentes grupos sociais. De acordo com a UNESCO, a diversidade cultural é um patrimônio comum da humanidade, que deve ser preservado e promovido. Além disso, o respeito às práticas culturais indígenas é um reconhecimento de sua identidade e história. Por exemplo, a Constituição Federal do Brasil garante aos povos indígenas o direito de manter suas tradições e costumes.
Por outro lado, os limites impostos por direitos humanos universais são fundamentais para garantir a dignidade e a vida de todos os indivíduos. Conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Portanto, práticas culturais que envolvem o infanticídio, como mencionado nos textos motivadores, devem ser questionadas e, se necessário, limitadas. Um exemplo disso, é o trabalho de ONGs que buscam conscientizar comunidades indígenas sobre alternativas que respeitem a vida e a cultura.
Desse modo, percebe-se que o equilíbrio entre o respeito às culturas indígenas e a imposição de limites é crucial para a convivência harmônica e o respeito aos direitos humanos. Por isso, é importante promover o diálogo intercultural e a educação em direitos humanos, visando uma compreensão mútua e soluções que respeitem tanto a diversidade cultural quanto a dignidade humana.
