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A partir dos anos 1990, com o avanço do chamado "neoliberalismo", o Estado brasileiro passou a intervir menos na economia. Passou de produtor a regulador. Planos de desenvolvimento, nos moldes dos adotados ao longo do século XX, saíram do vocabulário político brasileiro. Porém, devido à formação histórica de sua economia, se faz necessário a atuação estatal para a elaboração de grandes planos de desenvolvimento, só que não nos antigos moldes. O Brasil apresenta grandes potencialidades em termos espaciais e grandes desafios também. Sua população se concentra numa estreita faixa litorânea, mesmo o país possuindo um dos maiores territórios e uma das maiores biodiversidades do mundo. Isso, frente à necessidade de se conciliar os aspectos econômico, social e ambiental no desenvolvimento, fornece grandes potencialidades.
As desigualdades regionais brasileiras se produziram, em parte, durante o processo de industrialização do país. As primeiras indústrias se concentraram em regiões que possuíam uma maior quantidade de capitais. Quando o Estado nacional passou a considerá-las fundamentais e buscou desenvolvê-las, passou a investir e a apoiar as que já existiam. Assim, concentrou investimento no estado de São Paulo. Para apoiar a industrialização, era necessário a modernização da agricultura. Isso provocou a expulsão de muitas pessoas do meio rural. Trabalhadores rurais, meeiros e outros habitantes do campo, buscando melhores oportunidades de vida ou expulsos por algum motivo, acabaram migrando para as principais cidades do país. Como estas não conseguiam comportar tamanho fluxo de pessoas, eles acabaram indo morar em regiões cada vez mais afastadas dos centro e com condições de vida mais precárias. Esse processo, por exemplo, é retratado na música "Triste Partida", de Luiz Gonzaga, em que um nordestino sai de sua região por causa da seca, vai a São Paulo, sonhando em trabalhar, conseguir dinheiro e, então, retornar a sua terra. Porém, não consegue, acaba ficando na capital paulista, sem conseguir retornar e trabalhando por um salário baixo. Ou seja, a desconsideração do aspecto espacial, nas políticas de desenvolvimento nacional ao longo do século XX, contribuiu para a produção tanto da segregação espacial nas grandes cidades brasileiras quanto para as disparidades entre as diversas regiões do país.
Cabe ao Estado brasileiro fazer frente a estes problemas, deve, para isso, planejar, executar e monitorar, como pede a legislação voltada à governança administrativa. Pode-se aproveitar as potencialidades territoriais do país. Por exemplo, a região Norte e Centro-Oeste apresentam potencialidade turística, devido à natureza existente no Pantanal e na Amazônia, principalmente. Além disso, pode-se empregar, de maneira mais significativa, as entidades de fomento regional já existentes para financiamento de atividades que possuam ligação com as características regionais. Pode-se criar, tal como ocorre na Zona Franca de Manaus, outras polos de isenção fiscal para atrair empresas e gerar empregos. Políticas que levassem em conta esses aspectos contribuiriam para o desenvolvimento territorial equilibrado, de modo a evitar a repetição dos erros passados (como a concentração de investimento nas regiões mais avançadas) e auxiliar até mesmo na desconcentração da população brasileira, o que teria potencial de diminuir os problemas gerados pelas grandes metrópoles (como a poluição).
Portanto, o Estado brasileiro deve buscar meios para cumprir o que a própria Constituição Federal já prevê: reduzir as desigualdades regionais e garantir o desenvolvimento nacional. Potencialidades, no território, não faltam. Cabe ao setor público aproveitá-las.
Tópico 1: Nota: 100% — Atendeu integralmente: explicou a concentração geográfica de investimentos no Centro-Sul/São Paulo, a segregação socioespacial nas cidades (periferização e precariedade) e o êxodo rural decorrente da modernização agrícola e da migração campo-cidade.
Tópico 2: Nota: 85% — Indicou dois instrumentos com relevância: (i) uso de entidades de fomento regional/financiamento para atividades alinhadas às características regionais; (ii) criação de polos com isenção fiscal (modelo ZFM) para atrair empresas e empregos. Faltou nomear instrumentos clássicos (PNDR, Planos Diretores) e detalhar mecanismos e governança dos propostos.
Uso da Língua Portuguesa: Nota: 70% — Texto coeso e bem estruturado, porém com erros de concordância nominal, regência/crase, capitalização e alguns problemas de colocação pronominal.
Erros de grafia: Há erro de grafia em "estado de São Paulo" [linha 11]. O correto seria "Estado de São Paulo".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância/colocação pronominal no trecho "se faz necessário a atuação estatal" [linha 4]. O mais adequado seria "faz-se necessária a atuação estatal".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância nominal no trecho "os aspectos econômico, social e ambiental" [linha 7]. O mais adequado seria "os aspectos econômicos, sociais e ambientais".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância nominal no trecho "era necessário a modernização da agricultura" [linha 12]. O mais adequado seria "era necessária a modernização da agricultura".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância nominal no trecho "afastadas dos centro" [linha 16]. O mais adequado seria "afastadas dos centros" (ou "afastadas do centro", no singular).
Erros de morfossintaxe: Houve erro de regência/crase no trecho "retornar a sua terra" [linha 18]. O mais adequado seria "retornar à sua terra".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância nominal no trecho "outras polos de isenção fiscal" [linha 26]. O mais adequado seria "outros polos de isenção fiscal".
Nota final: 81%
No âmbito das pesquisas cientifícas, pode-se destacar diferentes abordagens, métodos e finalidades de análise de dados. A fim de explicitar o assunto, é necessário descrever técnicas de coleta e análise de dados e destacar como a técnica de “estudo de caso” pode ser aplicada em contextos especifícos.
Preliminarmente, pode-se descrever técnicas de coleta de dados, por exemplo, entrevista, questionário e observação, como um modo de conseguir levantar um montante de dados que podem ser analisados de diferentes formas, como análises estatísticas e análises comparativas. A respeito das técnicas de coleta de dados, descreve-se a entrevista como um instrumento onde um pesquisador faz perguntas para um ou mais participantes, de modo a captar subjetividades e dados sobre o comportamento; o questionário é uma técnica essencialmente essencialmente quantitativa, com perguntas fechadas e diretas, a fim de obter um grande volume de dados, o que possibilita análises estatísticas e generalizações; a observação é uma técnica na qual o pesquisador se coloca em campo, a fim de observar uma situação específica acontecendo em tempo real. Por sua vez, as técnicas de análise de dados podem ser estatísticas, como uso dos dados para observar padrões, medianas, modas, elaborar regressões etc., como também técnicas comparativas, em que é utilizado dois conjuntos de dados para descrever semelhanças e diferenças entre eles.
Além disso, pode-se destacar a técnica do tipo “estudo de caso” como uma forma de colocar o pesquisador dentro do ambiente em que uma situação acontece, com o objetivo de entender profundamente as váriáveis que causam a situação estudada. A fim de exemplificar essa técnica, pode-se descrever como um estudo de caso seria eficaz para combater o problema do desemprego em uma região periférica de um município brasileiro. Nesse contexto, o pesquisador conseguria entender todas as varíaveis que causam o desemprego e entender as percepções dos moradores sobre esse problema. Assim, os resultados obtidos podem ser utilizados para formulação de políticas públicas específicas para a problemática.
Portanto, é evidente como a ciência possui um campo amplo para obtenção de dados, o que permite a análise de variadas técnicas, a fim de analisar e solucionar problemas específicos.
Tópico 1: Nota: 70% — Atendeu à descrição das três técnicas de coleta (entrevista, questionário e observação) e citou ao menos duas técnicas de análise (estatística e comparativa). Faltou a explanação específica sobre a análise de conteúdo, exigida pelo padrão.
Tópico 2: Nota: 80% — Definiu o estudo de caso e relacionou-o ao enfrentamento do desemprego, indicando identificação de causas e subsídio a políticas públicas. Faltou detalhar mapeamento de perfis populacionais e exemplos mais concretos de aplicação para atingir o nível máximo.
Tópico 3: Nota: 60% — Texto com estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) e coerência geral. Contudo, há múltiplos erros ortográficos e de morfossintaxe (acentuação, concordância, regência e uso de “onde”), além de repetição lexical, o que reduz o domínio da norma culta.
Erros de grafia:
Grafia: Há erro de grafia em "cientifícas" [linha 1]. O correto seria "científicas".
Grafia: Há erro de grafia em "especifícos" [linha 1]. O correto seria "específicos".
Grafia: Há erro de grafia em "essencialmente essencialmente" [linha 2]. O correto seria "essencialmente".
Grafia: Há erro de grafia em "váriáveis" [linha 2]. O correto seria "variáveis".
Grafia: Há erro de grafia em "conseguria" [linha 2]. O correto seria "conseguiria".
Grafia: Há erro de grafia em "varíaveis" [linha 2]. O correto seria "variáveis".
Erros de morfossintaxe:
Morfossintaxe: Houve erro de regência no trecho "faz perguntas para um ou mais participantes" [linha 2]. O mais adequado seria "faz perguntas a um ou mais participantes".
Morfossintaxe: Houve uso inadequado do relativo/advérbio no trecho "um instrumento onde um pesquisador faz perguntas" [linha 2]. O mais adequado seria "um instrumento no qual um pesquisador faz perguntas".
Morfossintaxe: Houve erro de concordância no trecho "em que é utilizado dois conjuntos de dados" [linha 2]. O mais adequado seria "em que são utilizados dois conjuntos de dados" (ou "utiliza-se").
Morfossintaxe: Houve erro de articulação no trecho "como uso dos dados para observar padrões" [linha 2]. O mais adequado seria "como o uso dos dados para observar padrões".
Nota final: 67%
Ao refletir sobre ciência, tecnologia e sociedade, é preciso analisar a educação científica no Brasil. Nesse contexto, defende-se que seu avanço é totalmente dependente da população. Para aprofundar nessa discussão, é necessário abordar o distanciamento entre ciência e a sociedade, os riscos da falta de cultura científica e caminhos para a consolidação de uma democracia científica brasileira.
Preliminarmente, cumpre destacar que a pandemia evidenciou que a sociedade encontra-se distante da ciência. Nesse sentido, é visto na literatura, a falha na comunicação como um dos principais fatores, visto que diversos resultados de pesquisas foram divulgados em linguagem excessivamente técnica, tornando o conhecimento inacessível ao público leigo. Ademais, a ausência de traduções científicas abriu portas para más interpretações sobre vacinas, contágios e eficácia de medicamentos.
No que tange a cultura científica brasileira, é observado baixo engajamento social e, potencialmente, oferece riscos e desafios, principalmente à gestão e políticas públicas. Por conseguinte, quando a população carece de informações científicas, as decisões tendem o apoio de crenças, ideologias e desinformações, em vez de evidências, ocasionando em enfraquecimento de medidas públicas eficazes. Um exemplo, é a dificuldade de enfrentamento de pandemias quando a população não confia em vacinas.
Por fim, a participação social é fundamental para consolidação de uma democracia científica no Brasil. Por isso, a fim de articular popularização, educação e participação social são necessárias políticas governamentais. Nesse sentido, são estratégias para esse objetivo a divulgação de pesquisas em linguagens acessíveis em mídias digitais, incorporação e uso de métodos científicos nos primeiros anos escolares e o fortalecimento de conselhos de ciência e tecnologia de participação social. Assim, evidencia-se que a sociedade é imperativa no avanço e consolidações científicas.
Tópico 1: Nota: 75% — Abordou o distanciamento com ênfase em falhas de comunicação e linguagem excessivamente técnica, alinhado ao padrão. Faltou aprofundar outras dimensões relevantes (infodemia, fragilidade da educação científica, baixo engajamento) e exemplificação mais concreta.
Tópico 2: Nota: 70% — Tratou riscos na formulação de políticas públicas e decisão baseada em crenças, com exemplo de vacinas, conforme o padrão. Não explorou outras dimensões esperadas (vulnerabilidade à desinformação, desigualdade e exclusão, retrocesso no desenvolvimento, fragilidade democrática) nem detalhou mecanismos desses riscos.
Tópico 3: Nota: 85% — Indicou estratégias aderentes ao padrão: popularização em linguagem acessível e mídias digitais, inserção do método científico na educação básica e fortalecimento de conselhos/participação social. Poderia aprofundar a integração entre as três frentes e mencionar diretrizes/experiências (BNCC, ciência cidadã) para maior robustez.
Erros de grafia: Não foram identificados.
Erros de morfossintaxe: Houve erro de regência no trecho "Para aprofundar nessa discussão" [linha 1]. O mais adequado seria "Para aprofundar essa discussão" ou "Para aprofundar nesta discussão".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância/pontuação no trecho "Nesse sentido, é visto na literatura, a falha na comunicação" [linha 2]. O mais adequado seria "Nesse sentido, é vista na literatura a falha na comunicação".
Erros de morfossintaxe: Houve impropriedade lexical/nominal no trecho "más interpretações sobre vacinas, contágios e eficácia de medicamentos" [linha 2]. O mais adequado seria "más interpretações sobre vacinas, contágio e eficácia de medicamentos".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de crase no trecho "No que tange a cultura científica brasileira" [linha 3]. O mais adequado seria "No que tange à cultura científica brasileira".
Erros de morfossintaxe: Houve problema de construção e coesão em "é observado baixo engajamento social e, potencialmente, oferece riscos" [linha 3]. O mais adequado seria "Observa-se baixo engajamento social, o que potencialmente oferece riscos" ou "É observado baixo engajamento social, que potencialmente oferece riscos".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de regência no trecho "as decisões tendem o apoio de crenças" [linha 3]. O mais adequado seria "as decisões tendem a apoiar crenças" ou "as decisões tendem ao apoio de crenças".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de regência no trecho "ocasionando em enfraquecimento" [linha 3]. O mais adequado seria "ocasionando enfraquecimento".
Erros de morfossintaxe: Há erro de crase/ paralelismo em "principalmente à gestão e políticas públicas" [linha 3]. O mais adequado seria "principalmente à gestão e às políticas públicas".
Erros de morfossintaxe: Há vírgula indevida no trecho "Um exemplo, é a dificuldade" [linha 3]. O mais adequado seria "Um exemplo é a dificuldade".
Erros de morfossintaxe: Falta de artigo em "fundamental para consolidação de uma democracia" [linha 4]. O mais adequado seria "fundamental para a consolidação de uma democracia".
Erros de morfossintaxe: Problema de paralelismo em "a divulgação..., incorporação e uso..., e o fortalecimento..." [linha 4]. O mais adequado seria "a divulgação..., a incorporação e o uso..., e o fortalecimento...".
Nota final: 77%
No panorama atual, compreende-se que boas práticas de gestão de riscos como as do COSO e o modelo das três linhas de defesa são essenciais para o desenvolvimento de uma Administração Pública mais eficiente na prestação de serviços ao cidadão.
Primeiramente, importa explicar o que é o modelo das três linhas. A primeira linha defensiva é o setor operacional da organização. Os chefes desses departamentos identificam, avaliam e controlam os riscos durante a tomada de decisão. Exemplo: é um chefe do setor de compras de determinado órgão público lançando um edital de licitação e certificando-se de que está adequado à lei, evita fraudes, etc.
A segunda linha são as controladorias internas chefiadas por especialistas que orientam os gestores responsáveis pela primeira linha. Eles que definem manuais, metodologias, regras. Por fim, há a auditoria interna que verifica se os controles internos estão funcionando corretamente.
Além disso, o COSO traz componentes como “ambiente de controle” focado na cultura organizacional; avaliação de riscos, inerentes aos projetos e que afetam os objetivos; atividades de controle que visam o cumprimento das diretrizes da gestão de riscos; informação e comunicação que geram, por exemplo, relatórios sobre irregularidades encontradas.
Outrossim, práticas de monitoramento também são previstas pelo COSO. Exemplo: reuniões do alto conselho para verificar se o orçamento está sendo corretamente aplicado como planejado.
Em suma, as práticas de gestão de riscos supracitadas são excelentes ferramentas no mapeamento de eventos que são suscetíveis de impactar os objetivos da Administração Pública. Sendo bem aplicadas, garantem processos eficientes e resultados eficazes e efetivos das ações governamentais.
Tópico 1 (três linhas de defesa): Nota: 85% — Atendeu aos três aspectos (1ª, 2ª e 3ª linhas), indicando composição e objetivo de cada uma. Faltou detalhar a propriedade do risco e as ações corretivas na 1ª linha, as funções típicas da 2ª linha (conformidade, gestão de riscos, controladoria) e o destaque da independência e escopo avaliativo da 3ª linha.
Tópico 2 (componentes do COSO): Nota: 80% — Abordou os cinco componentes: ambiente de controle, avaliação de riscos, atividades de controle, informação e comunicação, e monitoramento. As definições foram sucintas e parcialmente incompletas: não explicitou o caráter dinâmico/iterativo da avaliação de riscos nem as respostas ao risco; o ambiente de controle não contemplou objetivos/identificação de eventos; monitoramento careceu de distinção entre avaliações contínuas e independentes.
Uso da Língua Portuguesa: Nota: 70% — Estrutura textual adequada e coerente, mas com falhas de concordância e construção frasal; pontuação e paralelismo por vezes imprecisos.
Erros de grafia: Não foram identificados.
Erros de morfossintaxe: Houve erro de construção no trecho "Exemplo: é um chefe do setor de compras de determinado órgão público lançando um edital de licitação..." [linha 2]. O mais adequado seria "Exemplo: o chefe do setor de compras de determinado órgão público lança um edital de licitação...".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância verbal no trecho "A segunda linha são as controladorias internas" [linha 3]. O mais adequado seria "A segunda linha é composta pelas controladorias internas".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de construção no trecho "Eles que definem manuais, metodologias, regras" [linha 3]. O mais adequado seria "São eles que definem manuais, metodologias e regras" ou "Eles definem manuais, metodologias e regras".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância no trecho "avaliação de riscos, inerentes aos projetos" [linha 4]. O mais adequado seria "avaliação de riscos, inerente aos projetos".
Nota final: 76%
Ao buscar compreender o uso de Inteligência Artificial (IA) no
serviço público, o caso hipotético ilustra a utilização desse recurso
para realizar a triagem automatizada de pedidos de restituição de tri-
butos, porém, sem uma análise individualizada dos casos. Sobre essa temá-
tíca, alguns aspectos merecem destaque.
Preliminarmente, a Administração Pública tem como base prin-
cípios que devem nortear todas as suas ações. Segundo a Constituição
Federal de 1988, esses princípios são: legalidade, impessoalidade, mo-
ralidade, publicidade e eficiência. Tratando-se do uso de sistemas
de IA nas tomadas de decisões administrativas, é preciso que a sua
utilização esteja de acordo com as leis e baseada na ética e
transparência dos agentes públicos, respeitando, assim, os prin-
cípios da legalidade, moralidade e publicidade. Além disso, é pre-
ciso assegurar que o uso de ferramentas de IA é mais eficiente e be-
méfica à sociedade, garantindo o bem-estar social
Nesse contexto, tendo como base o caso hipotético, para que os
princípios da administração pública sejam preservados com o uso
de IA, algumas medidas devem ser adotadas. De acordo com as melho-
res práticas de governança e controle, a utilização de IA deve ser pre-
cedida por elaboração de planejamento estratégico, análise de cenários.
bem como de avaliação de riscos. Ademais, é necessário assegurar
que as tomadas de decisões sejam avaliadas por humanos e que haja
um constante aprimoramento e capacitação dos agentes envolvidos nos
processos e no monitoramento das ações da IA. Desse modo, as novas
ferramentas tecnológicas podem ser utilizadas de forma mais segu-
ra, ética e em conformidade com a legislação.
Em suma, o uso da Inteligência Artificial pode contribuir pa-
ra a melhoria e a eficiência do serviço público oferecido à população.
Entretanto, é preciso que a sua utilização seja feita de forma res-
ponsável e sempre em prol da sociedade.
Tópico 1: Nota: 33% — Atendeu parcialmente ao (i) ao citar legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e transparência. Não abordou motivação administrativa, accountability/responsabilidade do agente, segurança da informação, direito de revisão de decisões automatizadas e vedação à delegação integral da decisão à máquina, nem explicitou a violação ao princípio da motivação pela ausência de análise individualizada.
Tópico 2: Nota: 50% — Atendeu parcialmente ao (i) ao mencionar revisão humana e capacitação, e tocou em gestão de riscos e conformidade legal. Faltou auditoria algorítmica e publicidade dos critérios; não citou a recomendação da OCDE de Comitê de Ética e Inovação, nem LGPD e verificação da qualidade dos dados.
Tópico 3: Nota: 70% — Estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão) adequada e coesão geral satisfatória. Contudo, há erros de grafia, concordância, regência, paralelismo e pontuação.
Erros de grafia: Há erro de grafia em "beméfica" [linha 15]. O correto seria "benéfica".
Erros de morfossintaxe: Houve erro de concordância no trecho "o uso de ferramentas de IA é mais eficiente e beméfica à sociedade" [linhas 14–15]. O mais adequado seria "o uso de ferramentas de IA é mais eficiente e benéfico à sociedade".
Houve erro de regência no trecho "deve ser precedida por elaboração de planejamento estratégico" [linha 20]. O mais adequado seria "deve ser precedida de elaboração de planejamento estratégico".
Houve erro de pontuação no trecho "análise de cenários. bem como de avaliação de riscos" [linhas 20–21]. O mais adequado seria "análise de cenários, bem como de avaliação de riscos".
Houve erro de paralelismo no trecho "baseada na ética e transparência" [linhas 11–12]. O mais adequado seria "baseada na ética e na transparência".
Houve inadequação de colocação nominal no trecho "as tomadas de decisões sejam avaliadas por humanos" [linha 22]. O mais adequado seria "as tomadas de decisão sejam avaliadas por humanos".
Nota final: 55,85%

