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TEXTO I:
 
O desafio do século XXI
 
Para ser a potência que sonhamos, foco deve ser educação

O Brasil ficou em 53º lugar, em uma lista de 65 países, no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). Mesmo melhorando em relação a ele mesmo, está tão atrasado que não consegue passar os outros países. É um número horroroso. Chile e Uruguai sempre foram destaques na América Latina em escolaridade e investimento em educação, mas o Brasil está muito atrás.

Com esse ranking da educação brasileira, não seremos a potência que sonhamos ser, não tem jeito. Hoje, esse é o maior desafio econômico, temos de avançar.
 
O Brasil já cometeu muitos erros nessa área. É uma tarefa de todos nós, o grande desafio do século XXI. Ou avançamos em educação ou perdemos o projeto de país.
 
(Míriam Leitão – 07/12/2010 – http://oglobo.globo.com)

TEXTO II:
 
Morre aluno atingido por bala perdida em Ciep no Rio

São Paulo: Morreu na manhã desta sexta-feira, 16, o menino Wesley Gilber Rodrigues, de 11 anos, atingido por uma bala perdida durante tiroteio por volta das 9 horas, dentro de uma sala de aula, segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde.
 
O aluno estava dentro de uma unidade do Centro Integrado de Educação Pública (Ciep), Rubens Gomes, em Barros Filho, no subúrbio do Rio, quando foi atingido no peito por um tiro. Wesley foi encaminhado pelos professores ao Hospital Estadual Carlos Chagas, onde chegou morto, segundo a Secretaria da Saúde.
 
Segundo a Polícia Militar, a troca de tiros ocorreu durante operação no Complexo da Pedreira, deixando seis suspeitos mortos, com idades entre 20 a 30 anos. Dois homens foram presos, nove caça-níqueis foram apreendidos, além de uma carabina, uma submetralhadora, três pistolas, um revólver e drogas.
 
Por conta do incidente, a Secretaria Municipal de Educação suspendeu as aulas da escola nesta sexta-feira. Na próxima segunda-feira, 19, uma equipe do Programa Interdisciplinar de Apoio às Escolas Municipais (Proinape) irá à unidade escolar para conversar com as crianças e professores.
 
(http://www.estadao.com.br – 16 de julho de 2010)

Com base nos textos motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:

“A necessária educação para o crescimento do país”

Rascunho Eficiente

Assunto: Educação no Brasil
Tema: A necessária educação para o crescimento do país
Tese: A educação é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil
Tópico 1: Importância da educação para o desenvolvimento econômico
Tópico 2: Impacto social da educação na redução da violência

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre educação no Brasil, defende-se que a ela é fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da educação para o desenvolvimento econômico e o impacto social da educação na redução da violência.

Preliminarmente, a importância da educação para o desenvolvimento econômico é inegável. Segundo especialistas em Economia, países que investem em educação tendem a apresentar melhores índices de crescimento econômico, pois a qualificação da mão de obra é essencial para a inovação e a produtividade. Além disso, a educação melhora a capacidade de adaptação dos trabalhadores às mudanças tecnológicas e de mercado. Por exemplo, países como Coreia do Sul e Finlândia, que priorizaram a educação, conseguiram transformar suas economias e se destacar no cenário global.

Ademais, o impacto social da educação na redução da violência é significativo. De acordo com estudos sociológicos, a educação contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, capazes de resolver conflitos de forma pacífica e de respeitar as normas sociais. Consequentemente, a educação pode atuar como um fator de prevenção à criminalidade, ao oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal e profissional. Um exemplo disso é o impacto positivo de programas educacionais em comunidades vulneráveis, que têm mostrado redução nos índices de violência e aumento na coesão social.

Desse modo, percebe-se que a educação é um pilar essencial para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Por isso, é importante que o governo e a sociedade civil invistam em políticas públicas que garantam o acesso à educação de qualidade para todos, promovendo assim um crescimento sustentável e inclusivo.


Antropóloga da Intel diz que é preciso dar um tempo na tecnologia para viver melhor

SÃO FRANCISCO e RIO - Antes da internet, e mesmo em seus primórdios, os lançamentos de tecnologia tinham data marcada. Ou, pelo menos, eram os esperados a nova versão de um programa, um novo computador ou periférico, processadores mais turbinados. Entretanto, com nossas vidas digitais cada vez mais on-line, o aumento da mobilidade com smartphones e tablets, a computação em nuvem e as redes sociais que podem ser acessadas de qualquer lugar, as novidades techie vêm se sucedendo em ritmo tão frenético que é quase impossível acompanhá-las. Não sobra mais espaço para nos desligarmos e "desfrutarmos" um pouco de monotonia, que pode fazer bem num cenário tão estressante. Quem garante é a antropóloga e pesquisadora Genevieve Bell, diretora de Interação e Experiência nos Intel Labs, que conversou com O GLOBO durante o Intel Developer Forum (IDF), nos EUA.

Existe tanta tecnologia em nossas vidas, que vivemos sob uma promessa de conectividade constante, uma quase garantia de que sempre teremos à mão diversos dispositivos conectados proporcionando-nos "ricas experiências" diz a pesquisadora.

Mas o fato é que nós, que estamos enfronhados nesse meio high-tech, raramente clicamos no botão de "desliga" para nos entregar a momentos de tédio. E as indústrias da tecnologia e do entretenimento continuamente se dedicam a pôr o tédio para baixo do tapete, escondendo-o de nós como se fosse vergonhoso ou nocivo se entediar.

Antes sabíamos o que esperar, mas hoje a toda hora entramos no e-mail, no Facebook ou no Twitter e aparece um aviso sobre uma nova função de que nem tínhamos ideia - constata Esteban Gonzalez Clua, professor do Instituto de Computação da UFF e gerente do Media Lab, laboratório da universidade para desenvolvimento de mídias digitais.

No mundo, há cerca de 5 bilhões de celulares e smartphones em circulação, um bilhão de PCs, mais de um bilhão de internautas e 2,5 bilhões de TVs acrescenta Genevieve.

É um monte de coisas que nos afastam da monotonia. No final das contas, acabamos sendo induzidos e seduzidos a trocar o salutar tédio por uma sobrecarga de estímulos. E chegamos ao ponto em que as demandas desses nossos dispositivos excedem nossa capacidade de atendê-las.

Segundo a antropóloga, pesquisas nos EUA, Europa e Oceania apontam que a primeira coisa que as pessoas fazem ao acordar é esticar o braço e pegar o dispositivo mais próximo, seja um celular, um Ipod ou um tablet, para ler mensagens, ouvir música e checar o Twitter ou o Facebook.

Precisamos encontrar tempo livre em que não estejamos logados nem conectados. Algumas pessoas para vencer a compulsão de ir dezenas ou centenas de vezes consultar e alimentar as redes sociais decidiram "se matar" no Twitter e no Facebook, simplesmente deletando suas contas, de modo a voltar a ter tempo realmente livre para si.

(Jornal O Globo. Caderno de Economia. 19 de setembro de 2011)


 

Produza uma dissertação-argumentativa, com um mínimo de 30 (trinta) linhas e um máximo de 45 (quarenta e cinco) linhas, em que você discuta a seguinte questão, problematizada pela matéria jornalística transcrita:

Rascunho Eficiente

Assunto: Impacto da tecnologia na vida cotidiana
Tema: A necessidade de equilibrar a conectividade tecnológica e o bem-estar pessoal
Tese: É crucial encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e momentos de desconexão para promover a saúde mental e o bem-estar
Tópico 1: A sobrecarga de estímulos tecnológicos e suas consequências
Tópico 2: A importância de momentos de desconexão para a saúde mental

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre o impacto da tecnologia na vida cotidiana, percebe-se que a necessidade de equilibrar a conectividade tecnológica e o bem-estar pessoal é uma questão premente na sociedade atual. Nesse contexto, defende-se que é crucial encontrar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e momentos de desconexão para promover a saúde mental e o bem-estar. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a sobrecarga de estímulos tecnológicos e suas consequências e a importância de momentos de desconexão para a saúde mental.

Preliminarmente, a sobrecarga de estímulos tecnológicos é uma realidade inegável na vida moderna, com impactos significativos. Conforme destacado por especialistas, o constante bombardeio de informações e notificações pode levar a um estado de ansiedade e estresse contínuos. Além disso, a necessidade de estar sempre atualizado e conectado pode gerar uma sensação de sobrecarga mental. Por exemplo, um estudo realizado pela Universidade de Stanford revelou que o uso excessivo de dispositivos digitais está associado a níveis mais altos de ansiedade e depressão entre jovens adultos.

Ademais, a importância de momentos de desconexão para a saúde mental é cada vez mais reconhecida. De acordo com psicólogos, a prática de se desconectar regularmente dos dispositivos digitais pode melhorar o foco, a criatividade e a capacidade de relaxamento. Consequentemente, indivíduos que reservam tempo para atividades offline, como leitura, meditação ou exercícios físicos, tendem a relatar maior satisfação e equilíbrio emocional. Um exemplo disso é o crescente movimento de "detox digital", no qual pessoas optam por períodos sem tecnologia para recarregar suas energias mentais e emocionais.

Desse modo, percebe-se que encontrar um equilíbrio entre a conectividade tecnológica e momentos de desconexão é essencial para a saúde mental e o bem-estar geral. Por isso, é importante que indivíduos e organizações promovam práticas que incentivem o uso consciente da tecnologia, como estabelecer horários específicos para o uso de dispositivos e criar ambientes que favoreçam a desconexão e o relaxamento.


REDAÇÃO

Em texto publicado em sua coluna na Folha de S.Paulo, em 19/11, Paul Krugman volta-se contra os republicanos e suas ideias sobre como superar a crise: "No mundo democrata, o alto é alto e o baixo é baixo. Elevar impostos aumenta a receita, e reduzir os gastos com a economia ainda deprimida reduz o emprego. No mundo republicano, o baixo é alto. Para elevar a receita, o jeito é cortar os impostos das empresas e dos ricos, e reduzir os gastos do governo é uma estratégia de geração de empregos." Krugman tem criticado os governantes europeus, com a mesma ironia, por estarem seguindo receita muito parecida com a dos republicanos. Seja como for, como fica o Brasil nesse cenário? Ainda que não sejamos imunes à crise, nossa situação parece distante tanto da europeia quanto da americana, mas é inevitável pensar nas consequências de uma possível continuidade dessa dramática situação.

Considerando o que se afirma acima, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema:

A atual crise econômica internacional e suas repercussões no Brasil

Rascunho Eficiente

Assunto: Crise econômica global
Tema: Impactos da crise econômica internacional no Brasil
Tese: A crise econômica internacional afeta o Brasil de maneira indireta, mas significativa, exigindo políticas econômicas adaptativas e vigilância fiscal.
Tópico 1: A influência das políticas econômicas internacionais na economia brasileira
Tópico 2: A necessidade de políticas internas para mitigar os efeitos da crise

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a econômica global, pdefende-se que a crise econômica internacional afeta o Brasil de maneira indireta, mas significativa, exigindo políticas econômicas adaptativas e vigilância fiscal. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a influência das políticas econômicas internacionais na economia brasileira e a necessidade de políticas internas para mitigar os efeitos da crise.

Preliminarmente, a influência das políticas econômicas internacionais na economia brasileira é evidente e crucial. Conforme economistas, as decisões de política econômica tomadas por grandes economias, como os Estados Unidos e países da União Europeia, têm repercussões globais que não poupam o Brasil. Além disso, a dependência do Brasil de mercados externos para exportação de commodities torna a economia brasileira vulnerável a flutuações econômicas internacionais. Por exemplo, a recente desaceleração econômica na China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, impactou diretamente as exportações brasileiras.

Ademais, a necessidade de políticas internas para mitigar os efeitos da crise é imperativa. Segundo especialistas em Economia, o Brasil deve adotar medidas fiscais e monetárias que promovam a estabilidade econômica interna e a confiança dos investidores. Portanto, é essencial que o governo brasileiro mantenha um controle rigoroso sobre os gastos públicos e busque diversificar sua economia para reduzir a dependência de mercados externos. Um exemplo disso é a implementação de políticas de incentivo à inovação e ao desenvolvimento de setores tecnológicos, que podem oferecer novas oportunidades de crescimento econômico.

Desse modo, percebe-se que a crise econômica internacional impõe desafios ao Brasil que exigem uma resposta adaptativa e vigilante. Por isso, é importante que o Brasil adote políticas econômicas que promovam a resiliência econômica e a diversificação de sua base produtiva, garantindo assim uma maior estabilidade frente às oscilações do cenário econômico global.


O Império da Grife

Andar na moda hoje é uma necessidade. Usar roupas e acessórios de grife confere status, aumenta a auto-estima e dignifica o indivíduo no seio da sociedade.

Nem todos, porém, pensam dessa maneira. Segundo o especialista Mário Quicili, "se perdermos a noção de diferenciar o que (e quem) somos, tornamo-nos uma massa com todo o resto. Não temos histórias, experiências e vivências. O encontro com o outro é entediante porque não há diferenças. Ninguém acrescenta nada a ninguém, apenas somos conduzidos, induzidos, usados. Assim, na cultura da exaltação disparatada do ego, não existe mais lugar para os que não queiram seguir a "onda".
Todos de grife e, ironicamente, ainda que pensem que isso os diferencia, torna-os um exército de uniformizados."(Psipoint , outubro de 2002.)

Redija uma dissertação sobre o seguinte tema: (mínimo de 20 e máximo de 30 linhas)

A moda contemporânea e o comportamento social.

Rascunho Eficiente

Assunto: Moda e sociedade
Tema: A influência da moda contemporânea no comportamento social
Tese: A moda contemporânea, ao invés de promover individualidade, muitas vezes homogeneíza comportamentos e valores sociais.
Tópico 1: O papel da moda como símbolo de status e identidade
Tópico 2: A uniformização social promovida pelas tendências de moda

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre moda e sociedade, percebe-se que a influência da moda contemporânea no comportamento social é significativa e multifacetada. Nesse contexto, defende-se que tal moda, ao invés de promover individualidade, muitas vezes homogeneíza comportamentos e valores sociais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o papel da moda como símbolo de status e identidade e a uniformização social promovida pelas tendências de moda.

Preliminarmente, é crucial entender o papel da moda como símbolo de status e identidade, pois ela frequentemente é utilizada como uma ferramenta para expressar quem somos e como queremos ser percebidos. De acordo com especialistas em comportamento social, a moda serve como um meio de comunicação não verbal que transmite mensagens sobre classe social, gostos pessoais e até mesmo valores culturais. Além disso, a busca por peças de grife e tendências pode ser vista como uma tentativa de se destacar em um mundo cada vez mais globalizado e competitivo. Por exemplo, o uso de marcas de luxo muitas vezes é associado a sucesso e poder, reforçando a ideia de que a moda é um reflexo de status social.

Por outro lado, a uniformização social promovida pelas tendências de moda é um fenômeno igualmente relevante e preocupante. Conforme argumentado por críticos culturais, a pressão para seguir as tendências pode levar à perda de individualidade, transformando a diversidade cultural em uma massa homogênea de consumidores. Consequentemente, as pessoas podem se sentir obrigadas a se conformar com padrões de beleza e comportamento que não necessariamente refletem suas verdadeiras identidades. Um exemplo disso é a proliferação de "fast fashion", que incentiva o consumo rápido e a constante atualização do guarda-roupa, muitas vezes em detrimento da sustentabilidade e da expressão pessoal genuína.

Desse modo, percebe-se que a moda contemporânea pode tanto reforçar quanto diluir a individualidade, dependendo de como é consumida e interpretada. Por isso, é importante promover uma conscientização crítica sobre o consumo de moda, incentivando escolhas que valorizem a autenticidade e a diversidade cultural, ao invés de apenas seguir tendências de maneira acrítica.


PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura do texto “OMS: 93% das crianças respiram poluição acima do recomendável” e dos textos a seguir, redija uma dissertação argumentativa com a seguinte temática: Desafios para lidar com a poluição do ar no século XXI.
Não se esqueça de dar ao seu texto título vinculado ao tema proposto.
TEXTO 2
TEXTO 3

Rascunho Eficiente

Assunto: poluição do ar e seus impactos
Tema: desafios para enfrentar a poluição atmosférica no século XXI
Tese: a implementação de políticas públicas eficazes e o incentivo à inovação tecnológica são essenciais para mitigar a poluição do ar
Tópico 1: importância de políticas públicas para controle da poluição
Tópico 2: papel da tecnologia na redução da poluição atmosférica

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre poluição do ar e seus impactos, percebe-se que os desafios para enfrentar a poluição atmosférica no século XXI são complexos e multifacetados. Nesse contexto, defende-se que a implementação de políticas públicas eficazes e o incentivo à inovação tecnológica são essenciais para mitigar a poluição do ar. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de políticas públicas para controle da poluição e o papel da tecnologia na redução da poluição atmosférica.

Preliminarmente, a importância de políticas públicas para controle da poluição é inegável e deve ser enfatizada. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar é responsável por milhões de mortes prematuras anualmente, o que ressalta a necessidade de ações governamentais robustas para controlar a emissão de poluentes. Além disso, políticas públicas bem estruturadas podem incluir a regulamentação de emissões industriais, a promoção de transportes públicos sustentáveis e a criação de zonas de baixa emissão em áreas urbanas. Um exemplo disso é a cidade de Londres, que implementou a "Ultra Low Emission Zone" (ULEZ), resultando em uma redução significativa dos níveis de poluição.

Ademais, o papel da tecnologia na redução da poluição atmosférica é crucial e deve ser explorado com vigor. De acordo com especialistas em inovação tecnológica, o desenvolvimento de tecnologias limpas, como veículos elétricos e fontes de energia renovável, é fundamental para diminuir a dependência de combustíveis fósseis e, consequentemente, reduzir a emissão de poluentes. Além disso, o avanço em tecnologias de monitoramento da qualidade do ar permite uma resposta mais rápida e eficaz a eventos de poluição, possibilitando a implementação de medidas preventivas em tempo real. Um exemplo notável é o uso de sensores de ar em cidades como Pequim, que ajudam a informar a população e a guiar políticas de saúde pública.

Desse modo, percebe-se que a adoção de políticas públicas eficazes e o fomento à inovação tecnológica são fundamentais para enfrentar os desafios da poluição do ar no século XXI. Por isso, é importante que governos, empresas e sociedade civil trabalhem em conjunto para promover soluções sustentáveis e inovadoras, garantindo um ar mais limpo e saudável para as futuras gerações.


Leia os textos a seguir.
 
Inércia e improviso: os irmãos gêmeos do fracasso.
 
Vamos às definições: No âmbito da física, inércia é a resistência que a matéria oferece à aceleração; no campo da química, é a propriedade que possui uma substância de não reagir em contato com outra; na área pessoal, é um estado de paralisação causado pela constante repetição de determinados hábitos prendendo-nos numa zona de conforto que nos impede de sair do lugar. Improviso é uma ação ou reação estabanada, impulsiva, sem maturidade ou planejamento prévio, uma tentativa passageira de mudar alguma coisa somente na base do impulso.
 
Existem muitas razões pelas quais assumimos uma posição de inércia. Talvez a mais comum seja nossa própria inconsciência ou cegueira de que algo precisa ser feito. Às vezes, sob o manto da normalidade, escondem-se problemas a serem enfrentados. Nem sempre temos olhos para enxergá-los, propiciando o surgimento do estado de inércia. Alia-se a isso a falta de coragem, a preguiça para enfrentar os custos de uma determinada mudança, a ausência de sabedoria para entender o que fazer, etc. Quando ficamos inertes, assistimos narcotizados à deterioração de algo que clama por nossa intervenção, mas falta-nos o poder de reação. Então um belo dia queremos mudar tudo, dar uma virada, chutar o balde! Entra em cena o improviso, nos vendendo a ilusão de mudança, para logo depois a dura realidade nos dar conta de que nossa ação improvisada não passou de um espasmo. No dia seguinte, tudo volta ao normal, ao ponto de inércia.
 
Se esses dois irmãos siameses fazem fortes estragos em nossa vida pessoal, imagine como a inércia e o improviso podem afetar duramente um negócio, seja ele de caráter público ou privado. Pessoas colocadas em posição de liderança sem habilidades para agir de maneira inteligente, estratégica, planejada vão se tornar os agentes da destruição produzida pela união da inércia e do improviso. Pare, pense, analise, ouça, planeje e então aja. Somente assim sepultaremos na mesma lápide a inércia e o improviso. Assim, abre-se a possibilidade para um novo ciclo, no qual reais mudanças trazem profundas e longevas transformações.
 
(Adaptado de: PEDREIRA, E. Inércia e improviso: os irmãos gêmeos do fracasso. Disponível em: <www.cfa.org.br/servicos/news/cfa news/inercia-e-improviso-os-irmaos-gemeos-do-fracasso> Acesso em: 5 jan. 2018.)
 
 
 
 
Com base na reportagem e na tirinha, redija um texto dissertativo-argumentativo que coloque em discussão os impactos da inércia e do improviso sobre o bom e eficiente funcionamento dos indivíduos, das organizações e das sociedades.
 

Rascunho Eficiente

Assunto: Profissionais e mercado de trabalho
Tema: impactos da inércia e do improviso sobre o funcionamento de indivíduos e organizações
Tese: a inércia e o improviso comprometem a eficiência e o sucesso de pessoas e entidades
Tópico 1: consequências da inércia e do improviso na vida pessoal e profissional
Tópico 2: estratégias para superar a inércia e o improviso em organizações

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre qualidades pessoais profissionais, defende-se que a inércia e o improviso comprometem a eficiência e o sucesso de pessoas e entidades. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar as consequências da inércia e do improviso na vida pessoal e profissional e estratégias para superar a inércia e o improviso em organizações.

Preliminarmente, as consequências da inércia e do improviso na vida pessoal e profissional são evidentes e prejudiciais. De acordo com especialistas, a inércia pode levar à estagnação, enquanto o improviso pode resultar em decisões precipitadas e ineficazes. Além disso, a falta de planejamento e a resistência à mudança podem impedir o crescimento pessoal e profissional. Por exemplo, um profissional que não busca atualização constante pode se tornar obsoleto no mercado de trabalho.

Ademais, estratégias para superar a inércia e o improviso em organizações são essenciais para o sucesso. Segundo estudiosos de gestão, a implementação de um planejamento estratégico eficaz é fundamental para evitar a inércia e o improviso. Além disso, a promoção de uma cultura organizacional que valorize a inovação e a proatividade pode prevenir esses problemas. Por exemplo, empresas que incentivam a participação ativa de seus colaboradores em processos decisórios tendem a ser mais adaptáveis e inovadoras.

Desse modo, percebe-se que a inércia e o improviso são obstáculos significativos para a eficiência e o sucesso de indivíduos e organizações. Por isso, é importante adotar práticas de planejamento e inovação contínua, além de promover uma cultura de aprendizado e adaptação.


Redes sociais se tornam importantes ferramentas de protesto

O crescimento das redes sociais no Brasil é cada vez mais evidente e as mesmas se propagam de forma assustadora. Todas elas se tornaram grandes ferramentas – não só para os usuários fazerem amizades, mas também para reclamarem e protestarem contra situações que julgam errado. As redes sociais funcionam hoje em dia como uma espécie de “arma” na hora de reivindicar direitos, expor ideias ou simplesmente elogiar determinada ação.

Nesses sites, os usuários criam conteúdo e compartilham com sua rede de amigos. Os manifestos sociais acontecem da mesma forma: o usuário que não gostou de algo expõe sua indignação na rede e seu protesto é repassado para todos aqueles que compartilham o mesmo pensamento.

Para o analista de mídias sociais Vinícius Pinto, os internautas têm reclamado de uma forma que dificilmente fariam na “vida real”. “Eles têm um sentimento de que estão ‘blindados’ pela tela do computador, pensam que o que eles falam não vai ter impacto em sua vida offline”, observa o analista.

Com a facilidade das redes sociais na divulgação de um manifesto, os protestos vêm acontecendo de forma bem expressiva. Assim, diversas empresas estão agora monitorando o que é falado sobre elas nas redes. Bruna Schoch, analista de mídias sociais, lembra o caso da empresa Brastemp, em que um consumidor, insatisfeito com um produto, fez um vídeo reclamando da marca e compartilhou o mesmo na internet. “O vídeo teve um grande número de visualizações e fez com que a Brastemp tomasse as devidas providências, resolvendo o problema do consumidor”, conta.

Agora, as pessoas estão procurando cada vez mais a internet para realizarem campanhas nas redes sociais. Segundos analistas, o povo se manifesta contra coisas que acredita que terão boa repercussão. “O que importa é a atenção que vão dar ao assunto”, opina Vinícius Pinto. Ele cita dois exemplos de manifestações, uma positiva e outra negativa: o lançamento do site do São Paulo Futebol Clube, ficando em primeiro lugar nos Trending Topics (ranking dos assuntos mais frequentes) do Twitter, e a hashtag (símbolo utilizado para identificar o assunto) Cala Boca Galvão, dos usuários irritados com o narrador Galvão Bueno durante a Copa 2010.

Adaptado de: http://viniciuspinto.com/midias-sociais/redes-sociais-se-tornam-importantes-ferramentas-de-protesto/. Acesso em: 20 abr. 2012.

Escreva um texto dissertativo-argumentativo em que você manifeste seu ponto de vista a respeito da afirmação a seguir, extraída do texto “Redes sociais se tornam importantes ferramentas de protesto”. Utilize a língua portuguesa escrita culta padrão.

Para o analista de mídias sociais Vinícius Pinto, os internautas têm reclamado de uma forma que dificilmente fariam na “vida real”.

Rascunho Eficiente

Assunto: Redes sociais como ferramentas de protesto
Tema: O impacto das redes sociais nas manifestações dos internautas
Tese: A sensação de proteção virtual incentiva manifestações mais contundentes online
Tópico 1: A proteção percebida nas redes sociais
Tópico 2: A influência das redes sociais na resposta das empresas

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre redes sociais como ferramentas de protesto, percebe-se que o impacto delas nas manifestações dos internautas é significativo, pois eles têm reclamado de uma forma que dificilmente fariam na “vida real”. Nesse contexto, defende-se que a sensação de proteção virtual incentiva manifestações mais contundentes "online". Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a proteção percebida nas redes sociais e a influência das redes sociais na resposta das empresas.

Preliminarmente, a proteção percebida nas redes sociaisé um fator crucial queincentiva os internautas a expressarem suas opiniões de maneira mais aberta e, por vezes, agressiva. Segundo especialistas em comportamento digital , a sensação de anonimato e a distância física proporcionada pela tela do computador oferecem uma espécie de "escudo" psicológico, que encoraja as pessoas a dizerem coisas que não diriam pessoalmente. Além disso, essa proteção percebida pode levar a um aumento na frequência e intensidade das manifestações online. Por exemplo, a hashtag "Cala Boca Galvão" durante a Copa do Mundo de 2010 ilustra como os usuários se sentem à vontade para criticar figuras públicas de maneira direta e incisiva.

Ademais, a influência das redes sociais na resposta das empresasé notável etem levado a mudanças significativas nas estratégias de comunicação corporativa. Conforme analistas de mídias sociais , as empresas estão cada vez mais atentas ao que é dito sobre elas nas plataformas digitais, monitorando ativamente as menções e respondendo rapidamente a críticas para evitar crises de imagem. Consequentemente, casos como o da Brastemp, onde um vídeo de reclamação viralizou, mostram que a pressão social exercida pelas redes pode forçar empresas a tomarem medidas corretivas. Assim, as redes sociais se consolidam como um canal eficaz para consumidores insatisfeitos buscarem soluções.

Desse modo, percebe-se que a sensação de segurança proporcionada pelo ambiente virtual encoraja manifestações mais assertivas e frequentes. Por isso, é importante que tanto usuários quanto empresas desenvolvam uma compreensão mais profunda das dinâmicas das redes sociais, promovendo um diálogo mais construtivo e responsável.


Leia os textos a seguir.
Texto I
O Uber é um aplicativo de celular que conecta uma pessoa a um motorista particular.
Os carros do Uber são pretos, geralmente de luxo, e há vários itens de conforto para os passageiros, como bebidas e balas. Os motoristas usam roupas sociais e abrem a porta para a pessoa entrar. Como os táxis, esse serviço cobra bandeira, quilometragem e taxa por minuto parado. Mas há uma diferença importante: quando há muita demanda por carros em uma determinada região, o preço da corrida aumenta. Quando o número de pedidos volta ao normal, o preço da corrida diminui novamente.
Os taxistas são contra a utilização do Uber, pois, para eles, trata-se de uma concorrência desleal. Para operar um táxi, o motorista precisa conseguir alvará, licença especial emitida pelas prefeituras das cidades. Conseguir uma permissão dessas envolve burocracia e investimento.
Quem defende o Uber diz que o serviço prestado é diferente do táxi (porque é de um nível mais alto) e que é o equivalente a contratar um motorista particular, algo que já existe e é perfeitamente legal. O Uber apenas conectaria os clientes aos motoristas, e isso não pode ser considerado concorrência aos táxis.
(Diogo Antonio Rodriguez. Entenda a polêmica do aplicativo
Uber. CartaCapital. www.cartacapital.com.br. 28.07.2015. Adaptado)
Texto II
De microfone em mãos, Edmilson Americano, presidente da Associação Brasileira das Associações e Cooperativas de Táxi (Abracomtaxi), gritava palavras de ordens na manhã desta quarta-feira (08.04.2015), em São Paulo.
Para a Abracomtaxi, o objetivo do protesto não é frear a tecnologia, mas evitar o uso irregular e desleal da plataforma de carona, que não segue as normas previstas na legislação de mobilidade, aprovada em 2011. “Não podemos promover a clandestinidade com um aplicativo que promove um desserviço, que utiliza carros sem licença”, diz Edmilson Americano.
Os taxistas criticam a vantagem que os motoristas do Uber têm de não pagar impostos e também de não ter o mesmo parâmetro de cobrança de corridas. “A Uber não é legalizada. Para eles é simples trabalhar, basta ter um carro e sair atendendo aos passageiros, enquanto a gente demora a vida toda para se adequar à lei”, diz o taxista autônomo Alexandre Braz, de 50 anos.
Segundo dados da Associação dos Taxistas, desde a chegada do Uber ao Brasil, no ano passado, houve uma queda de 30% no atendimento a corridas noturnas. “Os motoristas que trabalham à noite já sentem o impacto do Uber em suas corridas, já que muitos passageiros têm utilizado o app (aplicativo) para ir e voltar das baladas”, afirma Eder Wilson de Sousa da Luz, diretor da associação. Ainda segundo esse levantamento, os taxistas paulistanos perdem, por dia, em média, 1 000 corridas.
(Bruna Mesquita. Em protesto contra o Uber, taxistas de São Paulo criticam
vantagens da startup americana. Exame. http://exame.abril.com.br. 08.04.2015. Adaptado)
Texto III
O porta-voz do aplicativo Uber no Brasil, Fabio Sabba, diz que o programa de “carona paga” é legal.
Segundo Sabba, há duas categorias de transporte distintas: uma é o transporte individual público (táxi, por exemplo) e a outra, um transporte individual privado (Uber, por exemplo), de acordo com a política nacional de mobilidade urbana, uma lei federal de 2012. A principal diferença é que o único modo de pedir um carro com um motorista é pelo aplicativo.
Antes de a Uber aprovar um motorista, de acordo com Sabba, é feita uma checagem de antecedentes nas esferas federal e estadual para verificar a idoneidade dele. Além disso, o profissional precisa possuir carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada (EAR). É exigido ainda que o veículo tenha seguro que cubra o passageiro e o motorista.
Sabba afirma que o aplicativo também conta com camadas importantes de segurança. Um exemplo é que o motorista não tem acesso ao telefone do cliente e vice-versa. Desse modo, preserva-se a privacidade de ambos. Pelo aplicativo, o passageiro também pode compartilhar com quem quer que seja o trajeto, o que permite que um terceiro acompanhe o caminho que está sendo feito pelo motorista e o exato momento de chegada do usuário ao destino.
A Uber também garante que os passageiros viajem sem a necessidade de carregar dinheiro: como eles cadastram o cartão de crédito no aplicativo, o pagamento é feito direto no cartão, sem o uso de dinheiro.
Além disso, após cada viagem, o usuário precisa necessariamente dar uma nota para o motorista (de uma a cinco estrelas). Caso a nota do motorista parceiro se mantenha abaixo da média (4,6), ele recebe um feedback da Uber, para que ele possa aprender e melhorar. Se mesmo assim ele se mantém com uma nota baixa, é desligado da plataforma.
A Uber acredita que os brasileiros devem ter assegurado seu direito de escolha para se movimentar pelas cidades.
(Felipe Souza. Porta-voz diz que aplicativo Uber é legal e precisa
ser regulamentado. Folha de S.Paulo. www1.folha.uol.com.br. 09.04.2015. Adaptado)
Com base na leitura dos textos e em seus conhecimentos sobre o assunto, escreva uma dissertação, de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, sobre o seguinte tema:
Uber: concorrência desleal com os taxistas ou inovação benéfica para os cidadãos de São Paulo?

Rascunho Eficiente

Assunto: serviços de transporte urbano
Tema: Uber: concorrência desleal com os taxistas ou inovação benéfica para os cidadãos de São Paulo?
Tese: o Uber representa uma inovação que beneficia os cidadãos, mas requer regulamentação para equilibrar a concorrência com os taxistas
Tópico 1: impacto positivo do Uber na mobilidade urbana
Tópico 2: necessidade de regulamentação para garantir concorrência justa

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre serviços de transporte urbano, percebe-se que a chegada do Uber em São Paulo levanta questões sobre concorrência e inovação no setor de transporte. Nesse contexto, defende-se que a empresa representa uma inovação que beneficia os cidadãos, mas requer regulamentação para equilibrar a concorrência com os taxistas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto positivo do Uber na mobilidade urbana e a necessidade de regulamentação para garantir concorrência justa.

Preliminarmente, o impacto positivo do Uber na mobilidade urbana é inegável, especialmente em termos de conveniência e acessibilidade. De acordo com especialistas em mobilidade urbana, o Uber oferece uma alternativa de transporte que muitas vezes é mais rápida e eficiente do que os táxis tradicionais, especialmente em horários de pico ou em áreas menos atendidas. Além disso, o uso da tecnologia para solicitar corridas e realizar pagamentos eletrônicos aumenta a segurança e a praticidade para os usuários. Um exemplo disso é a possibilidade de compartilhar a rota em tempo real com amigos ou familiares, aumentando a sensação de segurança dos passageiros.

Por outro lado, a necessidade de regulamentação para garantir concorrência justa entre Uber e taxistas é crucial. Segundo especialistas em Direito Econômico, a ausência de regulamentação específica para aplicativos de transporte pode criar um ambiente de concorrência desleal, prejudicando os taxistas que enfrentam altos custos de licenciamento e regulamentação. Portanto, é essencial que as autoridades municipais e estaduais desenvolvam políticas que equilibrem o mercado, garantindo que todos os prestadores de serviço operem sob condições justas e equitativas. Um exemplo disso é a implementação de taxas ou regulamentações específicas para motoristas de aplicativos, assegurando que contribuam igualmente para a infraestrutura urbana.

Desse modo, percebe-se que o Uber, enquanto inovação no transporte urbano, traz benefícios significativos, mas necessita de regulamentação para coexistir de forma justa com os táxis. Por isso, é importante que políticas públicas sejam desenvolvidas para regulamentar o setor, promovendo um ambiente competitivo justo e garantindo que os benefícios da inovação sejam amplamente distribuídos entre os cidadãos.


Texto: “Universidade na berlinda”, Luiz Fernando Janot, O Globo, 26/09/2015 
 
A mídia globalizada extrapolou o seu papel original para se transformar em um dos principais instrumentos responsáveis pelas transformações culturais que acontecem no mundo contemporâneo. Na velocidade com que os fatos circulam pelos meios de comunicação nem sempre é possível uma reflexão mais apurada dos acontecimentos. Observados com superficialidade, costumam despertar sentimentos antagônicos que muitas vezes vão além dos limites da razoabilidade.
   Nos debates sobre a educação no Brasil, essa questão vem recebendo uma atenção especial. Há consenso em torno de se neutralizar a atual tendência à superficialidade por meio do incentivo a uma postura mais reflexiva no processo de aprendizado. A quantidade de informação disponível nas diversas plataformas digitais indica a necessidade de se ampliar, efetivamente, as bases de formação cultural dos alunos e professores.
   O que ensinar e como ensinar se tornou um tema recorrente nas discussões acadêmicas. No âmbito do ensino universitário, a baixa formação do futuro profissional tem sido objeto de preocupação, principalmente diante da abertura indiscriminada de instituições de ensino superior. Quando se transformou o diploma universitário em suposto passaporte para a ascensão social, incentivou-se o sonho de obtê-lo a qualquer preço. Nessa perspectiva, as escolas que oferecem condições mais facilitadas de acesso e permanência, evidentemente, se tornaram as principais beneficiadas por essa demanda ampliada.
   Como agravante, observa-se que alguns desses centros universitários particulares primam pela baixa qualidade do ensino, pela má formação dos professores e pelo mercantilismo se sobrepondo ao espírito acadêmico. Recentemente, vários tiveram o seu registro suspenso por absoluta falta de condições para funcionamento. Na verdade, as universidades brasileiras – públicas ou privadas – atravessam um difícil momento de transição, que exige toda a atenção dos seus dirigentes, do governo e dos órgãos de classe.
   No que se refere aos arquitetos e urbanistas, afirmo que a grande maioria das nossas Instituições de Ensino Superior não está formando profissionais suficientemente preparados para enfrentar, de maneira consistente, os desafios do mundo contemporâneo envolvendo a construção das nossas cidades. Nessas condições, é preocupante assistir o crescimento exponencial do número de alunos que se formam a cada ano. Como lidar com esta questão diante de um mercado incapaz de absorvê-los?
   Pergunta-se, também, se os professores universitários estão efetivamente capacitados para reformular algumas práticas obsoletas, alterar paradigmas e imprimir novos rumos para a formação profissional? Mas como exigir uma experiência prática dos professores das universidades públicas se o regime de contratação exige dos mesmos a dedicação exclusiva e o tempo integral na Universidade? Seguindo essa lógica, o professor qualificado nos cursos de arquitetura e urbanismo se tornou aquele que logo após a graduação, ingressa e conclui o mestrado e em seguida o doutorado e o pós-doutorado, sem nunca ter realizado um projeto sequer. Estranho, não?
   Por outro lado, quase todas as instituições particulares de ensino superior contratam os seus professores pelo aviltante regime de salário-hora. Em consequência, incorporam aos seus quadros um contingente significativo de profissionais recém-formados, geralmente inexperientes, que buscam, além do emprego, um meio de incluir no seu currículo o título de professor universitário. Se a meritocracia burocrática se tornou um entrave para a evolução acadêmica nas universidades públicas, o pragmatismo de resultados imediatos prosperou sem limites no seio da maioria das instituições particulares.
   Tal realidade só irá mudar de fato quando tivermos uma política educacional que privilegie a formação cultural e a reflexão, ao invés de se limitar à simples transmissão de conhecimentos adquiridos através dos meios de comunicação. A Universidade não pode ser um fim em si mesmo. O seu compromisso com a sociedade é bem maior do que aquele que costumamos exigir. 
 
Elabore um resumo do texto acima, explicitando a tese principal do autor e os argumentos utilizados por ele para defendê-la. Não copie diretamente passagens do texto. 

Rascunho Eficiente

Assunto: Educação no Brasil
Tema: Desafios do ensino superior brasileiro
Tese: A necessidade de uma política educacional que priorize a formação cultural e a reflexão crítica
Tópico 1: Superficialidade no ensino e formação inadequada de profissionais
Tópico 2: Problemas na qualificação dos professores universitários

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre educação no Brasil, percebe-se que os desafios do ensino superior brasileiro são significativos e complexos. Nesse contexto, defende-se que é imperativo implementar uma política educacional que priorize a formação cultural e a reflexão crítica dos alunos. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a superficialidade no ensino e formação inadequada de profissionais e os problemas na qualificação dos professores universitários.

Preliminarmente, a superficialidade no ensino superior brasileiro e a formação inadequada de profissionais são preocupantes. Conforme boa parte dos educadores, a mídia globalizada contribui para a superficialidade, impactando a educação ao não permitir uma reflexão aprofundada dos acontecimentos. Além disso, a abertura indiscriminada de instituições de ensino superior resulta em uma formação deficiente dos futuros profissionais. Por exemplo, a formação de arquitetos e urbanistas que não estão preparados para os desafios contemporâneos é um reflexo dessa realidade.

Ademais, os problemas na qualificação dos professores universitários são evidentes e preocupantes. Segundo especialistast, a exigência de dedicação exclusiva nas universidades públicas limita a experiência prática dos docentes, enquanto o regime de salário-hora nas instituições privadas leva à contratação de profissionais inexperientes. Consequentemente, a falta de experiência prática dos professores compromete a qualidade do ensino. Assim, a formação de professores que nunca realizaram projetos práticos é um exemplo claro desse problema.

Desse modo, percebe-se que é crucial reformular a política educacional para priorizar a formação cultural e a reflexão crítica. Por isso, é importante implementar políticas que incentivem a formação contínua dos professores e a revisão dos currículos acadêmicos para garantir uma educação mais profunda e reflexiva.


Fala-se da importância da ação educativa na “formação do trabalhador para que seja útil à empresa moderna”, na “formação do cidadão moderno”.
O cidadão, assim, fica reduzido ao papel de produtor de bens necessários ao mercado. Porém, não se anuncia qualquer preocupação para com as pessoas, com os valores, com o bem-estar, com a alegria de viver, mas sim, e apenas, com as exigências a serem satisfeitas para que se ofereçam garantias aos grandes negócios.
(Adaptado de: RODRIGUES, Neidson. Elogio à educação, São Paulo: Cortez, 2002. p. 28)
Com base no excerto acima, elabore um texto dissertativo-argumentativo, justificando seu ponto de vista.

Rascunho Eficiente

Assunto: Educação e mercado de trabalho
Tema: Formação do trabalhador e do cidadão na educação moderna
Tese: A educação deve priorizar o desenvolvimento integral do indivíduo, além de atender às demandas do mercado
Tópico 1: Importância de uma educação que valorize o bem-estar e os valores humanos
Tópico 2: Consequências de uma educação focada apenas no mercado de trabalho

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre educação e mercado de trabalho, defende-se que a educação deve priorizar o desenvolvimento integral do indivíduo, além de atender às demandas do mercado. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância de uma educação que valorize o bem-estar e os valores humanos e as consequências de uma educação focada apenas no mercado de trabalho.

Preliminarmente, a importância de uma educação que valorize o bem-estar e os valores humanos é inquestionável. Segundo Paulo Freire, a educação deve ser um ato de amor e, portanto, deve promover a liberdade e a autonomia dos indivíduos. Além disso, uma educação que valoriza o bem-estar contribui para a formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade. Por exemplo, escolas que implementam programas de educação socioemocional têm demonstrado melhorias significativas no desempenho acadêmico e na saúde mental dos alunos.

Por outro lado, as consequências de uma educação focada apenas no mercado de trabalho são preocupantes. Conforme o filósofo Zygmunt Bauman, a sociedade contemporânea tende a tratar os indivíduos como "recursos humanos", o que pode levar à alienação e à perda de sentido na vida. Ademais, essa abordagem pode resultar em um aumento do estresse e da insatisfação profissional, uma vez que os indivíduos são preparados apenas para atender às demandas do mercado, sem considerar suas aspirações pessoais. Um exemplo disso é o crescente número de profissionais que, mesmo bem-sucedidos em suas carreiras, relatam sentir-se infelizes e desmotivados.

Desse modo, percebe-se que a educação deve buscar um equilíbrio entre atender às demandas do mercado e promover o desenvolvimento integral do indivíduo. Por isso, é importante que políticas educacionais sejam implementadas para garantir que as escolas ofereçam uma formação que contemple tanto as habilidades técnicas quanto o desenvolvimento pessoal e social dos alunos.