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1. Leia o texto abaixo para desenvolver a redação.
No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma vez conheci uma senhora que afirmava que não se deve proibir coisa alguma a uma criança, pois esta deve desenvolver sua natureza de dentro para fora. “E se a sua natureza a levar a engolir alfinetes?” indaguei. Lamento dizer que a resposta foi puro vitupério. No entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará veneno, cairá de uma janela alta ou doutra forma chegará a um mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais, fumam até enjoar, apanham resfriados por molhar os pés, e assim por diante – além do fato de se divertirem importunando anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade; a questão é até que ponto, e como deve ser exercido.
RUSSELL, Bertrand. Ensaios céticos. São Paulo: Nacional, 2ª ed.,1957, p.146.
2. No texto, o autor mostra que liberdade não significa fazer o que bem se entende, que liberdade é uma questão de grau. Com base nesse texto, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “A liberdade de cada um acaba onde começa a de outrem”.
3. Em sua dissertação procure ter claro, antes de começar a escrever, o que você pensa sobre o assunto.
4. Escreva seu texto numa linguagem impessoal, defendendo sua ideia por meio de uma análise com argumentos sólidos e consistentes, não apenas “achando” alguma coisa sobre o assunto.
5. Um bom texto é aquele que requer leitura sem esforço, e não aquele de difícil compreensão – embora, com frequência, seja necessário um grande esforço da parte de quem escreve para conseguir tal efeito.
6. Respeite as regras gramaticais e ordene os pensamentos em uma sequência metódica e lógica, transformando-os em palavras claras e expressivas, evitando que o leitor tenha que se esforçar para decifrá-las.
7. DÊ UM TÍTULO À SUA DISSERTAÇÃO, escrevendo-o no local apropriado do impresso para a produção da redação.
8. Desenvolva a sua dissertação no máximo em 30 (trinta) linhas e no mínimo em 120 (cento e vinte) palavras.
9. O valor da redação é de 100 (cem) pontos.
10. Use caneta esferográfica com tinta azul ou preta.
11. Você pode escrever com letra cursiva ou de fôrma. Qualquer que seja sua opção DIFERENCIE AS LETRAS MAIÚSCULAS DAS MINÚSCULAS.

Rascunho Eficiente

Assunto: Limites da liberdade individual
Tema: A liberdade de cada um termina onde começa a do outro
Tese: A coexistência harmoniosa na sociedade requer que a liberdade individual seja exercida com responsabilidade e respeito aos direitos alheios
Tópico 1: Importância dos limites para a convivência social
Tópico 2: Papel da educação na formação de cidadãos conscientes

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre limites da liberdade individual, defende-se que a coexistência harmoniosa na sociedade requer que a liberdade individual seja exercida com responsabilidade e respeito aos direitos alheios. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância dos limites para a convivência social e o papel da educação na formação de cidadãos conscientes.

Preliminarmente, a importância dos limites para a convivência social é inquestionável. Segundo a Filosofia, a liberdade individual deve ser limitada apenas quando interfere nos direitos dos outros, garantindo assim a harmonia social. Além disso, os limites são fundamentais para evitar conflitos e promover o respeito mútuo entre os indivíduos. Por exemplo, em uma sociedade onde todos respeitam os limites alheios, há uma maior possibilidade de convivência pacífica e produtiva.

Ademais, o papel da educação na formação de cidadãos conscientes é crucial. De acordo com o educador Paulo Freire, a educação deve promover a reflexão crítica e a consciência dos direitos e deveres, preparando os indivíduos para viver em sociedade de forma responsável. Consequentemente, uma educação que enfatiza o respeito e a empatia contribui para a formação de cidadãos que compreendem a importância dos limites. Por exemplo, escolas que incentivam o debate e a resolução pacífica de conflitos ajudam a internalizar esses valores nos estudantes.

Desse modo, percebe-se que a coexistência harmoniosa na sociedade requer que a liberdade individual seja exercida com responsabilidade e respeito aos direitos alheios. Por isso, é importante que políticas educacionais sejam implementadas para promover o desenvolvimento de uma consciência coletiva que valorize o respeito e os limites na convivência social.


Orientações aos candidatos para a prova de Redação

•   Escolha apenas um dos temas propostos.

•   Use a modalidade escrita culta da língua portuguesa.

•   O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.

•   Observe que fuga ao tema implica nota zero.
 
TEMA 1

Não foram apenas os valores das famílias que mudaram. A constituição delas também se transformou muito. Hoje, já não existem regras para se formar um lar e o conceito de família desestruturada caiu por terra. Uma família organizada já não precisa mais ser composta por pais casados e seus filhos, como exigia o estereótipo padrão. Há lares harmônicos e desarmônicos em todas as maneiras de ser de uma família – pais solteiros, separados ou em novas uniões, irmãos que moram juntos, filhos criados por avós, uniões homossexuais, etc.

Essa nova visão permitiu o avanço mais significativo do campo familiar nos últimos tempos: as relações pautadas pelo afeto e não somente pelos laços de sangue, que expandiram a forma de se estabelecerem relações e inverteram o senso comum de que família é aquela com a qual temos parentesco. Nada disso. Família é aquela em que o afeto, o respeito e a consideração estão presentes e são levados a sério.

Rafael Tonon. Revista Vida Simples, novembro 2008, p.23-29.

Redija uma dissertação argumentativa sobre o tema: A nova visão de família.

TEMA 2

Aprendi a relatividade da verdade e da mentira com um filme de Orson Welles, onde ele próprio, em cena, afirma: “Estou aqui em Dublin e garanto a vocês que nesses 20 minutos de filme não falei nenhuma mentira”. Mas ele não está em Dublin coisa nenhuma, está no banco de um parque de Paris e só quem conhece muito bem as duas cidades vai saber que ele está mentindo. Welles está mostrando cruamente como é o nosso mundo.

Senão vejamos: mentimos nos chats  da internet e somos alimentados por propaganda e publicidade, que apresentam um lado da verdade: o que interessa. Perfumes e desodorantes disfarçam nosso cheiro, roupas, as nossas formas, e a cultura de boteco, a nossa ignorância.

O mestre armênio Georges Gurdjieff diz que mentimos sempre, até quando pensamos que estamos dizendo a verdade. Ele garante que somos uma legião de “eus” internos: o que é verdade para um, pode ser mentira para o outro.

Liane Alves. Revista Vida Simples, novembro 2008, p.43.

Redija uma dissertação argumentativa sobre o tema: A verdade e a mentira nas relações sociais.

Rascunho Eficiente

Assunto: Transformações nas estruturas familiares
Tema: A nova visão de família
Tese: A diversidade nas configurações familiares contemporâneas reflete uma sociedade mais inclusiva e afetiva
Tópico 1: A evolução do conceito de família ao longo do tempo
Tópico 2: A importância do afeto e do respeito nas relações familiares modernas

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre transformações nas estruturas familiares, percebe-se que a nova visão de família é marcada pela diversidade e pela inclusão. Nesse contexto, defende-se que a diversidade nas configurações familiares contemporâneas reflete uma sociedade mais inclusiva e afetiva. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a evolução do conceito de família ao longo do tempo e a importância do afeto e do respeito nas relações familiares modernas.

Preliminarmente, a evolução do conceito de família ao longo do tempo demonstra mudanças significativas. Segundo especialistas em Sociologia, as famílias tradicionais, compostas por pais casados e filhos, deram lugar a uma variedade de arranjos familiares, incluindo lares com pais solteiros, casais do mesmo sexo e famílias multigeracionais. Além disso, essas mudanças refletem a adaptação das estruturas sociais às necessidades e realidades contemporâneas. Por exemplo, a aceitação crescente das uniões homoafetivas e o reconhecimento legal dessas famílias em muitos países ilustram essa transformação.

Ademais, a importância do afeto e do respeito nas relações familiares modernas é fundamental para o bem-estar dos indivíduos. Conforme estudos psicológicos, famílias que priorizam o afeto e o respeito tendem a criar ambientes mais saudáveis e propícios ao desenvolvimento emocional de seus membros. Consequentemente, essas famílias oferecem suporte emocional e estabilidade, independentemente de sua configuração tradicional ou não. Um exemplo disso é a crescente valorização das famílias adotivas, onde os laços afetivos são a base principal da relação.

Desse modo, percebe-se que a diversidade nas configurações familiares contemporâneas reflete uma sociedade mais inclusiva e afetiva. Por isso, é importante promover políticas públicas que reconheçam e apoiem todas as formas de família, garantindo direitos e proteção a todos os seus membros.


Ibope: Corpo de Bombeiros é a instituição mais confiável do Brasil
 
No topo desde 2009, o Corpo de Bombeiros manteve o primeiro lugar em 2014 como a instituição mais confiável do País. É o que conclui o Índice de Confiança Social (ICS) – Instituições referente ao ano passado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope.).
 
Segundo o Ibope, as 18 instituições avaliadas no ICS pertencem tanto à esfera pública quanto à privada, além da sociedade civil, e buscam representar diversos setores do Brasil. O índice registrou oscilação positiva para 13 delas.
 
Em 2014, o Corpo de Bombeiros manteve‐se na liderança do ranking com 73 pontos, quatro a menos que no ano anterior. [...]
 
O índice também mediu a confiança da população nas pessoas e na sociedade em geral (ICS – Pessoas e grupos sociais). A sondagem entrevistou 2.002 moradores de 141 municípios do País, durante o período de 18 a 21 de julho de 2014.
 
(Disponível em: http://www.brasil.gov.br/defesa‐e‐seguranca/2015/07/ibope‐corpo‐de‐bombeiros‐e‐a‐instituicao‐mais‐confiavel‐do‐brasil.)
 
[...] hoje eu quero falar dos outros heróis, os heróis do silêncio, aqueles que não são conhecidos, mas que existem e fazem parte de nossas vidas, e sem eles não sobreviveríamos. Não arriscam suas vidas, mas dedicam suas vidas aos outros, as enfermeiras e enfermeiros que cuidam dos pacientes nos hospitais, principalmente daqueles que foram abandonados por suas próprias famílias. Das babás que tomam conta de nossos filhos dia após dia, dando uma educação que foi abandonada pelos pais. Os policiais e bombeiros honestos que cuidam de nossas vidas e patrimônio e que nunca aparecem nas manchetes dos jornais, ao contrário dos seus colegas desonestos que desfrutam de uma vida cheia de luxo. Posso falar de todas as atividades de uma sociedade e em todas elas encontraremos heróis anônimos que fazem atos de bravura diariamente.
 
(IVIGOYEN, Ricardo. Disponível em: http://www.agenciario.com/colunistas.asp?cod_col=20&pNota=2756#.VnmOCU‐nzd0. Acesso em: dezembro de 2015.)
 
Joanne Liu
 
A médica canadense é a presidente de uma das maiores organizações não governamentais do mundo, a Médicos Sem Fronteiras, da qual é parte há quase duas décadas. Sob sua liderança, a entidade conseguiu estar nos lugares certos e atuar de maneira decisiva em 2015 em grandes catástrofes, como o terremoto no Nepal e também o resgate de imigrantes e refugiados que cruzam o Mediterrâneo.
 
A ONG vem ainda tentando se recuperar dos efeitos de um dos episódios mais graves da sua história: o bombardeio ao seu hospital em Kunduz, no Afeganistão, que foi realizado pelo exército dos Estados Unidos. O local era o único posto de atendimento médico de milhares de pessoas que vivem nessa região que hoje é palco de conflitos entre tropas americanas e afegãs e militantes extremistas do Taleban.
 
O posicionamento de Liu frente a esse grave problema não poderia ter sido mais louvável. De maneira firme, cobrou providências do governo dos Estados Unidos, lembrando “que mesmo as guerras têm regras” e pontuando que o ato foi uma violação da Convenção de Genebra.
 
(Disponível em: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/10‐pessoas‐que‐fizeram‐a‐diferenca‐em‐2015#8.)
 
A partir dos textos motivadores, redija um texto dissertativo‐argumentativo sobre o tema:
 
“O reconhecimento e posicionamento do cidadão diante de ações que trazem benefícios a toda a sociedade.”

Rascunho Eficiente

Assunto: confiança nas instituições e indivíduos
Tema: reconhecimento e posicionamento do cidadão diante de ações benéficas à sociedade
Tese: é essencial que a sociedade valorize e apoie ações que promovem o bem comum, reconhecendo o papel crucial de indivíduos e instituições
Tópico 1: importância do reconhecimento das instituições confiáveis
Tópico 2: papel dos indivíduos e organizações não governamentais em ações humanitárias

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre confiança nas instituições e indivíduos, percebe-se que o reconhecimento e posicionamento do cidadão diante de ações benéficas à sociedade são fundamentais para o progresso social. Nesse contexto, defende-se que é essencial que a sociedade valorize e apoie ações que promovem o bem comum, reconhecendo o papel crucial de indivíduos e instituições. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância do reconhecimento das instituições confiáveis e o papel dos indivíduos e organizações não governamentais em ações humanitárias.

Preliminarmente, a importância do reconhecimento das instituições confiáveis é evidente em uma sociedade que busca estabilidade e segurança. De acordo com estudos de confiança social, instituições como o Corpo de Bombeiros são frequentemente vistas como pilares de confiança devido ao seu compromisso com o bem-estar público. Além disso, a confiança depositada nessas instituições reflete a percepção pública de sua eficácia e integridade. Por exemplo, o reconhecimento contínuo do Corpo de Bombeiros como a instituição mais confiável do Brasil demonstra a importância de valorizar aqueles que consistentemente servem ao público com dedicação.

Ademais, o papel dos indivíduos e organizações não governamentais em ações humanitárias é crucial para enfrentar desafios globais. Segundo especialistas em ações humanitárias, líderes como Joanne Liu, da Médicos Sem Fronteiras, exemplificam como o posicionamento firme e a ação coordenada podem trazer alívio e esperança em situações de crise. Além disso, essas organizações frequentemente operam em áreas de conflito e desastres naturais, onde a presença do Estado é limitada. Um exemplo notável é a atuação da Médicos Sem Fronteiras no Nepal após o terremoto de 2015, que destacou a importância de intervenções rápidas e eficazes.

Desse modo, percebe-se que o reconhecimento e apoio a ações que beneficiam a sociedade são essenciais para o desenvolvimento e coesão social. Por isso, é importante que a sociedade promova uma cultura de valorização e suporte a instituições e indivíduos que se dedicam ao bem comum, incentivando a participação cidadã e o fortalecimento de laços comunitários.


Leia atentamente o Texto a seguir e desenvolva um texto dissertativo com um mínimo de 20 (vinte) e o .máximo de 30 (trinta) linhas Ao final, o texto deverá ser transcrito para uma Folha-Resposta, específica, de leitura ótica.
 
 
O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, disse hoje que a corrução se disseminou no Brasil “em níveis espantosos, endêmicos. “Não foram falhas pontuais, individuais, pequenas fraquezas humanas. Foi um fenômeno sistêmico, estrutural, generalizado. Tornou-se o modo natural de se fazer negócio e política no Brasil. Esta é a dura e a triste realidade”, afirmou, durante aula inaugural, - para alunos de direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.
 
 
 
Com base na notícia acima, escreva um texto opinativo no qual você responda à pergunta abaixo. (Apresente argumentos para defender o seu ponto de vista.)
 
É possível se trabalhar em um ambiente corrompido e não se corromper?

Rascunho Eficiente

Assunto: Corrupção no Brasil
Tema: Possibilidade de trabalhar em um ambiente corrupto sem se corromper
Tese: É possível manter a integridade em um ambiente corrupto, mas isso exige esforço e vigilância constantes
Tópico 1: Importância da ética pessoal e profissional
Tópico 2: Mecanismos de proteção e denúncia

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre corrupção no Brasil, percebe-se que é possível trabalhar em um ambiente corrupto sem se corromper, embora seja um desafio significativo. Nesse contexto, defende-se que manter a integridade em um ambiente corrupto é viável, mas requer esforço e vigilância constantes. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da ética pessoal e profissional e os mecanismos de proteção e denúncia.

Preliminarmente, a ética pessoal e profissional desempenha um papel crucial em ambientes corruptos. Conforme argumenta o filósofo Immanuel Kant, a ética é um imperativo categórico, ou seja, deve ser seguida independentemente das circunstâncias. Além disso, a integridade pessoal serve como um escudo contra práticas corruptas, permitindo que indivíduos resistam a pressões externas. Por exemplo, profissionais que seguem um código de ética rigoroso tendem a se destacar positivamente, mesmo em ambientes adversos.

Ademais, os mecanismos de proteção e denúncia são ferramentas essenciais para quem deseja manter a integridade. De acordo com a Transparência Internacional, a criação de canais seguros para denúncias é fundamental para combater a corrupção. Consequentemente, empresas e instituições que implementam políticas de proteção a denunciantes tendem a reduzir práticas corruptas em seu ambiente. Um exemplo disso é o aumento de denúncias em empresas que adotam políticas de "compliance" robustas.

Desse modo, percebe-se que manter a integridade em ambientes corruptos é possível, mas exige um compromisso ético constante e o uso de mecanismos de proteção. Por isso, é importante que instituições promovam a ética e criem canais seguros para denúncias, incentivando um ambiente de trabalho mais íntegro e transparente.


Texto 1
O que é mais importante para você: saber que governos espionam pessoas para evitar possíveis crimes ou preservar a sua privacidade? Um programa de TV americano entrevistou Pavel Durov, criador do Telegram, um aplicativo de mensagens como o WhatsApp, que tem como principal atrativo a criptografia, que torna impossível interceptar conversas. Por causa disso, o Telegram tem sido muito usado pelo grupo terrorista Estado Islâmico, o que gera pressão para que a empresa afrouxe seu sistema de segurança.
Na entrevista, Durov disse trabalhar ativamente para desativar as contas associadas ao Estado Islâmico, mas afirmou que essas são apenas uma fração pequena em comparação a todos os usuários que usam o app da maneira “certa”.
Por isso, mesmo sabendo que seu aplicativo é usado por terroristas para planejar ataques, Durov diz que não vai afrouxar o seu sistema de segurança para que ele possa ser monitorado pelo governo americano.
(Ligia Aguilhar. “O que é mais importante: manter a privacidade
ou espionar pessoas para evitar crimes?”. http://link.estadao.com.br, 17.03.2016. Adaptado)
Texto 2
“Desbloqueie seu telefone.” Esse pedido pode ser feito por um agente de imigração quando um estrangeiro desembarca nos Estados Unidos. O jornalista Ali Hamedani, da BBC, viveu isso na pele há alguns dias ao desembarcar em Chicago, no norte dos Estados Unidos. Ele nasceu no Irã e tem passaporte britânico.
Após passar pelo controle de visto e passaporte, Hamedani foi levado a uma sala de espera. “O momento mais difícil foi quando o agente do serviço americano de Alfândega e Proteção das Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) pediu a senha do meu telefone”, relatou Hamedani. Embora ele tenha advertido que havia ali informações confidenciais de seu trabalho como repórter, os agentes insistiram. Hamedani cumpriu a ordem. Os agentes pegaram o aparelho e “tentaram mantê-lo desbloqueado o máximo possível para poder vasculhá-lo”, conta.
De acordo com as normas do CBP, os agentes podem pedir o desbloqueio de telefones, tablets, computadores, câmeras ou qualquer outro tipo de aparelho eletrônico. “Manter os americanos seguros e fazer que sejam cumpridas as leis do país em um mundo cada vez mais digital depende da nossa capacidade de examinar legalmente esses materiais”, disse à BBC um porta-voz do CBP.
(Darío Brooks. “Revistar o celular, exigir senhas, entrar
nas redes sociais? O que podem fazer os agentes de imigração dos EUA”. www.bbc.com, 19.02.2017. Adaptado)
Texto 3
Quando acontece um atentado terrorista, a população espera que os governantes respondam a três questões: como foi possível acontecer isso? Sabemos quem são os culpados? Quais providências serão tomadas para que nada parecido se repita?
As respostas a essas perguntas estão todas condicionadas a outra discussão que as sociedades no Ocidente têm tido imensa dificuldade de enfrentar: a que trata sobre o hipotético equilíbrio entre privacidade e espionagem governamental. Pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, o Patriot Act – uma medida do governo americano que dava ampla liberdade para o governo realizar escutas eletrônicas sem mandados judiciais – foi colocado em prática com pleno respaldo popular. O trauma de um atentado pareceu fazer com que a população confiasse mais no governo para fazer o que fosse necessário para evitar tragédias semelhantes, cedendo um tantinho de privacidade.
E isso não é privilégio dos Estados Unidos. Motivado pelos ataques terroristas ao jornal Charlie Hebdo, o parlamento francês aprovou com ampla maioria uma lei que permite às agências de inteligência ter acesso aos chamados metadados das comunicações eletrônicas.
A questão então, na prática, é: você acha que a remota possibilidade de algum inocente ter sua vida devassada por espiões compensa a remota possibilidade de o governo pegar terroristas interceptando trocas de mensagens eletrônicas? A barganha me parece razoável. Precisamos voltar a ter essa conversa com menos histeria, do nosso lado, e mais transparência, do lado dos governos.
(Pedro Burgos. “Privacidade na web: pode me vigiar, eu deixo”. www.gazetadopovo.com.br, 29.01.2016. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma -padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Em nome da segurança da população, os governos devem interceptar
trocas de mensagens eletrônicas pessoais?

Rascunho Eficiente

Assunto: Interceptação de mensagens eletrônicas
Tema: Segurança pública versus privacidade individual
Tese: A interceptação de mensagens eletrônicas por governos deve ser equilibrada com a proteção da privacidade individual.
Tópico 1: Importância da segurança nacional e prevenção de crimes
Tópico 2: Riscos e implicações éticas da violação da privacidade

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre interceptação de mensagens eletrônicas, percebe-se que a segurança pública e a privacidade individual são temas em constante tensão. Nesse contexto, defende-se que a interceptação de mensagens eletrônicas por governos deve ser equilibrada com a proteção da privacidade individual. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da segurança nacional e prevenção de crimes e os riscos e implicações éticas da violação da privacidade.

Preliminarmente, a segurança nacional é um pilar fundamental para a estabilidade social. Conforme especialistas em segurança pública, a interceptação de comunicações pode ser uma ferramenta eficaz para prevenir ataques terroristas e outros crimes graves. Além disso, a coleta de dados pode ajudar a identificar ameaças em potencial antes que se concretizem. Por exemplo, após os atentados de 11 de setembro, os Estados Unidos implementaram o Patriot Act, que permitiu uma vigilância mais rigorosa para prevenir futuros ataques.

Por outro lado, a violação da privacidade individual levanta preocupações éticas significativas. De acordo com defensores dos direitos civis, a interceptação indiscriminada de comunicações pode levar a abusos de poder e à invasão desnecessária da vida privada dos cidadãos. Ademais, a falta de transparência e supervisão pode resultar em práticas de vigilância excessivas. Um exemplo disso é o caso de Ali Hamedani, que teve seu telefone revistado por agentes de imigração nos EUA, levantando questões sobre o equilíbrio entre segurança e privacidade.

Desse modo, percebe-se que é necessário encontrar um equilíbrio entre a segurança pública e a proteção da privacidade individual. Por isso, é importante que governos estabeleçam políticas claras e transparentes, com supervisão adequada, para garantir que a interceptação de comunicações seja realizada de maneira ética e responsável.


Leia os textos.
Texto 1
Todos os meses, Patrícia Bittencourt realiza em sua casa, em Mairiporã (SP), um evento chamado Brunch* Cantareira. Inicialmente voltado a amigos, o empreendimento ganhou fama e adeptos – há 80 pessoas na fila de espera para as próximas edições. Mas a maior atenção que o local atraiu, no entanto, foi por outro motivo: a política de não permitir a entrada de menores de 14 anos.
A proprietária diz que sua casa é um lugar perigoso para crianças, por ter escadas sem corrimão e parapeito sem proteção e afirma que não pretende reformar o local para fazer a adaptação. “Eu informo a todos que o local não é adequado para crianças”, diz a dona do estabelecimento, o que é confirmado pelos clientes que frequentam o lugar. E complementa que, por ser sua residência e conhecer “perigos” existentes ali, é ela “quem determina as regras e limitações e não os pais, pois, se algo acontece com alguma criança ao frequentar o local, é também sua responsabilidade”. Além disso, a proposta do brunch,  segundo ela, é ser um ambiente tranquilo e descontraído para bate-papo. “Eu não tenho área de diversão, então as crianças ficam entediadas.”
*Brunch: refeição matinal que serve, ao mesmo tempo, como café da manhã e almoço.
(Tatiana Dias, “Como um brunch levantou um intenso debate sobre a aceitação
de crianças em restaurantes”. https://www.nexojornal.com.br. 26.11.2016. Adaptado)
Texto 2
Limitar o acesso de crianças a locais como restaurantes e pousadas pode trazer sossego aos atuais frequentadores, mas também criar muita polêmica e afugentar potenciais novos clientes.
Em outubro de 2016, o Brunch Cantareira virou alvo de críticas após vir à tona uma publicação feita em uma rede social 2 anos antes. O post informava que não era permitida no local a presença de crianças menores de 14 anos, por questões de segurança. Algumas pessoas acusaram o estabelecimento de preconceito e de excluir as crianças e, consequentemente, os pais.
Mas de acordo com o Procon-SP, não há problema em restringir o acesso de crianças, desde que isso seja informado previamente e de forma clara.
Já o advogado e professor de Direito Civil Gustavo Milaré Almeida explica que não há uma lei específica que proíba o estabelecimento de fazer isso e que, embora o Estatuto da Criança e do Adolescente determine que não deve haver discriminação, neste caso, opina ele, trata-se apenas de uma restrição. Esse tipo de restrição não é tão comum no Brasil, mas já é aceito em outros países, como EUA, Austrália e França, segundo Almeida. “No Brasil, por uma questão cultural, não há esse costume de não levar crianças e, por isso, a restrição é tão criticada.”
(Thâmara Kaoru, “Restaurante pode proibir crianças? Entenda as regras
para clientes e dono”. http://economia.uol.com.br. 10.11.2016. Adaptado)
Texto 3
Sobre a polêmica a respeito da proibição de crianças em restaurantes, Renata Bermudez, consultora de disciplina positiva na consultoria familiar Sosseguinho, destaca a incapacidade de muitas pessoas de terem “um pouco de empatia com uma criança”, o que se torna evidente toda vez que pais chegam em diferentes locais acompanhados de seus filhos pequenos e recebem olhares preocupados das pessoas presentes. O ideal, conforme ela, seria que as pessoas respeitassem as crianças como parte da sociedade e buscassem compreender que, para que elas aprendam a se comportar em determinados ambientes, elas precisam estar presentes neles.
Para a criadora do site Maternidade Simples, Melina Pockrandt, proibir a presença de crianças em determinados locais não vai resolver a tensão entre as pessoas e ainda pode abrir espaço para outras restrições. “Uma criança autista, por exemplo, pode ter uma crise e fazer um escândalo em qualquer ambiente, inclusive em lugares para crianças”, diz. Outros frequentadores que se incomodassem com a criança teriam como justificar a restrição dela ao local.
(Vivian Faria, “Crianças em restaurantes: mães comentam a polêmica
sobre proibição”. http://www.gazetadopovo.com.br. 31.10.2016. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação sobre o tema:
A proibição de crianças em restaurantes é uma medida discriminatória?

Rascunho Eficiente

Assunto: a proteção das crianças
Tema: a proibição de crianças em restaurantes é uma medida discriminatória?
Tese: a proibição de crianças em restaurantes não deve ser vista como discriminação, mas sim como uma questão de segurança e adequação ao ambiente
Tópico 1: segurança e responsabilidade do estabelecimento
Tópico 2: impacto cultural e social da restrição

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre a proteção das crianças, percebe-se que a proibição delas em restaurantes é uma medida que levanta debates sobre discriminação e segurança. Nesse contexto, defende-se que a proibição de crianças em restaurantes não deve ser vista como discriminação, mas sim como uma questão de segurança e adequação ao ambiente. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar segurança e responsabilidade do estabelecimento e impacto cultural e social da restrição.

Preliminarmente, a segurança e a responsabilidade do estabelecimento são fundamentais ao considerar a restrição de crianças. Conforme especialistas, a presença de escadas sem corrimão e parapeitos sem proteção torna o local perigoso para crianças, justificando a proibição como uma medida de segurança. Além disso, a responsabilidade legal do estabelecimento em caso de acidentes reforça a necessidade de precauções adicionais. Por exemplo, em outros países, como EUA e Austrália, essa prática já é aceita e vista como uma forma de garantir a segurança de todos os frequentadores.

Ademais, o impacto cultural e social da restrição também merece atenção. De acordo com especialistas em comportamento infantil, a presença de crianças em ambientes adultos é essencial para que elas aprendam a se comportar adequadamente. No entanto, a falta de empatia e compreensão por parte de alguns adultos pode tornar essa convivência desafiadora. Por exemplo, a consultora Renata Bermudez destaca a importância de respeitar as crianças como parte da sociedade, mas também reconhece que a adaptação dos ambientes é crucial para evitar conflitos.

Desse modo, percebe-se que a proibição de crianças em restaurantes pode ser justificada por questões de segurança e adequação ao ambiente, ao invés de ser vista como discriminação. Por isso, é importante que os estabelecimentos comuniquem claramente suas políticas e considerem adaptações que possam incluir crianças de forma segura, promovendo um equilíbrio entre segurança e inclusão.


Texto 1
O prefeito de São Paulo vetou o projeto de lei 02/2013 que proíbe a utilização de vias públicas para realização de bailes funk e de qualquer outro evento musical. A decisão foi publicada no Diário Oficial da Cidade de quarta-feira (07.01.2014). Segundo o projeto, a multa para quem praticasse a infração seria de R$ 2,5 mil.
Em sua justificativa para vetar a lei, o prefeito afirmou que já existe legislação específica para atender o que foi proposto no projeto. Trata-se da Lei n.º 15.777, de 29 de maio de 2013, que proíbe a emissão de ruídos sonoros de aparelhos de som instalados em carros estacionados.
“O funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem, não se conformando com o interesse público sua proibição de maneira indiscriminada nos logradouros públicos e espaços abertos”, disse em comunicado.
O prefeito ainda declarou que o artigo 5.º do projeto previa encerramento das atividades até as 22 h, o que inviabilizaria eventos como o Carnaval, a Virada Cultural e a festa de final de ano na Avenida Paulista.
(http://info.abril.com.br. 09.01.2014. Adaptado)
Texto 2
Em nota, o autor do projeto que proíbe a utilização de vias públicas para realização de bailes funk e de qualquer outro evento musical deixou claro que é a favor de toda manifestação cultural. “O funk é uma expressão legítima da cultura urbana jovem. Todavia, entendo que, em uma sociedade civilizada, os direitos de uns terminam quando começam os de outros, para que haja harmonia e respeito mútuo entre os cidadãos”.
(www.dcomercio.com.br, 08.01.2014. Adaptado)
Texto 3
Moradores do bairro da Penha, na zona leste, prometem realizar no começo da noite desta segunda-feira (20.01.2014) um protesto contra os bailes funk que acontecem na região.
Na noite de ontem, um grupo de jovens incendiou sacos de lixo e depredou e saqueou um supermercado Extra após a Polícia Militar interromper um baile. Ninguém foi preso.
Os moradores reclamam que os bailes funk, que acontecem no meio da rua e chegam a reunir até 3 000 pessoas, prejudicam a entrada ou saída deles.
Segundo eles, este é um fenômeno que vem crescendo a cada dia e a presença da polícia é pequena para coibir a violência e o som alto.
(Folha de São Paulo, 20.01.2014. Adaptado)
Texto 4
O professor Pablo Ortellado, do curso de gestão de políticas públicas da universidade de São Paulo (USP), discorda da ação punitiva que é proibir os bailes funk, e alerta: “Embora seja a expressão cultural mais popular entre os jovens da periferia, o funk tem sido atacado por supostamente incitar o crime, a pornografia e o uso de drogas. O discurso preconceituoso que persegue um gênero de música só contribui para marginalizá-lo e tornar esses jovens mais vulneráveis”.
(http://revistavaidape.com.br, 22.01.2014. Adaptado)
Com base nas informações constantes nos textos e em outras do seu conhecimento, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em norma-padrão da língua portuguesa, em que se discuta a questão:
A proibição dos bailes funk em vias públicas é uma busca da ordem social
ou um mecanismo de repressão às classes menos privilegiadas?

Rascunho Eficiente

Assunto: Bailes funk em vias públicas
Tema: Proibição dos bailes funk como busca de ordem social ou repressão
Tese: A proibição dos bailes funk em vias públicas pode ser vista como uma tentativa de ordem social, mas também como um mecanismo de repressão às classes menos privilegiadas
Tópico 1: Impacto cultural e social dos bailes funk
Tópico 2: Questões de segurança e convivência urbana

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre bailes funk em vias públicas, percebe-se que a proibição desses eventos pode ser vista tanto como uma busca por ordem social quanto como um mecanismo de repressão às classes menos privilegiadas. Nesse contexto, defende-se que a proibição dos bailes funk em vias públicas pode ser uma tentativa de manter a ordem social, mas também representa uma forma de repressão às classes menos favorecidas. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto cultural e social dos bailes funk e as questões de segurança e convivência urbana.

Preliminarmente, o impacto cultural e social dos bailes funk é significativo, pois representam uma forma de expressão e identidade para os jovens das periferias. De acordo com especialistas em cultura urbana, os bailes funk oferecem um espaço de socialização e manifestação cultural, sendo uma das poucas opções de lazer para muitos jovens. Além disso, a música funk é uma forma de resistência e de afirmação das vivências e desafios enfrentados por essas comunidades. Por exemplo, a presença do funk em eventos como a Virada Cultural de São Paulo demonstra seu reconhecimento como parte do patrimônio cultural da cidade.

Ademais, as questões de segurança e convivência urbana são frequentemente citadas como justificativas para a proibição dos bailes funk. Segundo autoridades de segurança pública, os eventos podem gerar aglomerações que dificultam o trânsito e a segurança, além de, em alguns casos, estarem associados a atividades ilícitas. Contudo, é necessário considerar que a repressão pura e simples pode agravar a marginalização desses jovens, ao invés de promover soluções efetivas para os problemas de segurança. Um exemplo disso é a ocorrência de protestos e conflitos entre moradores e frequentadores dos bailes, como relatado em algumas regiões de São Paulo.

Desse modo, percebe-se que a proibição dos bailes funk em vias públicas envolve tanto a busca por ordem social quanto a repressão a manifestações culturais das classes menos privilegiadas. Por isso, é importante buscar um equilíbrio que respeite a cultura local, promovendo políticas públicas que garantam segurança e convivência pacífica, sem marginalizar ainda mais as comunidades envolvidas.


O texto a seguir é um trecho do depoimento da surfista brasileira Mayra Gabeira à revista Veja (ed. 2603, de 10/10/2018), no qual ela conta episódios marcantes da sua trajetória profissional. Um trecho dessa narrativa foi suprimido, resultando em duas partes.
 
Dê continuidade à narrativa a partir do ponto em que foi interrompida, garantindo a coerência entre o trecho inicial e o trecho posterior à interrupção.
 
Seu texto deverá:
 
  • obedecer aos elementos formais necessários ao desenvolvimento do gênero discursivo solicitado.
 
Sou surfista de ondas gigantes e passei muitos anos perseguindo a maior de todas. Cismei que ia ter esse título, mais difícil ainda por eu ser uma mulher disputando em um mundo de homens, e fui atrás dele com persistência. Quase morri em 2013 no mar de Nazaré, em Portugal, hoje o local onde se formam as ondas mais altas do mundo, e mesmo assim não desisti. Neste ano, aconteceu: surfei uma onda de mais de 20 metros, a maior da minha vida. Eu consegui, mas a conta não foi nada barata. Tive meu primeiro contato com o oceano revolto de Nazaré há exatamente cinco anos. Era um mar ainda pouco explorado, mas cheguei e pensei: se eu quiser ser reconhecida como surfista de onda grande, é aqui que tenho de praticar.
 
Fui a primeira mulher a enfrentar as ondas de lá. Depois de vinte dias treinando, o mapa meteorológico apontou uma ondulação enorme para o dia 28 de outubro daquele 2013.
 
 
 
 
Acho que foi ali que quebrei o tornozelo. Começaram naquele instante as cenas do afogamento que ficaram famosas e até hoje podem ser vistas em vídeo na internet. Fiquei nove minutos tomando ondas na cabeça e acabei apagando. Finalmente o Carlos Burle [surfista da mesma equipe] conseguiu me resgatar de jet ski e me levou para a areia. Fizeram-se os procedimentos de ressuscitação, e eu recuperei a consciência. Lembro-me de abrir os olhos e ver a praia extensa, o dia nublado, só areia e céu. Entendi que estava viva e fiquei surpresa, porque eu já tinha me despedido. Morri e voltei.

### Rascunho Eficiente

**Assunto:** Superação no surf de ondas gigantes
**Tema:** Determinação e resiliência de Maya Gabeira
**Tese:** A trajetória de Maya Gabeira exemplifica a força de vontade necessária para superar desafios extremos no surf
**Tópico 1:** Coragem e pioneirismo de Maya Gabeira
**Tópico 2:** Recuperação e aprendizado após o acidente

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### Proposta de Resolução

Ao refletir sobre **superação no surf de ondas gigantes**, percebe-se que **a determinação e resiliência de Maya Gabeira são exemplares na busca por seus objetivos, mesmo em um ambiente predominantemente masculino e perigoso**. Nesse contexto, defende-se que **a trajetória de Maya Gabeira ilustra a força de vontade necessária para enfrentar e superar desafios extremos no surf**. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar **a coragem e pioneirismo de Maya Gabeira e sua recuperação e aprendizado após o acidente**.

Preliminarmente, **a coragem e pioneirismo de Maya Gabeira são evidentes em sua decisão de enfrentar as ondas gigantes de Nazaré, desafiando as normas de gênero no esporte**. Como destaca a própria surfista, **ela foi a primeira mulher a encarar as ondas daquele local, demonstrando não apenas habilidade, mas também um espírito destemido e inovador**. Além disso, **essa atitude pioneira abriu caminho para outras mulheres no esporte, inspirando uma nova geração de surfistas**.

Por outro lado, **a recuperação e aprendizado após o acidente de 2013 são igualmente notáveis**. Segundo relatos, **Maya Gabeira enfrentou um longo processo de reabilitação física e mental, que culminou em sua volta triunfante ao surf de ondas gigantes**. Esse processo de recuperação não apenas reforçou sua determinação, mas também evidenciou a importância da resiliência e do apoio da comunidade esportiva. **Exemplos de outros atletas que superaram adversidades semelhantes mostram que o aprendizado com as dificuldades pode levar a conquistas ainda maiores**.

Desse modo, percebe-se que **a trajetória de Maya Gabeira é um exemplo de superação e determinação no esporte**. Por isso, **é importante promover o reconhecimento e apoio a atletas que desafiam limites, incentivando a igualdade de gênero e a resiliência em todas as modalidades esportivas**.


Para elaborar sua redação, que deverá estar em conformidade com a norma padrão da língua portuguesa, leia os textos.
Texto I
As pessoas que são favoráveis à manutenção do voto obrigatório no Brasil partem dos princípios de que o voto é um dever do cidadão e de que o Estado tem que obrigar o cidadão a exercer este dever e ainda tutelar todos neste sentido.
Este raciocínio afirma que a população brasileira não tem consciência da importância deste dever para a manutenção da democracia e que, se o voto não fosse obrigatório, os “menos esclarecidos” (ou seja, os com pouca escolaridade) deixariam de votar – por isso, a necessidade da tutela oficial para obrigá-los a praticar o sufrágio com consequências negativas e multas caso o cidadão deixe de votar.
Porém, as pessoas que pensam ao contrário – que o voto seja um direito do cidadão, que ele pode exercer se quiser – são favoráveis ao conceito do voto facultativo. A comparação é com a carteira nacional de habilitação. A pessoa com o requisito mínimo (18 anos) tem o direito de tirar uma carteira de motorista – não é obrigatório, mas, sim, um direito que o cidadão pode exercitar se quiser.
[...]
Embora grande parte do eleitorado em 2010 não tenha acesso aos jornais, quase todos têm acesso ao rádio e à televisão, pelos quais recebem uma quantidade grande de informações sobre o sistema político brasileiro, os governos e os candidatos às eleições. As pesquisas de opinião mostram claramente que, sim, os eleitores brasileiros estão bastante esclarecidos sobre a política. Outro argumento a favor do voto obrigatório é o de que, se fosse facultativo, “os pobres deixariam de votar”. Mas, pesquisas sucessivas do Datafolha mostram o contrário – uma “curva em U”, em que os pobres e os mais ricos continuariam votando, e justamente a classe média (alienada?) deixaria de votar. Com o voto facultativo, as pressões sobre os eleitores com “menos autonomia” para tutelar seu voto seriam reduzidas por não contar mais com a coação da obrigatoriedade.
(DAVID FLEISCHER)
Texto II
No seu famoso discurso como presidente da Associação Americana de Ciência Política, em 1996, o cientista político Arend Lijphart defendeu o voto obrigatório como solução para o problema da abstenção e da desigualdade nas eleições dos Estados Unidos. O testemunho dele alerta para um dos riscos a que o Brasil estará sujeito caso o Congresso Nacional aprove emenda à Constituição para tornar o voto facultativo.
A taxa de comparecimento eleitoral tende a ser menor em países que adotam sistema de voto facultativo. Nos Estados Unidos, em 2008, 58% dos cidadãos com idade para votar compareceram às urnas para escolher o presidente, segundo o International Institute for Democracy and Electoral Assistance.
Nem o fenômeno Barack Obama foi suficiente para motivar o registro e a votação em massa. Na eleição para o Congresso, em 2006, só 37% dos americanos votaram. Por outro lado, nos países em que há penalidades para quem se ausenta da eleição e não se justifica perante a Justiça, a maioria dos cidadãos exerce o direito ao voto. [...]
A lei do voto obrigatório, quando aplicada rigorosamente, contribui para melhorar as condições de vida da população, sobretudo em países em desenvolvimento, conforme atestam vários estudos.
Quando o exercício do voto se estende aos mais pobres e menos escolarizados, há uma pressão para que os governos adotem políticas voltadas para o combate à pobreza e à desigualdade.
Por último, e não menos importante, a obrigatoriedade faz com que os eleitores busquem informação sobre a política, além de pressionar candidatos e partidos a incluir propostas para o segmento mais amplo da sociedade.
Quando têm o dever de votar, os cidadãos se informam e conversam sobre política, aumentando o interesse pelo assunto. Se o voto se tornar facultativo no Brasil, pode haver um retrocesso na democracia e no bem-estar social. Em primeiro lugar, a mudança da lei reduzirá o número de votantes. Os menos escolarizados e mais pobres renunciarão, com maior frequência, ao exercício do voto.
Sem a pressão de setores da sociedade, os governos terão menos incentivo para promover políticas de distribuição de renda e combate à pobreza. Os avanços obtidos ao longo dos últimos 16 anos podem estar comprometidos.
(CELSO ROMA)
(Ambos os textos extraídos da Folha de S.Paulo, 02.10.2010, com adaptações)
Com base nas informações do texto e em outras do seu conhecimento, elabore um texto dissertativo, analisando e assumindo uma posição clara sobre o tema:
A obrigat oriedade ou não do voto no Brasil

Rascunho Eficiente

Assunto: voto no Brasil
Tema: obrigatoriedade ou não do voto
Tese: o voto deve ser facultativo para promover a liberdade individual
Tópico 1: impacto do voto obrigatório na democracia
Tópico 2: comparação com sistemas de voto facultativo em outros países

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre voto no Brasil, percebe-se que a obrigatoriedade ou não dele é um tema central na discussão sobre a democracia brasileira. Nesse contexto, defende-se que o voto deve ser facultativo para promover a liberdade individual. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar o impacto do voto obrigatório na democracia e a comparação com sistemas de voto facultativo em outros países.

Preliminarmente, a análise do impacto do voto obrigatório na democracia brasileira revela aspectos significativos. Segundo especialistas em Ciência Política, a obrigatoriedade do voto pode ser vista como uma forma de garantir a participação política de toda a população, independentemente de classe social ou nível de escolaridade. No entanto, essa imposição pode ser interpretada como uma restrição à liberdade individual, uma vez que obriga o cidadão a participar de um processo que deveria ser uma escolha pessoal. Ademais, a obrigatoriedade pode levar a um voto desinformado ou desinteressado, o que não contribui para a qualidade da democracia.

Por outro lado, a comparação com sistemas de voto facultativo em outros países oferece insights valiosos. Estudos internacionais, como os realizados nos Estados Unidos e em países europeus, mostram que a adoção do voto facultativo pode resultar em uma menor taxa de comparecimento, mas tende a refletir um eleitorado mais engajado e informado. Além disso, a liberdade de escolha pode incentivar os cidadãos a se informarem melhor sobre os candidatos e as propostas, uma vez que a decisão de votar passa a ser uma manifestação consciente de cidadania. Por exemplo, em países como a Suécia e a Noruega, onde o voto é facultativo, observa-se um alto nível de conscientização política entre os eleitores.

Desse modo, percebe-se que a adoção do voto facultativo pode promover uma democracia mais autêntica e respeitosa das liberdades individuais. Por isso, é importante considerar a implementação de políticas educacionais que incentivem o engajamento político e a conscientização dos cidadãos, preparando-os para exercerem seu direito de voto de maneira informada e voluntária.


A redação deverá ter no mínimo 20 (vinte) linhas contínuas, considerando o recuo dos parágrafos, e no máximo 30 (trinta) linhas.

Título da Redação: O que o futuro reserva para o Brasil?

Rascunho Eficiente

Assunto: Perspectivas para o Brasil
Tema: Futuro do Brasil
Tese: O futuro do Brasil depende de investimentos em educação e sustentabilidade
Tópico 1: Importância da educação para o desenvolvimento
Tópico 2: Sustentabilidade como pilar para o futuro

Proposta de Resolução

Ao refletir sobre o futuro do Brasil, percebe-se que ele está intimamente ligado a investimentos estratégicos em educação e sustentabilidade. Nesse contexto, defende-se que o progresso do país está condicionado a melhorias nesses setores essenciais. Para se aprofundar no assunto, é importante analisar a importância da educação para o desenvolvimento e a sustentabilidade como pilar para o futuro.

Preliminarmente, a educação é um dos principais motores do desenvolvimento econômico e social de qualquer nação. Segundo Paulo Freire, a educação é um ato de liberdade que transforma a sociedade. Além disso, investir em educação de qualidade promove a formação de cidadãos críticos e capacitados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Por exemplo, países como Finlândia e Coreia do Sul, que investiram fortemente em educação, colhem hoje os frutos de economias robustas e inovadoras.

Ademais, a sustentabilidade é um elemento crucial para garantir um futuro próspero e equilibrado. De acordo com o relatório da ONU, a adoção de práticas sustentáveis é vital para a preservação dos recursos naturais e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Consequentemente, o Brasil, com sua vasta biodiversidade, tem o potencial de liderar iniciativas sustentáveis que promovam o desenvolvimento econômico sem comprometer o meio ambiente. Um exemplo disso é o crescimento do setor de energias renováveis, como a solar e a eólica, que já apresenta resultados promissores no país.

Desse modo, percebe-se que o futuro do Brasil está intrinsecamente ligado a investimentos em educação e sustentabilidade. Por isso, é importante que o governo e a sociedade civil trabalhem juntos para implementar políticas públicas eficazes que priorizem esses setores, garantindo assim um futuro mais justo e sustentável para todos os brasileiros.