Recurso contra o resultado da prova discursiva da AGU… Vale a pena?
A divulgação do resultado preliminar da prova discursiva da Advocacia-Geral da União (AGU) está próxima e a luta pelo salário de mais de R$6 mil reais ganha mais uma etapa: o recurso contra a nota da prova discursiva!
Ao divulgar o resultado, a Banca IDECAN abre um prazo para que o candidato interponha recurso individual contra o resultado preliminar da prova discursiva. Isto é, se você não concorda com a nota recebida, pois entende que ela veio inferior a nota justa, terá a oportunidade de questioná-la!
Porém, para o cargo de Analista Técnico e Bibliotecário, a banca não foi generosa na análise dos recursos. Então, a você que concorreu aos cargos de Administrador, Arquivista, Contador, Técnico em Educação e Técnico em comunicação, eu pergunto:
VALE A PENA ELABORAR UM RECURSO CONTRA O RESULTADO DA PROVA DISCURSIVA DA AGU?
Começo este artigo destacando a importância da fase de recurso. Em diversos concursos públicos, o ganho de nota decorrentes de recurso contra o resultado da prova discursiva costuma alterar significativamente a classificação do candidato no certame. Não foram poucas as vezes em que vi pessoas serem convocadas graças às posições que ganharam depois do deferimento de seus recursos.
Porém, o que se observou na análise das provas de Analista Técnica e Bibliotecário da AGU foi um indeferimento geral de todos as solicitações de majoração da nota. Com isso, não houveram alterações significativas na classificação geral.
Veja que o indeferimento nos cargos de Analista Técnico e Bibliotecário é um fato e não pode ser considerado como uma regra geral para todos os concursos da Idecan. Até porque, esse posicionamento gerou uma série de repercussões negativas, que chegou até ao nível judicial.
Trata-se de uma banca sem muita tradição em elaboração de provas discursiva, por isso, não possui um histórico consolidado de aceitabilidade de recursos.
Logo, considerando que a banca não possui um histórico consolidado de indeferimento de recursos e a necessidade de evitar problemas judiciais advindos de um posicionamento muito criterioso, é possível que a Idecan mude a estratégia e passe a analisar com mais cuidados os recursos contra o resultado da prova discursiva.
Ademais, cumpre destacar que NENHUM CANDIDATO QUE INTERPÔS RECURSO TEVE A NOTA DIMINUÍDA! A Banca Idecan defere ou não o recurso. Se ela deferir, você ganha pontos e pode melhorar sua classificação. Se ela indeferir, você não perde nada.
Então, vale ou não vale a pena tentar?
Eu defendo que vale a pena sim. Deixe-me mostrar casos de sucesso de recursos que fiz para alguns alunos em outros certames:
“Boa noite, professor Bruno Marques. Ganhei 6,12 pontos. Que lindo! Minha nota ficou em 33,72, mas estava em 27,60 antes do recurso. Gostaria de agradecer muito pelo apoio no recurso da prova discursiva do STM. Obrigada!
Adriana Moraes – STM/CESPE/2018
“Profesorrrrr a minha nota subiu em 5.58 pontos. Muito obrigada. Mantive o 3º lugar para a minha região!!!!! Obrigadaaaaaa”.
Paola Diógenes –TRF 1ª Região/CESPE/2018
Esse serviço de excelência foi grande aliado para promover um salto relevante na minha classificação final no cargo de AJAJ do TRT da 8ª Região, uma vez que sai da 22ª colocação para a 4ª colocação, um ganho expressivo de 18 posições! Muito obrigada!”
Antonieta Bessa – TRT 8ª Região/2016
Bruno, saiu o resultado do recurso. Conseguimos 3,07 pontos…. Agradeço pela colaboração nesse momento de grande importância na minha carreira. Muito obrigado!
Deiber Vieira – TRF 1ª Região/CESPE/2018
Gostaria de fazer um agradecimento muito especial ao professor Bruno Marques que foi fundamental para que eu tivesse uma majoração de 5 pontos (isso mesmo meus nobres colegas concurseiros minha nota aumentou de 31,21 para 36,21) na prova discursiva do IPHAN para Analista. O recurso foi formulado de maneira muito clara, objetiva e com argumentos pertinentes. Fica aqui meu muito obrigado a equipe do VC CONCURSADO e principalmente ao professor Bruno Marques que recomendo demais!!!
Eduardo Luiz Couto – IPHAN/CESPE/2018 – 1º Lugar
E por que há tanta modificação nas notas após a fase de recurso?
A Banca tem muitas provas para corrigir em um curto prazo de tempo. Para isso, contrata diversos examinadores para fazer as correções. Porém, como já era de se esperar, cada examinador tem uma visão de prova: uns são mais rígidos, outros mais flexíveis. Ao final, essa diferença de perfil entre os examinadores acaba impactando nas notas, gerando muita variação na nota dos candidatos.
No entanto, quando o aluno entra com recurso, há possibilidade de seu texto ser revisto por outro examinador. Se a nota do examinador que avaliar o recurso for maior, a sua nota aumentará.
Por isso, é muito importante que você fique atento às informações deste artigo!!! Afinal, você só será beneficiado se entrar com o seu próprio recurso!
Dividi o artigo em 2 partes essenciais:
- Entendendo o espelho de correção;
- 5 dicas essenciais para um recurso TOP.
ENTENDENDO O ESPELHO DE CORREÇÃO
Como você verá, o seu espelho de correção está dividido em aspectos Macroestruturais e Microestruturais:
MACROESTRUTURAIS: aspectos relacionados à estrutura textual dissertativa, apresentação geral do texto, organização de ideias, coesão e coerência. Veja o espelho detalhado que será utilizado pelo examinador:
MICROESTRUTURAIS: obediências às regras gramaticais (ortografia – ou grafia –, morfossintaxe, propriedade vocabular e/ou pontuação). Veja a tabela que será utilizada pelo examinador:
Para os aspectos MACROESTRUTURAIS, a lógica da Banca é a seguinte: se o candidato responder corretamente ao quesito de forma correta e organizada, ganha nota máxima. Se não, é penalizado negativamente e proporcionalmente, de acordo com o nível da sua resposta.
Professor, mas como o examinador vai saber se eu respondi corretamente?
Nos aspectos macroestrutural, a banca divulgará um documento chamado “Abordagem do tema e Desenvolvimento do Conteúdo”, que serve como o Padrão de Resposta para a questão dissertativa. Nele, será detalhada a resposta esperada para o enunciado.
Quanto aos aspectos MICROESTRUTURAIS, a banca apontará os erros cometidos pelo candidato e subtrairá da nota obtida nos aspectos macroestruturais. O cálculo observará a fórmula descrita na tabela acima. Por exemplo, se o candidato tirou 8 pontos, cometeu 5 erros e escreveu 30 linhas (efetivas), sua nota será de 7,50 pontos [8 – (5×3)/30].
Como pode perceber, os erros de gramática possuem um impacto muito pequeno na nota final. Todavia, para aqueles candidatos que precisam de apenas alguns décimos para subir posições, vale muito a pena analisar com cuidado esses aspectos gramaticais para entrar com recurso.
5 DICAS ESSENCIAIS PARA UM RECURSO TOP
Vale a pena fazer recurso. Isso é verdade! Porém, não adianta fazer de qualquer jeito. Há algumas regras e dicas que você deve seguir para não ter seu recurso indeferido antes de chegar nas mãos do examinador.
Então, vamos analisar algumas características essenciais de um recurso, levando em conta o Edital da Idecan:
1º) O recurso deve ser tempestivo:
A Banca Idecan é bem rigorosa com o prazo para interposição do recurso. Normalmente, o candidato possui 2 dias úteis: de 8h do primeiro dia até às 23h59 do segundo dia.
São menos de 2 dias para fazer o recurso e inserir na plataforma do site. Depois do recurso pronto, você ainda deve contar o tempo que demora para inserir na plataforma da Banca. Por isso, não é bom deixar para a última hora.
2º) O recurso, em regra, não deve contestar o Padrão de Resposta;
A banca definiu o Padrão de Resposta, que será utilizado como base para a correção de todas as provas dissertativas. A definição desses critérios garante a isonomia e a objetividade da correção.
Ora, se um candidato entra com um recurso questionando alguns dos critérios avaliativos, terá muito mais dificuldade para conseguir êxito no recurso. Explico o motivo:
Para a Banca acatar esse tipo de recurso, teria que reavaliar todas as redações com base no novo critério. Logicamente, isso afetaria todo o cronograma do concurso. E isso não pode ocorrer, certo?
Por isso, não é aconselhável encher o seu recurso de referência bibliográfica. O foco deve ser sempre uma análise comparativa entre a redação e os critérios avaliativos definidos pela Banca no Padrão de Resposta, ok?
3º) O recurso deve ser claro e objetivo;
Esse é o grande desafio do recurso. O candidato deve ir direto ao ponto e explicar para o examinador porque sua nota deve ser majorada, sem fazer muitos rodeios. Os argumentos, no entanto, devem ser fortes. Por isso, utilizar uma linguagem simples e técnicas de enumerações e tópicos ajudam muito.
Antes de enviar o seu recurso, pergunte a você mesmo: Se eu tivesse 100 recursos para ler, eu leria o meu? Se achar que o seu recurso está cansativo, melhore o texto. Coloque-se sempre no lugar do examinador.
4º) Atenção à linguagem utilizada.
A linguagem é muito importante. Trata-se de um texto de natureza individual. Logo, o recurso pode ser escrito de forma impessoal ou na 1ª pessoa no singular (Eu).
Porém, cuidado! Escrever o recurso inteiro na 1ª pessoa no plural (Nós) não cai bem, ok?
5º) Devo contratar um especialista para fazer o meu recurso?
Como se trata de uma fase importante, é comum que os candidatos procurem professores que possuem experiência em redigir recursos. E isso é uma ótima opção, caso tenha recursos financeiros disponíveis. As justificativas para a contratação de um especialista são várias.
Em primeiro lugar, o professor tem acesso a várias provas do seu concurso, logo, poderá fazer uma análise mais profunda e entender como a Banca está corrigindo as provas.
Em segundo lugar, o professor que é especialista na elaboração de recurso já tem prática nesse tipo de serviço e sabe como e quais os pontos que devem ser contestados.
Por fim, na elaboração de recursos acerca dos aspectos gramaticais, é necessário um conhecimento mais aprofundado da língua portuguesa.
Porém, cuidado na hora de contratar um especialista!
O recurso contra o resultado da prova discursiva deve ser sempre individualizado. Recursos iguais ou semelhantes serão preliminarmente indeferidos. Isto é, se seu recurso for muito genérico e igual ao de outro candidato, a Banca nem vai ler. Possivelmente, vai indeferi-lo antes de encaminhar para o examinador.
Já vi casos em que um professor redigiu o mesmo recurso (genérico) para diversos alunos e entregou faltando apenas 1 hora antes de encerrar o prazo para interposição do recurso. Resultado, os alunos não tinham mais tempo para refazer o próprio recurso, tiveram o recurso indeferido, perderam dinheiro e ainda não tiveram a chance de melhorar suas classificações no concurso!
Portanto, fique sempre atento ao histórico do professor, caso venha a contratar um serviço de recurso, ok?
Espero que as dicas ajudem você nessa fase tão importante que é o recurso contra o resultado da prova discursiva! Eu e a equipe do Você Concursado estaremos à disposição para lhe ajudar nesta fase!
Caso tenha alguma dúvida não esclarecida, pode deixar um comentário que terei o maior prazer em responder!
PRECISO CONTRATAR UM ESPECIALISTA EM RECURSOS DE PROVA DISCURSIVA URGENTE, FAVOR ENTRAR EM CONTATO COMIGO AINDA HOJE 03.12.2019 NO E-MAIL: @Hotmail.COM">FRANKLIN7JORGE@Hotmail.COM
Olá, desejo realizar recurso para prova discursiva da PEFORCE realizada pela IDECAN, gostaria de mais informações… Grato desde já