Discursiva Redação TRF3 (Vunesp) 2023: Como será a prova de redação do concurso do TRF3?
A prova discursiva Redação TRF3 (Vunesp) terá um peso muito grande neste concurso para o cargo de Técnico Judiciário – Agente de Polícia Judicial. Se você quer saber todas as dicas para ir bem na prova discursiva Redação TRF3 (Vunesp), veja até o final as dicas que vou passar.
Discursiva Redação TRF3 (Vunesp)
A prova discursiva Redação TRF3 será aplicada no mesmo dia da prova objetiva (08/10/2023), no período da manhã, para o cargo de Técnico Judiciário – Agente de Polícia Judicial.
Segundo o edital, a prova discursiva Redação TRF3, de caráter eliminatório e classificatório, será composta por uma redação e , espera-se que o candidato produza um texto dissertativo-argumentativo (em prosa), coerente, coeso (bem articulado) e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a partir da leitura e compreensão de textos auxiliares, que servem como um referencial para ampliar os argumentos produzidos pelo próprio candidato.
A prova discursiva Redação TRF3 será avaliada conforme os critérios a seguir:
- Tema: avalia-se, neste critério, se o texto do candidato atende ao tema proposto. A fuga completa ao tema proposto é motivo suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota 0 (zero) total.
- Estrutura (gênero/tipo de texto e coerência): consideram-se aqui, conjuntamente, os aspectos referentes ao gênero/tipo de texto proposto e à coerência das ideias. A fuga completa ao gênero/tipo de texto é motivo suficiente para que a redação não seja corrigida em qualquer outro de seus aspectos, recebendo nota 0 (zero) total. Na avaliação do gênero/tipo de texto, observa-se como o candidato sustenta a sua tese, em termos argumentativos, e como essa argumentação está organizada, considerando-se a macroestrutura do texto dissertativo (introdução, desenvolvimento e conclusão). Sabe-se que é comum, em textos dissertativos, a exposição de fatos e opiniões, mas é imprescindível que haja um posicionamento por parte do autor da redação, a partir da defesa (clara) de um ponto de vista. No gênero/tipo de texto, avalia-se também o tipo de interlocução construída: por se tratar de uma dissertação argumentativa, deve-se prezar pela objetividade. Sendo assim, o uso de primeira pessoa do singular e de segunda pessoa (singular e plural) poderá ser penalizado. Além disso, também poderá ser penalizada a referência direta à situação imediata de produção textual (ex.: como afirma o autor do primeiro texto/da coletânea/do texto I; como solicitado nesta prova/proposta de redação), porque é importante que o texto escrito pelo candidato tenha autonomia, isto é, não dependa da consulta (por parte do leitor) da proposta de redação (textos de apoio e frase temática) para ser amplamente compreendido. Na coerência, serão observados o nível de compreensão (por parte do candidato) dos textos de apoio da proposta, o conhecimento de mundo (repertório) do candidato, a pertinência dos argumentos mobilizados para a defesa do ponto de vista adotado e a capacidade do candidato para desenvolver, relacionar e encadear satisfatoriamente as informações e ideias abordadas no texto. Assim, na avaliação deste critério, serão considerados aspectos negativos: a falta de partes da macroestrutura dissertativa, a falta de um posicionamento (por parte do autor da redação) na defesa de um determinado ponto de vista, a falta de autonomia do texto, a presença de contradição entre as ideias, a falta de desenvolvimento dos argumentos e a presença de conclusões não decorrentes do que foi previamente exposto.
- Expressão (coesão e modalidade): consideram-se, neste item, os aspectos referentes à coesão textual e ao domínio da norma-padrão da língua portuguesa. Na coesão, avalia-se a utilização dos recursos coesivos da língua (anáforas, catáforas, substituições, conjunções etc.), de modo a tornar a relação entre palavras, orações, períodos e parágrafos do texto mais clara e precisa. Serão considerados aspectos negativos as quebras entre frases ou parágrafos e o emprego inadequado de recursos coesivos. Na modalidade, serão examinados os aspectos gramaticais, tais como ortografia, acentuação, pontuação, regência, concordância (verbal e nominal) etc., bem como a escolha lexical (precisão vocabular) e o grau de formalidade/informalidade expressa em palavras e expressões.
As propostas de redação da Fundação VUNESP apresentam uma coletânea de textos motivadores que servem como ponto de partida para a reflexão sobre o tema que deverá ser abordado.
Contudo, segundo o edital, as redações compostas, predominantemente, por cópia desses textos motivadores receberão nota zero e redações em que sejam identificados trechos de cópia da coletânea (sem predominância) ou predominância de paráfrase desses textos motivadores (em relação a trechos autorais) terão a nota final diminuída drasticamente.
Segundo o edital, a prova discursiva Redação TRF3 valerá 10 pontos, ou seja, valerá o mesmo quantitativo de pontos que vale a prova objetiva, que também vale 10 pontos.
Lembrando que a discursiva Redação TRF3 deve ser feita apenas com a caneta preta e é vedado o uso de corretor de texto, de caneta marca-texto ou de qualquer outro material que possa identificar a prova, sob pena de atribuição de nota zero à redação.
Posso usar modelos prontos na prova discursiva Redação TRF3?
Esse ponto importante, pois, segundo o edital, serão anuladas as redações em que seja identificada predominância de reprodução de modelos prontos de redação disponibilizados na internet ou em outras fontes.
Ainda segundo o edital, a predominância de reprodução de modelos será identificada por comparação entre modelos disponíveis para consulta em fontes de acesso público, bem como pela comparação entre as redações apresentadas pelos candidatos, quando evidenciada a utilização de um mesmo modelo.
Ademais, também serão penalizadas, com redução de nota nos critérios “Estrutura (gênero/tipo de texto e coerência)” e “Expressão (coesão e modalidade)” redações que, embora não sejam predominantemente copiadas, apresentem trechos reproduzidos de modelos prontos.
Então tome cuidado com modelos prontos, ok?!
Além disso, será atribuída nota 0 (zero) à prova discursiva Redação TRF3 que:
a) fugir ao tema e/ou gênero propostos;
b) apresentar nome, rubrica, assinatura, sinal, iniciais ou marcas que permitam a identificação do candidato;
c) estiver em branco;
d) apresentar textos sob forma não articulada verbalmente (apenas com desenhos, números e/ou palavras soltas);
e) for escrita em outra língua que não a portuguesa;
f) apresentar letra ilegível e/ou incompreensível;
g) apresentar o texto definitivo fora do espaço reservado para tal;
h) apresentar 7 (sete) linhas ou menos (sem contar o título);
i) apresentar menos de 8 (oito) linhas autorais (não copiadas da prova, dos textos de apoio, de modelos prontos de redação ou de outras fontes) contínuas e/ou for composta predominantemente por cópia de trechos da coletânea ou de quaisquer outras partes da prova e/ou por reproduções (plágio) de textos divulgados em mídias digitais (sobretudo internet) ou impressas;
j) for idêntica ou muito semelhante a outra(s) redação(ões) deste Concurso Público ou de outro(s);
k) apresentar formas propositais de anulação, como impropérios, trechos jocosos ou a recusa explícita em cumprir o tema proposto.
Ai fica a dúvida, tem que colocar título ou não na prova discursiva Redação TRF3?
Veja o que o edital do concurso coloca:
Em hipótese alguma o título da redação será considerado na avaliação do texto. Ainda que o título contenha elementos relacionados à abordagem temática, a nota do critério que avalia o tema só será atribuída a partir do que estiver escrito no corpo do texto. Sempre será considerada título a reprodução da frase temática fora do corpo do texto (inclusive quando não houver o espaço de uma linha pulada ou qualquer marca que indique a separação entre a reprodução da frase temática e o que se considera, efetivamente, corpo do texto – esteja essa reprodução nas linhas iniciais ou finais da redação).
Dessa forma, não há qualquer sentido inserir um título na sua redação, pois além de não valer qualquer ponto, ainda será desconsiderado na avaliação.
Logo, você só vai inserir título se o comando da redação determinar expressamente que deve ser inserido um título, ok?!
Mas professor, terei quantas linhas para escrever a discursiva Redação TRF3?
A banca não especificou a quantidade máxima de linhas para a prova discursiva Redação TRF3, mas, por padrão, a banca cobra uma redação de no máximo 30 linhas e o mínimo de 7 linhas (sem contar o título).
Além disso, a banca informa que textos curtos, com 15 (quinze) linhas ou menos, serão penalizados no critério que avalia a expressão. Ademais, redações com 20 (vinte) linhas ou menos não poderão alcançar a nota máxima no critério Expressão (coesão e modalidade).
Professor, preciso inserir proposta de intervenção na prova discursiva Redação TRF3?
Segundo o edital do TRF3, não é necessário elaborar conclusões com proposta de intervenção nas redações do concurso do TRF3, ok?!
Exemplo de Prova Discursiva Redação TRF3
Texto 1
A burocracia diz respeito à forma pela qual são executadas as atividades na administração pública ou particular. De um lado, a crítica negativa que se faz ao termo “burocracia” na atualidade diz respeito ao excesso de formalismo* e de regras que travam e atrasam as ações das instituições. Por outro, reconhece-se que a burocracia é necessária para o bom desempenho da Administração Pública, pois, quanto mais se resguarda por normas de gestão do que é público, mais seguras são as transações. É difícil de se imaginar, por exemplo, a aplicação de verbas do poder executivo sem o amparo de diretrizes técnicas de seu uso.
*Formalismo. 1. […]. 2. Rigor excessivo no cumprimento e cobrança de regras e formalidades. 3. Na Ética, característica própria das doutrinas que consideram a ideia de obediência ao dever como princípio fundamental da moralidade. (Dicionário Aulete)
(Adriano Curado. Burocracia – o que é, história, Max Weber e burocracia no Brasil. https://conhecimentocientifico.r7, 04.07.2019. Adaptado)
Texto 2
O sociólogo alemão Max Weber recomendou a burocracia como o melhor caminho para as grandes organizações manterem a ordem e maximizarem a eficiência. Dentre as vantagens, a estrutura hierárquica assegura que os funcionários tenham tarefas definidas. A “cadeia de comando” clara permite o monitoramento do desempenho da organização. Outra vantagem é a natureza impessoal da burocracia, que é uma característica frequentemente criticada, mas se trata de uma “frieza” necessária. A aplicação de regras impessoais reduz as chances de pessoas receberem tratamento mais favorável do que outras, garantindo a não influência de amizades nas decisões.
No entanto, na prática, as burocracias muitas vezes não conseguem atingir o ideal de serem eficientes. Devido às suas regras rígidas – como o estabelecimento de prazos e a papelada excessiva –, as burocracias são frequentemente lentas para responder a situações inesperadas – como as oscilações do mercado financeiro – ou adaptarem-se às mudanças nas condições sociais. Ademais, os funcionários, quando deixados sem opções para adaptar as regras, podem se tornar indiferentes às necessidades das pessoas que lidam com eles.
(Burocracia: Definição, Exemplos, Prós e Contras. https://escolaeducacao.com.br, 07.03.2019. Adaptado)
Texto 3
Na administração pública, conforme o princípio da legalidade, o agente público somente pode fazer aquilo que está previsto em lei. Considerando esse contexto, em uma pesquisa realizada com servidores públicos de uma Universidade Federal brasileira, perguntou-se sobre as principais reclamações deles sobre o modelo burocrático (por exemplo, morosidade, enrijecimento dos processos) e sobre a necessidade de existência da estrutura burocrática. Um dos entrevistados declarou: “Eu acredito que a burocracia é necessária, porque ela busca um padrão que tenta uniformizar os processos. Mas, é claro, tem que ser revisto até onde ela começa a atrapalhar o foco do serviço, que é o atendimento ao usuário, no caso da gente do serviço público”.
A ideia de flexibilizar processos implica uma suposta contradição entre primar pelo formalismo e identificar situações em que é preciso atenuá-lo e flexibilizar os padrões para atender ao principal objetivo das atividades: o bem-estar do cidadão.
Em geral, a flexibilização é entendida pelos servidores entrevistados como um desvio do “correto”, isto é, do padrão, mas por meio dela se pode criar um novo padrão mais eficiente. A partir da necessidade de um usuário, deve-se perceber a necessidade coletiva e alterar o procedimento à luz da legislação vigente.
(Renata A. de Carvalho. Cultura Organizacional em instituições de ensino superior: do foco no cidadão ao cumprimento das normas.
https://ppgprofiap.ufersa.edu.br. Dissertação de mestrado. Universidade Federal Rural do Semi-Árido, 2019. Adaptado)
Texto 4
A burocracia é vista por muitos como um atraso em diversos procedimentos que, na visão das pessoas, poderiam ser executados rapidamente, sem contar os gastos que ela é capaz de causar. Contudo, muitas vezes, não somos capazes de perceber os pontos positivos que a burocracia traz, pois ela gera processos que instituem ordem na sociedade. Quando se compra uma casa, por exemplo, não se pode simplesmente pagar o valor devido ao proprietário atual e tomar posse do bem. É preciso obedecer a procedimentos específicos – como o registro da escritura em cartório – que irão assegurar a venda do imóvel, garantindo o direito de o novo dono usufruir do bem.
(Débora M. de Freitas. Burocracia: Quais seus pontos positivos e negativos?. https://medium.com, 08.06.2014. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
A burocracia no serviço público: entre a necessidade de normas rígidas e a lentidão dos procedimentos
Obs.: a resolução dessa questão estará disponível no curso!
Em suma, o enunciado é dividido em duas partes: texto motivador e comando da questão.
Texto motivador: Traz, em regra, o assunto, com o objetivo de contextualizar o candidato sobre o tema. Em regra, a banca traz vários textos.
Comando da questão: expõe o tipo textual exigido (dissertativo) e, em regra, apresenta o tema (“A burocracia no serviço público: entre a necessidade de normas rígidas e a lentidão dos procedimentos”).
Com base nessas informações, cabe ao candidato montar uma tese, isto é, criar um ponto de vista a ser defendido acerca do tema e elabora tópicos para respondê-lo.
Quanto aos critérios avaliativos, a VUNESP costuma repetir sempre o mesmo estilo de espelho. O espelho de correção (ou Grade de Avaliação) é dividido em três critérios:
Algumas dicas para conseguir um bom desempenho na prova de Redação da Vunesp:
- Usar as palavras-chaves do tema na hora de definir o seu ponto de vista (tese) e nos argumentos principais (tópicos frasais). Ao fazer isso, você já evita de fugir do tema.
- Não copiar os textos motivadores. Se quiser parafrasear, que seja pouco. O texto deve possuir argumentos próprios (autorais), para conseguir uma boa nota. Redações compostas, predominantemente, por cópia desses textos motivadores receberão nota zero e redações em que sejam identificados trechos de cópia da coletânea (sem predominância) ou predominância de paráfrase desses textos motivadores (em relação a trechos autorais) terão a nota final diminuída drasticamente.
- Dividir o texto em introdução, desenvolvimento e conclusão. Você pode adotar duas estruturas na sua prova: com 3 parágrafos de desenvolvimento ou com dois parágrafos de desenvolvimento:
TEXTO COM 3 PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO
TEXTO COM 2 PARÁGRAFOS DE DESENVOLVIMENTO
- Escrever, necessariamente, mais de 20 linhas, focando em preencher as 30 linhas, afinal, quanto mais argumentos trouxer, melhor. Se escrever 20 linhas ou menos, não ganha a nota máxima no Critério C. Se escrever 7 linhas ou menos, é eliminado, com nota zero.
- Não inserir título, salvo se vier a solicitação expressa no enunciado. O título não servirá para a avaliação, logo, é dispensável.
- Evitar usar modelos curingas. O modelo curinga é apenas uma ferramenta para você aprender a lógica do texto. Depois disso, você deve criar o seu próprio modelo. Serão penalizadas, com redução de nota no critério B, redações que, embora não sejam predominantemente copiadas, apresentem trechos reproduzidos de modelos prontos.
No nosso Curso de Discursiva Redação TRF3 vamos praticar discursivas com os dois formatos.
A nota da prova Prova Discursiva Redação TRF3 será o diferencial na classificação final do concurso, pois vale o 50% da nota final do concurso.
É evidente o peso e a importância da prova dissertativa na nota final, agora, o mais interessante é que a maioria das pessoas não estuda para essa prova. As razões para não estudar são diversas:
- Não sabem como se preparar para escrever um texto;
- Acreditam que já sabem escrever e não precisam treinar;
- Deixam para a última hora e quase sempre não sobra tempo;
- Não sabem que precisam estudar para a prova de redação.
Isso acontece, pois muita gente acha que para ir bem na discursiva basta conhecer o tema. Todavia, se isso fosse verdade, ninguém seria reprovado na prova dissertativa, afinal, só tem a redação corrigida os candidatos que conseguem a maior nota na prova objetiva, isto é, que possuem um bom conhecimento das matérias do edital.
Por isso, além de conhecer o assunto, é preciso saber colocar as ideias no papel. É justamente isso que ensinamos no nosso Curso de Discursiva Redação TRF3.
Tirar uma nota boa na prova dissertativa é o diferencial entre ser convocado ou não! Daí, surge a importância de se preparar bem!
Veja mais dicas no vídeos abaixo para a Discursiva Redação TRF3: