Discursiva TCE BA (FGV) 2023: Como será a prova discursiva do concurso para Auditor?

Professor Bruno Marques

A prova discursiva TCE BA (FGV) será um diferencial neste concurso tão concorrido e desejado.

Se você quer saber todas as dicas para ir bem na prova discursiva TCE BA (FGV) para o cargo de Auditor Estadual de Controle Externo, veja até o final as dicas que vou passar.

Discursiva TCE BA (FGV)

discursiva tce ba

A prova discursiva TCE BA (FGV), bem como as provas objetivas, serão realizadas no município de Salvador – BA, no dia 10 de dezembro de 2023, das 13h às 18h.

A prova objetiva TCE BA (FGV) consistirá em 80 questões de múltipla escolha.

A prova discursiva TCE BA (FGV) valerá 30,00 pontos e será constituída de 2 (duas) questões dissertativas de Conhecimentos Específicos a serem respondidas em até 20 (vinte) linhas cada, valendo 15 (quinze) pontos cada questão.

Serão corrigidas até 8 (oito) vezes o número de vagas, respeitados os empates na última posição, conforme abaixo:

  • Ampla concorrência – 104 correções;
  • Negros – 48 correções; e
  • PCD – 8 correções.

Será considerado aprovado na prova discursiva TCE BA (FGV) o candidato que obtiver nota igual ou superior a 15 (quinze) pontos, numa escala de 0 (zero) a 30 (trinta) pontos na prova.

Quanto aos assuntos que poderão ser cobrados na prova discursiva TCE BA (FGV), o edital prevê as seguintes disciplinas nos conteúdos específicos:

  • Controle Externo;
  • Direito Constitucional;
  • Direito Administrativo;
  • Administração Financeira e Orçamentária;
  • Auditoria Governamental;
  • Contabilidade Aplicada ao Setor Público;
  • Contabilidade Geral e Societária; e
  • Engenharia.

Qualquer uma dessas matérias pode vir na prova discursiva TCE BA (FGV), então, é bem mais complicado adivinhar o tema.

Nesse caso, ver várias provas anteriores e conhecer a técnica do curso é essencial para chegar bem-preparado.

Como a FGV pode cobrar a discursiva TCE BA?

O enunciado de uma questão discursiva da Banca FGV, normalmente, é dividido em três partes: Texto motivador, Comando da questão e Tópicos.

No Texto motivador, a banca contextualiza o assunto que será cobrado. No Comando da questão, pede para você responder a algumas perguntas. Por fim, os tópicos são justamente as perguntas que você deve responder.

Em alguns casos, no entanto, a banca não traz texto motivador ou não apresenta de forma clara os tópicos.

Contudo, analisando o histórico, o perfil da banca em praticamente todas as questões discursivas na prova do TCU de 2022 foi no sentido de ter a questão divida nas três partes: Texto motivador, Comando da questão e Tópicos.

Veja o exemplo de uma questão discursiva de 20 linhas exigida no concurso do TCU em 2022:

discursiva tce ba

O Tribunal de Contas da União apreciou as contas apresentadas por João, ordenador de despesas na autarquia federal XX. Da análise realizada, resultou a constatação de que João causara dano à Administração Pública federal, o que decorreu da ausência de comprovação de parte dos gastos realizados. Com isso, foi apurado a quantum devido aos cofres públicos. Após a conclusão da análise da prestação de contas, constatou-se o decurso de mais de cinco anos desde a ocorrência do dano, daí surgindo dúvidas em relação à possível ocorrência da prescrição, considerando as normas aplicáveis à Fazendo Pública.

Como João estava vinculado a grupos políticos de grande influência em algumas regiões do país, começou a ser cogitada, no âmbito desses grupos, a possibilidade de ser aditado um ato, pelo órgão competente, dispondo que ficariam extintas as consequências da conduta de João, quaisquer que fossem as instâncias de responsabilização.

À luz da narrativa acima, discorra sobre:
a) a aplicação, ou não, das normas afetas à prescrição no caso descrito.
b) a compatibilidade, ou não, com a ordem constitucional, do ato que se pretender editar, incluindo a autoridade que poderia fazê-lo, para que sejam extintas as consequências do ilícito praticado por João.

Então, nesse tipo de prova, basta você responder diretamente ao que foi solicitado nos tópicos, sem se preocupar com introdução nem conclusão.

Esse é um modelo bem interessante de cobrança, pois os tópicos vieram junto do comando da questão.

Então, a primeira tarefa do candidato, antes de começar a responder, é definir quais os tópicos (isto é, o que a banca quer que seja respondido).

Nesse caso, após analisar a questão, temos o seguinte:

Tópico 1: a aplicação, ou não, das normas afetas à prescrição no caso descrito.

Tópico 2: a compatibilidade, ou não, com a ordem constitucional, do ato que se pretender editar, incluindo a autoridade que poderia fazê-lo, para que sejam extintas as consequências do ilícito praticado por João.

Vale ressaltar que, as vezes, a banca é “boazinha” e já traz os tópicos enumerados, o que facilita muito a vida do candidato.

Após definir os tópicos, aí você pode começar a estrutura sua discursiva. A regra geral é montar um parágrafo de desenvolvimento para cada tópico do enunciado. Como na questão há 2 tópicos, o seu texto deverá conter 2 parágrafos de desenvolvimento, sem a necessidade de introdução e conclusão. Assim:

O grande segredo, então, não é só saber o conteúdo, mas sim saber inserir esse conteúdo de forma estratégica.

Para tal, é imperioso saber a técnica para montar um parágrafo de desenvolvimento. É exatamente isso que vamos aprender no nosso curso.

Veja como ficaria o primeiro parágrafo da resolução da discursiva acima:

Não entendeu as cores dos textos? Não se preocupe, no curso eu explico certinho como funciona o sistema de cores. Após aprender você vai querer usar sempre.

Veja outra forma da banca FGV cobrar o discursiva:

A concepção do processo de planejamento orçamentário na Constituição Federal de 1988 (Capítulo II – das Finanças Públicas, seção II – dos Orçamentos, art. 165º a 169º) aponta para a criação de um sistema que integra planejamento, orçamento e gestão e que está expresso na elaboração de três instrumentos legais, quais sejam: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). Em complemento aos dispositivos constitucionais, a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei complementar nº 101 de 04 de maio de 2001) trouxe novas atribuições à LDO e à LOA.

Considerando o sistema orçamentário da União, que envolve a articulação de questões técnicas e políticas, de curto, médio e longo prazo, que devem articular planejamento, execução e ser permeáveis ao controle da sociedade, apresente sua descrição, benefícios e críticas seguindo os pontos a seguir:

1. Apresente cada um dos três instrumentos legais previstos no planejamento orçamentário, especificando, para cada um, seu horizonte temporal e seu objetivo principal.
2. Baseado na articulação dos três instrumentos citados, apresente ao menos um benefício atribuído ao sistema orçamentário.
3. Baseado na articulação dos três instrumentos citados, apresente ao menos uma crítica ao sistema orçamentário da União.

A primeira tarefa do candidato, antes de começar a responder, é encontrar os tópicos (isto é, o que a banca quer que seja respondido). Nesse caso, está fácil, pois a banca já trouxe expressamente os tópicos:

Tópico 1: Apresente cada um dos três instrumentos legais previstos no planejamento orçamentário, especificando, para cada um, seu horizonte temporal e seu objetivo principal.

Tópico 2: Baseado na articulação dos três instrumentos citados, apresente ao menos um benefício atribuído ao sistema orçamentário.

Tópico 3: Baseado na articulação dos três instrumentos citados, apresente ao menos uma crítica ao sistema orçamentário da União.

Vale ressaltar que, nem sempre, a banca é “boazinha”. Algumas vezes, os tópicos vêm junto com o comando da questão, dificultando um pouco a vida do candidato, como na questão anterior.

Professor, se eu souber a matéria, vou tirar a nota máxima?

Não necessariamente. Os candidatos que têm a discursiva corrigida, em sua maioria, possuem um bom conhecimento técnico sobre os temas específicos, pois conquistaram as melhores notas na prova objetiva.

Contudo, nem 10% desses candidatos gabaritam a prova discursiva!

Por quê?

Porque não adianta só saber o conteúdo, é preciso aprender a apresentá-lo para a banca de forma organizada e clara. É justamente essa técnica que eu ensino no meu treinamento de discursiva.

Vale ressaltar que após a atribuição das notas da prova discursiva, a classificação do concurso muda muito. Então, um candidato que foi muito bem na objetiva e mal na discursiva pode ser ultrapassado por um que não foi tão bem na objetiva, mas teve uma excelente nota na discursiva.

A nota da prova discursiva discursiva TCE BA (FGV) será o diferencial na classificação final do concurso.

É evidente o peso e a importância da prova discursiva na nota final, agora, o mais interessante é que a maioria das pessoas não estuda para essa prova. As razões para não estudar são diversas:

  • Não sabem como se preparar para escrever um texto;
  • Acreditam que já sabem escrever e não precisam treinar;
  • Deixam para a última hora e quase sempre não sobra tempo;
  • Não sabem que precisam estudar para a prova discursiva.

Isso acontece, pois muita gente acha que para ir bem na discursiva basta conhecer o tema.

Todavia, se isso fosse verdade, ninguém seria reprovado na prova discursiva, afinal, só tem a discursiva corrigida os candidatos que conseguem a maior nota na prova objetiva, isto é, que possuem um bom conhecimento das matérias do edital.

Por isso, além de conhecer o assunto, é preciso saber colocar as ideias no papel.

É justamente isso que ensinamos nos nossos cursos de discursiva TCE BA (FGV):

Curso de Discursiva TCE BA (pós-edital) FGV – Auditor Estadual de Controle Externo – 6 correções individualizadas (voceconcursado.com.br)

Tirar uma nota boa na prova discursiva é o diferencial entre ser convocado ou não! Daí, surge a importância de se preparar bem!

Veja mais dicas no o que pode ser cobrado na prova discursiva TCE BA (FGV), no vídeo abaixo:

 

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