Carreira de Analista do BACEN: salário, concurso e mais!

O subsídio inicial da Carreira de Analista do Bacen – como é conhecido o Banco Central do Brasil – em 2017, é de R$ 16.933,64. O ingresso no Banco Central é classificado na “Categoria A” e “Padrão I”.

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Meu nome é Aparecido Célio, sou Professor e Coach do Você Concursado e Analista do Bacen. Atualmente, trabalho na área de fiscalização, inspecionando instituições financeiras não bancárias e cooperativas de crédito. Escrevo este artigo para convidar vocês a conhecerem um pouco da minha Carreira de Analista, sobre a qual trago várias informações e curiosidades, pois sei que esse assunto é objeto de questionamentos de muitos que estão estudando para o concurso do Banco Central, como já foi o meu. Além da Carreira de Analista, também há no Banco as carreiras de Técnico e de Procurador.

Os Analistas compõem a maioria dos servidores do Banco Central. De acordo com informações disponibilizadas em seu sítio eletrônico, posição de dezembro de 2016, o Bacen tinha 4.010 servidores, dos quais 3.288 eram Analistas, isto é, 82,0% do total.

Ademais, havia 549 Técnicos (13,7% do total) e 173 Procuradores (4,3% do total).

Inicialmente, destaco que o Banco Central é uma Autarquia Federal responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional, isto é, controlar a inflação e assegurar um sistema financeiro sólido e eficiente.

São também algumas de suas atribuições: controlar o crédito, fiscalizar as instituições financeiras, efetuar as operações de compra e venda de títulos públicos federais, distribuir papel moeda e moeda metálica ao sistema financeiro, controlar a entrada e saída de capitais estrangeiros no Brasil, etc.

Ufa! O Bacen tem muitas responsabilidades e elas são vitais para o desenvolvimento do nosso país. Você pode integrá-lo e contribuir com o País, quer saber como? Então vamos lá!

Como posso me tornar um Analista ou Técnico do Banco Central?

O meio de você ingressar no Banco Central é o concurso público. Normalmente, o Banco lança um mesmo edital para as Carreiras de Analista e Técnico e outro edital distinto para a Carreira de Procurador.

O edital do último concurso para Analista do Bacen (2013) segregou a inscrição em 6 áreas de conhecimento, a saber:

• Área 1 – Análise e Desenvolvimento de Sistemas
• Área 2 – Suporte à Infraestrutura de Tecnologia da Informação
• Área 3 – Política Econômica e Monetária
• Área 4 – Contabilidade e Finanças
• Área 5 – Infraestrutura e Logística
• Área 6 – Gestão e Análise Processual

Já para a carreira de Técnico do Banco Central, o edital segregou a inscrição em 2 áreas:

• Área 1 – Suporte Técnico-Administrativo; e
• Área 2 – Segurança Institucional

Alocação Inicial

Após a aprovação no concurso público, os Analistas e Técnicos são distribuídos nos diversos Departamentos do Banco Central. Não há uma regra única e absoluta que defina, por exemplo, que, se você foi aprovado como Analista na “área X”, trabalhará necessariamente no “Departamento Y”.

Entretanto, uma vez nomeado, existem alguns fatores que serão relevantes para indicar a área que você trabalhará, por exemplo: eventual experiência profissional anterior ao concurso, declaração de 3 áreas preferenciais para trabalhar que você fará num questionário durante o processo de ingresso no Banco, a área de conhecimentos que você escolheu para fazer o concurso do Banco Central e outras informações.

Ademais, posso dizer-lhes que tenho colegas que ingressaram no Banco no “Departamento A” e conseguiram, em curto período de tempo, de acordo com o interesse do Bacen, mudar para o “Departamento B”. Logo, é possível a mobilidade dentro dos Departamentos do Banco Central.

O  concurso para a Carreira  de  Analista  tem  ocorrido  com  frequência e tem sido dividido em áreas. A área que você escolher irá influenciar nas matérias que você deverá estudar para o concurso e na  sua lotação  inicial.

Portanto, a escolha da área que você irá prestar o concurso é muito importante, pois elevará a probabilidade de sucesso no certame e, consequentemente, de você se tornar meu colega de trabalho como Analista ou como Técnico do Banco Central do Brasil.

Formação exigida

Para o ingresso na Carreira de Analista do Banco Central, é exigido diploma devidamente registrado de conclusão de curso de nível superior em qualquer área.

Já para ingressar na Carreira de Técnico, há a exigência de formação apenas em nível médio.

Os interessados em se tornar Procurador do Banco Central devem ser bacharéis em Direito.

Dessa forma, para Analista do Bacen e Procurador, há a necessidade de formação em curso superior; para a Carreira de Técnico, basta o ensino médio.

Remuneração e Progressão na Carreira

Agora chegamos num ponto que interessa a todos: a remuneração! O subsídio inicial da Carreira de Analista do Banco Central, em 2017, é de R$ 16.933,64. O ingresso no Banco Central é classificado na “Categoria A” e “Padrão I”.

A progressão funcional é a passagem do servidor para o “Padrão” de vencimento imediatamente superior dentro da mesma “Classe” da Carreira de Analista do Bacen ou de Técnico.

Todos os servidores da Carreira de Analista e de Técnico do Banco Central do Brasil são avaliados pelos gestores, sendo-lhes atribuído um índice de desempenho, o qual será utilizado para determinar o prazo de progressão.

O prazo para progressão é de aproximadamente 1 ano e meio, podendo ser reduzido para até 1 ano, de acordo com o desempenho do servidor.

Por exemplo: após estudar conosco no “Você Concursado” você ingressará no Banco Central na “Classe A” e “Padrão I”. Se você tiver um bom desempenho, após 1 ano, continuará na “Classe A” e passará para o “Padrão II”. Logo, se você conseguir manter um bom desempenho, poderá ascender de “Padrão” todo ano.

Além da ascensão entre “Padrões”, há também a progressão entre “Classes”, que é a passagem do servidor do último “Padrão” de uma “Classe” para o primeiro “Padrão” da “Classe” imediatamente superior. Por exemplo: imagine que um Analista entrou no Banco Central e teve boa avaliação de desempenho nos 4 anos inicias de trabalho. Após ele completar esses 4 anos, passará da “Classe A” e “Padrão III” para a “Classe B” e “Padrão I”. Entenderam?

Na figura a seguir, observem os quadros de remuneração do Analista e do Técnico do Banco Central válidos para 2017:

Em quais cidades o Banco Central está localizado? Onde pode trabalhar o Analista do Bacen?

O Banco Central do Brasil está presente em 10 cidades distribuídas em todas as Regiões do Brasil. A   sede  da  instituição  fica  em  Brasília,  e  é  nesta  cidade  que  estão  a maioria  dos  servidores.  As  regionais  de  São  Paulo  e  do Rio  de  Janeiro também  possuem  um  grande  número  de  servidores.

Além da capital federal, o Bacen está presente em: Belém (PA), Belo Horizonte (BH), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Mobilidade

A maioria das vagas constantes no edital do concurso para Analista do Bacen são alocadas para Brasília (DF). A capital federal recebe servidores vindos de todas as regionais. Mas não se preocupe se você não conhece Brasília, pois é uma cidade muito bonita e acolhedora!

Brasília tem gente de todos os cantos do país e oferece a oportunidade de conhecer pessoas de todas as Regiões do Brasil, cada qual trazendo seus costumes e sua cultura. Eu vim do interior de São Paulo e afirmo sem medo: pode vir para Brasília que você irá gostar!

Voltemos à questão da mobilidade. O edital do concurso de 2013 trouxe uma novidade: a condição de que o candidato aprovado no concurso de Analista do Bacen deveria permanecer na mesma praça de lotação pelo período mínimo de 3 anos.

Essa mobilidade pode se dar por meio de processos corporativos ou de permuta (troca de praça de lotação entre servidores). Se não é a coisa mais fácil do mundo, também não é a mais difícil.

Existem muitas pessoas  que chegam  à  Brasília  com  o intuito  de  voltar  para suas  cidades ou para  próximo  delas.  Remoções  para  Brasília  e  para São  Paulo  tendem  a  ser  menos complicadas que as outras.

A política de mobilidade do Banco Central visa otimizar o trabalho dos servidores de forma a permitir a alocação das pessoas de acordo com critérios racionais, objetivos e flexíveis, atendendo às necessidades e prioridades do Banco Central, considerando o perfil e as competências do Analista e do Técnico, de modo a adequar as características pessoais e profissionais de cada um às exigências da função no Banco.

Confira aqui nossos cursos focados no Banco Central.

Estrutura Organizacional

A estrutura do Banco Central é dividida em torno de 8 “Diretores”, a saber:

• Diretor de Administração – Dirad;
• Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania – Direc;
• Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos –Direx;
• Diretor de Fiscalização – Difis;
• Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução – Diorf;
• Diretor de Política Econômica – Dipec;
• Diretor de Política Monetária – Dipom; e
• Diretor de Regulação – Dinor.

A cada uma dessas “Diretorias” estão vinculados os Departamentos e as Gerências Administrativas do Banco Central. Ademais, existem alguns poucos Departamentos ligados diretamente à Presidência da instituição.

Não vou entrar em detalhes sobre as atribuições  de  cada  uma  das  “Diretorias”,  pois seus nomes  são auto explicativos.

A autarquia possui mais  de  30  Departamentos que funcionam de formas distintas. Por exemplo: a atividade do Analista do Bacen que trabalha como “Inspetor” na fiscalização direta das instituições financeiras é diferente da atividade de outro Analista que trabalha na gestão de pessoas.

O ambiente de  trabalho é excelente, pois há muito respeito e consideração entre os servidores. Existem trabalhos mais interessantes, outros mais burocráticos, mas isso depende da preferência e do ponto de vista de cada um.

Em algumas atividades, há a necessidade do trabalho começar em horário diferenciado, por exemplo: tem equipes que começam a labuta às 6 horas da manhã. Nesses casos, os servidores fazem um horário distinto do oficial (das 9h às 18h:30). Os servidores do Banco Central  possuem  um  plano  de  saúde  interno  que eu o reputo como  satisfatório. Esse plano tem  convênio com bons hospitais, possui tratamento odontológico, exames médicos,  etc.

Existem  funções comissionadas que são dadas por merecimento. Essas funções são atribuídas aos colegas com mais tempo de Banco, mais dedicados, que conhecem  melhor  o  trabalho, etc.

Ações Educacionais

O Banco Central capacita seus servidores por meio de sua Universidade Corporativa, a “UniBacen”. A referida Universidade faz a gestão de várias ações educacionais distribuídas principalmente em cursos presenciais, no Brasil e no exterior. Destaco também as bolsas de idiomas que o Banco Central oferece aos servidores.

Outra oportunidade ofertada aos Analistas e Técnicos é a licença capacitação para os servidores que possuem 5 anos de serviço público. A licença pode ser dividida em parcelas de 30 dias.

O Analista do Bacen deve comprovar a realização da atividade educacional. Entretanto, a pessoa não poderá se desligar do Governo Federal  por  prazo  idêntico  àquele  que  esteve  de  licença.  Caso  isso ocorra,  a  totalidade  dos  salários  recebidos  deverá compor a indenização a ser paga pelo servidor ao Banco Central.

Pessoal, era isso. Espero que vocês tenham gostado e que as informações e curiosidades que descrevi tenham sanado algumas de suas dúvidas.

Aproveite e confira um excelente artigo que vai ajudar na hora de memorizar o conteúdo que você estuda..

Se você tiver outra dúvida ou curiosidade, pode postar aqui que eu respondo. Caso tenha gostado deste artigo, compartilhe com seus amigos.

Forte abraço a todos e bons estudos!