Identificação: Paciente do sexo feminino com 26 anos de idade, solteira, parda, católica, trabalha como agente de saúde.
História da doença atual: Cinco dias anteriores à admissão no hospital, a paciente passou a apresentar artralgia nos cotovelos e punhos, nas articulações interfalangeanas, nos joelhos e tornozelos e, um dia antes, notou aparecimento de artrite nessas articulações. Além disso, apresentou febre alta (40 ºC). Não relatou uso de medicações para tratar as artralgias.
Antecedentes: Referiu ter tido, quando criança, febre reumática e não ter feito qualquer tipo de tratamento. Disse ser hipertensa. Sente dor precordial com queimação esporádica relacionada a esforços físicos, com duração de cerca de dez minutos e sem irradiação e sintomas associados. Está usando hidroclorotiazida e propanolol e vinha sendo acompanhada regularmente no serviço de cardiologia. Relatou internamento por pielonefrite quatro anos antes. A paciente foi adotada, tendo sua mãe falecido há cerca de dois anos. Desde então, assumiu todas as tarefas domésticas, a responsabilidade pelos irmãos, tendo os atritos com o pai, etilista, se tornado bastante freqüentes. Após esses episódios, passou a apresentar labilidade emocional e tristeza intensa. Procurou um psiquiatra, que diagnosticou depressão e indicou o uso de amitriptilina. A paciente fez uso da medicação por curto período, tendo abandonado o tratamento poucos meses depois de iniciado.
Exame da paciente: Bom estado geral, normotensa, pulso com 80 batimentos por minuto, presença de edema nos tornozelos, calor, rubor e edema no joelho esquerdo, com enfisema subcutâneo. Ausência de focos dentários de infecção. Sempre que se referia à mãe ou à própria vida, apresentava crises de choro.
Exames complementares: Hemoculturas e urinoculturas negativas para germes piogênicos e anaeróbios. VHS 8 mm. Hemograma com 10.540 leucócitos/mm3, sem desvio à esquerda. Fator reumatóide e fator antinúcleo negativos. Transaminases e bioquímica e funções tireoidiana e renais normais. Eletrocardiograma normal e teste ergométrico negativo.
Enfisema subcutâneo aos raios X nos tornozelos e joelhos, no cotovelo e no punho esquerdos, confirmado pela ultra-sonografia, que mostrava também ausência de derrame articular.
Ecocardiograma, ultra-som abdominal e pélvico, colonoscopia e cintilografia óssea normais.
Endoscopia digestiva alta com discreto processo inflamatório no terço médio do esôfago com exsudato superficial em pseudomembrana – biópsia revelou esofagite discreta.
A paciente, com uma seringa descartável, injetava ar em diversas regiões do corpo, o que levava a quadros de artrite e enfisema subcutâneo.
literatura. In: Revista Brasileira de Psiquiatria, jun./2002, p. 83-5 com adaptações).
- alterações mórbidas;
- classificação da incapacidade laborativa;
- repercussão que o quadro clínico apresenta para o desempenho das atividades laborativas.
Ops! Esta questão ainda não tem padrão de resposta.
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em texto.
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em vídeo.
Questões Relacionadas
Exposição curta também prejudica
Estudo mostra que respirar partículas tóxicas por dias ou mesmo horas também impacta negativamente a saúde, registrando-se mais de 1 milhão de mortes precoces atribuídas à poluição aguda do ar.
Correio Braziliense, 6/3/2024 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto precedente tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito das pneumoconioses relacionadas ao trabalho. Ao elaborar seu texto, atenda ao que se pede a seguir.
1 Defina pneumoconioses. [valor: 2,00 pontos]
2 Apresente dois exemplos dessas patologias e seus respectivos agentes causadores relacionados ao trabalho. [valor: 2,50 pontos]
3 Aponte as duas principais…
Um paciente de 43 anos de idade, sem comorbidades, alergias ou tratamentos no último ano, apresenta quadro de adinamia, anorexia, picos febris (até 38,5 °C), tosse produtiva com escarro purulento e cansaço aos esforços há dois dias. No exame físico, encontrava-se febril, acianótico, com frequência cardíaca de 108 bpm, frequência respiratória de 21 irpm, saturação de oxigênio em ar ambiente de 95% e pressão arterial de 126 mmHg × 78 mmHg. A ausculta pulmonar revelou estertores crepitantes em terço inferior do pulmão direito. O restante do exame físico não revelou alterações significativas. Os resultados de hemograma realizado indicaram 13.000 leucócitos, sem desvio à esquerda, ureia de 36 mg/…
Uma servidora de 40 anos de idade, consultora jurídica há 10 anos em instituição pública, apresentou atestado médico para afastamento do trabalho por noventa dias. No atestado, emitido por médico-assistente, psiquiatra, constava o diagnóstico de síndrome de burnout.
Por ocasião da perícia médica para a homologação de licença para tratamento da própria saúde, a referida servidora relatou ao médico do trabalho que o novo gestor do setor onde ela estava lotada exigia elevada produtividade, utilizando como parâmetro a produtividade dele mesmo. A servidora mencionou, ainda, que outras servidoras do setor também demonstravam dificuldade no desempenho de suas atividades e, quando não alcançavam a m…



