Delinear corretamente os limites das espécies é crucial para a descoberta da diversidade da vida porque determina se diferentes organismos individuais são ou não membros da mesma entidade. A lacuna na comunicação entre as diferentes disciplinas atualmente envolvidas na delimitação de espécies é um problema importante e negligenciado na chamada “crise da taxonomia”. Para resolver este problema, sugere-se que a taxonomia se torne integrativa, e essa integração é vista como o verdadeiro desafio para o futuro da taxonomia. A “taxonomia integrativa” é definida como a ciência que visa delimitar as unidades da diversidade da vida a partir de perspectivas múltiplas e complementares (filogeografia, morfologia comparativa, genética populacional, ecologia, desenvolvimento, comportamento etc.). Alguns pesquisadores já colaboraram e adotaram com sucesso uma abordagem integrativa à taxonomia. No entanto, agora é hora de toda a disciplina evoluir. É necessária uma mudança radical de mentalidade em relação à criação de nomes para conseguir essa integração e evitar que se agrave a superabundância tanto de sinônimos quanto de nomes de aplicação duvidosa. A taxonomia integrativa dá prioridade ao delineamento das espécies em vez da criação de novos nomes de espécies. Além disso, enfatiza-se que a descrição da diversidade morfológica, referida como “morfodiversidade”, não requer a nomeação de nenhum conjunto único de espécimes. Sete diretrizes são propostas para ajudar os taxonomistas integrativos a reconhecer casos em que espécies são suportadas por amplas evidências biológicas e, portanto, merecem um nome oficial.
Benoït Dayrat. Towards Integrative Taxonomy, 2005 (traduzido).
No artigo do qual foi extraído o fragmento de texto acima, seu autor propõe uma “evolução” na taxonomia a partir da integração de múltiplas perspectivas complementares na delimitação das unidades da diversidade da vida. Atualmente, muitos trabalhos taxonômicos em ictiologia vêm-se propondo a utilizar a perspectiva da chamada taxonomia integrativa na delimitação de espécies de peixes. A partir dessas informações e do fragmento de texto acima, elabore um texto que atenda ao que se pede a seguir.
1 Apresente o importante problema apontado pelo autor naquilo que ele chama de “crise da taxonomia”, que, segundo ele, justificaria a transformação da taxonomia em uma ciência mais integrativa.
2 Explique de que forma tal problema apontado poderia resultar em uma superabundância de sinônimos e nomes de difícil aplicação.
3 Indique o princípio mencionado pelo autor que norteia as sete diretrizes consideradas auxiliares para reconhecer casos em que espécies mereceriam, na perspectiva proposta por ele, receber um nome oficial.
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Em face das informações apresentadas, indique as posições em que a cabeça de um inseto pode estar em relação ao eixo principal do corpo. Nomeie, descreva e exemplifique essas posições.
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