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Órgão
Ano
Nível de escolaridade
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Q94399 | Português
Banca: Cebraspe (Cespe)Ver cursos
Ano: 2018
Órgao: STM - Superior Tribunal Militar

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Como fui professor a vida inteira, fui também, sem querer, um revisor — entre outras anotações, era isso que eu também fazia ao corrigir redações: revisão de texto, trocando esses por zês e vice-versa. Mas a língua é bicho indócil, seja falada, seja escrita, e o espectro de possibilidades é infinito. Começa da certeza absoluta — a ortografia, como grafar as palavras, uma área definida por lei — e vai até uma grande zona mais cinzenta e esotérica, capaz de provocar discussões metafísicas, no bar e na escola, as quais podem incluir colocação de pronomes (ele me tinha dito versus ele tinha me dito), aspectos de concordância (ouviu-se as vozes da rua versus ouviram-se as vozes da rua.) e o gigantesco banhado da regência (vou no cinema versus vou ao cinema; lembro o horror ou lembro do horror? E, falar nisso, nesse ou neste texto?). Conversando, ninguém nota nada; por escrito, o revisor é sempre um homicida sádico — Arrrá! Peguei no pulo! — e a caneta vermelha jorra sangue no A gente conversou bastante, e decidimos aprovar… como assim? “A gente decidimos?!” Ah, mas tem um “nós” oculto no segundo verbo! E então? Não decidiram ainda!
Cristovão Tezza. A vingança dos revizores
. In: A máquina de caminhar. São Paulo: Record, 2016, p. 99-100 (com adaptações).
O revisor, além de gostar de ler — ler muito, ler sempre! —, precisa ter um carinho especial pela linguagem como um todo. Não só gramática normativa, não só linguagem informal. O revisor — assim como o professor de português — precisa ter a habilidade de ser um “camaleão linguístico”, expressão que ouvimos bastante na faculdade de Letras.
Para ser um camaleão linguístico, o revisor deve estar sempre atento ao uso que as “pessoas comuns” fazem da linguagem, desde o advogado em seu juridiquês até o mais simples dos humanos com sua respectiva variante regional.
Carolina Machado. Manual de sobrevivência do revisor iniciante.
Porto Alegre: Edição da Autora, 2016, p. 7. Internet: <http://revisaoparaque.com> (com adaptações).
A revisão é uma atividade complexa que pressupõe não apenas o conhecimento da língua, mas também de práticas socio verbais em diversas esferas da vida humana, considerando-se as transformações pelas quais passam a sociedade e a linguagem no mundo contemporâneo. Com efeito, esse mundo exige uma redefinição qualitativa do papel do revisor, não podendo esse profissional se restringir aos mesmos procedimentos e às mesmas concepções de revisão de épocas anteriores.
Risoleide Rosa Freire de Oliveira.
Revisão de textos: da prática à teoria. Natal: EDUFRN, 2016, p. 144-5 (com adaptações).
Condições de produção são as características básicas do contexto interlocutivo acionadas pelos sujeitos, de forma consciente ou inconsciente, no decorrer do processo de elaboração do texto oral ou escrito. De forma geral, as condições às quais o produtor de textos precisa atender situam-se em um determinado tempo, espaço e cultura, e estão, em primeira instância, relacionadas aos seguintes aspectos: conteúdo temático, interlocutor visado, objetivo a ser alcançado, gênero textual, suporte e, até mesmo, tom.
Beth Marcuschi. Condições de produção do texto. Glossário
CEALE – Termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores. Internet: <http://ceale.fae.ufmg.br> (com adaptações).
Considerando que os fragmentos de texto acima têm caráter unicamente motivador, discorra sobre a prática da revisão de texto ante as variedades linguísticas [valor: 19,00 pontos] e as condições de produção do texto [valor: 19,00 pontos].

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1) Apenas um exemplo. O conteúdo real é bem diferente. O tipo de auditoria mais apropriado para o caso é a auditoria de regularidade ou de conformidade. No que tange ao objeto auditado, pode-se extrair dois tipos principais de auditoria: a auditoria de regularidade (ou conformidade) e a auditoria operacional (ou de desempenho). Segundo a Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores – INTOSAI, a Auditoria de regularidade (regularity audit) compreende Auditoria financeira, Auditoria de controles internos e Auditoria da legalidade de atos administrativos. Já a auditoria operacional, por sua vez, tem um foco mais voltado para a gestão. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TC, a auditoria operacional é o processo de coleta e análise sistemáticas de informações sobre características, processos e resultados de um programa, atividade ou organização, com base em critérios fundamentados, com o objetivo de aferir o desempenho da gestão governamental. Tópico 2: Três procedimentos de auditoria que deverão ser adotados. Justifique-os. Há uma série de procedimentos de que podem ser adotados no processo de fiscalização e auditoria, que podem ser citadas na resposta. 1) Avaliação do Sistema de Controle Interno: avaliação dos controles que auxiliam a entidade a cumprir as leis, as normas e os regulamentos; 2) Circularização (Confirmação Externa): confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; 3) Exame e comparação de livros e registos: o confronto, o contejamento e a comparação de registros e documentos, para a comprovação da validade e autenticidade do universo, população ou amostra examinada; 4) Exame e comprovação documental: consistem em apurar, demonstrar, corroborar e concorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível, a validade e autenticidade de uma situação, documento ou atributo ou responsabilidade do universo auditado, através de provas obtidas em documentos integrantes dos processos administrativo, orçamentário, financeiro, contábil, operacional, patrimonial, ou gerencial do ente público no curso normal da sua atividade e dos quais o profissional de auditoria governamental se vale para evidenciar suas constatações, conclusões e recomendações.

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