“Apelidada de COP da Amazônia, a presidência brasileira concentrou seus esforços na criação de um “Fundo Floresta Tropical para Sempre”, uma iniciativa que visa alterar o cálculo econômico do desmatamento. O Brasil frequentemente se posicionou como líder em políticas ambientais e climáticas, mas sua relação com a paz e a segurança tem sido delicada em alguns momentos, com tensões em torno da securitização ligadas a temores de interferência externa na gestão de seus recursos naturais. Com a aproximação da COP30, Lula tem se manifestado veementemente contra a crescente militarização. Na Cúpula de Líderes da COP30, na semana passada, ele argumentou que: “…gastar o dobro em armamentos do que em ações climáticas está pavimentando o caminho para o apocalipse climático”, acrescentando que: “não haverá segurança energética em um mundo em guerra”. Articular a ligação entre o aumento dos gastos militares e a redução do financiamento para o clima e o desenvolvimento se encaixa bem com o papel frequentemente reivindicado pelo Brasil como líder do Sul Global, mas resta saber como isso se refletirá nas atividades da presidência na COP30”.
(Fonte: “COP30: What to expect on conflict, climate and militarism”
<https://ceobs.org/cop30-what-to-expect-on-conflict-climate-and-militarism> – 10 de novembro de 2025)
Conforme o artigo, a COP‑30 ocorre em cenário de conflito armado e aumento dos gastos militares e de frustração com o cumprimento das metas do Acordo de Paris. O texto alerta para a lacuna das emissões militares, ou seja, o déficit de transparência e reporte das emissões do setor militar ao United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC).
Essa interseção entre clima, conflito e militarismo implica desafios para os regimes de governança global e para a segurança internacional.
Diante disso, o Brasil assume papel relevante ao sediar a COP30, com debates sobre floresta amazônica, soberania, segurança ambiental e militarização, inserindo-se num tabuleiro em que o clima e a defesa se entrelaçam de modo cada vez mais estratégico.
Com base no texto motivador e em seus conhecimentos, responda de forma fundamentada:
- Analise como o entrelaçamento entre mudanças climáticas, militarismo e conflitos implica um redesenho do paradigma da segurança internacional.
- Discuta o papel que um país-anfitrião da COP-30, como o Brasil, pode exercer no plano global para integrar as agendas de clima, segurança e defesa, e quais instrumentos estratégicos devem compor essa atuação.
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