Texto 1
98,8% dos brasileiros com 10 anos ou mais de idade acessam a rede por meio do telefone. Esse dado e outras constatações, como o aumento da população idosa em contato com a internet, fazem parte de um suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que 88% da população com 10 anos ou mais de idade acessaram a internet em 2023. São 164,5 milhões de pessoas. Entre as pessoas com mais de 60 anos, a proporção de quem usava a internet em 2023 ficou em 66% (22,5 milhões).
No entanto, esse grupo é o que mais cresce. De acordo com o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto Fontes, esse crescimento do uso da internet entre pessoas idosas impressiona. “No período curto de 2019 a 2023, houve um aumento muito grande no uso da internet por idosos. Isso pode estar relacionado com a disseminação do uso da internet no cotidiano da sociedade e a facilitação do acesso à internet por vários meios”, afirma Fontes.
(Bruno de Freitas Moura. Uso de internet no país cresce mais entre idosos, mostra IBGE. https://agenciabrasil.ebc.com.br. 16.08.2024. Adaptado)
Texto 2
Na casa da família de Ester, no interior de São Paulo, o wi-fi está desligado. Ela e os irmãos têm evitado mexer no celular quando estão reunidos. A decisão é uma tentativa de trazer a mãe, de 74 anos, “de volta à vida real”. “Ela está muito viciada: leva o celular para o banheiro, dorme com o celular embaixo do travesseiro, não interage e não deixa a gente chegar perto do telefone dela. Parece uma criança”, diz Ester.
O caso ilustra um fenômeno que tem aparecido em pesquisas recentes sobre danos causados pelo vício em celular – a chamada “nomofobia”, expressão que vem do inglês “no mobile” (“sem celular”, em português). Ela não é considerada uma doença, mas um conjunto de sintomas exacerbados na relação não saudável com os aparelhos eletrônicos. O medo de ficar sem celular pode deixar uma pessoa tão nervosa que ela pode suar demais ou ter taquicardia.
O uso excessivo de redes sociais é relacionado a uma piora da saúde mental, com sintomas de estresse, depressão e ansiedade, segundo um estudo realizado pela terapeuta ocupacional Renata Maria Santos na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A principal surpresa para a pesquisadora, que acompanha pacientes no Hospital das Clínicas da UFMG, foi o impacto em pessoas idosas. “A gente encontrou pessoas tão apegadas às redes sociais a ponto de desenvolver essa ansiedade generalizada de ficar desconectado, a nomofobia”, diz Santos.
(Vitor Tavares. Os idosos viciados em redes sociais: “Desligamos o wi-fi da minha mãe”. www.bbc.com. 23.12.2024. Adaptado)
Texto 3
Foi-se o tempo em que os hobbies preferidos da terceira idade eram tricotar, bordar e jogar cartas. A expansão da era digital tornou o uso da tecnologia cada vez mais indispensável e abriu um leque de novas possibilidades, e proporcionou a inclusão da população idosa nas redes sociais. Cada vez mais pessoas acima de 60 anos se conectam e vivenciam experiências no ambiente virtual. Essa constatação é ponto de partida para um estudo, que busca analisar princípios para a utilização das mídias sociais como ferramenta de inclusão. Por meio das mídias sociais é possível produzir a inclusão social das pessoas idosas, público que vem aprendendo a usar recursos como mensagens de texto, chamadas por vídeo e interações em redes sociais, que os aproximam de amigos e familiares. Os pesquisadores perceberam que as mídias sociais são como um exercício de memória, que aumenta a autoestima.
As pessoas idosas estão se sentindo mais competentes, com mais vontade de se envolver em atividades, e passando a ter um forte senso de identidade social, o que resulta em melhora na sua capacidade cognitiva. A internet não se apresenta apenas como uma ferramenta voltada para o lazer, mas também para aprendizados e inserção social.
(Ana Oliveira. Idosos estão cada vez mais conectados, e isso é bom para sua saúde. www.uninter.com. 17.07.2020. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
O uso da internet pela população idosa: entre o vício e a inclusão social
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