Maria tem 94 anos de idade e reside sozinha em uma cidade do interior distante 493 km da capital de seu estado. Não há familiares residentes na sua cidade. Ela tem três netos: um reside na capital do estado, um fora do estado e outro no exterior. Maria é aposentada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e recebe benefício de um salário mínimo. Ela necessita de cuidados qualificados, dada sua idade avançada e suas condições de saúde. Diante dessa situação, a família optou por levar Maria para a capital, onde reside um dos seus três netos, filhos de seu único filho, já falecido. Embora o neto de Maria residente na capital tivesse disponibilidade afetiva para a efetivação de vínculo e a garantia do direito à convivência familiar, sua renda, oriunda de atividades informais na construção, é instável e mínima para o atendimento de suas necessidades cotidianas de alimentação, saúde, moradia, transporte e outros gastos.
Em decorrência da incompatibilidade da renda per capita da família para custear serviço de cuidadores para Maria, e com o intuito de garantir-lhe acompanhamento e cuidados protetivos, a família optou, então, por colocá-la uma instituição de longa permanência (ILPI) pública, tendo solicitado atendimento junto ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do município da capital, no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), para a realização do Cadastro Único e para a avaliação socioeconômica da família. Após a realização da visita domiciliar, a assistente social comunicou verbalmente à família que Maria não era elegível à política de assistência social, bem como que ela não teria direito a uma vaga em uma ILPI. A assistente social se absteve de elaborar relatório ou emitir parecer sobre o estudo social de Maria.
Considerando essa situação hipotética, redija um texto dissertativo, embasado na legislação pertinente e nos princípios da ética profissional, indicando se houve violação de direitos da pessoa idosa no âmbito da Política de Assistência Social e apontando o tipo de violação ocorrida [valor: 3,50 pontos], o responsável pela violação [valor: 3,00 pontos] e eventuais penalidades a que o responsável está sujeito [valor: 3,00 pontos].
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Confira nossos planos especiais de assinatura e desbloqueie agora!
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em texto.
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em vídeo.
Questões Relacionadas
Lana, assistente social que trabalha na Vara da Infância e da Juventude, foi demandada para emitir um laudo e um parecer social sobre a situação Luigi e Rafael, um casal homoafetivo estrangeiro, ambos com 35 anos de idade, residentes na Itália, com trabalho e residência fixa, e que já estavam cadastrados no Cadastro Nacional de Adoção. Eles desejam adotar um casal de irmãos, de 4 e 6 anos de idade, que se encontram em abrigo institucional e que também constam do Cadastro Nacional de Adoção.
Considerando que o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) — cujos maiores beneficiários são as crianças e os adolescentes em acolhimento familiar e institucional, os quais aguardam o retorno à fa…
Se há questionamentos à defesa que é feita dos direitos sexuais e da livre expressão da identidade de gênero, há também a reafirmação desses mesmos direitos, que se fortalecem nas lutas e resistências. Nesse sentido, com a temática da transexualidade na perspectiva dos direitos, pretendese reafirmar o compromisso ético-político contra todas as formas de violência, expressas no racismo, na homofobia, na lesbofobia, na transfobia.
Seminário Nacional de Serviço Social e Diversidade Trans:
exercício profissional, orientação sexual e identidade de gênero em debate.
Brasília: CFESS, 2020, p. 10-11 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto acima tem caráter unicamente motivador, redij…
Para o serviço social, a última década do século XX, bem como as duas primeiras do século XXI, constituem, com particularidades, um cenário de afronta ao seu projeto profissional, com implicações factuais para as suas dimensões ideológica, formativa e interventiva, em que chamamos atenção para as investidas do capital, com a anuência do Estado em estabelecer novos pactos e parâmetros para o atendimento das necessidades sociais – sem romper com a lógica da acumulação e da racionalidade do lucro.
Ana Elizabete Mota. Questão Social e Serviço Social: um debate necessário. In: O mito da assistência social: ensaios sobre
Estado, política social e sociedade. 4.ª ed. São Paulo: Cortez, 2010 (c…



