Motivado pela leitura dos textos seguintes, sem, contudo, copiá-los ou parafraseá-los, redija um TEXTO DISSERTATIVO com, no mínimo, 20 e, no máximo, 25 linhas, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O PAPEL DA MÍDIA NA FORMAÇÃO DA IMAGEM DA POLÍCIA MILITAR.
Texto 1
Relação entre mídia e polícia
Frequentemente podemos ver a atuação dos policiais sendo veiculada pela mídia, ora mostrando ações de combate ao crime – colocando-os no lugar de heróis – ora mostrando-os como vilões, que se corrompem ou matam inocentes. O trabalho policial ocupa, portanto, um território de controvérsias, no qual se engendra uma realidade ainda pouco conhecida pela sociedade: a do policial trabalhador, cuja função é conter a violência, mas que, ao mesmo tempo, corre o risco de reproduzi-la e/ou de ser vítima
dela.
Pensando o ofício policial a partir dessa perspectiva, não é difícil deduzir que se trata de uma categoria profissional bastante vulnerável à produção de sofrimento psíquico, uma vez que o exercício do trabalho é marcado por um cotidiano em que a tensão e os perigos estão sempre presentes.
SPODE, Beatriz Charlotte & MERLO, Álvaro Roberto Crespo. Trabalho Policial e Saúde Mental: Uma Pesquisa junto aos Capitães da Polícia Militar. Disponível em www.scielo.br.
Texto 2
Viomundo: Como é nos bastidores a relação entre a polícia e jornalistas, especificamente em São Paulo?
A relação é determinada pela proximidade que o jornalista tem com a Polícia. Para explicar esta proximidade é necessário classificar os profissionais em três grupos: os jornalistas, os jornalistas amigos da Polícia e os para-jornalistas.
Os jornalistas mantêm relação de respeito com as fontes policiais, porém são vistos com desconfiança pela cúpula da Polícia e pelo setor de comunicação social da Secretaria da Segurança, que os trata como profissionais hostis, isso quando não são tratados como inimigos. Cobrem com isenção os acertos e os erros dos policiais, executam o princípio básico do jornalismo, que é mostrar todos os lados de uma história, e isso implica em muitas vezes desagradar a Polícia. denunciam casos de corrupção e violência policial, dão espaço para os acusados. e isso costuma ser desgastante para a imagem da corporação. O trabalho fica mais difícil, porque as portas se fecham, infelizmente são poucos no mercado, mas mesmo assim conseguem manter boa relação com fontes e com a própria Polícia, porque, na cultura policial, eles respeitam quem tem coragem e desprezam covardes e bajuladores.
AZENHA, Luiz Carlos. Repórter joga luz nos bastidores da relação entre mídia e polícia. Viomundo. Disponível em www.viomundo.com.br. Acesso em: 18 nov. 2011. Adaptado.
Texto 3
Direitos humanos para os policiais militares
[…]
O policial se vê desmotivado e à mercê dos jugos da sociedade. A mesma sociedade que aplaude é a mesma que joga pedras, sem pensar duas vezes. Diante desse famigerado quadro, caótico e triste, no qual trabalham os profissionais de segurança pública, se faz importante a criação de meios que permitam um mínimo de proteção a esses valorosos servidores que arriscam suas vidas para salvar a dos outros.
A Comissão de Direitos Humanos para o profissional de Segurança Pública. uma ideia minha antiga dentro do CSCS – Centro Social dos Cabos e Soldados-, finalmente saiu do papel, para glória de todos.
Esperamos que a Comissão de Direitos Humanos para os Militares seja eficaz e participativa no cenário social, defendendo as ações legítimas dos policiais, uma vez que o serviço policial é muito complexo, e muita vez mal compreendido ou interpretado pela sociedade, seja através da mídia, seja por preconceitos arraigados na mente das pessoas.
[…]
Em síntese, a sociedade está evoluindo a passos longos, e como parte integrante dessa sociedade, os direitos dos cidadãos que escolhem como profissão proteger os outros cidadãos, ingressando na polícia, devem ser respeitados. Só assim poderemos falar de dias melhores.
DIAS, Cassimiro Cláudio. Direitos Humanos para os policiais militares. Universo Policial, 01 /07 /2011. Adaptado.