Um paciente de 45 anos de idade procurou a emergência de um hospital, à noite, devido ao aparecimento súbito de dor facial à direita, de grande intensidade, que já durava quase duas horas e com pouca resposta a analgésicos. Refere episódios recorrentes de dor, porém com duração média de 30 minutos, que vêm piorando no último ano. Apesar de períodos de pausa, ficando assintomático por meses, durante a crise álgica, a mesma é intensa, contínua, não latejante, desenvolvendo-se de forma crescente em pontada, comprometendo a região frontal, têmpora e, principalmente, olho direito, repetindo-se diariamente e habitualmente à noite, no mesmo horário. Fez uso de vários tipos de analgésicos sem melhora e estava para se internar para “fazer uma injeção no nervo”. Lembrou-se de que acordou várias vezes com a dor e, durante a crise, a hemiface direita ficava avermelhada, assim como o olho direito, que era acompanhado de congestão e lacrimejamento. Não relata história familiar semelhante. O exame neurológico era normal, inclusive o exame de fundo de olho.
Diante desse quadro, responda aos itens a seguir:
a) qual o diagnóstico clínico? (5 pontos)
b) cite duas doenças para o diagnóstico diferencial. (5 pontos)
c) descreva a conduta terapêutica a ser realizada, justificando-a. (5 pontos)
d) Para compreensão das cefaleias há necessidade de se conhecer as estruturas cranianas sensíveis à dor. Enumere três estruturas cranianas responsáveis pela mesma. (5 pontos)