A UNESCO define como ‘analfabeto funcional’ toda pessoa que sabe escrever seu próprio nome, que lê, escreve frases simples e sabe fazer cálculos básicos, contudo, é incapaz de usar a leitura e a escrita em atividades rotineiras do dia a dia, impossibilitando seu desenvolvimento pessoal, profissional e o acesso ao mercado globalizado de trabalho. […]. O analfabeto funcional não consegue interpretar o sentido das palavras, expressar por escrito suas ideias, nem realizar operações matemáticas mais elaboradas.
WERTHEIN. J. UNESCO: Analfabetismo funcional. http://jorgewerthein.blogspot.com.br/
Em 2012, o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa divulgaram o Indicador de Analfabetismo Funcional (INAF) entre estudantes universitários do Brasil e este chega a 38%. […] Em alguns países desenvolvidos esse índice é inferior a 10%, como na Suécia, por exemplo.
Para a construção do Índice de Letramento Científico (ILC), foram aplicados questionários a 2002 pessoas entre 15 e 40 anos, com ao menos quatro anos do ensino fundamental completos, em oito capitais estaduais e no Distrito Federal. O questionário buscou avaliar a capacidade dos entrevistados de identificar simples informações explícitas em texto, tabela ou gráfico (como consumo de energia ou dosagem em bula de remédio), de comparar informações simples para tomar decisões; de empregar informações não explícitas para resolver problemas práticos e processos do cotidiano e, ainda, de propor e analisar hipóteses sobre fenômenos complexos, mesmo não diretamente ligados ao seu dia a dia. A partir das respostas, os participantes foram classificados por nível de letramento: ausente, elementar, básico e proficiente.
Resultados preocupantes: De forma geral, 79% dos participantes ficaram na zona intermediária (48% no nível 2 e 31% no nível 3), enquanto 16% apresentaram letramento ausente (nível 1) e apenas 5% do total se mostraram de fato proficientes em ciência. O índice torna clara a dificuldade de grande parte dos entrevistados em realizar tarefas simples: 43% deles declararam ter problemas para compreender gráficos e tabelas, enquanto 48% acham difícil interpretar rótulos de alimentos. Entre aqueles com ILC elementar (mais comum), 58% tem problemas, por exemplo, para consultar dados sobre saúde e medicamentos na internet.
GARCIA, M. Ciência Hoje On-line. http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2014/08/brasileiro-analfabeto-
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