“…Ao assumir a Pasta das Relações Exteriores, defrontei-me imediatamente com o grave obstáculo do problema do colonialismo português. Em exposição de motivos ao Presidente Médici, em dezembro de 1971, expus, formalmente, uma nova linha de política externa.
Dizia eu na exposição: País atlântico, o Brasil tenderá, num futuro que se aproxima com rapidez, a ter crescentes interesses e responsabilidades no outro lado do oceano que banha nossas costas. Conviria por isso que, desde já, procurássemos aumentar, dentro de nossas possibilidades e recursos, a presença brasileira naquela parte da África que chamaremos de atlântica.”
(Mario Gibson Barboza. Na diplomacia o traço todo da vida. Rio d…