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Q88446 | Atualidades e Conhecimentos Gerais
Banca: CS/UFGVer cursos
Ano: 2010
Órgao: COREN GO - Conselho Regional de Enfermagem de Goiás
Cargo: Assistente Administrativo
30 linhas

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Meus Cadernos

Convivência entre vizinhos: rede de intrigas ou base das relações sociais?
Coletânea
1. Meu Vizinho, meu amigo
Você já parou para pensar que todo mundo tem um vizinho? Em geral, por mais isolado que alguém viva, sempre vai ter um vizinho, mesmo que seja a quilômetros de distância de sua casa. E há vizinhos de todo jeito. Chato, briguento, fofoqueiro. Mas tem também o que é legal, simpático e amigo. Tem gente que fica tão amigo do vizinho, que acaba se integrando à família dele. Existe até o dia do vizinho, comemorado no dia 23 de dezembro.
OBSERVANDO QUEM ESTÁ AO NOSSO LADO
Vizinhos amigos não precisam ter a mesma idade. Prova disso é a amizade entre Vinícius Guimarães da Silva, 9 anos, e José Carlos Carvalho, 82. Eles não brincam nem jogam bola juntos, mas Vinícius gosta de conversar sobre aves e plantas com Carlos debaixo da árvore que ele cuida. “Uma vez, vi um homem tentando cortar a árvore. Na hora, liguei para seu Carlos e avisei que sua árvore corria perigo”, conta Vinícius, que descreve o vizinho como uma pessoa calma, que gosta de sentar na calçada e cuidar da árvore. “Acho que sou seu único amigo. Sua árvore tem cheiro muito bom”, explica Vinícius em trecho do livro Quem são nossos vizinhos?, de autoria dos alunos da 3ª série B do Instituto Educacional Stagium, em Diadema. O livro foi resultado de um trabalho de observar um vizinho para escrever sobre ele.
Ao receber a tarefa da professora, Vinícius não sabia quem escolher e, no início, ficou na dúvida. Conhecer o melhor vizinho foi, na opinião de Vinícius, o maior benefício do trabalho. “Ele já me chamou para acompanhá-lo à padaria e me deu um pão doce”, diz. Com Carlos, o garoto aprendeu uma lição: “Quem faz o bem, recebe-o de volta. Ele sempre cuidou da árvore, e agora ela dá sombra para ele”.
Disponível em:<http://www.stagium.br/imprensa_meuvizinho.asp>. Acesso em17 nov. 2010.
Como evitar futrica e confusão no condomínio
MARGARETE MAGALHÃES
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A falta de convivência entre vizinhos do mesmo prédio aumenta o incômodo que um morador pode provocar no outro. Às vezes, faz-se uma tempestade em copo d’água no condomínio inteiro porque o cachorro do vizinho late, a criança chora ou até por causa do espirro matinal de um morador. “A falta de convivência acaba gerando situações como essas entre os condôminos”, afirma a professora de psicologia social Yvette Piha Lehman, do Instituto de Psicologia da USP. Para Lehman, ultimamente as pessoas se lembram umas das outras somente pelo incômodo, mas, se os vizinhos se conhecessem melhor, as rixas seriam evitadas.”Tem gente que não conhece ninguém no prédio.” Essa falta de contato prejudica o processo de conhecimento e compreensão do outro. Há situações em que o vizinho nem sabe que está incomodando, mas, diz a psicóloga, é preciso saber como avisá- lo. “Como falar faz toda a diferença.” Mas tal regra também falha. O engenheiro metalúrgico Antônio José do Prado, 43, morador de um prédio de classe média alta no Brooklin, em São Paulo, interfonou para os moradores do andar de cima porque eles arrastavam objetos na cozinha. “Comecei a conversar numa boa, mas, quando a resposta do outro lado foi “mas vocês dormem na cozinha?”, perdi as estribeiras”, conta Prado. O bate-boca rolou solto. Prado, que pensava que esse comportamento dependia do nível social, ficou espantado. O “barraco” e a pouca compreensão com relação aos interesses do vizinho estão presentes tanto no Cingapura (condomínio de baixa renda composto, em geral, por ex-favelados), na cidade de São Paulo, quanto nos edifícios de padrão mais alto. […]
Prado diz que, quando o Corinthians joga, seu desafeto comemora como se estivesse dentro do estádio. Como se não bastasse, ele se diz perturbado pelo som do salto do sapato da mulher do vizinho. “A minha não faz isso”, diz ele.
Aliás, o casal Prado parece ser exemplar: “Fazemos o possível para nem sermos notados”. A preocupação é tanta que ele e a mulher, quando chegam em casa, tiram os sapatos e andam com pantufas. […] Quando Prado encontra seu vizinho barulhento no elevador, diz não ter vontade nem de respirar. Mas é possível viver sem precisar desviar o olhar e evitar entrar no mesmo elevador que o desafeto.[…]
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq1008200007.htm>. Acesso em 18 nov. 2010.
3. DIA DO VIZINHO
Enviado por Zé Domingos
Vinte de agosto é o “Dia do Vizinho”, isto em homenagem à poetisa goiana Cora Coralina, face ter sido a autora da ideia. Ela a apresentou quando da comemoração de seu aniversário há anos. Informação transmitida pelo pesquisador Zigmundo Czajkowski. Tal celebração é das mais justas, levando-se em conta a importância do vizinho.
Nos dias atuais não existe aquela ligação mais chegada entre moradores próximos, mas, antigamente, as amizades, os relacionamentos eram marcantes. Era normal vizinhos tornarem-se compadres, estarem seguidamente reunidos, especialmente nas conversas de final de tarde, começo de noite. Troca de visitas, passeios, almoços, jantares, eram seguidamente desfrutados.
As confidências, as trocas de favores eram constantes. Uma irmandade íntima e cara. Todos se conheciam e se davam. É evidente que às vezes ocorriam confrontos, mas normalmente eram logo amenizados e tudo voltava ao normal. […]
Com o crescimento da cidade, a vida competitiva exigindo cada vez mais trabalho e as pessoas cada vez mais ocupadas, forçou as mudanças de costumes e hoje não há mais aquele espírito tão gostoso e carinhoso entre os vizinhos.
Cora Coralina, a idealizadora do Dia do Vizinho, afirmou: “o vizinho é mais parente, pois é o primeiro a saber das coisas que acontecem na vida da gente”. Foi dentro deste pensamento que idealizou o “Dia do Vizinho”.
É bom destacar que 20 de agosto não é uma data exclusiva de reverenciar o vizinho, pois há diversificação de datas entre diversas cidades, nos meses de maio, agosto, dezembro e demais. Mas, face o aniversário de Cora Coralina, em 20 de agosto, este é dado como dia oficial do vizinho. Então aos vizinhos a minha saudação e um bom dia especial. Salve, salve o “vizinho”!
José Domingos Teixeira
Disponível em: <http://www.josedomingos.com.br/2009/08/dia-do-vizinho/>. Acesso em: 21 nov. 2010.
4. A vida com instruções
Okky de Souza e Vanessa Vieira
A certa altura do livro O Apanhador no Campo de Centeio, o célebre romance de J.D. Salinger, o professor Spencer diz ao aluno rebelde Holden Caulfield: “A vida é um jogo, rapaz. E ele deve ser jogado de acordo com as regras”. O Apanhador foi escrito no início dos anos 50, em um tempo em que as regras para viver em sociedade eram em sua maioria guiadas pelo instinto, pelo bom senso, pela naturalidade, dando-se chance à sorte, ao destino, às surpresas. Hoje é diferente. As regras são produzidas em linhas de montagem e viraram mercadorias cada vez mais valorizadas. Jamais houve tanta gente vendendo e comprando ensinamentos sobre como se comportar no trabalho, conquistar o parceiro ideal, ficar mais bonito, melhorar o casamento, educar os filhos, falar bem em público, ganhar mais dinheiro… A lista é interminável.
Espalhou-se com força na corrente cultural do nosso tempo uma febre por regras que, teoricamente, podem garantir sucesso no enfrentamento das mais diversas situações. A evidência mais estridente dessa febre são os livros de autoajuda, um ramo de negócios que no último ano, no mundo, arrecadou 8,5 bilhões de dólares. […] A busca incessante por regras resulta da necessidade de organizar a vida num mundo cada vez mais complexo em todos os aspectos. Os desafios no convívio social, familiar e profissional aumentaram em proporção geométrica. […] “A globalização e a crise de valores provocada pela rápida mudança nos costumes no século XX criaram um vácuo de paradigmas na sociedade. Por isso, as pessoas buscam novas regras em que se apoiar”, diz Roberto Romano, professor de ética da Universidade Estadual de Campinas.
Na pré-história, quando os homens eram apenas caçadores e coletores, não havia grande necessidade de regras senão aquelas básicas, ditadas pela frágil condição humana diante das forças descomunais da natureza. A escassez de espaço e de comida no período subsequente, o da Idade do Gelo, que se encerrou há 11.000 anos, desencadearia a criação de regras que acompanham a humanidade desde então. Nossos antepassados tiveram a necessidade premente de estabelecer normas mais complexas de convivência. Foi nesse período que o Cro-Magnon, o Homo sapiens, desenvolveu os conceitos de família, de religião e de convivência social. Sabe-se disso porque os homens da Idade do Gelo legaram evidências arqueológicas de uma revolução criativa que inclui desde os espetaculares desenhos nas cavernas até os rituais de sepultamento dos mortos. “Naquele período, era preciso definir quem pertencia à família ou não, e com quem se deveriam compartilhar os alimentos. Portanto, era necessário criar regras específicas”, disse a VEJA a arqueóloga Olga Soffer, da Universidade de Illinois. […] Boa parte das regras de convivência social que hoje recheiam os manuais tem como base esse conjunto de normas ancestrais: não mate, não roube, respeite pai e mãe, proteja-se do desconhecido, tema o invisível… As religiões em seu aspecto comunitário nada mais são do que criadoras e garantidoras do cumprimento de regras sob pena da punição divina. […] É impossível imaginar, portanto, o avanço da civilização humana sem o estabelecimento de regras. Elas nos trouxeram até aqui. Paradoxalmente, a quebra de regras também propiciou grandes saltos evolutivos. Mas, mesmo quando elas são quebradas, precisam ser substituídas por outras. Isso porque as regras garantem não só a ordem e a proporção como a transmissão de conhecimento. […] Ou seja, o vazio de regras leva ao vácuo comportamental e intelectual. “Quanto mais complexa e diversificada uma sociedade, maior a necessidade de regras que equilibrem direitos, deveres e privilégios”, diz o antropólogo Roberto DaMatta, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A questão que se coloca, hoje, não é sobre a necessidade ou não de regras. É se não estão sendo criadas regras demais, além da conta mesmo num mundo mais complicado que o de cinquenta anos atrás. O psicoterapeuta Eduardo Ferreira-Santos, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, acha que sim. Diz ele: “A busca pelas regras prontas sufoca a espontaneidade, a capacidade humana de encontrar respostas novas para novas perguntas. Os manuais com regras para relacionamentos amorosos e educação infantil, por exemplo, desprezam o fato de que nem todos os pais e filhos são iguais. Cada um tem uma história e uma personalidade diferentes”. Correto. Regras rígidas levam ao aprisionamento do físico e da alma. Elas são essenciais, porém, para a criação de uma base comum de entendimento da realidade. Elas ajudam a valorizar e a medir os eventos naturais e humanos, dando-lhes uma gradação. […] O desafio que se coloca ao bom senso de cada um é justamente definir quando as regras estão deixando de ser balizamentos saudáveis para se tornar uma prisão.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/090108/p_054.shtml>. Acesso em 17 nov. 2010.
5. Pequeno manual da civilidade
Juliana Linhares
Engana-se quem pensa que civilidade é uma matéria relacionada a senhores pomposos e mesas cobertas de talheres esquisitos. Mas é verdade que o tema foi tratado por cavalheiros com quilometragem de pelo menos alguns séculos. Tudo o que disseram, porém, sobre a necessidade de convenções sociais para promover a boa convivência e administrar conflitos permanece de urgente contemporaneidade. Quando Schopenhauer, o gigante da filosofia alemã do século XIX, dizia que as pessoas deveriam seguir o comportamento do porco-espinho – se fica muito perto de seus pares, morre espetado; se fica muito longe, morre de frio –, não estava pensando no uso do telefone celular em público, mas bem que poderia. Thomas Hobbes, um dos gênios do pensamento político produzidos pela Inglaterra, constatou no século XVII que em estado natural, sem as construções sociais, “a vida do homem é solitária, pobre, sórdida, embrutecida e curta”. Em outras palavras, um congestionamento em São Paulo em dia de chuva. Por isso, emergem leis necessárias, entre as quais que “os homens cumpram os pactos que celebrarem” (e não parem em fila dupla, por exemplo) e “não declarem ódio ou desprezo pelo outro por atos, palavras, atitude ou gesto” (e não façam perfis falsos na internet). Especialistas em ética, comportamento e controle dos monstros interiores fazem análises e sugestões nesse pequeno manual das virtudes da civilidade. Todo mundo pode aprender – e até lucrar com elas. “O stress é causado em grande parte por relacionamentos humanos mal resolvidos. Se melhorarmos a capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, menos stress e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”, diz o italiano Piero Massimo Forni, professor da Universidade Johns Hopkins e um dos maiores especialistas mundiais no estudo da civilidade.
1. Questão de honra
[…] Hoje, a honradez pode ser mais relacionada à fidelidade aos próprios princípios ou ao próprio eu. Ou, no popular, ter vergonha na cara. É por isso que o tribunal da própria consciência continua a pesar mesmo quando se alega que “todo mundo faz”, a começar dos “caras lá de cima”, então “que mal tem” em levar a avozinha para passar na frente na fila de comprar ingresso, desrespeitar a precedência na hora de pegar uma vaga no estacionamento do shopping ou deixar uma toalha guardando lugar o dia inteirinho na espreguiçadeira da piscina disputada? O mal, evidentemente, está em desprezar a própria dignidade.
2. Os intransigíveis
[…] Integridade é não abusar do poder, não desmerecer os outros, não tripudiar.
3. Obrigado, por favor
Um dos maiores especialistas do mundo no estudo da civilidade, Piero Massimo Forni acredita que as boas maneiras não apenas não são coisa de um passado mítico de galanteria, mas ficaram mais importantes ainda na vida contemporânea. “Até umas três gerações atrás, boa parte da sustentação emocional e material das pessoas vinha dos familiares. Hoje convivemos muito mais com amigos e desconhecidos, e, nesse caso, ser afável é uma vantagem”, explica. “A cortesia melhora a autoestima da pessoa a quem ela foi dirigida e, dessa maneira, torna as relações sociais menos tensas”, concorda Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política da USP. A regra geral, e não escrita, de decência estabelece que todos devem ser tratados com os requisitos básicos de cortesia – “bom dia”, “por favor”, “obrigado” e “até logo” -, os quais devem ser redobrados em relação a quem ocupa posições menos destacadas.
4. Desafio diário
De todas as virtudes do campo da civilidade, a tolerância é a que mais exige autoaprendizagem. Quem acha que nunca, jamais conseguirá cumprimentar um torcedor do time adversário pode começar com coisas mais simples, como não ter espasmos visíveis diante do abuso do gerúndio ou prometer a si mesmo ao sair de casa que pelo menos naquele dia não vai comparar nenhuma mulher à fêmea de uma famosa ave natalina. “Tolerância tem a ver com comportamentos diferentes daqueles que valorizamos e pelos quais temos repugnância. Exercê-la é importante não só para a convivência social como para a sanidade mental”, diz Bolívar Lamounier.
5. Bateu, não levou
Para não se transformar num ser desatinado em busca de vingança, só existe uma reação possível: olhar tudo aquilo de um ponto de vista distanciado – ou, se preferir, superior. “Podemos aliviar a raiva tomando distância do que está acontecendo. Alguém me xinga, por exemplo, e eu reajo como se a ofensa fosse um pacote que recebo e devolvo fechado, porque não me considero o destinatário. O ato de grosseria está relacionado com o estado mental do agressor, não com o do agredido”, ensina Piero Forni. Quem acha que tem temperamento forte, sangue quente ou pavio curto, e usa essas expressões para justificar comportamentos agressivos, deve considerar a hipótese oposta. “A pessoa que não controla a agressividade no fundo tem ego fraco”, explica a psicóloga Lidia Aratangy.
6. Respeito é bom
O termo civilidade vem da palavra civitas, que quer dizer cidade. Tem civilidade, portanto, aquele que sabe viver em sociedade, um sistema refinado ao longo dos tempos. “Hoje, o que entendemos como a ideia central da civilidade é justamente o respeito pelos outros. Os bons modos mostram a nosso próximo que temos estima por ele”, diz Ribeiro. Roberto Romano propõe uma pergunta simples para aplicar o conceito de civilidade em diferentes situações da vida cotidiana: o que posso fazer pelo outro para que a vida de todos seja suportável?
7. Fora, trapaceiros
Todo mundo quer se dar bem, mas, se fizer qualquer coisa para conseguir isso, o mundo todo vai acabar mal. Não é preciso nem voltar ao estado natural, ou hobbesiano, da guerra de todos contra todos para entender a necessidade de um conjunto de regras comumente aceitas e, dentre elas, a importância da honestidade. “Na sociedade ocidental cristã, a figura do trapaceiro é uma das mais odiadas. A trapaça fere várias convenções sociais, entre elas a obediência às regras e a honradez”, diz Roberto Romano.
8. Dobre a língua
A cultura da permissividade tem enormes vantagens – a começar, naturalmente, pelo abrandamento dos costumes repressivos. A contrapartida também é evidente: a ideia disseminada de que cada um pode, e até deve, fazer e falar o que quiser, mesmo que isso invada o espaço alheio, incluindo os ouvidos. Não dizer o que dá na bola é diferente de contar mentiras. No primeiro caso, quem usa da contenção verbal está obedecendo ao mecanismo de freios sociais pelo qual as opiniões próprias são atenuadas de forma a não ofender os sentimentos alheios. No segundo, a verdade é falsificada para tirar algum proveito, nem que seja promover a própria e engrandecida imagem. “Viver em sociedade implica abrir mão de certas selvagerias para obter a proteção social que vem da vida em conjunto”, diz Roberto Romano. “Nesse contexto, a má-educação, a ganância desmedida, a negligência ao outro, são todos fatores de desagregação social.”
9. Sinto muito, mesmo
Pressa, pressão, prazos – tudo na vida contemporânea conspira para que o tratamento civilizado seja atropelado mais cedo ou mais tarde. Para isso existe um remédio universal: pedir desculpas. O arrependimento sincero, aquele cuja intenção seja menos aliviar a consciência do ofensor e mais dar uma satisfação moral a quem foi ofendido, é um lenitivo de eficácia comprovada através dos tempos. Só os seres altamente evoluídos se desculpam com classe e naturalidade, mas os demais – ou seja, todos nós – também podem desfrutar o sentimento de paz interior que essa atitude desencadeia.
10. A casa comum
A fala decorosa é aquela que diz o que tem de dizer sem adular ou ferir. O comportamento decoroso é aquele que não ofende os outros, que não agride, que não é exibicionista ou apelativo”, explica Roberto Romano. Ter decoro é entender que a casa é um pouco de todos.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/041109/pequeno-manual-civilidade-p-108.shtml>. Acesso em 18 nov. 2010.
Propostas de redação
A – Artigo de opinião
O artigo de opinião é um texto escrito para ser publicado em jornais e revistas e traz reflexões a respeito de um tema atual de interesse do grande público. Nesse gênero, o autor desenvolve um ponto de vista a respeito do tema com argumentos sustentados por informações e opiniões que se complementam ou se opõem. No texto, predominam sequências expositivo-argumentativas.
Suponha que você seja morador de um condomínio fechado e resolve manifestar seu descontentamento diante das ações de seus vizinhos que não respeitam às regras da convivência em comunidade. Para sua manifestação, você deve escrever um artigo de opinião para ser publicado em um jornal de circulação nacional. Em seu texto, você deve defender seu ponto de vista acerca dos direitos e deveres dos moradores e do respeito aos limites e às regras para a garantia de uma boa convivência social, apresentando argumentos convincentes que sustentem sua opinião e que possam refutar outros pontos de vista.
B – Carta de leitor
A carta de leitor é um gênero discursivo no qual o leitor manifesta sua opinião sobre assuntos publicados em jornal ou revista, dirigindo-se ao editor (representante do jornal ou da revista) ou ao autor da matéria publicada (quando o seu nome é revelado). Por ser de caráter persuasivo, o autor da carta de leitor busca por meio de argumentos convencer o destinatário a acatar o seu ponto de vista e suas ideias, utilizando-se para tanto dos argumentos apresentados.
Imagine que você seja síndico de um edifício e tenha intermediado vários conflitos entre os moradores, no que diz respeito às regras de convivência em comunidade. Diante da dificuldade de contornar as intrigas em torno dos direitos e deveres dos condôminos, você decide expor para a sociedade os problemas enfrentados por um síndico de um populoso edifício. Para isso, você vai escrever uma carta de leitor para ser publicada em um jornal de circulação local, apresentando seu ponto de vista a respeito da atitude das pessoas em relação às regras da boa convivência social. Você deve considerar os direitos e deveres do indivíduo e as dificuldades resultantes das exigências da vida moderna. Para construir seus argumentos acerca da importância da boa convivência entre vizinhos para as relações sociais, selecione dados e fatos que possam convencer os leitores do jornal a acatarem o seu ponto de vista.

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