Motivado pela leitura dos textos seguintes, sem contudo, copiá-los ou parafraseá-los, redija um TEXTO DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO com, no mínimo 20 e, no máximo, 25 linhas, em modalidade e limites solicitados, em norma padrão da língua portuguesa, atribuindo-lhe um título, sobre o tema: EU CONSUMO, LOGO EXISTO.
Texto 1
O consumo, na sociedade atual, tem a função de movimentar a economia reafirmando o capitalismo enquanto modelo econômico, o que torna esse tema uma questão importante e contraditória para os empreendimentos de economia solidária. Esta pesquisa teve por objetivo compreender os sentidos atribuídos ao consumo pelos sujeitos inseridos em empreendimentos solidários urbanos de crédito, tendo em vista sua inserção no sistema tradicional de economia capitalista. Foi observado o grande desafio posto à ECOSOL de recriar, junto aos sujeitos que participam deste movimento, zonas de sentidos voltadas à solidariedade, tanto na dimensão do consumo como em outras dimensões da vida, já que grande parte das experiências vivenciadas nessa área ainda são muito limitadas na articulação entre trabalho, produção, comercialização e consumo. Mas evidencia-se o consumo como um campo que possibilita criar rupturas e resistência ao sistema econômico, mesmo para sujeitos não engajados no movimento da ECOSOL.
Texto 2
O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão. Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria- espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma joia? Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sobre a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em Cinderela. Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos riscos, do poder.
Disponivel em:http://triplov.com/frei_betto/consumo.html
Texto 3
Sabe-se que a cultura guarda forte relação com os hábitos e escolhas alimentares que são certamente também influenciados pelo contexto social, político, econômico e ambiental mais amplo. O alimento tem na sociedade humana múltiplos papéis e significados: cria e sustenta relações sociais, sinaliza status social e ocupacional e papeis de gênero, marca mudanças importantes na vida, (aniversários e festividades) e reafirma identidades- religiosas, étnicas ou regionais.
Disponivel em:http://www.scielo.br/pdf/csc/v15n4/a22v15n4.pdf