Motivado pela leitura dos textos seguintes, sem, contudo, copiá-los ou parafraseá-los redija TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO com, no mínimo, 20 e, no máximo, 25 linhas, em modalidade e limites solicitados, em norma padrão da língua portuguesa, atribuindo-lhe um título sobre o tema a seguir.
O DESRESPEITO AOS IDOSOS AINDA PERSISTE NO BRASIL
Texto 1
Me chamem de velha
A velhice sofreu uma cirurgia plástica na linguagem
Na semana passada, sugeri a uma pessoa próxima que trocasse a palavra “idosas” por “velhas” em um texto. E fui informada de que era impossível, porque as pessoas sobre as quais ela escrevia se recusavam a ser chamadas de “velhas”: só aceitavam ser “idosas”. Pensei: “roubaram a velhice”. As palavras escolhidas – e mais ainda as que escapam – dizem muito, como Freud já nos alertou há mais de um século. Se testemunhamos uma epidemia de cirurgias plásticas na tentativa da juventude para sempre (até a morte), é óbvio esperar que a língua seja atingida pela mesma ânsia. Acho que “idoso” é uma palavra “fotoshopada” – talvez um lifting completo na palavra “velho”. E saio aqui em defesa do “velho” – a palavra e o ser/estar de um tempo que, se tivermos sorte, chegará para todos.
BRUM, Eliane. Disponivel em:<http://revistaepoca.globo.com/>.
Texto 2
Obrigação social
Art. 3 – É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar idoso, com absoluta, prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. […]
Art 4. Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
[Estatuto do Idoso]
Texto 3
O último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado em 2012, aponta a existência de 24,85 milhões de idosos no país. Apesar de representar 12, 6% da população brasileira e de ter direitos assegurados pela Constituição Federal e Estadual do Idoso, grande parte das pessoas que já passaram dos 60 anos sofre com atos de desrespeito, violência psicológica.
Durante o mês de junho a Organização das Nações Unidas (ONU) alerta para a Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. A data chama a sociedade à reflexão para a questão, muitas vezes protagonizada pelos próprios familiares dos idosos.
Contudo, se as legislações vigentes garantem os direitos dos idosos, quem pode ser responsabilizado pelos atos de violência e desrespeito, a família ou estado.
Disponivel em www.a12.com/editora-santuario