Considere a seguinte situação hipotética:
Durante uma reunião estratégica em um órgão federal voltado à formulação de políticas públicas, a alta administração solicitou à equipe técnica um diagnóstico sobre os caminhos adotados pelo Estado brasileiro em resposta à crise institucional e econômica vivenciada nas últimas décadas do século XX. A equipe técnica iniciou sua exposição contextualizando o processo de reforma do Estado, fenômeno que ganhou centralidade global a partir da década de 1990.
Segundo a análise apresentada, o movimento de reforma emergiu como reação à globalização econômica, que reduziu a autonomia dos Estados nacionais em formular e implementar políticas públicas com independência, e, também, como resposta à crise do modelo estatal intervencionista, que começou a se delinear nos anos 1970, intensificou-se nos anos 1980 e, no caso do Brasil, chegou ao auge nos anos 1990. Nesse contexto, o país enfrentava uma conjuntura de hiperinflação, desequilíbrio fiscal e baixa credibilidade institucional.
Com o objetivo de recuperar a capacidade do Estado de atuar de forma eficiente e sustentável, diversas medidas foram adotadas ao longo dos anos, destacando-se o ajuste fiscal, as privatizações de empresas estatais e a abertura comercial. Esses elementos passaram a compor a agenda dos sucessivos governos brasileiros, independentemente de suas orientações político-ideológicas, estabelecendo um novo modelo de atuação do Estado na economia e na prestação de serviços públicos.
Entretanto, tais reformas sempre geraram debates intensos. Parte da sociedade e de setores técnicos e acadêmicos argumentam que a redução da presença estatal pode comprometer direitos sociais, enfraquecer a soberania e ampliar desigualdades. Outros defendem que a modernização do Estado é essencial para garantir eficiência, transparência, equilíbrio fiscal e maior capacidade de resposta às demandas da sociedade.
Além disso, foi ressaltado que a Constituição Federal de 1988, embora tenha representado um marco civilizatório e garantido avanços nos direitos sociais, impôs desafios importantes à condução das reformas, como a rigidez orçamentária, a estabilidade no serviço público e a complexidade da organização federativa.
Ao final da reunião, a alta administração solicitou à equipe um relatório analítico que discutisse os efeitos da reforma do Estado brasileiro, com foco na atuação estatal na economia, tendo como base o panorama histórico apresentado.
Considerando que o fragmento de texto apresentado tem caráter unicamente motivador, discorra acerca da reforma do Estado brasileiro, no que se refere à sua atuação na economia. Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
- argumentos contrários versus argumentos favoráveis aos projetos de reforma do Estado; [valor: 15,00 pontos]
- a Constituição de 1988 e a reforma do Estado; [valor: 9,00 pontos]
- os principais objetivos dos programas de reforma implantados pelos governos após a promulgação da Constituição e o atual papel do governo federal, relativamente à preservação e à continuidade das reformas. [valor: 14,00 pontos]
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