Ronaldo, com 5anos de idade, comparece, acompanhado de sua genitora, a uma unidade básica de saúde (UBS) para avaliação. Durante a entrevista, mostra-se agitado, irritadiço e inquieto. Parece assustado e com medo, ficando todo o tempo bem próximo da mãe. Inicialmente, reage mal à aproximação do psicólogo que compõe a equipe de acolhimento.
A genitora faz o seguinte relato: “Tudo ficou diferente desde que voltei de viagem. Há dois meses precisei viajar para o interior de minha cidade natal para cuidar da minha mãe que estava muito doente. Apesar de o pai de Ronaldo não morar com ele, ele sempre cuidou do filho. A gente tinha as nossas diferenças. Acabamos separando porque eu companheiro começou a mexer com droga. Aí já viu né, doutor? Caiu nesse mundo, a pessoa muda completamente. Mas nunca desconfiei de nada. Como precisei viajar, achei que pudesse contar com o pai. Conversei muito com ele. Ele me prometeu que nunca usaria nada enquanto estivesse com Ronaldo. Eu confiei. Entretanto, passei mais tempo fora do que estava imaginando. Minha mãe acabou falecendo e precisei organizar tudo por lá. Ao invés de duas semanas, acabei ficando quase um mês longe do meu filho. Quando peguei Ronaldo, percebi que ele estava bem diferente. Acordava muitas vezes à noite, gritando e chorando; passou a comer bem pouco; parou de brincar com as coisas que gostava… Parecia que tinha perdido a alegria de viver. No começo, pensei que tivesse ficado com raiva de mim por eu ter passado tantos dias longe — ele gritava, por vezes, com raiva, jogando isso na minha cara — ou mesmo pela perda da avó materna. Mas o tempo foi passando e ele só foi piorando. Começou a ficar irritadiço e agressivo na escola também. Passei a ser chamada várias vezes na escola por conta dos comportamentos dele. Chorei por muitas noites me sentindo culpada por ter largado meu filho aqui; pensando o porquê não o levei comigo. Mas hoje o meu mundo caiu: no momento do banho, o peguei fazendo umas coisas estranhas. Com uma tranquilidade que só pode vir de Deus, eu perguntei o que ele estava fazendo e ele me respondeu: “aquilo que papai me mostrou, ele disse que era um segredo nosso, mas eu gosto de você e também vou te contar”. Meu chão abriu. Depois disso, acrescentou que tinha medo de eu fazer com ele o que pai fazia — trancá-lo no armário, num quarto escuro — enquanto o pai bravo “conversava coisas importantes” e castigava a tia Lucilda, a nova namorada do pai. Me pergunto como não percebi que algo muito grave tinha ocorrido. Desde que o peguei, ele nunca mais aceitou nem passar o final de semana com o pai. E eu pensando que era saudade.”
Considerando o caso hipotético apresentado, redija um texto dissertativo em que sejam abordados os seguintes aspectos:
1 possível diagnóstico a partir da avaliação do quadro apresentado por Ronaldo e sinais/sintomas indicativos; [valor: 10,50 pontos]
2 papel da equipe multidisciplinar no caso descrito; [valor: 10,00 pontos]
3 documento a ser elaborado pela equipe multiprofissional para possíveis encaminhamentos e sua finalidade. [valor: 8,00 pontos]
CONTEÚDO EXCLUSIVO
Confira nossos planos especiais de assinatura e desbloqueie agora!
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em texto.
Ops! Esta questão ainda não tem resolução em vídeo.
Questões Relacionadas
A gestão estratégica de pessoas integra o planejamento estratégico e o planejamento de recursos humanos, implementando políticas e práticas que contribuam para uma organização alcançar seus objetivos estratégicos. Uma das atividades importantes do planejamento de gestão de pessoas é a análise interna.
Considerando que o fragmento de texto anterior tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca dos elementos essenciais da análise interna no planejamento estratégico de gestão de pessoas, abordando, necessariamente, os seguintes aspectos:
1 análise da cultura; [valor: 12,00 pontos]
2 análise das competências; [valor: 14,00 pontos]
3 análise da composição. [valor: 12,00 po…
Antunes, atualmente com 19 anos de idade, fora uma criança “difícil”. De acordo com a tia, que o criou, “toda semana eu era chamada na escola. Ele era um menino que batia e ameaçava os colegas. Queria que tudo fosse do seu jeito. Não lidava bem com os limites ou exigências colocadas pelos professores. No começo pensei que fosse por conta da história difícil que ele teve. Minha irmã, mãe dele, era usuária de drogas, assim como o pai dele. Ficava muito tempo largado e sem cuidado. Precisou de polícia e o conselho tutelar para conseguirmos pegar ele para cuidar. Ele passava muito tempo sem comer, sujo… os pais viviam drogados. Nem imagino o que ele passou! Mesmo com tanto carinho e atençã…
Jonas e Aline são pais de Ana, que tem 1 ano e 8 meses de idade. Eles procuraram atendimento especializado, após encaminhamento da atenção primária, para investigação de transtorno do espectro autista. De acordo com o relato dos pais, Ana nasceu a termo e sem intercorrências durante o pré-natal, parto e pós-parto. Ela foi alimentada com leite materno até os 3 meses de idade, quando, de acordo com os pais, voluntariamente parou de mamar. A mãe relatou que achou o fato estranho porque nunca tinha tido notícias de bebês que deixavam de mamar repentinamente. O casal relatou que Ana é filha única, mas que ambos vieram de família grande, de modo que convivem rotineiramente com outras crianças.
Pel…



