Texto I
As mudanças na linguagem trazidas pela internet
A necessidade de escrever mais rápido e de forma dinâmica fez com que a comunicação ganhasse novas formas de escrita.
Abreviações de palavras, emojis e áudios vêm trazendo uma mudança na linguagem e nas palavras que conhecemos.
Para a professora de redação, Katia Cristina Schuhmann Zilio, o maior problema é, atualmente, a falta de escrita, “a primeira coisa que temos que pensar é que a dificuldade não é exatamente com as abreviações ou a linguagem da internet, o maior problema que nós temos é falta da escrita. O raciocínio que uma pessoa teria que ter para produzir um texto coerente é um raciocínio que tem que ser primeiro ensinado e depois praticado e sinto que isso cada vez menos vem acontecendo”, destacou.
Esse movimento que vemos acontecer é natural e faz parte do desenvolvimento de uma língua viva, que sofre influências e modificações com o passar do tempo. Na opinião da professora, o melhor caminho a seguir ainda é a valorização da educação.
“Somos uma nação que não valoriza, muitas vezes o estudo, a leitura e essa valorização é o primeiro passo para a valorização da escola, do professor, além de pensar que todos os veículos, inclusive os jornais, são responsáveis por se fazerem ler e viver.
Não se pode alfabetizar apenas com as telas e o teclado, é preciso escrever, isso desenvolve muitas zonas cerebrais, por isso há a necessidade de escrever, montar seu texto no papel, isso faz parte do desenvolvimento”, frisou Katia.
A professora esclarece que uma coisa é usar esse dialeto da internet em redes sociais e outra é utilizá-lo para todas as situações comunicativas. “Todos nós somos linguagem o tempo todo, a forma que você se veste, como arruma o cabelo, as coisas que usa, seu tom de voz, isso é você. Somos feitos de linguagem, de textos, dos nossos pais, da escola, de todas as vivências que temos, isso vai formando nosso jeito de ser e usar a linguagem. Cada texto vai acontecer dentro do seu ambiente, o texto virtual não tem o mesmo vocabulário daquele texto que vai ser escrito ou ainda daquele que será oralizado e é isso que precisamos prestar atenção. Não podemos usar palavras abreviadas como se faz na linguagem de internet em um artigo acadêmico, por exemplo, mas nada nos impede de usar isso em uma mensagem informal”, esclarece. […]
(Disponível em: https://asemanacuritibanos.com.br/featured/as-mudancas-na-linguagem-trazidas-pela-internet/. Acesso em: agosto de 2024. Adaptado.)
Texto II
Ler no papel é melhor para a aprendizagem do que ler em telas
[…] ler em telas é algo que surgiu praticamente agora na escala humana. A maior parte das pessoas vivas hoje foi alfabetizada antes da onipresença de computadores domésticos.
Quando lemos em PCs ou smartphones, forçamos a nossa atenção ao extremo, já que precisamos batalhar contra anúncios, links, popups, cores, notificações e outras coisas se mexendo. Quem já nasceu nessa terra sem lei da propaganda pode até crescer acostumado ao caos, mas quem passou a adolescência em um mundo mais analógico é mais suscetível.
Se adaptar ao contexto de leitura digital até é possível, mas exige um grau de motivação e autocontrole que nem todo mundo consegue ter o tempo todo. A rapidez do mundo on-line favorece o chamado skimming: aquela leitura bem superficial, em que pegamos somente a ideia básica do texto, sem se atentar muito aos detalhes. O contexto molda nossa relação com o texto.
“Quando as pessoas se envolvem em uma narrativa, como um romance, é menos provável que a compreensão seja afetada pela leitura em uma tela. No entanto, a compreensão diminui quando estamos usando uma tela para ler textos densos em informações, como um livro didático para estudo”, explica Lili Yu, psicóloga da Universidade Macquarie, e uma das pesquisadoras envolvidas no trabalho.
“A quantidade de tempo disponível também parece ser um fator. Quando os leitores são pressionados a ler algo rapidamente, sua compreensão diminui nos testes na tela em comparação com o papel.” É claro se você precisa sacar alguma coisa rápido, um texto estático gera menos distrações que um aparelho eletrônico.
E o maior problema é que, embora a leitura no papel seja comprovadamente melhor, as telas também boicotam nossa capacidade de se concentrar em livros ou revistas. Como temos dificuldade até de assistir a um programa de TV ou curtir um simples momento de ócio sem mexer no celular, ao pegarmos um pedaço de celulose para ler, demoramos mais para engatar a leitura.
“Os livros são estáticos, não há nada se movendo ou piscando, então tem se tornado mais difícil para eles manterem nossa atenção”, comenta o professor Reichle. Os pesquisadores avisam que não há nenhuma tática milagrosa. A concentração precisa ser treinada, trabalhada de forma gradual. A dica é começar com um material de leitura simples e que você curta, em m local tranquilo, sem distrações e com uma boa iluminação. […]
(Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/ler-no-papel-e-melhor-para-a-aprendizagem-que-ler-em-telas. Acesso em: agosto de 2024. Adaptado.)
Texto III

Considerando os textos anteriores como motivadores, redija uma redação posicionando-se acerca do tema:
“O impacto dos hábitos digitais nas atividades de leitura e escrita”
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Em pessoas na faixa dos 30 aos 40 anos, o índice chega a 30…



