Texto 1
Em julho de 2023, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e a Universidade de Lisboa – lançou o Perfil ético-racial do Ministério Público brasileiro.
De acordo com a pesquisa, há uma sub-representação de pessoas negras, sobretudo de mulheres negras. Segundo o levantamento, somente 15,8% dos membros do MP brasileiro são pessoas negras, sendo 10,4% homens negros e apenas 5,4% mulheres negras. Em contrapartida, o órgão é formado por 82% de promotoras(es) e procuradores(es) brancas(os), sendo 49,2% homens brancos e 32,8% mulheres brancas. Os dados demonstram que a sub-representação racial no âmbito do MP brasileiro é muito mais grave que a de gênero, visto que mulheres brancas somam mais do que o triplo da quantidade de homens negros na instituição.
(Lívia Sant’anna Vaz. “É preciso democratizar a própria Justiça.” www.folha.com.br, 10.07.2023. Adaptado)
Texto 2
Há um desafio que não apenas o Poder Judiciário, mas todo o Sistema de Justiça possui diante das realidades vividas por mulheres negras em nosso país: o da sua inclusão em todos os espaços e o da melhoria de suas condições de vida.
Romper o ciclo do trabalho doméstico é um dos grandes desafios. Mulheres negras saíram da condição de escravidão, onde trabalhavam nas lavouras, na casa-grande e como ganhadeiras, para recolocarem-se realizando, em sua maioria, serviços domésticos que até os dias de hoje sequer são remunerados, usufruindo de poucos direitos sociais. O emprego doméstico sempre foi exercido notoriamente por mulheres negras, assim entendidas como sujeitos direitos de segunda categoria. Com suas vidas à margem da sociedade, percebe-se que a elas sequer é dado o direito de sonhar e pensar em outras possibilidades existencias.
(Karen Luise. “Mulheres negras: Um duplo desafio para o sistema de Justiça.” https://sintufrj.org.br, 08.03.2021. Adaptado)
Texto 3
Invisibilidade e racismo são algumas palavras que dão forma aos obstáculos enfrentados pelas executivas negras no mercado de trabalho. A pesquisa desenvolvida por Dilma Campos mostra que há ainda muitos empecilhos para aumentar a participação nas posições de topo das organizações.
O estudo apontou que os negros representam 56,1% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas ocupam apenas 4,7% dos cargos de liderança nas 500 maiores empresas do país. Houve um avanço nesse setor em se tratando de representatividade e luta pelos direitos das mulheres negras, inclusive no que consta na ascenção profissional e o que isso representa para outra mulheres. Porém, no que tange à construção organizacional de uma empresa, o tema diversidade ainda é um potencial a ser mais bem explorado.
O Brasil é o país com segunda maior população negra do mundo (atrás apenas da Nigéria), e as mulheres negras representam 27,8% da população, segundo o IBGE. Ter representantes desse grupo na liderança ou em conselhos de administração amplia a visão de mercado das marcas, dá visibilidade a um potencial público-alvo ainda não atendido e pode revelar talentos que hoje não são considerados na maioria das empresas.
(“Mulheres negras rumo à liderança: estudo apresenta recomendações para inclusão consciente”. portal.fgv.br, 24.07.2023. Adaptado)
Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo, empregando a norma-padrão da língua portuguesa, sobre o tema:
Mulheres negras no Brasil: entre a significativa quantidade populacional e a baixa presença em cargos de liderança
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(https://aulete.com.br. Adaptado.)
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