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Órgão
Ano
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Q277776 | Administração Geral e Pública
Banca: CesgranrioVer cursos
Ano: 2024
Órgao: IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Cargo: Técnico de Planejamento e Pesquisa

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A sub-representação de determinados grupos em cargos eletivos nos Poderes da República tem sido uma questão recorrente nos pleitos recentes. Para fins de exemplificação do desafio a ser enfrentado, estão listados abaixo alguns dados retirados do site do Observatório Equidade no Legislativo, que tem como objetivo coletar e sistematizar, estatisticamente, o perfil da representação no Congresso Nacional e nas Assembleias Legislativas Estaduais. Tais dados referem-se à 56ª Legislatura do Senado Federal, cujo mandato perdurou de 1º de fevereiro de 2019 a 31 de janeiro de 2023:

Para fins de exemplificação do desafio quando se analisa o Poder Legislativo Nacional, apresentando-se os seguintes dados referentes à 56ª Legislatura do Senado Federal:

a) foram eleitos apenas 3 senadores homens que se autodeclararam pretos;

b) foram ELEITAS(OS) apenas 18 parlamentares que se autodeclaram NEGRAS(OS) (pretas/os ou pardas/os) e, desse número, há apenas 2 mulheres negras (2 pardas e nenhuma preta); e

c) em termos relativos, as(os) 18 parlamentares ELEITAS(OS) para a 56ª Legislatura do Senado Federal que se autodeclaram NEGRAS(OS) (pretas/os ou pardas/os) representam 22,22% do total de parlamentares dessa Casa, ao passo que brancas e brancos representam 77,78%. Não foram eleitas pessoas que se autodeclaram indígenas ou descendentes de povos orientais para a 56a
Legislatura do Senado Federal.

No caso da Câmara Federal, entre 513 parlamentares ELEITAS(OS) para a 56ª Legislatura há 436 homens e apenas 77 mulheres.

[…] Quando se analisa a composição étnico-racial das deputadas e dos deputados federais ELEITAS(OS) para a 56ª Legislatura, 124 parlamentares autodeclaram-se NEGRAS(OS) (pretas/os ou pardas/os), o que corresponde a 24,16% do total. As brancas e os brancos somam 75,24%, ao passo que indígenas e descendentes de povos orientais representam apenas 0,6% do total.

A baixa representatividade étnico-racial e de gênero nas lideranças de instituições brasileiras é, portanto, evidente e deve ser mais bem compreendida para que seja superada.

PINTO, H.S. Representatividade étnico-racial e de gênero nas instituições brasileiras: hora de promovê-la. Observatório Equidade no
Legislativo. [s.d.] Disponível em: https://www12.senado.leg.br/institucional/responsabilidade-social/oel/observatorio-de-equidade-nos-
-legislativos-federal-e-estaduais. Acesso em: 25 jan. 2024. Adaptado.

Considerando esse contexto, convém recorrer à contribuição que Silvio Almeida traz em seu livro “Racismo estrutural”, advertindo que:

As instituições reproduzem as condições para o estabelecimento e a manutenção da ordem social. As instituições são apenas a materialização de uma estrutura social ou de um modo de socialização que tem o racismo como um de seus componentes orgânicos. Dito de modo mais direto: as instituições são racistas porque a sociedade é racista. […] Se há instituições cujos padrões de funcionamento redundam em regras que privilegiem determinados grupos raciais, é porque o racismo é parte da ordem social. Não é algo criado pela instituição, mas é por ela reproduzido.

ALMEIDA, Silvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro, Pólen, 2019. p. 47. Adaptado.

As considerações apresentadas nos fragmentos acima trazem contribuições importantes à reflexão sobre a relação entre democracia, participação social e desigualdades racial e de gênero.
Nesse sentido, partindo-se do pressuposto da necessidade de compreensão dessa relação, elabore um texto dissertativo contínuo de 35 a 45 linhas, justificando a importância da representatividade política em um regime democrático, contemplando os seguintes aspectos:

• a desigualdade racial e o conceito de racismo estrutural;

• a condição da mulher na política e nos espaços de poder;

• a relação entre democracia, participação social e representatividade racial e de gênero.


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1) Apenas um exemplo. O conteúdo real é bem diferente. O tipo de auditoria mais apropriado para o caso é a auditoria de regularidade ou de conformidade. No que tange ao objeto auditado, pode-se extrair dois tipos principais de auditoria: a auditoria de regularidade (ou conformidade) e a auditoria operacional (ou de desempenho). Segundo a Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores – INTOSAI, a Auditoria de regularidade (regularity audit) compreende Auditoria financeira, Auditoria de controles internos e Auditoria da legalidade de atos administrativos. Já a auditoria operacional, por sua vez, tem um foco mais voltado para a gestão. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TC, a auditoria operacional é o processo de coleta e análise sistemáticas de informações sobre características, processos e resultados de um programa, atividade ou organização, com base em critérios fundamentados, com o objetivo de aferir o desempenho da gestão governamental. Tópico 2: Três procedimentos de auditoria que deverão ser adotados. Justifique-os. Há uma série de procedimentos de que podem ser adotados no processo de fiscalização e auditoria, que podem ser citadas na resposta. 1) Avaliação do Sistema de Controle Interno: avaliação dos controles que auxiliam a entidade a cumprir as leis, as normas e os regulamentos; 2) Circularização (Confirmação Externa): confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; 3) Exame e comparação de livros e registos: o confronto, o contejamento e a comparação de registros e documentos, para a comprovação da validade e autenticidade do universo, população ou amostra examinada; 4) Exame e comprovação documental: consistem em apurar, demonstrar, corroborar e concorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível, a validade e autenticidade de uma situação, documento ou atributo ou responsabilidade do universo auditado, através de provas obtidas em documentos integrantes dos processos administrativo, orçamentário, financeiro, contábil, operacional, patrimonial, ou gerencial do ente público no curso normal da sua atividade e dos quais o profissional de auditoria governamental se vale para evidenciar suas constatações, conclusões e recomendações.

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O tipo de auditoria mais apropriado para o caso é a auditoria de regularidade ou de conformidade. No que tange ao objeto auditado, pode-se extrair dois tipos principais de auditoria: a auditoria de regularidade (ou conformidade) e a auditoria operacional (ou de desempenho). Segundo a Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores – INTOSAI, a Auditoria de regularidade (regularity audit) compreende Auditoria financeira, Auditoria de controles internos e Auditoria da legalidade de atos administrativos. Já a auditoria operacional, por sua vez, tem um foco mais voltado para a gestão. Segundo o Manual de Auditoria Operacional do TC, a auditoria operacional é o processo de coleta e análise sistemáticas de informações sobre características, processos e resultados de um programa, atividade ou organização, com base em critérios fundamentados, com o objetivo de aferir o desempenho da gestão governamental. Há uma série de procedimentos de que podem ser adotados no processo de fiscalização e auditoria, que podem ser citadas na resposta. Avaliação do Sistema de Controle Interno: avaliação dos controles que auxiliam a entidade a cumprir as leis, as normas e os regulamentos; Circularização (Confirmação Externa): confirmação, junto a terceiros, de fatos alegados pela entidade; Exame e comparação de livros e registos: o confronto, o contejamento e a comparação de registros e documentos, para a comprovação da validade e autenticidade do universo, população ou amostra examinada; Exame e comprovação documental: consistem em apurar, demonstrar, corroborar e concorrer para provar, acima de qualquer dúvida cabível, a validade e autenticidade de uma situação, documento ou atributo ou responsabilidade do universo auditado, através de provas obtidas em documentos integrantes dos processos administrativo, orçamentário, financeiro, contábil, operacional, patrimonial, ou gerencial do ente público no curso normal da sua atividade e dos quais o profissional de auditoria governamental se vale para evidenciar suas constatações, conclusões e recomendações. Processos administrativo, orçamentário, financeiro, contábil, operacional, patrimonial, ou gerencial do ente público no curso normal da sua atividade e dos quais o profissional de auditoria governamental se vale para evidenciar suas constatações, conclusões e recomendações.

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marceloarleite
marceloarleite
Inscrito
1 ano atrás

A representatividade política é crucial em um regime democrático por diversas razões, especialmente quando se considera a desigualdade racial, o conceito de racismo estrutural, a condição da mulher na política e nos espaços de poder, e a relação entre democracia, participação social e representatividade racial e de gênero.
Entretanto, a desigualdade racial é uma realidade presente em muitas sociedades, onde certos grupos raciais são sistematicamente desfavorecidos em comparação a outros. O racismo estrutural refere-se às práticas, normas e políticas enraizadas nas instituições sociais que perpetuam essa desigualdade. A representatividade política é essencial para enfrentar e combater essas desigualdades, pois permite que as vozes e as experiências de grupos marginalizados sejam ouvidas e consideradas na formação de agendas e na formulação de políticas públicas.
Assim, políticos que pertencem a esses grupos ou que têm um compromisso real com a justiça racial podem introduzir e apoiar leis e medidas que visam desmantelar o racismo estrutural. Sem essa representatividade, há um risco maior de perpetuação do status quo e da manutenção de sistemas que favorecem determinados grupos em detrimento de outros.
No que tange às mulheres, historicamente enfrentam barreiras significativas para acessar posições de poder e influência, tanto na política quanto em outros setores. A representatividade política das mulheres é fundamental não apenas para promover a igualdade de gênero, mas também para assegurar que as questões específicas que afetam as mulheres sejam abordadas de maneira adequada.
Além disso, a presença de mulheres em cargos políticos pode levar a políticas mais sensíveis às questões de gênero, como a violência doméstica, a desigualdade salarial, e a falta de acesso a cuidados de saúde reprodutiva. Além disso, a representatividade feminina pode inspirar outras mulheres a se envolverem na política, criando um ciclo positivo de maior inclusão e diversidade nos espaços de poder.
Ademais, A democr