Leia o caso a seguir.
C.M. era uma mulher de 50 anos, casada, que se apresentou no pronto-socorro (PS) psiquiátrico devido à insistência de seu psiquiatra ambulatorial depois que ela lhe contou sobre o plano de tomar uma overdose de Advil. No PS, C.M. explicou que suas costas a estavam “matando” desde uma queda que ocorrera, vários dias antes, na mercearia da família, onde ela trabalhava há anos. A queda a deixou abatida e deprimida, embora tenha negado outros sintomas depressivos além do humor ruim. Ela falou detalhadamente sobre a queda e como isso a lembrou de outra queda que havia sofrido alguns anos antes. Naquela época, havia consultado um neurocirurgião que lhe disse para descansar e tomar medicamentos anti-inflamatórios. Ela descreveu sentir-se “abandonada e desprezada” pelo marido. A dor diminuiu sua capacidade de se exercitar, e ela ficou chateada por ter ganhado peso. Enquanto relatava os eventos relativos à queda, C.M. começou a chorar. Ao ser indagada sobre seus comentários suicidas, afirmou que não eram “nada demais”. Relatou que eram “só uma ameaça” dirigida ao marido para ele “aprender uma lição” porque “não sente pena de mim” e não lhe deu apoio desde a queda. Ela insistiu que seus comentários sobre overdose não tinham outro significado. Quando o entrevistador manifestou preocupação com a possibilidade de que ela se mataria, ela exclamou com um sorriso: “Oh, puxa, não tinha me dado conta de que isso é levado tão a sério. Acho que não devo mais fazer isso”. Então deu de ombros e riu. Continuou a falar como era “legal e simpático” que tantos médicos e assistentes sociais quisessem ouvir sua história, chamando muitos deles pelo primeiro nome. Ela também flertou ligeiramente com o entrevistador residente, o qual havia comentado que ela era a “mulher mais bem-vestida no PS”. De acordo com o psiquiatra ambulatorial, que a tratou por três anos, ela nunca havia manifestado ideação suicida até aquela semana, e ele não conseguiria falar com ela antes de sair de férias no dia seguinte. O marido de C.M. relatou que ela falava sobre suicídio “como as outras pessoas reclamam do tempo. Ela só quer me deixar preocupado, mas comigo isso não funciona mais”. Ele afirmou que nunca teria sugerido que ela fosse ao PS e achou que o psiquiatra tinha reagido de forma exagerada. A paciente inicialmente buscou psicoterapia ambulatorial aos 47 anos, porque estava se sentindo deprimida e não tinha apoio do marido. Durante três anos de tratamento ambulatorial, ela recebeu prescrições adequadas de Sertralina, Fluoxetina e Paroxetina. Nenhum medicamento parecia ajudar. C.M. descreveu ser “precoce”. Tornou-se sexualmente ativa com homens mais velhos quando estava no ensino médio. Afirmou que namorar era a coisa mais divertida que já havia feito e que sentia falta de ver homens “fazendo qualquer negócio” para dormir com ela. Ela vivia com o marido de 73 anos. Seu filho, de 25 anos, morava perto com a esposa e o filho pequeno. Descreveu o marido como um músico “muito famoso”. Afirmou que ele nunca a havia ajudado nos afazeres domésticos ou na criação do filho, e que não valorizava seu esforço para cuidar do filho e do neto.
BARNHILL, John W. Casos clínicos do DSM-5. Porto Alegre: Artmed, 2015. [Adaptado].
Com base nesse caso hipotético, redija um texto dissertativo, abordando os sintomas e a hipótese diagnóstica, de acordo com o DSM‐V.
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