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TEXTO 1

[…] Hoje, todo ser vivo – a ameba, o mosquito, a bromélia, a água-viva, a gaivota, o baobá ou a baleia-azul – armazena sua informação genética em DNA. A única exceção é o vírus, que pode armazená-la em DNA, mas também em RNA, como é o caso do Sars-Cov-2, nome técnico do novo Coronavírus responsável pela atual pandemia. Ele é uma ameaça à humanidade, mas também, em certo sentido, um elo com a nossa versão celular mais arcaica. […]
KAZ, Roberto. Uma biografia improvável. Revista Piauí, Edição 164, maio 2020. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/uma-biografia- improvavel/. Acesso em: 7 de novembro de 2020.
TEXTO 2
Um dos enigmas que intrigam os especialistas é o porquê de a região [amazônica] ainda não ter produzido uma doença pandêmica. “Não tenho uma resposta”, diz David Quammen [especialista em história natural das pandemias]. “A Amazônia está cheia de espécies animais e, portanto, está repleta de vírus. Por que, então, ainda não ouvimos falar de transbordamentos para humanos? Claro, o fato de que ainda não aconteceu não significa que deixará de acontecer.”
A floresta é o maior reservatório de arbovírus do planeta, grupo de que o pesquisador Pedro Vasconcelos é um dos grandes especialistas mundiais. Há décadas ele vem alertando para o risco de urbanização ou reurbanização de certas doenças que, até pouco tempo atrás, eram essencialmente silvestres. É o caso da febre amarela. Vasconcelos estava certo nas suas previsões. Em 2000, a doença voltou a se manifestar em cinco cidades brasileiras: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiânia e Campinas. Entre 2016 e 2018, novos surtos com mais de 2 mil casos e cerca de setecentas mortes atingiram principalmente a região da Mata Atlântica, onde não havia registros da doença desde a década de 1940. Segundo um estudo do qual Vasconcelos é o primeiro autor, tudo indica que alterações na temperatura e no regime de chuvas ocorridas no contexto das mudanças climáticas contribuíram para a dispersão do vírus.
SALLES, Walter Moreira. O elefante negro: que doenças a floresta esconde? Revista Piauí, Edição 169, out. 2020.Disponível em:
https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-elefante-negro/. Acesso em: 20 de novembro de 2020.
TEXTO 3
A modificação do ambiente por ações antrópicas, o crescimento urbano desordenado, o processo de globalização do intercâmbio internacional e as mudanças climáticas são alguns fatores que vêm facilitando a emergência e disseminação de doenças infecciosas humanas transmitidas por vetores. Este comentário aborda a recente entrada de três arbovírus no Brasil, Chikungunya (CHIKV), West Nile (WNV) e Zika (ZIKV), com enfoque nos desafios para a Saúde Pública do País. Transmitidos por mosquitos vetores amplamente distribuídos no território nacional e associados ao homem, a população brasileira encontra-se exposta à infecção por esses três arbovírus. Na ausência de vacina eficaz e tratamento específico, são importantes a manutenção e integração de uma vigilância entomológica e epidemiológica contínua, a fim de direcionarmos métodos de controle e prevenção contra essas arboviroses no País.
LIMA-CAMARA, Tamara Nunes. Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde pública no Brasil. Rev. Saúde Pública [online]. 2016, vol.50 [cited 2020-11-21], 36. Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102016000100602&lng=en&nrm=iso>. Epub June 27, 2016. ISSN 1518-8787. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006791.
Com base nos textos 1, 2 e 3, REDIJA um texto dissertativo-argumentativo a respeito da relação entre os vírus e o meio ambiente. Em seu texto, considere que os humanos são alvo para a sobrevivência de certos vírus – como os arbovírus amazônicos- na redução dos reservatórios naturais de hospedeiros (das espécies em que patógenos residem sem causar doenças graves).
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