Pandemia aumenta evasão escolar, diz relatório do Unicef.
Reprovação, abandono do ensino e distorção entre idade e série escolar são problemas recorrentes no cenário educacional brasileiro. Com a pandemia da Covid-19, essa realidade foi acentuada e a disparidade socioeconômica do país ficou ainda mais evidente.
No ano de 2020, foram cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes sem acesso à educação. A quantidade de alunos, com idades entre 6 e 17 anos, que abandonaram as instituições de ensino foi de 1,38 milhão, o que representa 3,8% dos estudantes. A taxa é superior à média nacional de 2019, quando ficou em 2%, segundo dados da Pnad Contínua. Somado a isso está a situação de 4,12 milhões de alunos (11,2%) que, apesar de matriculados e sem estar em período de férias, não receberam nenhuma atividade escolar, resultado do ensino pautado pelas aulas online.
Os dados estão compilados em estudo do Unicef (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para Infância), intitulado “Enfrentamento da cultura do fracasso escolar”, divulgado nesta quinta-feira (28) e que reflete a realidade de muitos dos jovens do Brasil, especialmente àqueles em situação de maior vulnerabilidade. Segundo o relatório, que contou com parceria do Instituto Claro, o perfil das crianças e adolescentes mais impactados pelo “fracasso escolar” já é bastante conhecido: “se concentram nas regiões Norte e Nordeste, são muitas vezes negras e indígenas ou estudantes com deficiências”.
Lucas, estudante do 9º ano do Ensino Fundamental II e morador da Brasilândia, zona Norte da cidade de São Paulo, deixou os estudos no ano passado. Hoje, aos 17 anos, começou a trabalhar como mecânico com o pai. “A realidade dele é a mesma que a de muitos jovens por aqui”, conta o líder comunitário Rodrigo Olegário. “Tem uma família que, entre sobrinhos, primos, irmãos, somam umas 10 crianças que abandonaram a escola no ano passado”, comenta. Entre os motivos está a falta de acesso aos recursos tecnológicos e à internet, o que inviabiliza o acompanhamento das aulas remotas, e, também, o fato de precisar contribuir com renda dentro de casa, necessidade que aumentou em meio ao contexto de pandemia.
Pesquisa realizada entre o final de abril e o início de maio de 2020, com quase 4.000 redes municipais de ensino, mostrou que apenas 33% dos domicílios brasileiros possuem computador e acesso à internet. O levantamento foi feito pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), em parceria com o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), Fundação Itaú Social, Fundação Lemann e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Trecho extraído de:
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/pandemia-aumenta-evasao-escolar-diz-relatorio-do-unicef/ (acesso em 07.01.22).
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