Texto I
“A solução para a saúde é combater a desigualdade”, diz cientista britânico.
O epidemiologista Richard Wilkinson, da Universidade de York, no Reino Unido, virou manchete de jornais quando lançou O nível – Por que uma sociedade mais igualitária é melhor para todos (The spirit level), em 2009, escrito em parceria com a colega Kate Pickett. Na obra, os dois argumentam que há uma relação direta entre desigualdade social e indicadores de saúde ruins numa sociedade. […] Segundo os pesquisadores, as medidas de austeridade escolhidas nos países ricos vitimaram a saúde dos mais pobres. “Nos Estados Unidos, aumentaram as taxas de mortalidade das pessoas de meia-idade, sobretudo na população branca e pobre”, disse Wilkinson a ÉPOCA. Segundo ele, para melhorar a saúde de seus cidadãos, os governos devem se concentrar em tornar suas sociedades mais igualitárias.
ÉPOCA – Qual é a relação entre desigualdade social e indicadores de saúde?
Richard Wilkinson – Por muito tempo, os epidemiologistas tentaram entender como diferenças sociais interferem nas taxas de mortalidade. O que os dados nos mostravam é que nos países desenvolvidos, onde as desigualdades de renda eram maiores, era menor a expectativa de vida da população. Relações assim existiam para outros fatores, de obesidade a tabagismo. Se você tomar uma pessoa com um bom nível de renda, boa educação e bom emprego e transferi-la para um país em que a desigualdade de renda é menor, essa pessoa vai viver mais – ainda que mantenha a mesma renda.
(Disponível em: http://epoca.globo.com/saude/noticia/2017/04/solucao-para-saude-e-combater-desigualdade-diz-cientista-britanico.html.)
Texto II
“Hoje em dia, praticamente não há quem questione a existência das desigualdades sociais em saúde, entretanto, as divergências aparecem no momento de elaborar explicações para as diferenças encontradas”, escreve Rita Barata.
Vamos, portanto, às causas. Entre as explicações, há quem lance mão da teoria do ciclo vicioso: a pessoa pobre adoece e, como não se cuida, não consegue sair da condição de pobreza. Mas é uma tese facilmente derrubável, diz a pesquisadora, “com base nos preceitos neoliberais, mas que também é contestada”.
“Estudos epidemiológicos têm mostrado que os fatores de risco não conseguem explicar mais do que 25% da ocorrência dos problemas crônicos de saúde”, escreve ela.

Ou seja: em vez de simples explicações, é necessário ter teorias que possam explicar não apenas a distribuição da doença mas “seu processo de produção em diferentes contextos sociais”. E é primordial perceber que “toda e qualquer doença e sua distribuição populacional são produtos da organização social, não tendo sentido falar, portanto, em doenças sociais e não sociais”, uma das conclusões da pesquisa.
(Amélia Gonzalez, 06/04/2017. Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/blog/nova-etica-social/post/relacao-entre-saude-e-desigualdadesocial.html.)
Considerando os textos motivadores redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:
“A desigualdade social e seus efeitos comprometedores em relação à saúde no Brasil”.
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