Segundo Iamamoto, 12, “O conhecimento da realidade deixa de ser um mero pano de fundo para o exercício profissional, tornando-se condição do mesmo, do conhecimento do objeto junto ao qual incide a ação transformadora ou esse trabalho” (1997, p. 42).
Identificação das crianças:
- Antônio F. Mendes Filho e José F. Mendes, ambos com quatro anos; a mãe, Margarida, deixa as crianças na creche antes de ir para o trabalho.
- Maria F. Mendes, de 10 anos, estuda no período da tarde.
Situação familiar:
- Margarida A. Mendes, 39 anos, casada, doméstica em uma residência, com carteira assinada e trabalha das 8 às 17h.
- Antônio F. Mendes, 42 anos, desempregado, responsável por cuidar da limpeza da casa, almoço e levar a filha de 10 anos para a escola no período da tarde.
Exposição do caso no CRAS (Centro de Referência da Assistência Social):
- Em relação ao atendimento no CRAS, a Assistente Social atendeu a Sra. Margarida que, de início, relatou que não gostaria que o pai, o Sr. Antônio, fosse chamado, pois ele é muito nervoso e que tem medo do que o mesmo poderia fazer com ela e as crianças.
- A Sra. Margarida, muito assustada, relatou à profissional, que trabalha como doméstica em casa de família com carteira assinada durante todo o dia e que é mãe de três filhos, sendo uma de 10 anos e os outros dois gêmeos, ambos com quatro anos; além disso, é casada com Antônio há 13 anos e procura o CRAS com medo de perder o Bolsa Família, pois sua filha de 10 anos não quer ir para a escola, pedindo à mãe, Sra. Margarida, que a leve para o serviço, pedido este que a mãe não atende.
- Indagada sobre sua relação com o Sr. Antônio e este com os filhos, a mesma relata ser muito nervoso e agitado com ela e as crianças, que por qualquer motivo fica agressivo. A profissional questiona se ele já a violentou ou as crianças, ela se expressa com a cabeça baixa e diz que ele sempre fica muito nervoso e já a agrediu, mas acha que isto acontece devido ao fato de ele estar desempregado, mas, que, na última briga, em que o mesmo chegou em casa embriagado e a agrediu, ela o ameaçou de chamar a polícia e, mediante a isso, ele se acalmou nesta última semana.
- A Assistente Social questiona à mãe se a mesma notou algum comportamento diferente da filha ou alguma marca pelo corpo da mesma; ela alega que havia umas manchas vermelhas no corpo da filha e esta apresenta problemas com o sono e tem medo da hora do banho, e que chega tomar vários banhos por dia.
- Questionada com muita cautela pela profissional se a mãe desconfiava de algum tipo de maus-tratos do pai com a filha e se havia procurado ajuda do Conselho Tutelar, ou se a escola a procurou devido às faltas escolares da filha, a mãe disse que esta foi a primeira vez que solicita ajuda e que não havia recebido nenhum tipo de comunicado da escola. Muito assustada, a mãe pede novamente para que o pai não seja comunicado sobre a procura ao CRAS e que acha que o pai agrediu a filha de alguma forma, mas preferia não acreditar, pois somente foi até a unidade por necessitar do Bolsa Família e que tem medo de perder a guarda dos filhos.
Mediante o estudo social exposto, discorra sobre a prática profissional do Assistente Social, os tipos de violação dos direitos encontrados e dê o prosseguimento necessário, apresentando uma solução para o caso através da unidade responsável.
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