[d] (…) A propósito do Mundo Novo: a que chamas tu ser dogmático?
[C] -Ser dogmático? Sabes tão bem como eu.
– Depende, as palavras são relativas. Sem Medo sorriu.
– Tens razão, as palavras são relativas. Ele é demasiado rígido na sua conceção da disciplina, não vê as condições existentes, quer aplicar o esquema tal qual o aprendeu. A isso eu chamo dogmático, penso que é a verdadeira aceção da palavra. A sua verdade é absoluta e toda feita, recusa-se a pô-la em dúvida, mesmo que fosse para a discutir e a reforçar em seguida, com os dados da prática. Como os católicos que recusam pôr em dúvida a existência de Deus, porque isso poderia perturbá-los.
– E tu, Sem Medo? As tuas ideias não são absolutas?
– Todo o homem tende para isso, sobretudo se teve uma educação religiosa. Muitas vezes tenho de fazer um esforço para evitar de engolir como verdade universal qualquer constatação particular.
a) Que relação se estabelece, no excerto, entre a forma dialogal e as ideias expressas pelo Comandante Sem Medo?
b) No plano da narração de Mayombe, isto é, no seu modo de organizar e distribuir o discurso narrativo, emprega se algum recurso para evitar que o próprio romance, considerado no seu conjunto, recaia no dogmatismo criticado no excerto? Explique resumidamente.
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b) E à personagem Macunaíma, essas afirmações se aplicam? Justifique resumidamente sua resposta.



