É de crer que D. Plácida não falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristão e a sacristã naturalmente lhe responderiam: Chamamos te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou não comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanhã resignada, mas sempre com as mãos no tacho e os olhos na costura, até acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
a) Pode se afirmar que, neste excerto, além de resumir a existência de D. Plácida, o narrador expressa uma certa concepção de trabalho? Justifique.
b) De que maneira o ritmo textual, que caracteriza a possível resposta dos sacristãos, colabora para a caracterização de D. Plácida?
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b) E à personagem Macunaíma, essas afirmações se aplicam? Justifique resumidamente sua resposta.



