O QUE ACONTECE COM NOSSOS DADOS NA INTERNET?
As informações pessoais se tornaram mais um produto comprado e vendido
Todos nós ouvimos dizer alguma vez que quando um produto é aparentemente gratuito é provável que na verdade estejamos pagando por ele com dados. Isso acontece com as redes sociais, os cartões de fidelidade de lojas e supermercados ou com infinitos aplicativos que oferecem serviços mais ou menos relevantes em troca, somente, dos nossos dados pessoais.
Mas além de intuir que nós somos o produto, na realidade não sabemos o que é feito exatamente com nossa informação, ou no que consiste e como funciona esse pagamento com dados. Na verdade, não é uma questão simples e cada aplicativo tem seus próprios procedimentos e lógicas. No caso da navegação na internet, por exemplo, as empresas e prestadores de serviços nos oferecem de forma gratuita seus motores de busca, páginas web e serviços associados para ler o jornal, consultar a previsão do tempo ou estar em contato com outras pessoas através de redes sociais e fóruns. No entanto, cada vez que entramos em uma web é baixada automaticamente uma série de microprogramas conhecidos como cookies que conseguem informações sobre nossa atividade online e enviam ao proprietário da página visitada informações sobre nosso IP, MAC ou IMEI (o número de registro do nosso dispositivo), o tempo e a forma que usamos num determinado site ou outros sites que estejam abertos ao mesmo tempo, identifica se somos visitantes regulares e que uso fazemos da página Assistente Administrativo web, em que sequência, como acessamos outros sites e assim por diante. Além disso, é comum que diferentes empresas paguem ao site que visitamos para poder instalar seus próprios cookies, como também é habitual que a empresa use os dados não somente para seus estudos internos, mas que também os venda a terceiros.
Na verdade, cada vez que visitamos uma página com o computador, o celular ou o tablet, recebemos dezenas de pedidos de instalação de cookies. Somos, portanto, o produto, porque em troca da informação que obtemos fornecemos detalhes sobre nossa atividade online e, frequentemente, dados pessoais como nome e localização, hábitos, cartão de crédito, etc., sobre os quais não temos nenhuma maneira de controlar para onde eles vão. Diante disso, o único recurso de autoproteção é não aceitar cookies e renunciar ao serviço, ou exclui-los sistematicamente do nosso computador, algo tão enfadonho como escassamente útil.
Fonte: Adaptado de: <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/06/12/tecnologia/1434103095_932305.html>. Acesso em: 27 jan. 2017.
DADOS DOS CONSUMIDORES: MODELOS DE TRANSPARÊNCIA E CONFIANÇA
Com a explosão de tecnologias digitais, as empresas estão captando enormes quantida-des de dados sobre as atividades dos consumidores, tanto online quanto offline. Esta tendência é alimentada pelos novos produtos inteligentes – Desde monitores de fitness a sistemas de automação residencial
– Que colhem e transmitem informações detalhadas.
Embora algumas empresas sejam abertas quanto às suas práticas em relação a dados, a maioria prefere manter os consumidores no escuro, optar pelo controle, em vez de com-partilhamento, e pedir desculpas, em vez de permissão. Também não é incomum que empresas coletem discretamente dados pessoais que não têm finalidade imediata, imaginando que possam ser valiosos algum dia.
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Num futuro em que os dados do consumidor constituirão uma fonte crescente de vanta-gem competitiva, ganhar a confiança dos consumidores será essencial. As empresas que forem transparentes sobre as informações que coletam, que derem aos consumidores controle de seus dados pessoais e oferecerem um valor justo em troca serão confiáveis e ganharão acesso contínuo e mesmo ampliado. Aquelas que esconderem como utilizam os dados pessoais e deixarem de atribuir um valor a eles correrão o risco de perder a boa vontade dos clientes — e seu negócio.
Fonte: Adaptado de: <http://hbrbr.uol.com.br/dados-dos-consumidores-modelos-de-transparencia-e-confianca/>. Acesso em: 27 jan. 2018.
A partir da leitura dos textos de apoio (motivadores) e com base em seus conhecimentos, redija um texto dissertativo, em atendimento à norma padrão da Língua Portuguesa, sobre o tema “Coleta de dados e privacidade na internet”. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.