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Um paciente é levado ao psiquiatra pelo próprio filho para avaliação diagnóstica. Este relata que o pai, de 72 anos de idade, casado, médico aposentado, 15 anos de escolaridade, já há alguns anos, começou a ter “esquecimentos”, que foram piorando com o passar do tempo, chegando ao ponto de não mais reconhecer objetos, como o controle remoto, e já ter tido um episódio em que ele se perdeu no bairro após terem deixado o portão aberto. No último ano, queixa-se que não consegue se lembrar de compromissos do dia a dia, de conversas e de leituras. Por exemplo, tem atrasado o pagamento das contas da casa, esquecido de consultas médicas e não se lembrado das notícias do jornal tão detalhadamente quanto anteriormente. O filho confirma os sintomas, conta que estão mais repetitivos e descreve instalação insidiosa e evolução progressiva. Afirma que, ultimamente, o pai só fica em casa querendo dormir, tendo dificuldade em caminhar e não conseguindo mais fazer atividades que costumava fazer antes, como aguar o jardim. Ele não tem insight acerca da própria psicopatologia e, por vezes, é encontrado triste e chorando pela casa. Não apresenta doenças físicas concomitantes e nem histórico de doença cardiovascular ou cerebrovascular. Não foram observadas alterações no exame físico e neurológico. No miniexame do estado mental (MMSE), pontuou 20/30, e o teste das trilhas foi prejudicado.

Considerando que o texto apresentado tem caráter meramente motivador, redija um texto dissertativo e (ou) descritivo a respeito do quadro clínico evidenciado, abordando, no mínimo, os tópicos a seguir:

a – diagnóstico sindrômico, diagnóstico nosológico e diagnósticos diferenciais (pelo menos três), com as respectivas justificativas;

b – tratamento medicamentoso e não medicamentoso; e

c – a importância ou não da realização de exames de imagem e de testes neuropsicológicos para esses pacientes.