A sociedade só pode ser compreendida por meio de um estudo das mensagens e das facilidades de comunicação de que se disponha; no futuro desenvolvimento dessas mensagens e facilidades de comunicação, as mensagens entre homens e máquinas, máquinas e homens e máquinas e máquinas estão destinadas a desempenhar papel cada vez mais importante.
Quando é dada uma ordem a uma máquina, a situação não difere essencialmente da que surge quando a mesma ordem é dada a uma pessoa. Naturalmente, há diferenças de detalhes nas mensagens e nos problemas de comando não apenas entre um organismo vivo e uma máquina, como dentro de cada classe de seres, quer animados, quer inanimados.
As ordens de comando, por via das quais exercemos controle sobre nosso ambiente, são uma espécie de informação que lhe transmitimos. Como qualquer outra espécie de informação, essas ordens estão sujeitas a uma certa desorganização em trânsito. Geralmente, chegam a seu destino de forma menos coerente – e, certamente, não de forma mais coerente – do que quando foram emitidas. Em comunicação e controle, estamos sempre em luta contra a tendência da natureza de degradar o orgânico e destruir o significativo; a tendência, conforme nos demonstra Willard Gibbs, de aumento da entropia.
Gibbs considera não um mundo, mas todos os mundos que sejam respostas possíveis a um grupo limitado de perguntas referentes ao nosso ambiente. Sua noção fundamental diz respeito à extensão em que as respostas que possamos dar a perguntas acerca de um grupo de mundos são prováveis em meio a um grupo maior de mundos; essa probabilidade tende a aumentar conforme o universo envelhece. A medida de tal probabilidade denominamos entropia, e sua tendência característica é de aumentar.
O homem está imerso em um mundo ao qual percebe por intermédio dos sentidos. A informação que recebe é coordenada por meio de seu cérebro e sistema nervoso até, após o devido processo de armazenagem, coleção e seleção, emergir através dos órgãos motores, geralmente os músculos. Esses, por sua vez, agem sobre o mundo exterior e reagem, outrossim, sobre o sistema nervoso central por vias de órgãos receptores, tais como os órgãos terminais da cinestesia; e a informação recebida pelos órgãos cinestésicos combina-se com o cabedal de informação já acumulada, para influenciar as futuras ações.
O funcionamento físico do indivíduo e o de algumas máquinas de comunicação são muito semelhantes no sentido de tentarem dominar a entropia, por meio de um mecanismo do tipo feedback. Tal realimentação ou autocorreção parece ter-se tornado norma tanto nos organismos inanimados como nos vivos. Em ambos, notamos a existência de um instrumento especial para coligir os elementos do mundo exterior e incorporá-los ao indivíduo ou à máquina. Em todos os casos, as mensagens externas são transformadas para a assimilação, de acordo com os aparelhos internos que os assimilam.
Tais transformações permitem à informação obtida uma integração no organismo assimilador, a ponto de passarem a ter uma influência imediata nos novos desempenhos do conjunto. Tal desempenho, quer na máquina, quer no animal, faz-se efetivo em relação ao mundo exterior, não se resumindo apenas em formulação do novo tipo de desempenho proporcionado, mas com um verdadeiro comando e registro do instrumento regulador central.
Nenhuma teoria da comunicação pode, evidentemente, evitar a discussão da linguagem. A linguagem é, em certo sentido, outro nome para a própria comunicação, assim como uma palavra usada para descrever os códigos por meio dos quais se processa a comunicação. O uso de mensagens codificadas e decifradas é importante, não apenas para os seres humanos, mas também para os outros organismos vivos e para as máquinas usadas pelos seres humanos.
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