Leia o seguinte texto e as instruções quo o seguem.
Desemprego juvenil é a maior ameaça social no Brasil
A maior bomba social brasileira é o desemprego juvenil; se, na média, o desemprego brasileiro já está alto, torna-se ainda mais devastador quando se analisa seu impacto entre os mais jovens. É, pelo menos, três vezes maior. E piora muito mais quando utilizamos o critério da escolaridade: quanto menor a escolaridade, menor o emprego. O desemprego, ou mesmo o subemprego, é um dos moldes em que se produz a marginalidade, que estimula a delinquência, especialmente nas periferias dos grandes centros, onde, segundo estatísticas oficiais, caiu com mais velocidade e profundidade a renda por habitante.
Flageladas pelas estatísticas de criminalidade (e também pelo crônico despreparo), cúpula das polícias reconhecem publicamente que repressão, nesse quadro social, é algo semelhante enxugar o gelo. São poucas as iniciativas públicas (quase nenhuma, diga-se.)para buscar soluções que amenizem o drama do primeiro emprego – uma delas foi lançada em São Paulo, na qual poder público assume, em parte, os gastos das empresas para contratar estagiários.
Em seu mais recente livro, intitulado A &talha do Primeiro Emprego, o economista Márcio Pochmann traça um detalhado quadro do desemprego na juventude e mostra como, em muitos países (França, por exemplo), os governos desenvolvem medidas para garantir que o adolescente demore o máximo para entrar no mercado de trabalho. Idéias dessa tipo vão ser, mais cedo ou mais tarde, debatidas no país, dentro da ótica de uma verdadeira política de segurança. Vamos ter de responder se é mais barato dar um subsidio para o indívíduo estudar ou trabalhar – ou pagar para que fique na prisão.
(Gilberto Dimenstein, www.folha.com.br. Texto adaptado.
Não é de hoje que se estabelecem relações entre violência e miséria ou, ainda, violência e falta de formação educacional. Já que os “protagonistas” da violência que presenciamos diariamente (por intermédio da mídia ou ao vivo) são, geralmente, jovens pobres – crianças, muitas vezes -, é possivel que essas relações tenham fundamento. Justificativas à pa1’te, o certo é que a população deseja mais segurança. Por isso, há, até, quem defenda a redução da maioridade penal para que a policia possa ter uma atuação mais efetiva junto a esses jovens. Enfim, repetindo as palavras de Gilberto Dimenstein, onde estará a solução: pagar para que jovens trabalhem ou estudem – ou pagar para que fiquem na prisão?
Sua dissertação versará sobre este tema: Considerando a grande população de menores que sobrevive nas (e das) ruas, geralmente na marginalidade, que politicas poderiam ser adotadas para reintegrar esses jovens à sociedade e à cidadania e, assim, reduzir os índices de violência nas grandes cidades?
Para desenvolvê-la, reflita sobre a questão proposta a partir do texto lido e de sua experiência como cidadão; estabeleça seu ponto de vista e apresente argumentos que o sustentem. Não se esqueça de que a dissertação se caracteriza por seu carater argumentativo- isto é: deve apresentar um ponto de vista claramente explicitado. Seu texto não será julgado por suas opiniões ou pela precisão de considerações legais que eventualmente sejam expostas. Estarão sob avaliação a coerência das idéias e a coesão do texto, a observação das regras de expressão da Língua Portuguesa e o desenvolvimento de uma argumentação consistente em torno do tema proposto.
Sua redação deverá ter, no mínimo, 30 e, no máximo, 50 linhas. Não copie trechos dos textos desta proposta sob pena de sua redação ser invalidada. Use lápis apenas na folhe de rascunho; a versão final deverá ser escrita a caneta, na folha própria para isso, com letra legível, de tamanho regular.