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Uma paciente de 17 anos de idade é levada ao psiquiatra porque os pais estão cada vez mais alarmados com sua perda de peso. A paciente afirma eles estão “se preocupando por nada” e que só veio ao consultório para tranquilizá-los. Diz que se sente bem, embora esteja um pouco deprimida. Nega ter problemas para dormir ou de apetite, assim como qualquer abuso de drogas ou álcool. Comenta pensar que parece “gorda”, mas que, se perdesse mais “uns quilinhos”, ficaria “muito bem”. Alega seu único problema ser não ter menstruado nos últimos três meses. Não é sexualmente ativa e, portanto, não pode estar grávida. Quando questionados em separado, os pais relatam que a paciente tem perdido peso com regularidade nos últimos oito meses e que ela não tem dormido bem. Dizem que começou a fazer dieta depois que uma das amigas comentou que ela “estava um pouco cheinha”. Na época, ela pesava cerca de 54 kg. A paciente perdeu cerca de 2 kg e, segundo os pais, sentiu-se bem com os comentários feitos pelos amigos. Desde então, tem comido cada vez menos. Agora, usa roupas largas e não conta quanto está pesando. Apesar disso, ajuda a mãe a cozinhar refeições elaboradas para convidados quando a família recebe amigos para jantar, mas não se socializa no ambiente. Exercita-se durante todo o dia, e os pais dizem que a escutam se exercitando à noite em seu quarto. Ao exame físico, a paciente mede 1,58 cm de altura, pesa 32 kg, e sua aparência é caquética.

Considerando que o texto apresentado tem caráter meramente motivador, redija um texto dissertativo e (ou) descritivo a respeito do quadro clínico evidenciado, abordando, no mínimo, os seguintes tópicos:

a – diagnóstico sindrômico, diagnóstico nosológico e diagnóstico diferencial, com as respectivas justificativas;

b – conduta terapêutica (justificativa), tratamento medicamentoso e não-medicamentoso; e

c – a importância ou não da realização de exames laboratoriais para esses pacientes.