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Violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes em Palmas crescem 162% de 2011 para 2013.
Há três anos foram registrados 119 casos e, no ano passado, 310; entidades de proteção dizem que falta investimento em políticas públicas.
Rayssa Pajeú
O índice de violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes no Estado cresceu assustadoramente nos últimos anos. De acordo com o Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente Glória de Ivone (Cedeca/TO), os registros no disque 100 (Disque Direitos Humanos – Disque Denúncia Nacional) e nos Conselhos Tutelares representam um número expressivo. Segundo dados divulgados no Mapa da Violência do Observatório dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes, a Capital registrou em 2011, 119 casos de violência sexual contra menores, já em 2013 foram 310 registros de abuso e exploração sexual, o que significa um aumento de 162,1%.
A idade das crianças em que os abusos são mais comuns é de 5 a 9 anos e de 10 a 14 anos; a maioria dos casos é contra meninas, porém, os meninos também são vítimas. Para o Cedeca/TO, a violência estrutural (desigualdade social) pode ser considerada a maior responsável pelas violações. A instituição afirma que culpar as famílias pela violência é negar a ausência do Estado no exercício de sua função.
Conforme o Mapa da Violência de Crianças e Adolescentes de Palmas, divulgado nesta quarta-feira, 10, os conselhos tutelares de Palmas registraram 1.758 casos de violações aos direitos humanos de crianças e adolescentes. Dentre as violações estão ameaças, negligencia, maus-tratos, abandono, crueldade e infrações. O estudo foi produzido com base no Relatório Anual de Atendimento do Conselho Tutelar da Capital, Palmas e compreende os atendimentos do ano de 2013.
Nas denúncias de violência sexual, foram registrados 87 casos de abuso, 61 de estupro e 31 aliciamentos. Sobre violência psicológica, o mapa registra 20 ocorrências de tortura, 6 humilhações públicas ou privadas e 4 ameaças de morte.
Sobre violência física, foram registrados 116 casos, entre surras, espancamentos e queimaduras, 21 agressões com objetos contundentes e 5 torturas.
Na área de exploração, são 39 ocorrências de trabalho infanto-juvenil, 29 de exploração sexual (prostituição), 25 de trabalho infanto-juvenil doméstico, 14 por tráfico de drogas.
Em se tratando de negligências, são 744 casos, 126 maus tratos, 23 casos de abandono intelectual e 5 de crueldade.
A entidade recomenda que todos os casos devem ser comunicados ao Conselho Tutelar, que deve aplicar as medidas de proteção para atender as vitimas de violência. Também deve ser procurada a Delegacia de Polícia, para que sejam tomadas as providências necessárias contra os autores. Segundo o Cedeca/TO, é fundamental que a criança e a família que sofreram a violência sejam encaminhadas para o atendimento especializado.
Fonte: http://www.clebertoledo.com.br/estado/2014/09/10/63582-violencia-e-exploracao-sexual-contra-criancas-e-adolescentes-em-palmas-crescem162-de-2011-para-2013 Notícia publicada em: 10/09/2014. Data de acesso: 26/05/2015. (Adaptado)
De acordo com a notícia veiculada na internet e descrita nesta prova de redação, a mencionada “entidade recomenda que todos os casos devem ser comunicados ao Conselho Tutelar”. A partir das atribuições do Conselho Tutelar, disserte sobre as medidas de proteção e as medidas pertinentes aos pais ou responsáveis que poderão ser aplicadas por este órgão, em caso de violação dos direitos das crianças e adolescentes.