Considere a seguinte situação hipotética:
“Paciente, 50 anos, casado, natural do interior do estado, residente em Porto Alegre‐RS, com curso superior completo. Desde a adolescência fez uso de álcool em altas doses, apresentando, já na ocasião, crises de agressividade dirigidas a si mesmo e a terceiros. Foi submetido à internação psiquiátrica nesse período (aos 15 anos), além de realizar duas tentativas de suicídio. Aos 24 anos, já casado e com um filho, foi admitido em uma importante empresa, tendo passado 4 anos abstinente do álcool, período em que obteve relevante sucesso profissional e no qual concluiu o curso superior. No referido período apresentou sintomatologia psiquiátrica compatível com episódios hipomaníacos, situação que apontou no momento para uma hipótese diagnóstica, porém, mesmo sendo diagnosticado, não fez uso da medicação recomendada. Logo após este intervalo, o paciente retomou o uso de álcool, aumentando o consumo de forma crescente ao longo dos anos. Em 2003, seu filho saiu de casa, culminando no aumento da ingestão de álcool. Em 2005, o paciente fez uma nova tentativa de suicídio, sendo encaminhado para outra internação psiquiátrica, em que permaneceu por 45 dias.”
(Cordioli, 2008.)
Analise a situação apresentada e, em seguida, discorra sobre o modelo esquemático de tratamento para o referido caso, considerando e justificando os principais fatores:
- hipótese(s) diagnóstica;
- abordagens/técnicas psicoterápicas;
- grupos de autoajuda;
- importância de tratamento psicoterápico para familiares.