Hoje já não se tem mais dúvidas quanto à decisão eminentemente política dos dirigentes norte-americanos de lançarem as duas bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki. Apesar de ser verdadeira a informação sobre a grande quantidade de tropas disponíveis, sobre a existência de numerosos voluntários kamikases e, também, de milhares de militares e civis dispostos ao suicídio coletivo, o fato é que, depois da queda do general Tojo da chefia do Ministério e das manifestações antiguerra do príncipe Konoye, o consenso na elite japonesa deixara de existir, havendo-se iniciado manobras diplomáticas com o objetivo de negociar a paz com os EUA.
Williams da Silva Gonçalves. A Segunda guerra mundial. In: DanielAarão Reis Filho, Jorge Ferreira e Celeste Zenha (orgs.). O século XX: revoluções, fascismo e guerras. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 191 (com adaptações).
Na perspectiva do texto acima, discorra sucintamente a respeito da decisão norte-americana de lançar as bombas atômicas sobre o Japão, considerando, sobretudo, a nova realidade mundial que o fim da Segunda Guerra nitidamente já anunciava.